quinta-feira, 19 de agosto de 2021

"Membros do Gabinete Paralelo serão responsabilizados por crime comum”, diz Renan

 Segundo o relator da CPI, ele não irá mandar para a procuradoria investigar, mas sim responsabilizar por crime comum todos os membros do gabinete paralelo que atuaram à margem do Ministério da Saúde, estimulando medidas que vão na contramão da ciência no combate à Covid-19

Senador Renan Calheiros (MDB-AL) (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

247 - O senador Renan Calheiros disse durante a CPI da Covid nesta quinta-feira (19) que vai responsabilizar por crime comum todos os membros do gabinete paralelo que atuaram à margem do Ministério da Saúde, estimulando medidas que vão na contramão da ciência no combate à Covid-19, como o uso da cloroquina.

O parlamentar explicou que não irá mandar para procuradoria investigar, mas sim processar diretamente os envolvidos no esquema."Pretendo, como relator, responsabilizar por crime comum todos os membros do gabinete paralelo pela maldade que fizeram contra o Brasil, por prescrever remédios ineficazes", disparou.

Segundo Renan, o relatório completo sobre o gabinete paralelo deverá ser fechado no próximo mês. "Vamos trabalhar para tentar apresentar o parecer final na segunda quinzena de setembro. Eu não sei se conseguiremos, mas eu vou efetivamente me dedicar a isso", disse o relator.

Risco para a economia é Bolsonaro, não Lula, diz Delfim Netto

 “Bolsonaro seria a continuação do mesmo, até piorado. Ele vai se cansar do Guedes. De forma que, seguramente, o encaminhamento do Lula seria melhor", disse o ex-ministro da Fazenda Antônio Delfim Netto

Delfim Netto, Lula e Bolsonaro (Foto: Reprodução/Youtube | Ricardo Stuckert | Reuters)

247 - O ex-ministro da Fazenda Antônio Delfim Netto afirmou, em entrevista ao Poder 360, que a eleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seria melhor para o mercado financeiro do que a reeleição de Jair Bolsonaro no pleito presidencial do próximo ano. “Bolsonaro seria a continuação do mesmo, até piorado. Ele vai se cansar do Guedes. De forma que, seguramente, o encaminhamento do Lula seria melhor [para o mercado financeiro]”, disse. “O mercado nunca progrediu e lucrou tanto como na época do Lula. E o Brasil cresceu no curto prazo. O Lula é um diamante bruto que se cultivou. E mostrou isso no governo”, completou.

Segundo ele, em 2022 “tudo se encaminha para uma disputa entre Bolsonaro e Lula. Tenho um grande respeito pelo Lula. A administração dele foi muito boa. Não podemos confundi-la com a da Dilma. A Dilma era voluntariosa, tinha ímpetos complicados. Basta ver a tragédia que ela fez no setor elétrico. O governo Lula não fez nada disso. Ele encontrou uma situação bastante favorável. E soube aproveitá-la. O Brasil recuperou o crescimento”.

Delfim também ressaltou que o governo não sabe como agir diante das dificuldades e que, no momento, enfrenta a "tempestade perfeita”. “Na minha opinião, a combinação do atual governo com a pandemia e o aquecimento global é a tempestade perfeita”, afirmou. “As dificuldades são políticas. Estamos com um sistema disfuncional. As pessoas disputam fortemente separadas em grupos antagônicos. Não há diálogo, não há compreensão”, avaliou.

Ainda de acordo com o ex-ministro, o governo Bolsonaro é mais militarizado que no período da ditadura. “Seguramente o governo Bolsonaro é mais militarizado. Nos governos militares, a administração era civil. Você tinha militares no governo, mas competentes. Vamos comparar o [ex-ministro Mario] Andreazza com o [ex-ministro da Saúde, Eduardo] Pazuello. É muito diferente”, disse.

“Essa administração trouxe de volta o tenentismo, que desgraçou o Brasil durante muito tempo”, lamentou. “As 3 Forças não pertencem ao governo. São do Estado. O papel delas é a defesa da pátria. Não intervir na política”, destacou. Delfim, porém, descartou a possibilidade de um golpe com o apoio das Forças Armadas. “De jeito nenhum. As Forças Armadas profissionais são fiéis à Constituição. A formação hoje é muito diferente do passado”, afirmou.

