quinta-feira, 5 de agosto de 2021

Hostilizada por Bolsonaro, China reduz investimentos no Brasil em 74%

 Fluxo de investimentos caiu de US$ 7,3 bilhões para US$ 1,9 bilhão em 2021, indicando que a diplomacia de Jair Bolsonaro causa prejuízos concretos à economia brasileira

Jair Bolsonaro e Xi Jinping (Foto: Isac Nóbrega/PR)

BRASÍLIA (Reuters) - Depois de mais do que dobrar em 2019, aparentemente inabalada pela retórica anti-China de Jair Bolsonaro em sua campanha eleitoral, a entrada de investimentos chineses no Brasil não resistiu ao baque da crise gerada pela pandemia da Covid-19 e, no ano passado, despencou 74%, atingindo o menor patamar em seis anos.

É o que mostra pesquisa inédita do Conselho Empresarial Brasil-China divulgada nesta quinta-feira.

O fluxo de investimentos chineses para o Brasil ficou em 1,9 bilhão de dólares em 2020, ante 7,3 bilhões de dólares no ano anterior. A retração no período foi maior do que a queda total dos investimentos diretos líquidos no país no ano, de cerca de 50%, segundo dados do Banco Central.

Polícia Civil encaminha para o Supremo pedido de investigação de Joice Hasselmann contra senador

 Na ocorrência registrada pela Polícia Civil, a deputada do PSL-SP acusou Styvenson Valentim (Podemos-RN) de atentar contra a sua honra durante uma live feita em uma rede social ao comentar as agressões da parlamentar

Joice Hasselmann e Styvenson Valentim (Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados | Waldemir Barreto/Agência Senado

247 - O delegado-chefe da Polícia Civil do Distrito Federal encaminhou nessa quarta-feira (4) para o Supremo Tribunal Federal (STF) o pedido de investigação feito pela deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP) contra o senador Styvenson Valentim (Podemos-RN). O envio para o Supremo foi feito por "ausência de atribuição investigativa" da polícia, de acordo com informação publicada pelo jornal O Globo.

Na ocorrência registrada pela Polícia Civil, a parlamentar acusou Styvenson de atentar contra a sua honra durante uma live feita em uma rede social. Na transmissão, em resposta a um participante que comentou sobre as lesões sofridas pela deputada, o senador teria dado a seguinte resposta: "Aquilo ali, das duas uma. Ou duas de quinhentos (Styvenson leva as mãos à cabeça, fazendo chifres) ou uma carreira muito grande (inspira, como se cheirasse cocaína). Ai ficou doida e pronto... saiu batendo".

A deputada relatou ter sido vítima de uma agressão na noite do dia 17 de julho. Ela disse que assistia a uma série em seu apartamento funcional, em Brasília (DF), quando teve um lapso de memória e acordou no dia seguinte sobre uma poça de sangue e não se lembrou do que tinha acontecido. A deputada sofreu cinco fraturas na face e uma na coluna.

A Polícia Legislativa e a Polícia Civil do Distrito Federal investigam o caso.

Bolsonaro faz sua ameaça mais explícita de golpe e diz que vai agir fora da Constituição

 Em entrevista, Jair Bolsonaro diz que inquérito de Alexandre de Moraes é ilegal e que "antídoto" virá "fora das quatro linhas da Constituição". Ele comete novo crime de responsabilidade ao afirmar que vai ignorar a legalidade

(Foto: Alan Santos/PR | Dorivan Marinho/SCO/STF)

247 - Jair Bolsonaro fez em entrevista na noite desta quarta-feira (4) sua ameaça mais explícita de golpe, no contexto da escalada da crise contra o Judiciário. Segundo ele, o inquérito das fake news, no qual o ministro Alexandre de Moraes, do STF, incluiu o presidente, é ilegal, e que por isso, o antídoto será dado fora da Constituição.

“Ainda mais um inquérito que nasce sem qualquer embasamento jurídico, não pode começar por ele [pelo Supremo Tribunal Federal]. Ele abre, apura e pune? Sem comentário. Está dentro das quatro linhas da Constituição? Não está, então o antídoto para isso também não é dentro das quatro linhas da Constituição”, disse à Jovem Pan.

Moraes citou 11 crimes que podem ter sido cometidos por Bolsonaro nos ataques ao sistema eleitoral. A inclusão de Bolsonaro na ação foi feita a pedido do Tribunal Superior Eleitoral, que também vem recebendo ataques diários do chefe do Planalto, especialmente na figura do presidente, ministro Luís Roberto Barroso.

Em outro momento da entrevista, Bolsonaro voltou a fazer a ameaça: “o meu jogo é dentro das quatro linhas [da Constituição]. Se começar a chegar algo fora das quatro linhas, eu sou obrigado a sair das quatro linhas, é coisa que eu não quero. É como esse inquérito, do senhor Alexandre de Moraes. Ele investiga, pune e prende? É a mesma coisa”.

