sexta-feira, 13 de agosto de 2021

Bolsonaro ataca governadores e prefeitos como culpados pela alta da inflação

 A inflação disparou no Brasil em julho. O acumulado é de quase 9% em 12 meses, nível mais alto para o mês em quase 20 anos

(Foto: ABr)

247 - Em mais uma demonstração da deterioração da situação econômica do país, a inflação disparou, fruto do fracasso da gestão econômica de seu governo a cargo do ministro Paulo Guedes. O acumulado é de quase 9% em 12 meses, nível mais alto para o mês em quase 20 anos. 

Mas Jair Bolsonaro se eximiu nesta quinta-feira (12) da responsabilidade e culpou os governadores e prefeitos.

Bolsonaro voltou a atacar gestores locais por terem adotado a política do isolamento social como instrumento de prevenção à disseminação da Covid-19. Segundo ele, isso prejudicou a economia e consequentemente teve reflexos na inflação. 

A inflação oficial brasileira acelerou com força em julho e atingiu o nível mais alto para o mês em quase 20 anos, ainda sob intensa pressão dos preços da energia elétrica e levando a taxa acumulada em 12 meses a encostar em 9%, enquanto o Banco Central intensifica o aperto monetário, informa a Folha de S.Paulo.

Caso Joice Hasselmann caminha para arquivamento pela polícia

 Deputada disse em algumas entrevistas suspeitar de um "atentado" mas, de acordo com informações obtidas na 2ª Delegacia de Polícia, que investiga o episódio, a tendência é o arquivamento do caso

Joice Hasselmann (Foto: Reprodução)

247- Caminha para o arquivamento pela Polícia Civil de Brasília o inquérito do caso, ocorrido em 18 de julho, quando a deputada Joice Hasselmann caiu em seu apartamento, sofreu cinco fraturas no rosto e uma na costela, além de cortes e hematomas pelo corpo. A informação é do jornalista Lauro Jardim, em sua coluna no jornal O Globo.

Joice disse em algumas entrevistas suspeitar de um "atentado" mas, de acordo com informações obtidas na 2ª Delegacia de Polícia, que investiga o episódio, a tendência é o arquivamento do caso.

Está prevista para breve a divulgação do laudo do exame toxicológico a que Joice se submeteu no IML do Distrito Federal há pouco mais de duas semanas. O exame identificou duas substâncias a partir da análise da amostra sanguínea colhida: zolpidem (usado para tratamento de insônia) e ansiolíticos.

A própria Joice admitiu ter tomado naquela noite um Stilnox (à base de zolpidem) — aliás, ela disse fazer uso regular do medicamento, que pode pode causar amnésia.

Ainda falta, porém, uma outra perícia ser concluída: a do maço de cigarros que Joice encontrou em seu apartamento. Segundo ela, o maço não seria de ninguém que mora ou trabalha lá.

Cresce percepção entre empresários de que o governo Bolsonaro é incompetente

 Estagnação econômica, reformulação do Bolsa Família mesmo com a vigência do Teto de Gastos e alta do fundo eleitoral são alguns dos motivos que fazem empresários terem a percepção de incompetência do governo. Além da falta de retomada do crescimento, a elite também passa a criticar os questionamentos de Jair Bolsonaro sobre a lisura do sistema eleitoral

(Foto: Reuters)

247 - O empresariado passou a ter uma percepção crescente de que o governo Jair Bolsonaro é incompetente. Aumento do fundo eleitoral e valores do Bolsa Família fora do Teto de Gastos, por exemplo, são temas que começam a ganhar a atenção dos analistas, de acordo com informação publicada nesta sexta-feira (13) pela coluna de Laura Karpuska, no jornal O Estado de S.Paulo.

O Congresso se movimenta para adotar duas medidas que têm influência nas eleições do ano que vem: turbinar o Fundo Partidário, pago todos os anos às legendas, e retomar a propaganda das legendas no rádio e na TV fora do período eleitoral. Se a proposta receber o aval da Câmara e for sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro, o valor dos dois fundos (eleitoral e partidário) pode chegar a R$ 7 bilhões, um patamar inédito, e não ficar nos R$ 5,7 bilhões.

Bolsonaro entregou à Câmara dos Deputados, na segunda-feira (9), as propostas na tentativa de viabilizar o Auxílio Brasil, programa que irá substituir o Bolsa Família. Pelas estimativas, o custo aumentará de cerca de R$ 30 bilhões anuais para R$ 56 bilhões por ano.