Fome ou insegurança alimentar atingem quase metade dos brasileiros, diz IBGE

 84,9 milhões de brasileiros convivem com a fome ou com algum grau de insegurança alimentar. O levantamento analisou o período entre 2017 e 2018

Elineudo Meira/Fotos Públicas (Foto: Elineudo Meira/Fotos Públicas)

247 - Cerca de 41% da população brasileira, ou 84,9 milhões de pessoas, convivem com fome ou algum grau de insegurança alimentar. Os números são da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), divulgada nesta quinta-feira pelo IBGE, e compreendem o período entre 2017 e 2018. A informação é do jornal O Globo. 

Dessa parcela, 27% vivem com insegurança alimentar leve, quando há preocupação ou incerteza quanto ao acesso aos alimentos no futuro, além de perda na qualidade dos alimentos a fim de não comprometer a quantidade de alimentação consumida.

Já a população residente em domicílios com insegurança alimentar moderada ou grave, onde a qualidade e a quantidade desejadas em relação aos alimentos já estavam comprometidas, o percentual é de 13,9%. Nessa situação, a fome passa a ser uma experiência vivida no domicílio.

Movimento Fora Bolsonaro não abre mão da Paulista em 7 de setembro

 Coordenador nacional da Central de Movimentos Populares (CMP) rebateu decisão da Secretaria de Segurança Pública do estado de São Paulo, que liberou para apoiadores de Jair Bolsonaro a Avenida Paulista para manifestação no feriado de sete de setembro

Raimundo Bonfim (Foto: Roberto Parizotti)

247 - O coordenador nacional da Central de Movimentos Populares (CMP), Raimundo Bonfim, rebateu a decisão da Secretaria de Segurança Pública do estado de São Paulo, que liberou a Avenida Paulista para os pró-bolsonaristas se manifestarem no feriado de 7 de setembro.

Tanto os organizadores da manifestação pelo Fora Bolsonaro e em defesa do chefe do Executivo acionaram a Justiça pelo direito de se manifestarem na Paulista. No entanto, a Justiça favoreceu os extremistas que reivindicam o fechamento do STF e defendem o voto impresso.

Bomfim declarou em participação no programa Giro das 11 que irá recorrer em todas as instâncias da decisão da secretaria de segurança. 

Ele também ressaltou “que o movimento irá questionar Doria diretamente sobre o assunto, se ele irá entregar a Paulista para Bolsonaro ou para as forças democráticas”.

O ativista informou que a direção do Fora Bolsonaro começará a convocar nesta quinta-feira (18) a manifestação do Fora Bolsonaro na Paulista. 

"Era tudo brincadeira", diz Sérgio Reis sobre áudio com ameaças de golpe

 “Eu me arrependo, sim. Eu estava conversando com um amigo. Era tudo brincadeira”, disse o cantor após a repercussão de seu áudio disparando ataques ao STF

Sérgio Reis (Foto: Reprodução)

247 - O cantor e ex-deputado Sérgio Reis disse nesta quarta-feira (18) ao jornal O Globo que o áudio em que pede o impeachment dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) não passou de uma “brincadeira”. 

“Eu me arrependo, sim. Eu estava conversando com um amigo. Era tudo brincadeira. Ele postou no grupinho dele e aquilo foi para fora. E isso me prejudicou muito. Não era a minha intenção. Não temos que quebrar nada. Tem que fazer uma passeata serena, sem briga. Sem nada. Eu me arrependo demais de ter falado com um amigo. Amigo da onça, sabe como é.”

Ele também admitiu que o áudio foi um erro. “Eu errei mesmo, errei muito. Não devia ter falado, porque as pessoas pensam... Falei com um amigo. Ele postou num grupinho. Um amigo da onça. É da vida. Estão me ameaçando, pensando que estou com medo. Mas não me escondi. Estou aqui em casa, não agredi ninguém. Arco com minha responsabilidade”, disse Reis em entrevista ao site Congresso em Foco.

CPI vai obter relatórios fiscais de Allan dos Santos e outros blogueiros bolsonaristas

 Parlamentares querem saber se houve financiamento público de manifestações contrárias às determinações da OMS ao longo da pandemia

Blogueiro Allan dos Santos e a CPI da Covid (Foto: Reprodução/Youtube | Pedro França/Agência Senado)

247 - Senadores da CPI da Covid aprovaram nesta quinta-feira (19) a obtenção de relatórios de inteligência financeira de blogueiros bolsonaristas como Allan dos Santos, Oswaldo Eustáquio e Leandro Ruschel. Também serão alvos da Comissão Parlamentar de Inquérito youtubers ligados ao bolsonarismo, como Bernardo Kuster, Flávio Gordon e Pamela Puertas Dias, de acordo com o site O Antagonista

Parlamentares querem saber se houve financiamento público de manifestações contrárias às determinações da Organização Mundial de Saúde (OMS) ao longo da pandemia.

