terça-feira, 10 de agosto de 2021

'Nada nem ninguém intimidará as prerrogativas do Congresso', diz Pacheco, presidente do Senado

 "Para cada palavra, para cada fato que possa constituir algum tipo de ameaça ou de colocação em dúvida das nossas balizas democráticas do Brasil sempre haverá pronta reação do Senado e do Congresso", disse o senador, que minimizou o desfile militar desta terça-feira

Rodrigo Pacheco (Foto: Pedro Gontijo/Senado Federal | Marcelo Camargo/Agência Brasil)

247Em resposta ao desfile do comboio de blindados militares por Brasília nesta terça-feira (10), uma tentativa de Jair Bolsonaro, junto das Forças Armadas, de intimidar o Congresso Nacional, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), fez um discurso em defesa do Estado Democrático de Direito e reafirmou o compromisso do parlamento com a democracia brasileira.

Pacheco, que disse não ter visto no desfile nenhum ato intimidatório, se dirigiu aos que viram no ato militar uma ameaça à democracia para dizer que o Senado e o Congresso estão atentos a quaisquer sinais de golpes autoritários. "Para cada palavra, para cada apontamento, para cada fato que possa constituir algum tipo de ameaça, de risco ou de colocação em dúvida das nossas balizas democráticas do Brasil sempre haverá pronta reação do Senado Federal e do Congresso Nacional para afirmar aquilo que temos de mais sagrado, que é o ambiente propício para o progresso e para a ordem do Brasil, que é o ambiente do Estado Democrático de Direito".

O presidente do Senado terminou seu discurso dizendo: "viva a democracia do Brasil".

Veja tudo que falou Rodrigo Pacheco:

"Em nome da presidência do Senado Federal, e não me cansarei de fazê-lo sentado nesta cadeira, a defesa do Estado de Direito e da democracia no Brasil. Isso porque, em alguns momentos em que se acirram os ânimos, em que se discutem ideias de uma maneira mais acalorada e às vezes até mais agressiva, em que se bloqueiam as relações institucionais, que são absolutamente indispensáveis para a democracia do Brasil e muito importantes para os brasileiros, nós devemos afirmar, pelo Congresso Nacional, nossa posição de absoluta e plena obediência à Constituição Federal, de absoluto e pleno respeito ao Estado de Direito, que prevê as garantias fundamentais, os direitos individuais, as liberdades públicas, inclusive a liberdade de manifestação. Portanto, quero dizer que para cada palavra, para cada apontamento, para cada fato que possa constituir algum tipo de ameaça, de risco ou de colocação em dúvida das nossas balizas democráticas do Brasil sempre haverá pronta reação do Senado Federal e do Congresso Nacional para afirmar aquilo que temos de mais sagrado, que é o ambiente propício para o progresso e para a ordem do Brasil, que é o ambiente do Estado Democrático de Direito. Sobre essa manifestação de hoje, o desfile de tanques das Forças Armadas em Brasília, que muitos senadores apontaram como algo que seria indevido, inoportuno, aleatório, devo dizer para aqueles que assim interpretaram que está reafirmado nosso compromisso com a democracia e absolutamente nada nem ninguém haverá de intimidar as prerrogativas do parlamento. Não que eu interprete isso como algo que seja consistente de intimidação ao parlamento, tampouco acredito, pela maturidade institucional que temos, que haja algum risco neste sentido, mas temos que afirmar e reafirmar sempre, para todos, essa nossa responsabilidade cívica com a obediência à Constituição Federal. Não há nada melhor para uma nação do que o ambiente de respeito a uma divergência, da construção de pontes, da construção daquilo que seja realmente importante para o país, das propostas e ideias materializadas em ações efetivas, trabalho, trabalho e trabalho em prol da nação. Considero que isso é que nos fará uma grande nação, que todos nós esperamos que tenhamos no Brasil. Portanto, sem supervalorizar aquilo que não deve ser valorizado, mas absolutamente atento a todas as manifestações que possam constituir, repito, algum tipo de constrangimento ou intimidação ao Congresso Nacional, estaremos sempre prontos, todos nós, e isso é algo que nos converge absolutamente, a reagir a arroubos, bravatas, a ações que definitivamente não calham no Estado Democrático de Direito. Viva a democracia do Brasil".

Relator da PEC do voto impresso já admite derrota na Câmara

 O deputado bolsonarista Filipe Barros culpou o TSE pela “campanha de desinformação” contra o voto impresso

Dep. Filipe Barros (PSL - PR) (Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados)

247 O relator inicial da PEC do voto impresso, o deputado bolsonarista Filipe Barros (PSL-PR), admitiu que a proposta não deve ser aprovada pela Câmara, na tarde desta terça-feira (8). 