Além da estagnação econômica, os questionamentos de Jair Bolsonaro sobre a confiabilidade das urnas eletrônicas viraram mais um motivo para empresários demonstrarem insatisfação com o governo. Segundo presidente do conselho curador da Fundação Tide Setubal e herdeira do conglomerado Itaú, Maria Alice Setubal, 70 anos, por exemplo, "na hora em que você questiona o sistema eleitoral, você está questionando a democracia e gerando uma possível instabilidade que sempre assusta o mercado".

A atual gestão deu continuidade ao congelamento de investimentos públicos, medida aprovada no governo Michel Temer, e agora tenta driblar o teto dos gastos para implementar medidas que possam limitar o aumento da rejeição ao atual governo. Não é por acaso. Segundo dados oficiais, o Produto Interno Bruto (PIB) nacional cresceu apenas 1,4% em 2019, teve queda de 4,1% em 2020 e, atualmente, tem uma taxa de desemprego de 14% (14 milhões de desempregados. 

Pelo menos 116,8 milhões de brasileiros conviviam com algum nível de insegurança alimentar no final do ano passado, de acordo com pesquisa realizada pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Penssan). Segundo o mesmo estudo, 9% da população (19,1 milhões) enfrentava o nível mais grave, o que se chama de fome.

O "índice de miséria" no Brasil bateu recorde e atingiu 23,47 pontos em maio, dado mais recente, no maior valor desde o início da série histórica, em março de 2012. Calculado pela LCA Consultores a partir de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o índice mede a satisfação da sociedade com a economia.

Levando em consideração as estatísticas socioeconômicas, Bolsonaro terá de  fazer um milagre para convencer os empresários e a população em geral de que ele é a melhor alternativa para o Brasil em 2022. Ele vem demonstrando que fazer articulações para um golpe é a única saída para se manter no cargo. 

O país já sentiu, no entanto, as consequências da violação da soberania popular, em 2016, quando Dilma Rousseff foi afastada sem crime de responsabilidade, mesmo sendo inocentada pelo Ministério Público e por uma auditoria do Senado. Corte de direitos e investimentos, entrega de setores estratégicos para estrangeiros e deixar a iniciativa privada com a responsabilidade de retomar o crescimento são medidas que fazem parte de uma agenda sem resultado algum.

"Santander golpista" bomba nas redes após economista do banco pregar novo golpe contra Lula

 Economista Victor Candido, do banco espanhol, pregou um novo golpe de estado contra a soberania popular no Brasil

Lula (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | Fabiano Couto/Sindicato dos Bancários de Santos e Região)

247 – A pregação golpista do banco espanhol Santander levou a instituição financeira ao topo do twitter depois que seu economista Victor Candido escreveu um relatório propondo um terceiro golpe contra a soberania popular no Brasil, depois da derrubada ilegal de Dilma Rousseff e da prisão política de Lula. "Em suma, ninguém apoiará um golpe em favor de Bolsonaro, mas é possível especular sobre um golpe para evitar o retorno de Lula. Ele era inelegível até outro dia, por exemplo, pode voltar a sê-lo”, escreveu ele.
Confira algumas reações de internautas com a hashtag #Santandergolpista:


 


Alexandre de Moraes manda Polícia Federal prender Roberto Jefferson

 Operação está sendo executada nesta manhã pela PF e o motivo são os ataques à democracia feitos pelo ex-deputado

(Foto: ABr)

247 – "A Polícia Federal foi às ruas na manhã desta sexta-feira (13) para prender o ex-deputado Roberto Jefferson. A ordem de prisão partiu do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF)", informa o portal G1.

"A ordem ocorre dentro do chamado inquérito da milícia digital. Jefferson postou numa rede social que a PF chegou a fazer buscas na casa de parentes pela manhã. O inquérito que investiga a organização e o funcionamento de uma milícia digital voltada a ataques à democracia foi aberto em julho, por decisão de Moraes", prossegue o G1.