A CPI também aprovou o detalhamento das operações financeiras de Allan dos Santos. A ideia é obter informações como declaração de rendimentos, registros de compras em cartão de crédito, entre outras. A CPI já identificou transferências atípicas em favor do blogueiro a partir do Bank Of América.

CPI quebra sigilo fiscal de Frederick Wassef, advogado da família Bolsonaro

 A comissão pretende saber se o advogado recebeu dinheiro da empresa Precisa Medicamentos

Frederick Wassef, advogado da família Bolsonaro (Foto: Reuters | Pedro França/Agência Senado)

247 - A CPI da Covid aprovou nesta quinta-feira (19) a quebra de sigilo fiscal de Frederick Wassef, advogado da família Bolsonaro.

No pedido, o senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da Comissão Parlamentar de Inquérito, afirmou que pretende saber se o advogado recebeu dinheiro da empresa Precisa Medicamentos.

A CPI quebrou o sigilo fiscal de Thaís Amaral Moura, servidora da Secretaria de Governo tida como responsável por escrever requerimentos apresentados por senadores governistas na comissão.

Empresas ligadas a Ricardo Barros

A CPI também aprovou as quebras de sigilos fiscais de 21 empresas com algum tipo de ligação com o líder do governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP-PR). 

O objetivo também é apurar se essas empresas receberam recursos da Precisa. 

Bolsonarista Allan dos Santos

A comissão aprovou, ainda, a obtenção de relatórios de inteligência financeira de blogueiros bolsonaristas como Allan dos Santos, Oswaldo Eustáquio e Leandro Ruschel

A ideia é saber se houve financiamento público de manifestações contrárias às determinações da Organização Mundial de Saúde (OMS) ao longo da pandemia.

CPI da Covid aprova quebras de sigilo fiscal de 21 empresas ligadas a Ricardo Barros, líder do governo na Câmara

 Senadores querem saber se as empresas receberam, direta ou indiretamente, dinheiro da Precisa Medicamentos ou de outros negócios ligados a Francisco Maximiano

Deputado Ricardo Barros e a CPI da Covid (Foto: Agência Brasil / Agência Senado)

247 - A CPI da Covid aprovou as quebras de sigilos fiscais de 21 empresas com algum tipo de ligação com o líder do governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP-PR), que passou a ser investigado formalmente pela Comissão Parlamentar de Inquérito. 

Senadores querem saber se as empresas receberam, direta ou indiretamente, dinheiro da Precisa Medicamentos ou de outros negócios ligados a Francisco Maximiano.

“Não encontrarão absolutamente nada de irregular na minha conduta. Podem procurar à vontade, nada vai ser encontrado. Uma hora termina a CPI e a verdade prevalecerá. Vou mostrar ao Brasil a minha lisura como homem público", disse o parlamentar.

Confira a lista das empresas publicada no site O Antagonista


– Qualidade de Vida Indústria e Comércio de Produtos Naturais Ltda.;
– Frequencial Empreendimentos de Comunicação Ltda.;
– Associação de Clubes de Vôlei –ACV;
– Mineralizadora Fonte de Luz Ltda.;
– AKB Magalhães Barros Locações Ltda.;
– RC4 Incorporações Ltda.;
– Centro de Educação Profissional Técnico Maringá Ltda.;
– Correspondente Bancário Mais em Conta S/A;
– Incorporadora e Empreendimentos S.A.;
– RC1 Incorporações Ltda.;
– PY 12 Incorporações S.A.;
– RC3 Incorporações Ltda.;
– Monlevade Incorporações Imobiliárias Ltda.;
– IFGVE Instituto de Formação, Gestão e Valor Educacional (PD) Ltda.;
– BHT Consultoria Ltda.;
– R.C.6 Mineração Ltda.;
– Instituto de Florestas do Paraná;
– Construtora Magalhães Barros Ltda.;
– RJM Loteadora Ltda ME;
– MBR Locação de Veículos Ltda.;
– BB Corretora Ltda.