“Não acredito numa vitória do voto impresso, infelizmente. O debate saiu do aspecto técnico e, graças à campanha de desinformação promovida pelo próprio TSE (Tribunal Superior Eleitoral), a aprovação da matéria fica prejudicada”, afirmou à coluna de Igor Gadelha, no Metrópoles.

Barros rejeitou a possibilidade de negociar por um “meio-termo” e implementar o voto impresso em apenas parte das urnas. “Qualquer possibilidade de meio-termo deve passar, necessariamente, pela impressão do voto em 100% das urnas. Se tivermos apenas 20% com impressão de voto, os outras 80% continuarão vulneráveis e inauditáveis”, reforçou.

Mais cedo, o deputado acusou o TSE de interferir no Legislativo: “Nós presenciamos uma verdadeira interferência indevida e exagerada do Judiciário no Legislativo, fazendo com que vários líderes partidários alterassem a composição da comissão especial. Mesmo no plenário, se os 513 se manifestarem sem interferência dos líderes, eu acredito que o debate foi contaminado. Foi feita uma verdadeira campanha de desinformação da proposta. Mesmo que seja votada hoje, acho difícil que ela seja aprovada”.

PDT pede à PGR interdição de Bolsonaro por ataques à democracia

 De acordo com o presidente do PDT, Carlos Lupi, "a decisão de entrar com essa nova ação tem a ver com a participação de Bolsonaro no desfile militar, em Brasília. O presidente sofre de insanidade mental e suas ações devem ser apuradas pela PGR"

Carlos Lupi, presidente do PDT (Foto: Divulgação | ABr)


247 O PDT entrou nesta terça-feira (10) com um pedido na Procuradoria-Geral da República (PGR) para a interdição de Jair Bolsonaro. A ação destaca os ataques anti-democráticos do chefe de governo e relembra os momentos em que ele ignorou as medidas sanitárias contra a Covid-19.

O partido afirma que se acreditava que os “arroubos autoritários” de Bolsonaro eram apenas “cenas erráticas para angariar o apoio da população”. “Mas o decorrer dos anos pôs em evidência que o comportamento do Senhor Jair Messias Bolsonaro ostenta caráter patológico, pois não se afigura crível que um presidente da República apresente um extenso histórico de condutas que jamais seriam praticadas por pessoas em plenitude comportamental”, diz a ação.

De acordo com o presidente do PDT, Carlos Lupi, "a decisão de entrar com essa nova ação tem a ver com a participação de Bolsonaro no desfile militar, em Brasília. O presidente sofre de insanidade mental e suas ações devem ser apuradas pela PGR".

Os autores do pedido classificam o desfile militar na Esplanada desta terça-feira como “uma tentativa de intimidação para o poder Legislativo”, “uma loucura” e “uma conduta que não guarda sintonia com o cargo de presidente da República”. 

Outro pedido de interdição foi feito pelo PDT em março deste ano

Confira abaixo a integra do pedido:

Confira abaixo a íntegra do pedido: 


CPI: Gilmar Mendes mantém quebra de sigilo da produtora negacionista Brasil Paralelo

 Senadores suspeitam que a empresa recebeu recursos de pessoas ligadas ao governo Bolsonaro para ajudar a divulgar o 'tratamento precoce' e outras teorias conspiratórias

Ministro Gilmar Mendes. (Foto: Fellipe Sampaio /SCO/STF)

STF - A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia poderá quebrar o sigilo telefônico e telemático da empresa Brasil Paralelo Entretenimento e Educação S.A. a partir de 20 de março de 2020, quando oficialmente foi declarado o estado de emergência devido à Covid-19, sem abranger períodos anteriores. A decisão é do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que deferiu parcialmente pedido de liminar feito pela empresa no Mandado de Segurança (MS) 38117.

O relator também determinou que as informações obtidas pela CPI sejam mantidas sob a guarda do presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito, senador Omar Aziz (PSD/AM), e compartilhados com o colegiado somente "em reunião secreta e quando pertinentes ao objeto da apuração".

De acordo com a decisão, a CPI fundamentou o pedido de acesso às informações telefônicas e telemáticas com base em indícios de ligação da empresa com a divulgação de notícias falsas desde a campanha presidencial de 2018. Na avaliação do ministro Gilmar Mendes, o ato integra a linha investigativa da CPI na apuração de "correlação entre as ações do Governo Federal no enfrentamento da pandemia e a disseminação de notícias falsas por pessoas físicas e veículos de comunicação durante o período".

O ministro ressaltou, no entanto, que o acesso aos dados deve se restringir ao período e objeto delimitados para atuação da CPI, nos termos do parágrafo 3º do artigo 58 da Constituição Federal.