Manifesto da elite financeira rechaça tentativa de golpe bolsonarista e cobra respeito às eleições

 O documento tem a adesão de intelectuais, empresários e políticos. Entre os nomes que assinam estão os banqueiros Roberto Setúbal e Pedro Moreira Salles, do Itaú Unibanco, o financista Armínio Fraga, e os economistas Pedro Malan e Persio Arida, assim como o ex-senador Cristovam Buarque

(Foto: Midia Ninja / Agência Brasil)

247 - Um manifesto assinado por mais de 250 acadêmicos, empresários, intelectuais, políticos, artistas e outras personalidades da sociedade civil pede respeito às eleições de 2022 e a garantia de realização do pleito, em resposta às ameaças golpistas de Jair Bolsonaro.

O texto cita a crise sanitária, social e econômica, as mortes pela Covid-19 e o desemprego. 

Sob o título "Eleições serão respeitadas", o documento plural é também uma expressão de confiança no sistema eletrônico de votação e na Justiça Eleitoral que se encontram sob ataque de Bolsonaro. Entre os signatários estão nomes de peso do mundo empresarial e financeiro, como Frederico e Luiza Trajano, do Magazine Luiza, Pedro Moreira Salles e Roberto Setubal, do Banco Itaú Unibanco, Carlos Jereissati, do Iguatemi, Pedro Passos e Guilherme Leal, da Natura, e Luis Stuhlberger, gestor do Fundo Verde. Também assinam economistas como Armínio Fraga, Pedro Malan, Ilan Goldfajn, Persio Arida, André Lara Resende, Alexandre Schwartsman e Maria Cristina Pinotti.Os signatários fazem profissão de fé nas aspirações nacionais e na estabilidade democrática, defendem a realização das eleições e que seus resultados sejam aceitos por todos os envolvidos. 

Um dos signatários do documento, Paulo Hartung, ex-governador do Espírito Santo compara o golpismo de Bolsonaro com o do ex-presidente dos EUA Donald Trump, ao afirmar que o questionamento do sistema eleitoral  brasileiro é uma cópia malfeita do que aconteceu nas eleições americanas com a questão do voto pelo correio, informa a Folha de S.Paulo.

Mais alunos retornam aos bancos escolares em Apucarana

 A partir da próxima segunda-feira (9/8), os CMEIs devem começar a receber as crianças matriculadas nas turmas de Maternal 2 e 3; e as Escolas estenderão as aulas presenciais aos estudantes do 3º ano do Ensino Fundamental

Em reunião realizada na tarde desta quarta-feira (4/8), os membros do Comitê Municipal de Avaliação do Retorno às Aulas aprovaram, por unanimidade, a proposta do prefeito Junior da Femac e da secretária Marli Fernandes de ampliar o número de alunos atendidos presencialmente na rede municipal de educação de Apucarana. Sendo assim, a partir da próxima segunda-feira (9/8), os centros infantis (CMEIs) devem começar a receber as crianças matriculadas nas turmas de Maternal 2 e 3, enquanto as escolas estenderão as aulas presenciais aos estudantes do 3º Ano.

O prefeito Junior da Femac frisou que o retorno ao ensino presencial não é obrigatório. “Os pais têm autonomia para decidir se querem que seus filhos voltem aos bancos escolares ou se preferem que eles continuem assistindo remotamente às aulas. Em última instância, a decisão é de cada família,” disse.

quarta-feira, 4 de agosto de 2021

Regional debate políticas para o envelhecimento saudável da população

 Encontro na Adefiap foi coordenado pela Secretaria de Justiça, Família e Trabalho do Governo do Paraná (Sejuf) e reuniu prefeitos, vice-prefeitos e secretários da Assistência Social

(Foto:PMA)

Uma reunião técnica promovida pelo escritório Regional Apucarana da Secretaria de Justiça, Família e Trabalho do Governo do Paraná (Sejuf) debateu ações públicas para a promoção de longevidade com qualidade de vida para todas as idades. O encontro, que aconteceu nesta quarta-feira (04/08) na sede da Associação dos Deficientes Físicos de Apucarana (Adefiap), contou com a presença de prefeitos, vice-prefeitos e secretários municipais da Assistência Social de municípios abrangidos pela regional.

O prefeito Júnior da Femac esteve representado pela secretária Municipal da Assistência Social, Ana Paula Nazarko, acompanhada da assessora técnica Ana Maria Schmidt. Os trabalhos técnicos foram dirigidos pela Chefe do Departamento de Política da Pessoa Idosa da Sejuf (DPPI/Sejuf), Adriana Santos de Oliveira. “O fortalecimento das políticas de atenção ao idoso nos municípios é uma das bandeiras do governo Ratinho Júnior e vem sendo desenvolvida com muita competência pelo nosso secretário da Sejuf, Ney Leprevost”, pontuou Juliana Elisa da Silva, chefe do escritório Regional Apucarana da Sejuf.

Apucarana vacina 2ª dose da astraZeneca na quinta e sexta-feira

 


Apucarana vacina amanhã os apucaranenses que têm a 2ª dose da astraZeneca agendada para o dia 5 de agosto e na sexta-feira é a vez de aplicar a 2ª dose da astraZeneca para aqueles quem têm essa imunização marcada para 6 de agosto.

Nestes dois dias são esperados mais 2,7 mil apucaranenses para completar a imunização contra a Covid-19. A vacinação é realizada no Complexo Esportivo Lagoão, no sistema drive-thru e dentro do ginásio para quem for a pé, no horário de 8h30 até as 17 horas.