CNN desmente fake news de Alexandre Garcia sobre a vacina ao vivo (vídeo)

 Ele disse que pessoas jovens não precisam tomar a vacina, "segundo as estatísticas"; informação é falsa e foi esclarecida pela jornalista Elisa Veeck

Alexandre Garcia (Foto: CNN/Divulgação)


Por Ranyelle Andrade, Metrópoles - A CNN Brasil precisou desmentir Alexandre Garcia, após o comentarista alegar durante fala no quadro Liberdade de Opinião que pessoas jovens não precisam se imunizar contra a Covid-19. O esclarecimento foi feito no CNN Novo Dia, pela jornalista Elisa Veeck.

“Alexandre Garcia disse que jovens não precisar a tomar a segunda dose da vacina [contra a Covid-19], segundo as estatísticas. Para esclarecer esse tema, nós da CNN Brasil procuramos o infectologista e também diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações, Renato Kfouri. Segundo o médico, com a medida que se previne mortes em adultos e idosos, os casos de hospitalização com formas graves serão entre os não vacinados”, disse Elisa.

“No caso das crianças, [a taxa de hospitalização] que era de 0,35% pode, sem vacina, chegar a 15%. Além dessa informação, acrescentamos que o registro para esse ano de mortes por Covid-19 entre crianças e jovens é de 1581. Isso mesmo. 1581 pessoas pessoas entre 10 e 19 morreu por Covid-19 apenas em 2021″, continuou.

Leia a íntegra no Metrópoles.

PoderData: 58% apoiam impeachment e 64% desaprovam governo Bolsonaro

 De acordo com a pesquisa, houve um aumento de 8 pontos em relação ao levantamento anterior, no final de julho. A proporção dos que acham que Bolsonaro deve continuar no cargo caiu 13 pontos percentuais no mesmo período

24J: Ato Fora Bolsonaro em Porto Alegre (Foto: Oliven Rai / Mídia Ninja


247 - O percentual dos que acham que Jair Bolsonaro deve sofrer impeachment saltou para 58%, segundo pesquisa PoderData realizada nesta semana (16-18.ago.2021) e divulgada no portal Poder 360. De acordo com a pesquisa, houve um aumento de 8 pontos em relação ao levantamento anterior, no final de julho.

A proporção dos que acham que Bolsonaro deve continuar no cargo caiu 13 pontos percentuais no mesmo período. Passou de 45% para 32%.

A taxa de apoio ao impeachment é o recorde registrado pela divisão de pesquisas do Poder360 para essa pergunta. Fica tecnicamente empatada com os 57% registrados no final de maio, considerando-se a margem de erro de 2 pontos percentuais da pesquisa. O número vem em um momento de tensão entre Bolsonaro e outros Poderes, em particular a Justiça Eleitoral.

É a 1ª pesquisa realizada depois da live em que o presidente apresentou o que diz serem indícios de fraude na contagem de votos por urna eletrônica nas eleições. Esta pesquisa foi realizada no período de 16 a 18 de agosto de 2021 pelo PoderData.

Foram 2.500 entrevistas em 433 municípios nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.

Site de Lula diz que Roger é "inútil" há mais de 30 anos e "ultraje sem nenhum rigor"

 Vocalista tem se notabilizado como um dos maiores propagadores de fake news do País

(Foto: Reprodução/SBT)

Do site Lula.com.br Inútil há mais de 30 anos, Roger Moreira, vocalista da banda Ultraje a Rigor, finalmente conseguiu voltar a ter alguma visibilidade na mídia. Não devido à sua música: Roger passou a ser lembrado pelas agências de checagens de fake news da grande mídia como disseminador de mentiras sobre a Covid-19. Esse não é, porém, o único assunto sobre o qual Roger mente: ele vive de divulgar fake news em apoio a Bolsonaro (o rei da mentira) e contra Lula. Apoiador bolsonarista de primeira hora, o cantor mostra que uma de suas únicas músicas de sucesso, lançada há 35 anos, ainda é a que melhor o define: “a gente somos inútil”.

Roger, aquele que admite na mesma música que não sabe escolher presidente, se dedica atualmente a tuitar mentiras a respeito da recepção de Lula em sua viagem pelo Nordeste (são ao menos 3 fake news sobre o assunto nas postagens entre hoje e ontem, incluindo distorções de falas, vídeos antigos e vídeo falso de supostas vaias a Lula em restaurante). A passagem do ex-presidente por terras nordestinas está deixando Bolsonaro e seus comparsas acuados. Com medo, eles mentem, divulgam montagens e inundam as redes de notícias falsas requentadas de quatro anos atrás.