Leia a íntegra da decisão.

Câmara vota MP que permite a empresas contratar jovens sem direitos trabalhistas

 MP 1045 cria regime de trabalho para jovens e desempregados há mais de dois anos que permite a empresas contratá-los sem direitos trabalhistas como férias, FGTS e 13º salário.

(Foto: Vanessa Galassi | Najara Araujo/Câmara dos Deputados)


247 O plenário da Câmara dos Deputados vota na tarde desta terça-feira (10) a Medida Provisória 1045/21, que renova o programa de redução ou suspensão de salários e jornada de trabalho com o pagamento de um benefício emergencial aos trabalhadores. 

A MP também traz vários "jabutis" que retiram direitos de jovens trabalhadores. Entre eles o que cria um regime especial de trabalho, destinado a trabalhadores sem registro há mais de dois anos, jovens de 18 a 29 anos e beneficiários do programa Bolsa Família. O regime, denominado Requip, permite a empresas contratar sem direitos trabalhistas como  férias, FGTS e 13º salário.

A deputada Natália Bonavides protestou contra a MP 1045. "A Câmara está votando neste momento a medida provisória 1045, que na prática irá retirar os direitos trabalhistas dos jovens! Permitirá a contratação sem vínculo trabalhista, férias, FGTS e 13º salário. É a legalização das condições precárias de trabalho!", disse a parlamentar. 

Maior jornal inglês trata Brasil como 'Banana Republic' após desfile militar golpista de Bolsonaro

 Numa reportagem corrosiva, o The Guardian, um dos mais relevantes jornais do Ocidente, qualificou o desfile militar de “tentativa desastrada de um presidente sitiado de projetar força”

(Foto: Reprodução | Marcelo Camargo/Agência Brasil)

247 - The Guardian, o maior jornal inglês, referiu-se ao desfile militar desta terça-feira (10) em Brasília como uma ação “ao estilo república das bananas” do governo Bolsonaro, em reportagem publicada às 16h35 (hora de Londres). Segundo o jornalista Tom Phillips, autor da reportagem, o desfile “foi amplamente visto como a tentativa desastrada de um presidente sitiado de projetar força”.

Leia os principais trechos da reportagem:

“Os críticos denunciaram a decisão ‘ao estilo da república das bananas’ de Jair Bolsonaro de enviar tanques às ruas da capital do Brasil para um raro desfile militar no que foi amplamente visto como a tentativa desastrada de um presidente sitiado de projetar força.

Bolsonaro, cujos índices de audiência despencaram como resultado de sua resposta caótica à pandemia de Covid, observou da rampa de mármore do lado de fora do palácio presidencial uma carreata de veículos blindados passando na manhã de terça-feira.

"Ridículo. Grotesco. Lamentável. Desnecessário. Coisa da Banana Republic ”, tuitou o jornalista brasiliense Brunno Melo enquanto a procissão avançava sob um céu azul perfeito.

O desfile organizado às pressas - que especialistas disseram não ter precedentes nos anos desde a restauração da democracia em 1985 - foi ordenado por Bolsonaro na sexta-feira passada e aconteceu no mesmo dia em que membros do Congresso deveriam votar em planos altamente polêmicos apoiados por Bolsonaro. mudar o sistema de votação do Brasil. (...)

João Roberto Martins Filho, um importante especialista militar, disse que a procissão era "completamente inédita" nas quase quatro décadas desde o fim da ditadura militar de 1964-85 e era uma tentativa de Bolsonaro reafirmar seu domínio.

‘Há quem diga que os chefes militares controlam o Bolsonaro ... mas acho que ele é totalmente incontrolável’, disse Martins Filho.

Políticos de oposição de esquerda e direita condenaram o espetáculo, que o Ministério da Defesa afirmou ter sido realizado para convidar formalmente Bolsonaro para exercícios anuais de treinamento da Marinha que deveriam começar na próxima semana perto da capital. Esses exercícios têm sido realizados todos os anos desde 1988, no entanto, e nunca antes veículos blindados foram enviados para o coração de Brasília, que também abriga o Congresso e a Suprema Corte do Brasil.

Alessandro Vieira, um senador de centro-direita, disse que era inaceitável esbanjar dinheiro público em ‘uma demonstração vazia de poderio militar’. ‘O Brasil não é um brinquedo nas mãos de lunáticos’, tuitou Vieira.

A senadora Simone Tebet denunciou a ‘intimidação indevida e inconstitucional’ do sistema democrático brasileiro.