Júnior da Femac garante mais investimento no Esporte

 Empolgado com a realização dos Jogos Olímpicos de Tóquio, prefeito disse que quer melhorar as modalidades já existentes e implantar novos esportes dentro do município

(Foto: PMA)

Com a retomada esportiva prevista para o dia 15 de setembro, o prefeito Júnior da Femac anunciou nesta quarta-feira (04/08) que vai investir ainda mais forte no setor em Apucarana que, em 2021, será sede dos Jogos Universitários, Jogos da Juventude e Jogos Abertos do Paraná. O anúncio do investimento foi feito em reunião realizada no gabinete da Prefeitura, juntamente com a vereadora Jossuela Pirelli, o professor José Marcelino da Silva, o Grillo, secretário municipal de Esportes; e o superintendente da pasta, Tom Barros.

Comitivas conhecem a rede municipal de educação de Apucarana

 O prefeito Junior da Femac e a secretária Marli Fernandes receberam um grupo de educadores da cidade de Maringá na manhã de hoje (4/8) e outro proveniente do município de Ivaiporã ontem (3/8)


O prefeito Junior da Femac e a secretária de educação Marli Fernandes receberam, nesta semana, a visita de duas comitivas de cidades da região que vieram conhecer a estrutura, os projetos e os investimentos que vêm sendo feitos, nos últimos anos, na rede municipal de ensino de Apucarana.

Na manhã desta quarta-feira (4/8), a secretária de educação de Maringá, Tania Periotto, e suas assessoras Andreia Américo e Rosângela de Aguiar estiveram na sede da Autarquia Municipal de Educação de Apucarana. “Eu vim conhecer pessoalmente a professora Marli Fernandes e trocar ideias com ela sobre boas práticas no ensino público. Entre os projetos apresentados, eu gostei particularmente daquele que leva bibliotecas para dentro das salas de aula,” disse a secretária Tânia.

Outro grupo de educadores, proveniente da cidade de Ivaiporã, visitou a rede municipal de ensino de Apucarana na manhã de ontem (3/8). “Eu fiquei impressionada com a estrutura e a equipe que vocês têm aqui. Estou levando diversas ideias interessantes que pretendo apresentar ao nosso prefeito Luiz Carlos Gil,” disse a secretária de educação de Ivaiporã, Roseli de Carvalho Oliveira.

Além da secretária Roseli Oliveira, a comitiva de Ivaiporã era formada pelas assessoras técnicas Hozana Gonçalves, Juscélia Sebold, Edicreusa Huida, Tais Diniz Silva, Daiane Soares, Margarete Mattei e Ivanira Feitosa da Silva.

O prefeito Junior da Femac acompanhou a visita da comitiva de Maringá. “A educação apucaranense é referência atualmente para o Brasil. No último final de semana, o Prêmio Band Cidades Excelentes apontou estamos em 4º lugar no ranking dos municípios, com mais de cem mil habitantes, que oferecem o melhor ensino público às suas crianças. É uma honra recebermos comitivas de outros municípios e compartilharmos os projetos e iniciativas que trouxeram nossa educação a este patamar,” disse o gestor.

Para a secretária de educação de Apucarana, Marli Fernandes, as trocas de experiências são sempre valiosas. “Os nossos alunos vêm se destacando em diversas premiações e avaliações externas. Isso chama a atenção de outros municípios, que eventualmente nos procuram em busca de informações sobre o nosso trabalho. Porém, é importante frisar que as visitas são como uma via de mão dupla e nós também aprendemos muito com os relatos que ouvimos,” afirmou.

A Autarquia Municipal de Educação de Apucarana ainda deve receber, na próxima terça-feira (10/8), a visita de uma comitiva proveniente do município de Cândido de Abreu.

Junior da Femac assina ordem de serviço para “Monumento dos Oblatos de São José”

 Obra será executada na rotatória do Colégio São José com recurso federal e projeto do município


O prefeito Junior da Femac assinou hoje a ordem de serviço do “Monumento em Homenagem aos 100 dos Oblatos de São José no Brasil” que será construído na rotatória do Colégio São José. A obra será executada com recursos federais, do Ministério do Turismo. O valor, de quase R$ 250 mil, foi conquistado pelos Oblatos de São José de Apucarana, por emenda parlamentar do ex-deputado federal Luiz Carlos Hauly.

A parceria da prefeitura acontece com elaboração do projeto pelo Instituto de Desenvolvimento, Pesquisa e Planejamento de Apucarana (Idepplan) e acompanhamento da execução da obra por arquitetos e engenheiros do município.

“A revitalização da rotatória do São José visa promover a melhoria da sua infraestrutura com a reforma das calçadas; instalação de piso tátil, bancos e mesas de xadrez; caminho sensorial; lixeiras; iluminação; academia ao ar livre; paisagismo; e dois monumentos em homenagem aos 100 anos dos Oblatos de São José no Brasil”, detalha a arquiteta responsável pelo projeto”, Andressa Aires de Proença.

O primeiro monumento, em homenagem a São José Marello, fundador dos Oblatos de São José, ficará no centro da praça e lembra um livro com várias páginas inscritas a frase de São José Marello: “A caridade deve predominar sobre todas as nossas ações, ela consolida a fé, aumenta a esperança e nos une mais intimamente a Deus”. Esse
monumento será em aço e alumínio composto, fixado sobre uma plataforma de concreto com espelhos d’água nas laterais.