O vocalista segue a mesma estratégia de seu ídolo Bolsonaro, que tem na mentira a principal estratégia de governo. Estudos nacionais e internacionais comprovam que o atual presidente do país mente ao menos 4 vezes por dia.

Vale lembrar que Roger, que é famoso por divulgar fake news contra os governos do PT e sobre a imprensa desde 2014, também se dedica a explicar os crimes de Bolsonaro, defendendo a prática da rachadinha. Sua conta de twitter, aliás, é uma vitrine de exposição de mentiras de todos os tipos, desde aquelas sobre a Covid-19 até ataques ao STF.

O cantor segue a boiada de fake news de Bolsonaro, que se intensificou a partir de junho, quando as pesquisas eleitorais passaram a trazer Lula como líder isolado nas intenções de voto para presidente. Entre muitas outras fake news, ele já soltou vídeo falso com fala de Lula desacelerada para simular embriaguez, compartilhado por Milton Neves.

Generais contam mentiras odiosas ao negar ditadura, diz Miriam Leitão

 Jornalista tem protestado contra o avanço do autoritarismo e do negacionismo histórico no Brasil

(Foto: Reprodução)

247 – "O general Braga Netto mentiu sobre a História do país, ao dizer que não houve ditadura no Brasil. Ontem foi a vez de o general Ramos ofender os fatos. O ministro da Defesa disse que se tivesse havido ditadura 'muitos não estariam aqui'. Ele está querendo dizer que as mortes foram poucas, e isso é odioso. Mas está também usando o mesmo método identificado pela Polícia Federal nos disseminadores de fake news, que é o de dissolver a fronteira entre a mentira e a verdade", diz a jornalista Miriam Leitão, em sua coluna no Globo.

"Essa técnica de Steve Banon serve para o assalto ao poder, mas tem tido também como consequência trágica a morte de centenas de milhares de brasileiros pela Covid. Muitos não estão aqui porque foram assassinados pela ditadura que o general Braga Netto nega ter existido. Para o general Ramos, segundo disse ontem, tudo é apenas uma questão semântica. Nesse raciocínio, basta usar algum eufemismo que o problema desaparece. Generais, muitos brasileiros foram assassinados dentro de quartéis militares e por ordem de seus comandantes. Por isso não estão aqui. A técnica da negação faz vítimas ainda hoje. Milhares de vítimas desta pandemia poderiam estar aqui. Teriam sido protegidos da morte se mentiras sobre a Covid-19 e sobre as medidas de proteção, o uso de máscara, a cloroquina e as vacinas, não tivessem sido divulgadas com tanta insistência pelo presidente da República e pelos bolsonaristas", escreve.

Francisco Maximiano, presidente da Precisa Medicamentos, depõe nesta quinta na CPI da Covid

 Depoimento, adiado quatro vezes, é um dos mais aguardados pela comissão

Francisco Maximiano (Foto: Reprodução/PF)

247 - Em mais uma sessão dedicada ao caso Covaxin, a CPI da Covid ouve nesta quinta-feira (19) o sócio-presidente da Precisa Medicamentos, Francisco Maximiano. Trata-se de um dos depoimentos mais aguardados pelos senadores. A Precisa foi intermediadora da compra da vacina Covaxin, cancelada após suspeita de irregularidades, informa o G1.

A Precisa atuou como uma intermediária entre o laboratório indiano Bharat Biotech, fabricante da vacina Covaxin, e o Ministério da Saúde. A empresa nunca divulgou detalhes do contrato, incluindo o valor que arrecadaria como representante brasileira na negociação.

O contrato de compra da Covaxin previa desembolso de R$ 1,6 bilhão para 20 milhões de doses, mas foi encerrado após uma série de denúncias de irregularidades, incluindo a constatação de fraude nos documentos enviados pela Precisa. 

A lista de irregularidades inclui um pedido de pagamento antecipado, que não chegou a ser efetuado porque não estava previsto inicialmente. 