Omar Aziz, presidente de uma investigação do Congresso sobre uma catástrofe da Covid que matou mais de meio milhão de brasileiros, disse: ‘Bolsonaro acha que isso mostra força, mas na verdade é apenas evidência da fragilidade de um presidente que é encurralado por investigações de corrupção ... e a incompetência administrativa que causou morte, fome e desemprego em meio a uma pandemia descontrolada’. 

Muitos também consideraram a ‘tanqueciata’ (desfile de tanques) do presidente - que durou apenas 10 minutos, apresentava uma seleção distintamente limitada de equipamentos militares expelindo fumaça, e foi assistido por apenas cerca de 100 apoiadores ferrenhos do Bolsonaro - como um fiasco.

Marcelo Soares, jornalista radicado em São Paulo, classificou o desfile como um ‘show legítimo de farsa’.”

Plenário da Câmara inicia sessão para votar PEC do voto impresso

 Câmara manteve a votação, apesar do desfile de veículos militares na Esplanada dos Ministérios. O texto foi rejeitado pela comissão especial na última sexta-feira (6), por 22 votos a 11

(Foto: Najara Araujo/Câmara dos Deputados)

247 com Agência Câmara - A Câmara dos Deputados iniciou na tarde desta terça-feira (10) a sessão do plenário que irá votar a PEC do Voto Impresso (Proposta de Emenda à Constituição 135/19). O texto foi rejeitado pela comissão especial na última sexta-feira (6), por 22 votos a 11.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), manteve a votação mesmo após a manifestação militar prevista na Esplanada dos Ministérios. Lira disse que é uma "trágica coincidência" a manifestação ocorrer no mesmo dia em que a Câmara pautou a PEC do Voto Impresso.

O Plenário deverá analisar o texto original da PEC, de autoria da deputada Bia Kicis (PSL-DF), que determina a impressão de “cédulas físicas conferíveis pelo eleitor” independentemente do meio empregado para o registro dos votos em eleições, plebiscitos e referendos. Para ser aprovada, uma PEC precisa do voto favorável de 308 deputados em dois turnos de votação, além de passar pelo Senado, também em dois turnos.

Redução de jornada

A Câmara pode analisar ainda a Medida Provisória 1045/21, que renova o programa de redução ou suspensão de salários e jornada de trabalho com o pagamento de um benefício emergencial aos trabalhadores.

O parecer preliminar do relator, deputado Christino Aureo (PP-RJ), inclui vários outros temas no texto, como programas de primeiro emprego e de requalificação profissional, mudanças na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e definição de quem pode contar com gratuidade no acesso à Justiça.

Previsto na MP, o Novo Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda garante o pagamento de uma parte do seguro-desemprego ao trabalhador que tiver o contrato suspenso ou o salário e a jornada reduzidos. Inicialmente, as regras serão por 120 dias contados da edição da MP (28 de abril), mas poderão ser prorrogadas se houver orçamento por período definido em regulamento do Poder Executivo.

Já o texto do relator estabelece também o Programa Primeira Oportunidade e Reinserção no Emprego (Priore), que será direcionado a jovens entre 18 e 29 anos, no caso de primeiro emprego com registro em carteira, e a pessoas com mais de 55 anos sem vínculo formal há mais de 12 meses.

Está previsto ainda o Requip, um regime especial de trabalho, qualificação e inclusão produtiva, destinado a quem está sem registro em carteira de trabalho há mais de dois anos, a jovens de 18 a 29 anos e a beneficiários do Bolsa Família com renda mensal familiar de até dois salários mínimos.

Essa inclusão produtiva não será considerada vínculo empregatício para qualquer fim e prevê o pagamento de bônus pelo trabalho em jornadas semanais de até 22 horas (BIP) e de bônus por participação em cursos de qualificação de 180 horas ao ano (BIQ).

Cargos no Executivo

Outra MP em pauta é a 1042/21, que reformula a estrutura de cargos em comissão e funções de confiança no âmbito do Executivo, autarquias e fundações.

O texto transforma os cargos em comissão do grupo Direção e Assessoramento (DAS) em Cargos Comissionados Executivos (CCE). Esses cargos podem ser ocupados tanto por servidores efetivos como por qualquer pessoa que preencha requisitos gerais de acesso em livre nomeação.

As Funções Comissionadas Executivas (FCE) criadas pela MP serão ocupadas exclusivamente por servidores efetivos de quaisquer órgãos ou poderes da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios. Essas funções substituirão as funções comissionadas do Poder Executivo (FCPE), as funções comissionadas técnicas (FCT) e as funções gratificadas (FG).

Proteção de dados

Também na pauta consta a PEC 17/19, do Senado Federal, que coloca a proteção de dados pessoais, inclusive nos meios digitais, como direito fundamental.