O segundo monumento “100 anos dos Oblatos de São José no Brasil” abrigará uma cápsula do tempo, na qual serão guardadas mensagens dos Oblatos e outras pessoas para posteridade. A cápsula só será aberta no ano de 2070.

A arquiteta Vanessa também detalha o caminho sensorial que haverá no local. “É uma trilha com pisos de texturas e formas diferentes que serão sentidas através do tato com os pés. Tendo como público-alvo crianças e idosos, esse material auxilia no desenvolvimento de noções de autonomia, relacionamento com o ambiente, coordenação motora fina e percepções sensoriais”, explica Vanessa.


Presente no evento de assinatura da ordem de serviço no gabinete municipal ao lado do professor de ensino religioso Nilceu Nascimento, o padre Antônio Luiz de Oliveira, dos Oblatos de São José em Apucarana, agradeceu a parceria da administração para concretizar esse projeto. “A prefeitura acreditou e levou em frente essa iniciativa que vai se somar ao conjunto de obras, formado pelo Colégio São José, Santuário São José e Centro de Espiritualidade Josefino, que marca a presença dos Oblatos de São José em Apucarana”, afirma padre Antônio.

O prefeito Junior da Femac afirmou que Apucarana vai ganhar mais um local de visitação e de realização de eventos religiosos. “Esse projeto é uma demonstração do carinho que apucaranenses têm pelo trabalho dos Oblatos de São José na nossa cidade. Vocês são muito importante para nossa comunidade”, destaca o prefeito.

Com redução de tarifa garantida, Governo e União fecham modelo da concessão de rodovias

 

A proposta prevê que as tarifas atuais já cheguem à Bolsa de Valores com um desconto médio de 30%. A esse valor se soma o deságio proposto pelas empresas em disputa. Expectativa é de chegar a uma média de 50% de desconto nas novas tarifas.

© Jonathan Campo/AEN

O Paraná já possui um novo modelo para a concessão dos 3.368 quilômetros de rodovias que cortam o Estado. O governador Carlos Massa Ratinho Junior afirmou, nesta quarta-feira (4), que o Governo do Estado e o Ministério da Infraestrutura fecharam uma proposta final: o modelo de menor tarifa, sem limite de desconto e com garantia de obras a partir de um seguro-usuário. 

O comunicado foi feito em reunião com deputados estaduais no Palácio Iguaçu. No mesmo evento, o governador anunciou que a Assembleia Legislativa vai discutir um projeto de lei que delega a administração e a exploração de rodovias estaduais à União. 

“Essa é a pauta mais importante do Paraná nos últimos 25 anos. O Estado precisava de um modelo mais moderno e com um preço mais justo. Com esse modelo, desenhado em parceria com o governo federal, com a Assembleia Legislativa e com a sociedade civil, garantimos o menor preço, um grande volume de obras e transparência no leilão. É uma vitória do povo do Paraná e estou muito confiante de que esse modelo vai nos dar uma nova infraestrutura”, afirmou o governador.

A partir do novo modelo, vence o leilão a empresa que conceder o maior desconto na tarifa. A proposta prevê que as tarifas atuais já cheguem à Bolsa de Valores com um desconto médio de 30%. A esse valor se soma o deságio proposto pelas empresas em disputa. “Estamos trabalhando com a possibilidade de chegar a uma média de 45% a 50% de desconto nas novas tarifas. Algumas praças inclusive podem passar disso”, explicou Ratinho Junior. 

Associado ao desconto, a empresa concessionária precisa realizar um aporte financeiro para garantir a execução do contrato, chamado de seguro-usuário. O valor do seguro é proporcional ao percentual de desconto concedido à tarifa. 

“O aporte dá a garantia que o Estado possa utilizar esse dinheiro em três vertentes: mais desconto na tarifa, novas obras ou, se a empresa vier a ter algum problema financeiro, assegurar a continuidade das obras”, explicou o governador.

No modelo acordado, estão previstos três níveis de aporte: de 1% a 10%, de 11% a 17% e a partir de 18%. Para isso, as empresas precisam investir R$ 15 milhões por ponto percentual até 10%, R$ 60 milhões por ponto percentual até 17% e R$ 150 milhões por ponto percentual a partir de 18%.

O valor será assegurado por lote, e poderá ser aplicado com diferentes finalidades, a serem decididas em cada lote. Segundo o secretário de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex, o uso será condicionado à decisão de um comitê com representantes dos governos federal e estadual, da Assembleia Legislativa, da sociedade civil organizada e da população. As decisões deverão passar por audiência pública e pelas agências reguladoras, como a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

“Esse aporte é a garantia de que nós tenhamos empresas sérias e comprometidas com obras desde o início do seu contrato. Através de audiências públicas, o próprio usuário vai poder decidir como será utilizado o dinheiro que ficou depositado em cada um desses lotes como garantia”, reforça o secretário da pasta.

EXEMPLO – Na prática, uma praça de pedágio que tenha uma tarifa de R$ 16,30 já vai a leilão com uma redução média de 31%. Ou seja, antes do desconto concedido pela concessionária, a tarifa já será reduzida para R$ 11,30. 