"Mercado" perde a paciência com Bolsonaro e Guedes: dólar dispara e caem projeções para a economia

 Analistas avaliam que a economia entrou em "modo eleição" e que a dupla Guedes-Bolsonaro é incapaz de apresentar soluções ao País; dólar foi a R$ 5,37

Dólar e Paulo Guedes com Jair Bolsonaro (Foto: Reuters | Reuters/Adriano Machado)

247 –  A incompetência de Jair Bolsonaro e Paulo Guedes se refletiu nos indicadores do mercado financeiro e fez com que muitos analistas perdessem a paciência em relação à dupla. "Uma reunião realizada nesta quarta-feira, 18, entre diretores do Banco Central e analistas de instituições financeiras deixou clara a preocupação que está na mente do mercado: a economia entrou no 'modo eleição', e isso significa um risco enorme para as contas públicas, em um momento de projeções piorando tanto para a inflação quanto para os juros e o PIB em 2022", aponta reportagem de Thaís Barcellos, Cícero Cotrim e Luciana Dyniewicz, publicada no jornal Estado de S. Paulo.

"No geral, todo mundo está batendo na tecla de que a eleição já começou", resumiu um participante do encontro, que falou sob a condição de anonimato. De acordo com a reportagem, o mercado já prevê um crescimento menor da economia, em um cenário de inflação ainda alta e taxas de juros maiores. "Um dos reflexos do cenário mais incerto é sentido na taxa de câmbio. Nesta quarta-feira, o dólar subiu 2% e encerrou o dia cotado a R$ 5,3749, maior valor desde 4 de maio", apontam ainda os jornalistas. Saiba mais sobre a questão cambial:

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar saltou mais de 2% nesta quarta-feira e fechou acima de 5,37 reais, nas máximas desde maio, com uma onda de compras da moeda refletindo uma forte aversão a risco fiscal no Brasil que causou um terremoto no mercado de juros futuros, em que as taxas chegaram ao fim da tarde em disparada de mais de 40 pontos-base.

O medo relacionado às contas públicas seguiu como a principal dor de cabeça para investidores, entre os quais há crescente sensação de que o governo está mais fraco e cada vez mais enviesado para medidas populistas, o que é lido na comunidade financeira como um sinal forte de pressão mais e mais intensa por aumento de gastos --a pouco mais de um ano da eleição presidencial.

No fechamento do mercado à vista, o dólar subiu 2,04%, a 5,3759 reais na venda. É o maior nível desde 4 de maio (5,4322 reais) e a maior valorização percentual diária desde 30 de julho (+2,53% reais).

Já na reta final dos negócios, Wall Street aprofundou as quedas, o que ajudou o dólar a estender as altas por aqui após uma ata do Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano) que fez pouco para amenizar dúvidas do mercado sobre corte de estímulos nos EUA.

O dólar encerrou bem perto da máxima intradiária, de 5,3784 reais, alta de 2,09%. Na mínima, atingida por volta de 11h, a cotação teve variação negativa de 0,09%, para 5,2633 reais.

O real amargou, com larga diferença, o título de moeda com pior desempenho no mundo nesta sessão, enquanto alguns de seus pares emergentes se valorizavam ou operavam em torno da estabilidade.

O mercado já acordou com a notícia de que a Câmara dos Deputados decidira adiar mais uma vez a votação do projeto que altera a cobrança do Imposto de Renda, que estava prevista para a terça-feira, em meio a resistências dentro e fora do Congresso. Governos estaduais e dos maiores municípios apontaram que o texto implica perdas de arrecadação, o que comprometeria a prestação de serviços locais.

"A falta de consenso levou a mais um adiamento da votação da reforma do IR na Câmara, afastando cada vez mais as chances de o projeto ir para frente e adicionando ao clima de apreensão do mercado com relação a Brasília", disse em nota Victor Beyruti, economista da Guide.

Proposta de mudanças nos pagamentos dos precatórios, pressões do presidente Jair Bolsonaro por mais gastos com o Bolsa Família e o clima político azedo são outros elementos a tirar o sono do mercado nas últimas semanas, além da situação cada vez pior dos reservatórios de água e do aumento dos custos de energia, que joga ainda mais pressão sobre uma inflação já nas alturas.

Esse conjunto tem contribuído para colocar os ativos brasileiros nas piores posições de desempenho recente.

"O governo meio que está como um trem desgovernado (para reformas) e na direção apenas da eleição do ano que vem", disse Luca Maia, estrategista de câmbio e juros para América Latina do BNP Paribas. "O mercado está em modo realização porque vê a possibilidade de o país não respeitar diversos instrumentos de credibilidade fiscal, como o teto de gastos", completou.