Segundo o substitutivo da comissão especial, de autoria do deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), caberá privativamente à União legislar sobre o tema. O texto especifica ainda que o órgão regulador será uma entidade independente, integrante da administração pública federal indireta e submetida a regime autárquico especial.

Acompanhe ao vivo: 

Paraná inicia distribuição de mais 212 mil vacinas contra a Covid-19; veja a divisão

 

As doses são divididas entre 141.570 Pfizer/BioNTech e 26.400 CoronaVac/Butantan para D1, e as 44.100 CoronaVac/Butantan para D2. Os imunizantes estavam armazenados no Centro de Medicamentos do Paraná (Cemepar).

© Gilson Abreu/AEN


O Governo do Estado iniciou a distribuição de 212.070 vacinas contra a Covid-19 para as 22 Regionais de Saúde do Paraná nesta terça-feira (10). Ao todo, são 167.970 primeiras doses (D1) da 36ª remessa do Ministério da Saúde, que chegaram ao Estado nesta segunda-feira (9), e 44.100 segundas aplicações (D2) referente à 31ª pauta.

As doses são divididas entre 141.570 Pfizer/BioNTech e 26.400 CoronaVac/Butantan para D1, e as 44.100 CoronaVac/Butantan para D2. Os imunizantes estavam armazenados no Centro de Medicamentos do Paraná (Cemepar).

“Seguindo a orientação do governador Ratinho Junior, estamos descentralizando essas doses logo que chegam ao Paraná, de forma justa e igualitária entre todos os municípios, para que o Estado caminhe junto aos 80% da população adulta vacinada com uma dose ou dose única até o final deste mês e 100% até setembro”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

A logística de distribuição das doses será realizada via aérea para as Regionais de Saúde de Foz do Iguaçu, Cascavel, Campo Mourão, Umuarama, Cianorte, Paranavaí, Maringá, Apucarana, Londrina, Cornélio Procópio, Jacarezinho, Toledo e Ivaiporã, e para as Regionais de Saúde de Paranaguá, Metropolitana, Ponta Grossa, Irati, Guarapuava, União da Vitória, Pato Branco, Francisco Beltrão e Telêmaco Borba por meio terrestre.

Com essa remessa, o Paraná já descentralizou todas as primeiras doses que recebeu do Ministério da Saúde e tem armazenado apenas doses correspondentes à segunda aplicação. Em quase sete meses de campanha, a logística permanece a mesma: distribuição em até 24 horas para os municípios a partir do recebimento. Quase 8,7 milhões de doses já foram aplicadas no Paraná.

Confira a distribuição de doses por Regional de Saúde:

CoronaVac D1 clique AQUI, CoronaVac D2 clique AQUI e Pfizer D1 clique AQUI.

Fonte: AEN

Apucarana confirma mais dois óbitos e 15 novos casos de Covid-19 nesta terça-feira

 

A Autarquia Municipal de Saúde (AMS) confirmou nesta terça-feira (10) mais dois óbitos e 15 novos casos de Covid-19 em Apucarana. O município soma agora 459 mortes provocadas pela doença e 16.660 diagnósticos positivos do novo coronavírus.

O primeiro óbito é de um homem de 56 anos, com transplante renal. Ele foi internado em 5 de agosto no Hospital Angelina Caron, em Campina Grande do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), e morreu no domingo (8). O segundo óbito é de um homem de 78 anos, com quadro de etilismo. Ele foi internado no Hospital da Providência em 29 de julho e morreu na segunda-feira (9).

Secretaria da Mulher diploma pintoras de obras em curso pioneiro

 Centro de Oficinas forma pela primeira vez mulheres aptas a trabalhar em construção civil e reformas


Esta terça-feira (10) foi dia de formatura no Centro de Oficinas da Mulher, escola profissionalizante da Secretaria Municipal da Mulher. O curso teve um diferencial: o pioneirismo na formação de mão de obra feminina para a construção civil, campo de trabalho quase exclusivo dos homens.

Tanques desfilam por Brasília (vídeos)

 A partir de 8h30, tanques e blindados tomaram a Esplanada dos Ministérios para uma demonstração de força sem precedentes desde o fim do regime militar

(Foto: Reprodução)

247 - Tanques desfilaram pela Esplanada dos Ministéripor a partir de 8h30 desta terça-feira. Na rampa do Palácio do Planalto, Jair Bolsonaro e os comandantes militares estavam posicionados para que o comboio de blindados passasse diante deles.

Há alarme no Congresso Nacional e na cúpula do Judiciário com o desfile. As imagens do desfile foram exibidas em uma live transmitida pelo Facebook de Bolsonaro.

Estavam ao lado de Bolsonaro na porta do Palácio o ministro da Defesa, Walter Braga Netto, e os chefes militares da Aeronáutica, Exército e Marinha. O presidente acenou durante a passagem do comboio, enquanto seguidores gritavam ao fundo.