Esse valor ainda diminui conforme a proposta de cada empresa. Se ela conceder 10% de desconto, a tarifa vai a R$ 10,20. Se o desconto for de 17%, a tarifa chega a R$ 9,40. Se for de 26%, R$ 8,50. Ou seja: o valor final esperado é de 37% a 48% menor que o atual.

Já o seguro-usuário aportado aumenta conforme o desconto. No caso de 10% de desconto, a empresa investiria R$ 150 milhões; de 17%, seria de R$ 570 milhões; e, de 26%, R$ 1,98 bilhão.

“Com o leilão na Bolsa de Valores, não tem como entrar empresa aventureira, que não têm condições de honrar um contrato, que ficam apenas dois anos e depois alegar que quebrou. A bolsa tem um rigor na licitação”, acrescentou Ratinho Junior.

INVESTIMENTOS – A concessão rodoviária está dividida em seis lotes que totalizam 3,3 mil quilômetros de estradas. O conjunto é formado por estradas estaduais (35%) e federais (65%).

O projeto prevê investimentos de R$ 44 bilhões em obras, valor equivalente a 120 anos de orçamento federal para rodovias aplicado somente no Paraná. O pacote de concessões estima ainda outros R$ 35 bilhões destinados a custos de operação e manutenção das vias (OPEX).

As obras incluem a duplicação de 1.783 quilômetros, sendo 90% realizadas até o sétimo ano do acordo. O governador ressaltou que esse número é o equivalente a uma ida e um terço da volta de uma viagem de carro de Curitiba até Brasília, que tem 1.387 quilômetros de distância, em pista totalmente duplicada.

O pacote também contempla a construção de 10 contornos urbanos, 253 quilômetros de faixa adicional nas rodovias já duplicadas, 260 quilômetros de vias marginais e 104 quilômetros de terceira faixa para apoio ao trânsito. A proposta inclui, ainda, sinal de wi-fi em todos os trechos de estradas, câmeras de monitoramento e iluminação em LED. As novas concessões têm validade de 30 anos.

Deputados estaduais vão votar a delegação das rodovias para a União. Foto: Jonathan Campos/AEN

PRESENÇAS – Participaram do encontro o vice-governador Darci Piana; o chefe da Casa Civil, Guto Silva; os secretários estaduais João Debiasi (Comunicação Social e Cultura), Marcel Micheletto (Administração e Previdência), João Carlos Ortega (Desenvolvimento Urbano e Obras Públicas); Fernando Furiatti, diretor-geral do DER/PR; o presidente da Assembleia Legislativa, Ademar Traiano; e os deputados estaduais.

 

Fonte: AEN

Apesar de melhora, Brasil é o país onde mais se morre pela covid no mundo em 2021

 


Mesmo com o avanço da vacinação e queda de casos da covid-19 no último mês, o Brasil registra uma média de 72 vidas perdidas por hora ou um pouco mais de uma por minuto (1,2). É o maior patamar de mortes de todo o mundo, à frente de Estados Unidos e Índia, as outras duas nações com mais óbitos pelo coronavírus.

O levantamento é do demógrafo José Eustáquio, que já atuou no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e na Escola Nacional de Ciências Estatísticas (Ence) por quase 20 anos. Agora, ele trabalha como pesquisador independente.

"A primeira vez que constatei essa média de uma morte por minuto no Brasil, fiquei escandalizado", diz Eustáquio. "Agora estamos com essa média para o ano inteiro; é impressionante." Para ele, mesmo com a melhora recente, a situação ainda exige cautela. "E parece que está tudo normal no Brasil, em termos de movimento, aglomeração, carros na rua, praias lotadas", continua.

Com a alta mortalidade que registrou entre abril e julho, o País acumulou nos primeiros 200 dias do ano 349 mil óbitos por covid-19. Foi seguido pela Índia, com 265 mil óbitos, e pelos EUA, com 261 mil. As médias da Índia são 0,92, e dos EUA, 0,91, conforme Eustáquio, que tratou pela primeira vez do assunto em artigo no site Colabora.

Na soma de 2020 e 2021, os Estados Unidos já têm 613 mil mortes, seguidos do Brasil (557 mil) e Índia (425 mil). Pelas contas de José Eustáquio, porém, no ritmo atual de aumento do número de óbitos, em no máximo dois meses o Brasil deve ultrapassar os EUA. "Em setembro ou outubro, infelizmente, teremos o maior número de mortes em toda a pandemia", concluiu.

Na Índia, país com cerca de 1,37 bilhão de habitantes onde uma segunda onda com a variante Delta fez explodir o total de mortes e sobrecarregou hospitais, especialistas apontam alta subnotificação. Estudo do Centro para o Desenvolvimento Global estima que o saldo de mortes no país asiático pode ser até dez vezes maior.

Já nos Estados Unidos, com população de 328,2 milhões de pessoas, o avanço da imunização desacelerou o aumento de vítimas. O desafio agora é ampliar a cobertura vacinal e convencer uma parcela resistente da população a receber as doses no país, que foi líder de vítimas na maior parte da crise sanitária global

Especialistas apontam que o número crítico no Brasil ocorreu por fatores como as dificuldades de isolamento social efetivo nas cidades, além da demora na aquisição e aplicação de vacinas. Nos dois casos, a atuação do governo Jair Bolsonaro é apontada como decisiva, uma vez que ele minimizou riscos da doença, desestimulou ações de quarentena e o atraso na compra dos imunizantes é alvo de CPI no Senado.