Com isso, a demanda por proteção dispara e o mercado exige mais prêmio não apenas no dólar, mas sobretudo nos juros. As taxas de DI de prazos mais longos chegaram ao fim da tarde com altas de impressionantes 40 pontos-base.

JUROS ACIMA DE 10%

O spread entre as taxas de DI de janeiro 2027 e janeiro 2023 --uma medida de risco-- saltou 41 pontos-base (maior alta diária em 11 meses), a 181 pontos-base, pico desde o fim de maio.

Agora todo o trecho da curva a partir de julho de 2025 tem taxas de dois dígitos. Em meados de julho, esse contrato mostrava juro de 8,2%. O mercado de DI já era visto como o mais suscetível a uma correção brusca de preços, conforme o mercado luta para entender até onde o Banco Central irá no processo de aperto monetário.

A perspectiva de juros mais altos por normalização da política monetária --que vigorou do início do ciclo de aperto monetário, em março, até pouco tempo atrás-- beneficiou a taxa de câmbio, mas mais recentemente o que se tem visto é o mercado turbinar apostas em taxas mais elevadas devido à deterioração das perspectivas fiscais e inflacionárias --que começam, por ora sem alarde, a colocar em dúvida estimativas otimistas de crescimento econômico para este ano e o próximo.

"Esperamos que o ruído fiscal seja uma constante pelo restante do ano no Brasil, à medida que os riscos aumentam progressivamente conforme o ciclo eleitoral se aproxima", disse em relatório o economista-chefe para Brasil do Barclays, Roberto Secemski.

"A pressão para gastar é real, e o teto de gastos pode não escapar ileso desta vez. Limitar a perda de credibilidade fiscal será fundamental para preservar a estabilidade macroeconômica", completou.

Maia, do BNP, destacou o peso do noticiário político sobre os preços. "Começa a ficar difícil defender uma posição comprada em real, que é a nossa, quando o político se sobressai", disse. O BNP estima dólar de 4,75 reais ao fim do ano.

Joaquim Kokudai, gestor na JPP Capital, por ora mantém posições compradas em real via opções, além de posições tomadas (apostando na alta) nos DIs até 2025 e vendidas na parte longa da curva, até 2029. "Temos uns 'hedges' e precisamos ver se esse estado de piora no mercado vai permanecer", disse.

Incompetente, Bolsonaro diz que Brasil pode superar inflação e desemprego com orações

 Sem propostas para a economia, ele propôs reza contra aumento de preços e desemprego recorde durante culto evangélico

Jair e Michele Bolsonaro em culto (Foto: Carolina Antunes/PR)

247 – Sem propostas para a economia e preocupado apenas em provocar conflitos desnecessários, Jair Bolsonaro fez uma proposta inusitada ontem contra o desemprego recorde de seu governo e inflação descontrolada: reza brava.  "Com muitos problemas que temos enfrentado e que não estavam previstos: a pandemia e seus reflexos, uma crise de falta d'água como não visto na história do Brasil. O povo tem sofrido com isso: tem inflação, tem desemprego. Tem dias, realmente, angustiantes. O que posso dizer aos senhores? Com fé, com vontade, com crença, nós podemos superar esses obstáculos", disse ele, durante um culto evangélico em Belém. A fala foi tão despropositada que foi motivo de piada pelo ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia:


Kassab diz que Bolsonaro está "perdidinho" e caminha para a derrota em 2022

 O presidente do PSD fez a declaração depois de se encontrar com empresários e parlamentares

(Foto: ABr)


247 - O presidente do PSD, Gilberto Kassab, disse na terça-feira (17),  após encontro com empresários e parlamentares, que Jair Bolsonaro está caminhando para a derrota em 2022.

Kassab pretende lançar a candidatura do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), ao Palácio do Planalto.

Na visão de Kassab, Bolsonaro está "perdidinho", informa o jornalista Bruno Góes no Globo.

De acordo com o ex-prefeito de São Paulo, Bolsonaro, em fim de governo, está desgastado e se encontra a caminho da derrota. 