Apucarana vacina 2ª dose da astraZeneca nesta sexta-feira

 O atendimento também é para aquelas pessoas que perderam a data em que deveriam completar seu esquema de imunização


Apucarana vacina hoje (13) as pessoas que têm a 2ª dose da astraZeneca agendada para o dia 13 de agosto e também aquelas que perderam a data em que deveriam completar seu esquema de imunização. A vacinação é realizada no Complexo Esportivo Lagoão, no sistema drive-thru e dentro do ginásio para quem for a pé, no horário de 8h30 até as 17 horas.
Para a segunda dose da astraZeneca é preciso mostrar o cartão do SUS ou CPF, um documento com foto e a carteirinha onde está registrado o recebimento da 1ª dose.
Campanha Vacina Solidária já arrecadou mais de 27 toneladas. Quem puder doe alimento não perecível quando for tomar a vacina. O que está sendo arrecadado é distribuído pela Secretaria da Assistência Social para famílias que necessitam e entidades.

Programa “Feira Verde” começa funcionar em outubro

 Iniciativa propõe a troca de recicláveis por verduras, frutas e legumes, estimulando a educação ambiental

(Foto: PMA)


O programa social e ambiental “Feira Verde” começará a funcionar num prazo de 45 dias em Apucarana. O anúncio foi feito pelo prefeito Junior da Femac, ao final de reunião mantida nesta quinta-feira (12) com os agentes que irão operacionalizar o programa. O tema foi discutido com o vereador Rodrigo Lievore “Recife” – idealizador do programa – e os secretários Gerson Santino (agricultura), Denise Canesin (mulher e família), Gentil Pereira (meio ambiente) e Ezílio Manchini (procurador geral), além de técnicos das secretarias.

Nas próximas semanas, a prefeitura, por meio das secretarias envolvidas, irá providenciar veículos, balanças e a estrutura física necessária para viabilizar a parte prática do projeto. Veículos da Cooperativa dos Catadores de Apucarana (Cocap) e da Secretaria da Agricultura irão percorrer bairro da cidade para estimular a troca de materiais recicláveis por verduras, legumes, frutas, mel e ovos.

Para participar do “Feira Verde”, as pessoas devem levar aos pontos de troca os materiais recicláveis (papel, papelão, plástico, vidro e outros), recebendo uma quantidade correspondente de produtos hortifrutigranjeiros de acordo com o calendário e critérios estabelecidos pelo Município.

Junior da Femac avalia que o programa, além de benefícios sociais, também representa ganhos para a agricultura familiar e o meio ambiente. “Ganham as famílias que entregam os recicláveis e levam o alimento para casa; a Cooperativa dos Catadores (Cocap) vai processar uma quantidade maior de materiais; o programa também fortalece a agricultura familiar, que vai fornecer os hortifrutigranjeiros; e ganha ainda o meio ambiente, já que os recicláveis deixam de ser descartados de forma irregular na natureza”, pontua o prefeito.

Junior da Femac destaca que o programa tem foco na educação ambiental e na segurança alimentar e nutricional. “Estamos incentivando a reciclagem, conscientizando a sociedade sobre os benefícios de se preservar o meio ambiente por meio da coleta seletiva”, reforça.

Conforme prevê a Lei 047/2021, que instituiu o programa, o sistema operacional do “Feira Verde” será integrado pelas secretarias da Agricultura, do Meio Ambiente, Programa de Economia Solidária, Cooperativa dos Catadores (Cocap), escolas, entidades assistenciais, e usuários do programa.

O vereador Rodrigo Lievore, o “Recife”, lembra que conheceu o projeto na cidade de Ponta Grossa e apresentou ao prefeito Junior da Femac, que aprovou e acatou de pronto a idéia. “Em Apucarana, conforme números da Cocap, apenas 20% da população separa e entrega recicláveis. E, agora com o Feira Verde podemos crescer mais, como Ponta Grossa, onde 50% da população já participa do programa”, argumenta Recife, lembrando ainda que com a coleta seletiva o aterro sanitário de Apucarana aumenta sua vida útil. O vereador fez questão de agradecer o prefeito por abraçar essa causa.

Antônio Nogueira, o “Tonhão”, gestor da Cocap, avalia que o programa é muito bom e vai começar pelos bairros onde as famílias não têm o costume de separar os materiais recicláveis. “Com certeza a troca vai estimular uma participação maior na reciclagem e também favorecer a agricultura familiar que irá vender seus produtos ao município”, assinala Tonhão.