À medida em que avança a campanha de vacinação, por outro lado, as mortes por covid-19 vêm caindo no País. As médias diárias de óbitos das últimas semanas são as menores em quatro meses, e houve a desaceleração do número de novos casos da doença, segundo o especialista. A média de mortes ficou abaixo de mil no sábado, 31, pela primeira vez desde o fim de janeiro.

O porcentual de brasileiros completamente imunizados, com as duas doses das vacinas (ou dose única, quando for o caso), ainda não chega a 20%. Para Eustáquio, o otimismo excessivo pode ser prejudicial, num momento de disseminação da variante Delta, mais transmissível, e de redução das medidas de isolamento.

"As pessoas se comportam como se a pandemia estivesse acabando. O fato de 1.100 pessoas morrerem por dia é banalizado", constatou. "Acho que precisamos estar atentos à entrada da variante Delta, olhar para o que está acontecendo no resto do mundo. O número de casos está aumentando novamente em locais como os Estados Unidos e o México. Não quero ser pessimista, mas o Brasil vai registrar aumento também do jeito que as coisas estão indo. É questão de tempo."

De acordo com números do consórcio de veículos de imprensa, em julho (até o dia 27) o Brasil registrou 33.660 mortes por covid. O número representa uma queda muito expressiva (59%) em relação a abril, o pior da epidemia no País. No entanto, é superior aos registros de todos os meses de 2020.

Fonte: Bem Paraná com Estadão Conteúdo

STF abre investigação contra Bolsonaro por fake news sobre urnas eletrônicas

 A investigação criminal pode tornar Jair Bolsonaro inelegível. A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, atende ao pedido aprovado por unanimidade pelos ministros do TSE na sessão da segunda-feira, 2

                                                            (Foto: Reprodução)

247 - O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), recebeu a notícia-crime encaminhada pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luis Roberto Barroso, contra Jair Bolsonaro pelas acusações de fraude que ele fez contra as urnas eletrônicas.

Barroso acusa Bolsonaro de ter divulgado informações falsas durante transmissão ao vivo nas redes sociais e de atacar as instituições. A decisão de Moraes atende ao pedido aprovado por unanimidade pelos ministros do TSE na sessão da segunda-feira, 2.

A investigação criminal pode tornar Bolsonaro inelegível, se o Ministério Público entender ao fim da apuração que há elementos para denúncia, a Câmara dos Deputados aprovar, com ⅔ dos votos, o prosseguimento do processo e houver condenação no STF.

Moraes também determinou a transcrição integral do vídeo em que Bolsonaro acusa fraude nas urnas eletrônicas. Além disso, ordenou oitiva dos envolvidos na transmissão do pronunciamento na condição de testemunhas, como o ministro da Justiça, Anderson Torres, o coronel e assessor da Casa Civil Eduardo Gomes, entre outros que deverão ser ouvidos em até 10 dias.

A investigação ocorre no âmbito do inquérito das fake news, que foi aberto em março de 2019, por decisão do então presidente da Corte, ministro Dias Toffoli, para investigar notícias fraudulentas, ofensas e ameaças a ministros do STF. Moraes é relator do inquérito no Supremo.

Mensagens provam que Blanco mentiu na CPI: coronel pediu que Davati enviasse propostas de vacinas a ele

 Coronel Marcelo Blanco pediu que documentos sobre possível venda de vacinas fossem enviados para seu e-mail pessoal, diferentemente do que afirma em depoimento à CPI da Covid



247 - Diferentemente do que afirma em depoimento à CPI da Covid, nesta quarta-feira (4), o ex-diretor de logística do Ministério da Saúde, coronel Marcelo Blanco, seguiu acompanhando pessoalmente as tratativas e chegou a pedir que representantes da Davati enviassem propostas diretamente a ele, em seu e-mail pessoal, mesmo depois de deixxar o governo. De acordo com mensagens obtidas pela CNN, houve tentativa do ex-assessor da Saúde de intermediar o negócio.

Em depoimento, coronel Blanco negou que tivesse atuado desta forma e disse que sempre orientou os supostos vendedores de vacina a enviarem ofertas “aos e-mails institucionais” do Ministério da Saúde e de Roberto Dias, então diretor do departamento de logística da pasta.

No entanto, Cristiano Carvalho, representante da Davati, Cristiano Carvalho, afirmou à CNN que Blanco se colocou nas tratativas como intermediário e que chegou a pedir que propostas fossem enviadas a ele e não somente a Roberto Dias. Blanco deixou o governo em janeiro e depois passou a atuar como interlocutor de Dominguetti junto ao ministério. 