Após desmonetização determinada pelo TSE, canais bolsonaristas apagam vídeos com fake news sobre eleições

 Pelo menos 25 canais bolsonaristas no YouTube apagaram nos últimos dias 263 vídeos. A limpeza foi promovida após determinação do TSE para a desmonetização de canais investigados por propagar desinformação sobre o processo eleitoral brasileiro

(Foto: ABr | Alan Santos/PR)

247 - Pelo menos 25 canais bolsonaristas no YouTube apagaram ou tornaram privados nos últimos dias 263 vídeos com ataques ao processo eleitoral brasileiro e a autoridades da Justiça Eleitoral e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), de acordo com levantamento da empresa de análise de dados Novelo Data divulgado pelo jornal O Globo

A decisão dos canais é uma reação à determinação do ministro do TSE Luis Felipe Salomão, que suspendeu a monetização de canais investigados por propagar desinformação sobre as eleições.

Entre os canais que fizeram a limpeza em seu conteúdo, dois são ligados ao youtuber bolsonarista Fernando Lisboa, conhecidos como Vlog do Lisboa. Ambos foram atingidos pela determinação do TSE e têm mais de 800 mil seguidores. Foram excluídos dois vídeos: um fazia referência à live de Jair Bolsonaro na qual ele espalhou desinformação sobre as urnas eletrônicas e o outro levava  título de "Lula só ganha com fraude nas urnas".

Veja como votou cada deputado no projeto que libera novos pedágios em rodovias estaduais

 

Projeto foi aprovado por 40 votos a 12 (Foto: Dálie Felberg/Alep)

A Assembleia Legislativa aprovou ontem, em segundo e terceiro turnos, por 40 votos favoráveis e 12 contrários, o projeto que autoriza o governo do Paraná a ceder ao governo federal, trechos de 27 rodovias estaduais para as futuras concessões de pedágio. A proposta permite ao governo delegar essas estradas ao governo federal para concessão privada por 30 anos.

Dos 3.372 quilômetros de estradas paranaenses que o governo federal pretende leiloar, 1.164 quilômetros, ou 35% do trajeto total são de rodovias estaduais.

Veja abaixo como votou cada deputado:

SIM

Ademir Bier (PSD)
Alexandre Amaro (Repub)
Alexandre Curi (PSB)
Anibelli Neto (MDB)
Artagão Júnior (PSB)
Cobra Repórter (PSD)
Cristina Silvestri (CDN)
Delegado Fernando Martins (PSL)
Delegado Francischini (PSL)
Delegado Jacovós (PL)
Do Carmo (PSL)
Douglas Fabrício (CDN)
Dr Batista (DEM)
Élio Rusch (DEM)
Emerson Bacil (PSL)
Evandro Araújo (PSC)
Francisco Buhrer (PSD)
Galo (Pode)
Gilberto Ribeiro (PP)
Gilson Souza (PSC)
Gugu Bueno (PL)
Homero Marchese (PROS)
Hussein Bakri (PSD)
Jonas Guimarães (PSB)
Luiz Carlos Martins (PP)
Luiz Fernando Guerra (PSL)
Márcio Pacheco (PDT)
Mauro Moraes (PSD)
Michele Caputo (PSDB)
Nelson Justus (DEM)
Nelson Luersen (PDT)
Paulo Litro (PSDB)
Plauto Miró (DEM)
Reichembach (PSC)
Ricardo Arruda (PSL)
Rodrigo Estacho (PV)
Soldado Adriano José (PV)
Tercílio Turini (CDN)
Tiago Amaral (PSB)
Tião Medeiros (PTB) 12:09:21 SIM

NÃO
Arilson Chiorato (PT)
Boca Aberta Jr (PROS)
Coronel Lee (PSL)
Goura (PDT)
Luciana Rafagnin (PT)
Luiz Cláudio Romanelli (PSB)
Mabel Canto (PSC)
Professor Lemos (PT)
Requião Filho (MDB)
Soldado Fruet (PROS)
Subtenente Everton (PSL)
Tafei Veneri (PT)

NÃO VOTARAM

Ademar Traiano (PSDB)
Mara Lima (PSC)

Fonte: Bem Paraná

Arapongas registra 14 novos casos de Coronavírus, 10 curados e nenhum óbito

 

Prefeitura de Arapongas, através da Secretaria Municipal de Saúde, informou nesta quarta (18/08), o registro de 14 novos casos, 10 curados COVID-19 e nenhum óbito registrado no município. Neste momento, o município totaliza 21.050 casos, dos quais 557 infelizmente vieram a óbito, 197 ainda estão com a doença e 20.296 já estão curados (96,4%). Ao todo, já foram realizados 75.415 testes.