O economista condenou as manchetes na grande imprensa destacando um quadro de “estabilidade” no desemprego, enquanto, na realidade, o Brasil registrou número recorde de trabalhadores desocupados no último trimestre. “É incrível como a mídia é fechada com o Guedes”. Assista na TV 247
247 - O economista Eduardo Moreira criticou a cobertura da grande imprensa sobre o aumento do desemprego no Brasil. O acréscimo de 400 mil trabalhadores desocupados nas estatísticas foi destacado em alguns veículos de comunicação como um quadro de “estabilidade”.
Em entrevista à TV 247, ele reforçou que as manchetes estão alinhadas com a agenda do ministro da Economia, Paulo Guedes. “São 400 mil pessoas a mais desempregadas. Então, não é estabilidade. É incrível como a mídia é fechada com o Guedes”, observou.
O contingente atual de desempregados (14,8 milhões) é o maior desde 2012, início da série histórica da pesquisa Pnad Contínua.
Moreira condenou, ainda, a intensificação das privatizações durante a pandemia, o que ele considera uma “covardia”. “O Guedes é mais que o porta-voz, ele é o executor de um plano que vem há muito tempo sendo executado, mas não com a velocidade de agora. A gente é o único país do mundo que, no meio de uma pandemia incrivelmente mortal e descontrolada, privatiza a Eletrobrás, vende um monte de empresas da Petrobrás, passa a reforma administrativa… No mundo inteiro, os países pararam para resolver a pandemia. No Brasil, a gente esqueceu a pandemia e resolveu acelerar as reformas que eles estavam querendo passar antes da pandemia oportunisticamente, aproveitando que o pessoal estava distraído com a pandemia. Isso é de uma crueldade, covardia e agressão contra o povo brasileiro sem precedentes”, lamentou.
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