O secretário da Agricultura, Gerson Santino, anuncia que nos próximos dias será lançado um chamamento público para cadastramento dos produtores de hortifrutigranjeiros que desejem participar do “Feira Verde”.

quinta-feira, 12 de agosto de 2021

Parceria com o TJPR vai promover regularização fundiária em Apucarana

 Levantamento prévio feito pela prefeitura estima em cerca de 3 mil o número de imóveis com pendências documentais relacionadas à titularidade e que podem se enquadrar no Programa Moradia Legal

(Fotos:PMA)

Apucarana é o primeiro município no norte paranaense a aderir ao Programa Moradia Legal, uma iniciativa do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (TJPR) que viabiliza a regularização fundiária e documentação de titularidade de habitações juridicamente vulneráveis. O termo de cooperação técnica foi assinado nesta quinta-feira (12/08) pelo prefeito Júnior da Femac em ato no gabinete municipal que contou com a participação do coordenador do Programa Moradia Legal, juiz Ricardo Piovezan, do diretor do Fórum da Comarca de Apucarana, juiz Osvaldo Soares Neto, e do vice-prefeito Paulo Sérgio Vital, do secretário Municipal de Assuntos Estratégicos, Ivanildo da Silva (Ivan Sargges), e do procurador-geral do Município, Ezílio Manchini.

Levantamento prévio feito pela prefeitura estima em cerca de 3 mil o número de imóveis com pendências documentais relacionadas à titularidade e que podem se enquadrar no programa. “A regularização fundiária é um tema complexo que temos lutado muito para dar solução em nosso município e, através desta parceria com o poder judiciário, tenho a certeza de que vamos avançar”, assinalou o prefeito Júnior da Femac, frisando que em Apucarana há várias áreas onde as famílias moradoras estão impossibilitadas de promover a titulação de suas posses. “Não tenho dúvida de que Apucarana será um “case” de sucesso dentro do Moradia Legal”, pontuou o prefeito, parabenizando a iniciativa do TJPR, presidido pelo Desembargador José Laurindo de Souza Netto.

A prefeitura vai agora enviar à equipe técnica do programa a relação das áreas passíveis de regularização. “Temos verificado que onde existe legalização os bairros florescem. Além da valorização imobiliária imediata, com a posse do título de propriedade as pessoas têm acesso a financiamentos e com isto promovem melhorias em seus imóveis, deixando o bairro mais bonito”, disse o juiz Ricardo Piovezan, coordenador do Programa Moradia Legal do TJPR.

Através do programa, uma empresa especializada será indicada para atuar de forma independente no município (sem envolvimento da prefeitura e do poder judiciário), visando realizar levantamentos georreferenciais e socioeconômicos das famílias interessadas na regularização fundiária, além de prestar assessoria jurídica e formatação de processo para regularização da área em questão. “Pela iniciativa o Poder Judiciário não cobrará por nenhuma taxa, os moradores pagarão apenas os custos das documentações e levantamento de dados por parte da empresa conveniada que realizará a formalização”, explicou Piovezan.

Segundo ele, com as isenções os custos de regularização caem bastante. “Fixamos um teto de R$2,7 mil por imóvel regularizado e a empresa deve viabilizar um parcelamento social, com prestações que a família pode arcar com tranquilidade”, observou o juiz coordenador, pontuando que o “Moradia Legal” foi idealizado pelo Desembargador Abraham Lincoln M. Calixto. “Ter a titularidade do imóvel dá dignidade à pessoa, o torna efetivamente cidadão, pois é desejo de todo cidadão ter um pedaço de terra que é seu na cidade onde mora, sabendo que vai poder deixar para seus filhos sem o medo de um dia perdê-lo”, concluiu o juiz Ricardo Piovezan.

O diretor do Fórum, juiz Osvaldo Soares Neto, observou que não se enquadram no “Moradia Legal” áreas onde exista litígio. “Em casos como ocorre no Núcleo Osmar Guaracy Freire, por exemplo, o poder judiciário se propõe a ser o mediador, provocando uma reunião entre as partes”, pontuou.

Paralelo ao Programa Moradia Legal, desde o início do ano a Prefeitura de Apucarana conta com o Programa Permanente de Regularização Fundiária Urbana, instituído pelo Decreto Nº 004/2021. A legislação visa auxiliar, com anuência da Justiça Estadual, a legalização de propriedade de lotes em vários bairros, entre eles, a Vila Nossa Senhora Aparecida, o Jardim Novo Horizonte, a Vila Kaori Nakayama, o Jardim Curitiba, a Colônia dos Novos Produtores Rurais, entre outros.