Mensagem enviada no dia 1º de março ao representante da Davati, o coronel pediu que documentos sobre possível venda de vacinas fossem enviados para seu e-mail pessoal. Carvalho respondeu logo em seguida que as propostas haviam sido enviadas. Blanco então confirmou: “já vi aqui”

No dia 9 de março, um parceiro de Cristiano Carvalho insistiu nas tratativas e também enviou mais informações ao e-mail pessoal de Blanco. O vendedor Rafael Alves encaminha novo documento com a mensagem: “Ilmo Sr. Blanco, atendendo solicitação de Cristiano Carvalho, disponibilizo ao Ministério da Saúde, o FCO Astrazeneca Vacina Sars Cov-2 a pronta entrega via França. Lembrando que a Davati possui SGS já carga alocada”.

Senadores desmascaram coronel Blanco na CPI: “nó cego querendo dar volta em outro nó cego”; “é muita vergonha alheia”

 Desmascarado em tempo real, assim como aconteceu com o reverendo Amilton Gomes nesta terça-feira, o coronel Marcelo Blanco não convenceu os integrantes ao dizer que não fazia parte de esquema de fraude e corrupção na negociação de vacinas pelo Ministério da Saúde

Senadores Omar Aziz, Rogério Carvalho e Simone Tebet e coronel Marcelo Blanco (Foto: Agência Senado)

247 - “O depoimento de vossa senhoria não bate em absolutamente nada”, resumiu a senadora Simone Tebet (MDB-MS) ao coronel da reserva Marcelo Blanco, ex-assessor de Logística do Ministério da Saúde, que depõe à CPI da Covid nesta quarta-feira (4).

Blanco foi desmascarado em tempo real pelos senadores da Comissão em diversos pontos de seu depoimento, durante o qual negou ter cometido irregularidades na negociação de vacinas entre o governo e o setor privado por meio da Davati, representada pelo cabo Luiz Paulo Dominghetti e Cristiano Carvalho.

O coronel disse que seu interesse em colocar em contato os representantes da Davati com servidores do Ministério da Saúde era negociar vacinas no futuro para o setor privado. À época, no entanto, sequer a elaboração de um projeto de lei para que o setor privado pudesse comprar vacinas era discutido. Acabou não sendo aprovado.

O fatídico jantar para o qual Blanco levou Dominghetti a fim de que conhecesse Roberto Dias, que ocupava o cargo de diretor de Logística da pasta, segundo ele não foi marcado. Ele até negou ter levado Dominghetti ao jantar, mesmo que, de alguma forma, tenha confirmado tê-lo deixado lá para encontrar Dias.

E mesmo negando em diversos momentos ter algum interesse em fazer a conexão entre a Davati e o governo federal, coronel Blanco admitiu ter recebido um convite para assumir um braço da VTCLog, empresa investigada pela CPI e que na cúpula de comando militares que atuaram no Palácio do Planalto.

Os indícios de ilegalidades são muitos e os senadores não deixaram passar. “É muita vergonha alheia”, resumiu Alessandro Vieira (Solidariedade-SE). “Eu lamento muito que cheguemos a este ponto de ter gente tão desqualificada dentro do ministério da Saúde”, desabafou. O presidente da CPI, Omar Aziz, disse: "era um nó cego querendo dar volta no outro nó cego".

O senador Izalci Lucas (PSDB-DF) disse ter se sentido “pessoalmente ofendido”, por ser contador, com o relato de Blanco sobre os motivos de ter alterado, em um escritório contábil, as funções da empresa que abriu de consultoria financeira para representação para venda de medicamentos, logo depois do conhecido ‘chopp no shopping’. Ele também defendeu “detector de mentiras” na CPI.

Coronel Blanco diz ter sido convidado para trabalhar na VTCLog, empresa investigada pela CPI

 Convite foi feito pelo general do Exército Severo Ramos, que atuou no Palácio do Planalto, enquanto Marcelo Blanco ainda fazia parte do Ministério da Saúde

Coronel Marcelo Blanco depõe à CPI da Covid (Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)

247 - O coronel Marcelo Blanco, que presta depoimento à CPI da Covid nesta quarta-feira (4), revelou ter recebido um convite, enquanto ainda estava no Ministério da Saúde, para trabalhar na VTCLog, empresa investigada pela Comissão. A empresa foi alvo de denúncia do deputado federal Luis Miranda (DEM-DF).

O convite foi feito pelo general Roberto Severo Ramos, que é consultor da empresa e despachou no Palácio do Planalto até junho de 2019, nos governos Temer e Bolsonaro, onde chegou a ser o número dois da Secretaria-Geral da Presidência.

A empresa é investigada por ter obtido aditivos contratuais na relação com o Ministério da Saúde que superam em 18 vezes o valor recomendado pelos técnicos da pasta.

Quando ocupava o cargo de assessor do departamento de Logística do Ministério da Saúde, Blanco foi chamado por Severo para ocupar a operação da VTCLog no Rio de Janeiro, segundo ele, “quando saísse do Ministério”.

Os senadores acharam a movimentação estranha. Eliziane Gama (Cidadania-MA) desconfiou da sequência de “coincidências” e afirmou não ser discutível que existe um fato: alguém na posição de servidor público recebeu um convite de um ex-funcionário da secretaria-geral da Presidência para assumir um braço da VTCLog, com alguns contratos já questionados. 