Veja:

 

Alvo da CPI da Covid, coronel Hélcio Bruno intermediou mais de US$ 33 milhões com o Ministério da Defesa

 Com depoimento marcado para esta terça-feira (10) na CPI da Covid, o tenente-coronel da reserva Hélcio Bruno de Almeida teria atuado como facilitador da Suntech Soluções de Inteligência junto à área militar. A empresa foi adquirida pela companhia israelense Verint Systems

Coronel Helcio Bruno (Foto: Reprodução/Twitter)

247 - Com depoimento marcado para esta terça-feira (10) na CPI da Covid, o tenente-coronel da reserva Hélcio Bruno de Almeida intermediou pelo menos três negociações envolvendo milhões de dólares no Ministério da Defesa. A informação foi publicada em reportagem do portal Uol

Nos contratos junto ao Exército, Hélcio Bruno teria atuado como facilitador da Suntech Soluções de Inteligência junto à área militar. A empresa foi adquirida pela companhia israelense Verint Systems.

O lobby feito pelo militar da reserva teria rendido contratos milionários da Verint junto ao Ministério da Defesa nos últimos anos. 

O tenente é especialista e "consultor de Defesa e Segurança", segundo seu currículo Lattes atualizado até o dia 29 de junho de 2020.

Contratos

Em 8 de outubro de 2018 foi publicado no Diário Oficial da União um "extrato de inexigibilidade de licitação" de um contrato no valor superior a US$ 11,9 milhões. O dinheiro serviria para que o Exército Brasileiro adquirisse uma solução integrada "para a ampliação e atualização de sistemas de hardware e software da plataforma Verint". 

Dois meses antes, o Centro de Comunicações e Guerra Eletrônica do Exército havia feito um acordo de compensação com a Verint que contemplava "16 projetos de compensação" concordados no ano anterior. O valor desembolsado foi de US$ 10,5 milhões e o pagamento ocorreu por meio da Comissão do Exército Brasileiro em Washington (CEBW). Mas a soma de dois dos três contratos que basearam o acordo de compensação foi de US$ 8 milhões

Em 2020, outro aditivo também teria contado com a influência de Hélcio Bruno. Assinado pelo então comandante de Comunicações e Guerra Eletrônica, Carlos Alberto Dahmer, três projetos de compensação firmados em 2019 custaram quase US$ 10,8 milhões à União.

O Centro de Comunicação Social do Exército disse que Hélcio Bruno "não intermediou nem atuou de qualquer forma como representante das empresas citadas". "Cabe destacar que o Exército Brasileiro conduz os seus processos de compra cumprindo rigorosamente os princípios da Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência", afirmou em comunicado.

CPI da Covid

Representantes da empresa Davati disseram a parlamentares da Comissão Parlamentar de Inquérito que Helcio Bruno intermediou um encontro entre eles e o então secretário-executivo do Ministério da Saúde, coronel Elcio Franco. 

Na ocasião, eles teriam discutido a compra de 400 milhões de doses da vacina produzida pela AstraZeneca. 

A CPI investiga escândalos de corrupção envolvendo a aquisição de imunizantes pelo governo Jair Bolsonaro.

Messi chega a acordo com PSG, diz L'Equipe

 Segundo a publicação, a expectativa é que Messi chegue à capital da França e vá direto realizar exames médicos

Messi se despede do Barcelona entre lágrimas e diz que negocia com o PSG (Foto: REUTER

247 - Lionel Messi pode estar perto de ser anunciado como reforço do Paris Saint-Germain. De acordo com o jornal francês L'Équipe, o argentino chegou a um acordo com o clube francês e deve viajar a Paris nas próximas horas para sacramentar o acordo. A informação é do portal UOL.

Segundo a publicação, a expectativa é que Messi chegue à capital da França e vá direto realizar exames médicos. Em seguida, ele segue para a sede do clube para assinar o contrato de dois anos (com mais um de opção).

A coletiva de apresentação estaria agendada para esta quarta-feira na França.

Já o especialista em transferências Fabrizio Romano afirma que Messi vai receber em torno de R$ 215 milhões por temporada.

'Desconjuntado', 'impossível de executar' e 'amador'; especialistas criticam novo Bolsa Família

 Especialistas apontam que a proposta do governo não é de aperfeiçoamento do Bolsa Família, mas de destruição do programa

(Foto: ABr)

247 - A proposta do governo para o Auxílio Brasil, programa substituto do Bolsa Família apresentado nesta segunda-feira (9), foi recebida com preocupação por especialistas em políticas públicas. A reportagem é do jornal Folha de S.Paulo. 