Menor tarifa e mais segurança: veja quanto vai custar o novo pedágio do Paraná

 

O trajeto de 640 quilômetros entre Curitiba e Foz do Iguaçu pela BR-277, por exemplo, ficará consideravelmente mais barato. Soma das tarifas nas nove praças passará dos atuais R$ 131,20 para R$ 85,26, redução de 35% logo na partida do contrato.

© Ari Dias/AEN


O longo trajeto de cerca de 640 quilômetros entre Curitiba e Foz do Iguaçu pela BR-277 ficará consideravelmente mais barato com a nova modelagem de pedágio que será implantada no Paraná a partir de 2022. A soma das tarifas nas nove praças passará dos atuais R$ 131,20 para R$ 85,26, uma redução de 35% logo na partida do contrato. Valor final que vai cair mais conforme avançar a disputa pela concessão, podendo a chegar a R$ 63,95 se a empresa que vencer o leilão oferecer um desconto de 25%, por exemplo – o pregão, na Bolsa de Valores (B3), tem previsão de ocorrer no primeiro trimestre do ano que vem.

Essa viagem também se tornará mais segura. Estão previstas para o trecho, entre outras intervenções importantes, a duplicação entre Guarapuava e Cascavel, a construção de marginais nos perímetros urbanos de Guarapuava, Laranjeiras do Sul, Cascavel e Céu Azul e iluminação da Serra da Esperança, na região de Guarapuava.

A combinação vantajosa para o usuário tem por base os três pilares que nortearam o novo plano de concessões de rodovias no Paraná: tarifa baixa, transparência e obras. O formato foi construído em conjunto pelo Governo do Estado, governo federal, Poder Legislativo e sociedade civil organizada.

“O Paraná teve, ao longo de mais de duas décadas, um dos pedágios mais caros do Brasil. Nosso desafio era construir um modelo que chegasse a um desconto maior, com uma tarifa justa e também com muita obra”, afirmou o governador Carlos Massa Ratinho Junior, durante a apresentação do modelo, quarta-feira (11), no Palácio Iguaçu. “Teremos no Paraná o maior projeto de infraestrutura da América Latina, com R$ 44 bilhões em investimentos e quase 1,4 mil quilômetros de duplicações”.

PROJETO – As concessões rodoviárias estão divididas em seis lotes, que totalizam 3,3 mil quilômetros de rodovias. Estão previstos R$ 44 bilhões em investimentos, incluindo a duplicação de 1.783 quilômetros de rodovias, construção de 11 contornos urbanos, 253 quilômetros de faixas adicionais em rodovias já duplicadas, 104 quilômetros de terceiras faixas, mais de mil obras de arte especiais, como viadutos, trincheiras e passarelas, sinal de Wi-Fi em todo o trecho, câmeras de monitoramento e iluminação em LED.

A partir do novo modelo, vence o leilão a empresa que apresentar o maior desconto na tarifa no pedágio. A proposta prevê que as tarifas atuais já cheguem à Bolsa de Valores com um desconto médio de 30%. A esse valor, se soma o deságio proposto pelas empresas em disputa. Esse desconto será associado a um aporte financeiro ofertado pela concessionária para garantir a execução do contrato. Chamado de seguro-usuário, esse valor é proporcional ao percentual de desconto concedido à tarifa.

No modelo acordado, estão previstos três níveis de aporte: de 1% a 10%, de 11% a 17% e a partir de 17%. Para isso, as empresas precisam investir R$ 15 milhões por ponto percentual até 10%, R$ 60 milhões por ponto percentual até 17% e R$ 150 milhões por ponto percentual a partir de 17%. O valor será assegurado por lote, e poderá ser aplicado com diferentes finalidades, a serem decididas em cada um deles.


NOVO VALOR – O percurso entre a capital paranaense e o principal polo turístico do Estado é apenas um exemplo do serviço que será oferecido à população paranaense com a nova concessão. Tarifa mais cara da malha estadual, a praça de Jataizinho, na Região Norte, pode passar a cobrar R$ 8,92 ao invés dos atuais R$ 26,40.