Eles concordam que o programa deve ser constantemente aperfeiçoado para reduzir a vulnerabilidade de famílias brasileiras, sobretudo após a crise provocada pelo novo coronavírus, mas chama a atenção a complexidade da proposta.

A MP (Medida Provisória) apresentada pelo governo inclui benefícios de primeira infância na mesma cesta de auxílio ao esporte escolar e iniciação científica e incentivos de inclusão produtiva.

Para Tereza Campello, que foi ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome no governo da presidente Dilma Rousseff (PT), a proposta do governo não é de aperfeiçoamento do Bolsa Família, mas de destruição do programa.

"O Bolsa Família vem sendo melhorado ao longo dos últimos 18 anos. O que eles estão fazendo é destruir o programa, substituindo a sua essência por algo que nunca foi testado", diz ela.

"Não dá para comparar com o programa em 2014 e dizer que ele está sendo ampliado, é preciso comparar com o que está acontecendo agora no Brasil —e são 39 milhões recebendo benefícios do governo federal."

Ainda de acordo com a reportagem, Campello acrescenta que a essência do Bolsa Família é ser um programa com foco e de simples entendimento, para facilitar a operacionalização com os municípios. "O governo quer transformar um programa que é simples em algo complicado, desconjuntado e disfuncional."

Um dos criadores do Bolsa Família, o superintendente executivo do Instituto Unibanco, Ricardo Henriques, também faz uma análise dura da forma como o governo tenta mudar o programa.

"Na época em que coordenamos o projeto, eram vários programas de transferência e era necessário criar uma lógica que alinhasse todos eles, para mitigar a pobreza e criar um vínculo de mobilidade social", diz.

Parlamentares de oposição farão ato em frente ao Congresso contra o desfile militar golpista de Bolsonaro

 Manifestação será em defesa da democracia e do Congresso Nacional, sob ameaça de golpe

(Foto: divulgação)

247 - Parlamentares de oposição farão manifestação em defesa do Congresso Nacional na manhã desta terça-feira (10), em contraposição ao desfile de blindados promovido por Jair Bolsonaro e as Forças Armadas.

Deputados e senadores vão se manifestar contra o desfile militar de Jair Bolsonaro com as Forças Armadas, visto como tentativa de intimidação do Poder Legislativo. 

Os parlamentares se reunirão no salão negro da Câmara dos Deputados às 10h e posteriormente se colocarão em frente ao Congresso, para simbolizar a defesa do Legislativo, informa o Painel da Folha de S.Paulo

Renan Calheiros: "Bolsonaro praticou todo tipo de ilegalidade e de crime"

 Negacionismo no enfrentamento à pandemia, que inclui o atraso proposital na compra de vacinas e a prevaricação no caso Covaxin, são motivo para a CPI da Covid enquadrar Jair Bolsonaro por crime de responsabilidade

Renan Calheiros e Bolsonaro (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado | REUTERS/Ueslei Marcelino)

247 - O relator da CPI da Covid, senador Renan Calheiros (MDB-AL) disse na noite desta segunda-feira (9) que a perspectiva é que Jair Bolsonaro seja enquadrado em crime de responsabilidade pela forma como conduziu o enfrentamento à pandemia. 

Em entrevista ao programa "Roda Vida", da TV Cultura, Renan afirmou que o ocupante do Palácio do Planalto prevaricou no caso Covaxin.

Renan disse que "não há nenhuma dúvida" quanto a esse crime de Bolsonaro. "Estamos avançando para recolher suas digitais na negociação da Covaxin, que era a única vacina que Bolsonaro queria. Ele estava pedindo para (o governo) comprar 20 milhões de doses da Covaxin, enquanto negava 170 milhões de doses da OMS, da Pfizer e do Butantan", enfatizou o relator da CPI, que vai antecipar a entrega do relatório final sobre os trabalhos da comissão . Bolsonaro "praticou todo tipo de ilegalidade e de crime", afirmou o senador alagoana, conforme O Globo.

No decorrer da entrevista, o relator da CPI também disse que o filho do presidente, o senador Flavio Bolsonaro (Patriota-RJ), cometeu o crime de advocacia administrativa, quando um servidor defende interesses particulares no órgão público em que trabalha.

"Ele fez uma confissão na CPI de que estava fazendo advocacia administrativa, ao dizer que levou o dono da Precisa (Francisco Maximiano) ao BNDES".  Renan disse ainda que Maximiano não depôs na CPI por ter fugido duas vezes dessa obrigação. 