Veja quanto vai custar, praça por praça, a tarifa de partida do novo pedágio do Paraná (sem contar os descontos depois do leilão, exercício que está mais para baixo):

LOTE 1

São Luiz do Purunã

Atual: R$ 9,60

Nova: R$ 8,01

Lapa

Atual: R$ 15,30

Nova: R$ 9,08

Porto Amazonas

Atual: R$ 15,30

Nova: R$ 9,28

Irati

Atual: R$ 13,40

Nova: R$ 8,67

Imbituva

Atual: R$ 13,40

Nova: R$ 8,50

LOTE 2

São José dos Pinhais

Atual: R$ 23,30

Nova: R$ 15,36

Carambeí

Atual: R$ 11,50

Nova: R$ 8,90

Jaguariaíva

Atual: R$ 8,70

Nova: R$ 7,13

Sengés*

Nova: R$ 5,35

Quatiguá*

Nova: R$ 8,29

Jacarezinho

Atual: R$ 24,40

Nova: R$ 8,97

Jacarezinho II*

Nova: R$ 8,39

LOTE 3

Sertaneja

Atual: R$ 27,50

Nova: R$ 12,05

Londrina*

Nova: R$ 9,52

Califórnia*

Nova: R$ 12,69

Ortigueira

Atual: R$ 12,90

Nova: R$ 11,91

Imbaú

Atual: R$ 12,90

Nova: R$ 11,91

Tibagi

Atual: R$ 12,90

Nova: R$ 11,91

Witmarsum

Atual: R$ 13,80

Nova: R$ 11,91

LOTE 4

Jataizinho

Atual: R$ 26,40

Nova: R$ 11,89

Arapongas

Atual: R$ 11,70

Nova: R$ 7,69

Mandaguari

Atual: R$ 11,70

Nova: R$ 7,84

Pres. Castelo Branco

Atual: R$ 15,80

Nova: R$ 9,81

Jussara*

Nova: R$ 9,57

Guairaçá*

Nova: R$ 10,86

Cianorte*

Nova: R$ 7,01

Umuarama*

Nova: R$ 5,95

Francisco Alves*

Nova: R$ 6,40

LOTE 5

Floresta

Atual: R$ 17,70

Nova: R$ 14,49

Campo Mourão

Atual: R$ 17,70

Nova: R$ 11,42

Corbélia

Atual: R$ 17,70

Nova: R$ 13,49

Toledo*

Nova: R$ 7,56

Mercedes*

Nova: R$ 10,75

LOTE 6

Prudentópolis

Atual: R$ 15,30

Nova: R$ 10,89

Candói

Atual: R$ 15,10

Nova: R$ 8,52

Laranjeiras do Sul

Atual: R$ 15,10

Nova: R$ 7,88

Cascavel

Atual: R$ 15,10

Nova: R$ 9,62

Céu Azul

Atual: R$ 14,00

Nova: R$ 9,71

São Miguel do Iguaçu

Atual: R$ 18,30

Nova: R$ 12,68

Lindoeste*

Nova: R$ 11,46

Ampére*

Nova: R$ 8,62

Renascença*

Nova: R$ 8,80

*Novas praças


Veja a simulação do que pode acontecer com as tarifas em algumas praças no Paraná após os descontos esperados para o leilão:

LOTE 1

Porto Amazonas

Atual: R$ 15,30

Nova: R$ 9,28

Com desconto de 10%: R$ 8,35

Com desconto de 17%: R$ 7,70

Com desconto de 25%: R$ 6,96

LOTE 2

São José dos Pinhais

Atual: R$ 23,30

Nova: R$ 15,36

Com desconto de 10%: R$ 13,82

Com desconto de 17%: R$ 12,75

Com desconto de 25%: R$ 11,52

LOTE 3

Sertaneja

Atual: R$ 27,50

Nova: R$ 12,05

Com desconto de 10%: R$ 10,84

Com desconto de 17%: R$ 10,00

Com desconto de 25%: R$ 9,04

LOTE 4

Jataizinho

Atual: R$ 26,40

Nova: R$ 11,89

Com desconto de 10%: R$ 10,70

Com desconto de 17%: R$ 9,87

Com desconto de 25%: R$ 8,92

LOTE 5

Campo Mourão

Atual: R$ 17,70

Nova: R$ 11,42

Com desconto de 10%: R$ 10,28

Com desconto de 17%: R$ 9,48

Com desconto de 25%: R$ 8,56

LOTE 6

Laranjeiras do Sul

Atual: R$ 15,10

Nova: R$ 7,88

Com desconto de 10%: R$ 7,09

Com desconto de 17%: R$ 6,54

Com desconto de 25%: R$ 5,91


Fonte: AEN