Contas falsas propagam tuítes com hashtags a favor do voto impresso

 Após live de Jair Bolsonaro em 29/7, ao menos 3.141 postagens a favor do voto impresso foram feitas no Twitter por contas inautênticas

(Foto: Reprodução/Twitter)

Portal Metrópoles - Segundo a plataforma americana Bot Sentinel, que monitora a articulação de contas falsas no Twitter, pelo menos 3.141 publicações com hashtags a favor do voto impresso foram publicadas no servidor por contas falsas desde 29 de julho.

As publicações utilizam hashtags como #votoauditavel e #votoimpresso, mensagens repetidas por apoiadores do presidente que defendem a inserção do voto impresso nas eleições de 2022. Entre todas as hashtags monitoradas, a que mais foi utilizada em mensagens foi a #brasilpelovotoauditavel. Foram contabilizados 2.612 tuítes publicados por robôs com essa frase.

O Bot Sentinel foi criado em 2018 pelo americano Christopher Bouzy, e rastreia de forma constante o uso de hashtags em postagens feitas por contas que não são reais, isto é, que aparentam serem automatizadas. Os tuítes para análise desta reportagem foram coletados e analisados pelo (M)Dados, núcleo de análise de grande volume de informações do Metrópoles, junto à plataforma da ferramenta.

Após mais de 40 minutos de discurso, Bolsonaro realizou uma live para, segundo ele, “denunciar fraude eleitoral nas urnas eletrônicas“. O presidente, entretanto, não apresentou provas e, com ataques ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), declarou que “não tem como se comprovar que as eleições não foram ou foram fraudadas”.

Fonte: Brasil 247 

Lira diz que desfile golpista de Bolsonaro foi apenas uma "trágica coincidência"

 Presidente da Câmara disse ainda que votação sobre voto impresso pode ser adiada caso parlamentares se sintam intimidados pelos blindados na Esplanada

Arthur Lira (Foto: Najara Araujo/Câmara dos Deputados)

247 – O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), avaliou como "trágica coincidência" o fato de Jair Bolsonaro ter convocado um desfile de tanques blindados, na Praça dos Três Poderes, no dia da votação que pode enterrar o voto impresso em plenário. “Não é usual”, disse ele. “E não sendo usual, em um País polarizado do jeito que o Brasil está, isso dá cabimento para que se especule de algum tipo de pressão. Entramos em contato com o Palácio do Planalto, falei com o presidente e ele garantiu não haver esse intuito”, afirmou.

“Essa Operação Formosa acontece desde 1988 aqui em Goiás com movimentações da Marinha. Esse ano serão acrescidos o Exército e a Aeronáutica. Então não é uma coisa que foi inventada, mas também nunca houve desfile na Esplanada dos Ministérios para ir a Formosa (GO) e parar na frente do Palácio do Planalto”, disse ainda Lira.

Ordem golpista para colocar tanques na rua e intimidar Congresso e STF partiu de Bolsonaro

 Decisão foi tomada após a derrota do voto impresso na comissão da Câmara e representa mais um crime de responsabilidade, ao ameaçar o Brasil com uma nova ditadura

(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil | Exército Brasileiro)

247 – Jair Bolsonaro cometeu novo crime de responsabilidade, ao obrigar a Marinha a colocar tanques na rua para intimidar o Congresso Nacional. A decisão foi tomada após a derrota do voto impresso numa votação da Câmara dos Deputados. "A ordem para a Marinha desviar seus tanques e lançadores de mísseis para um desfile no centro da capital da República, esta terça-feira, 10, horas antes da votação do voto impresso, partiu do Palácio do Planalto e do Ministério da Defesa – e, ao contrário da versão oficial, foi dada na sexta-feira passada. Foi uma ordem política, com relação de causa e efeito com a iminência da derrota do presidente Jair Bolsonaro no plenário da Câmara", informa a jornalista Eliane Cantanhêde, no Estado de S. Paulo.

N"a sexta-feira, enquanto o presidente da Câmara, Arthur Lira, desconsiderava a derrota do voto impresso na Comissão Especial e jogava a decisão para o plenário nesta terça-feira, o presidente e o ministro da Defesa, general Braga Netto, determinavam a mudança do roteiro anual do comboio da Marinha para os tanques desfilarem no centro de Brasília antes da votação que Bolsonaro considera de vida ou morte", prossegue Eliane.

"A previsão é de que o comboio atravesse a Esplanada dos Ministérios, contorne o Congresso, passe em frente ao Supremo e vá até o Planalto para entregar ao presidente Bolsonaro e ao ministro da Defesa, general Walter Braga Netto, o convite do maior exercício militar da Marinha, a Operação Formosa, no dia 16. Os tanques e lançadores de mísseis, portanto, ficarão em frente ao... Supremo, do outro lado da Praça dos Três Poderes", detalha ainda a jornalista.