Bolsonaro diz que vai ser “o último da fila” a se vacinar e que recusará CoronaVac

 “Não posso tomar essa vacina lá de São Paulo, que não aceita na Europa nem nos Estados Unidos”, disse, sobre a vacina desenvolvida na China e negociada e também produzida pelo Instituto Butantan, contra a qual ele fez forte campanha

Jair Bolsonaro e CoronaVac (Foto: REUTERS/Amanda Perobelli | REUTERS/Tingshu Wang)

247 - Jair Bolsonaro reafirmou nesta quarta-feira (4) que será o último da fila a ser vacinado contra a Covid-19 no Brasil e sugeriu que pretende escolher o imunizante, recusando a CoronaVac, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac.

“Eu serei o último da fila. Já que tem muita gente apavorada querendo tomar a vacina, não é justo o chefe de Estado tomar na frente do cidadão comum. Eu vou ser o último da fila”, disse Bolsonaro em entrevista à Rádio 96 FM, de Natal (RN).

“Eu vou tomar vacina que eu posso entrar no mundo todo. Não posso tomar essa vacina lá de São Paulo, que não aceita na Europa nem nos Estados Unidos. Eu viajo o mundo todo e eu tenho que tomar a específica, que aceita no mundo todo”, completou.

A CoronaVac, negociada e também produzida no Brasil pelo Instituto Butantan, de São Paulo, sempre foi alvo de uma forte campanha negativa de Bolsonaro, afirmando que ela não tinha “comprovação científica” e inclusive com comentários xenófobos contra os chineses.

Corregedor do TSE pede ao STF informações sobre chapa Bolsonaro-Mourão que podem levar à cassação de ambos

 Chapa Bolsonaro-Mourão é alvo de duas ações de investigação judicial eleitoral no TSE. Ministro Luis Felipe Salomão quer do STF, por exemplo, informações de inquérito sobre milícias digitais

(Foto: ABr)

247 - O corregedor do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luis Felipe Salomão, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) o compartilhamento de informações que possam contribuir com investigações da chapa eleitoral formada pelo presidente Jair Bolsonaro e pelo vice Hamilton Mourão, então candidatos. A informação é do portal G1. 

Um dos inquéritos que deve ser compartilhado pelo STF com o TSE foi aberto em julho por ordem do ministro Alexandre de Moraes e investiga a organização e o funcionamento de uma milícia digital voltada a ataques à democracia. O caso envolve deputados bolsonaristas e aliados do presidente Jair Bolsonaro.

Mourão e Bolsonaro são alvo de duas ações de investigação judicial eleitoral, em tramitação no TSE, por supostas irregularidades na contratação do serviço de disparos em massa de mensagens em redes sociais durante a campanha de 2018.

As mensagens foram fundamentais para disseminar na sociedade fake news contra o então candidato do PT, Fernando Haddad e sua vice, Manuela d´Ávila. 

As ações, apresentadas por candidatos adversários, pedem a cassação da chapa por abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação.

"Renovo não só o pedido de informações, como também o de compartilhamento de provas eventualmente produzidas que possam vir a interessar à solução das lides postas nos autos das Aijes (ações de investigação judicial eleitoral)", escreveu o corregedor do TSE.

Acuado, Bolsonaro nega ao TSE ter feito ataques à segurança das urnas, mas defende auditoria

 Em mensagem ao TSE, Jair Bolsonaro negou ter feito ataques às urnas e afirmou defender "a necessidade de robustecer ainda mais o sistema eletrônico de votação com alguma medida física de auditagem imediata pelo eleitor"

Jair Bolsonaro (Foto: Agência Brasil)

247 - Jair Bolsonaro negou em documento enviado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ter feito ataques à segurança das urnas eletrônicas, mas disse que defende um sistema "aprimorado". O órgão havia decidido por unanimidade abrir um inquérito administrativo contra Bolsonaro por causa dos questionamentos sem provas à confiabilidade do sistema eleitoral brasileiro. O TSE também estaria pretendendo enviar ao Supremo Tribunal Federal um inquérito para investigá-lo por fake news sobre a contabilidade dos resultados de eleições realizadas no Brasil. O teor do documento enviado ao TSE foi publicado pela coluna de Carla Araújo, no portal Uol.  

Ao escrever para o tribunal, Bolsonaro disse que "não se está a atacar propriamente a segurança das urnas eletrônicas, mas, sim, a necessidade de se viabilizar uma efetiva auditagem". "Na realidade, é em nome da maior fiabilidade do sufrágio que há muito se tem defendido a necessidade de robustecer ainda mais o sistema eletrônico de votação com alguma medida física de auditagem imediata pelo eleitor, tão logo esse deposite o seu voto na urna e, se for o caso, mais tarde pela própria Justiça Eleitoral", escreveu ele ao TSE. 

O posicionamento por escrito de Bolsonaro foi uma resposta ao corregedor-geral da Justiça Eleitoral, o ministro Luís Felipe Salomão, que havia dado a ele o prazo de 15 dias para a apresentação de provas sobre supostas fraudes nas urnas. No despacho que pediu explicações sobre as alegações de fraude, no dia 21 de junho, Salomão havia cobrado evidências ou informações "relativas à ocorrência de eventuais fraudes inconformidades em eleições anteriores". Mas Bolsonaro não apresentou essas evidências. 

Os questionamentos de Bolsonaro ao sistema eleitoral são parte de uma estratégia da direita de colocar em xeque a confiabilidade das urnas quando pesquisas são desfavoráveis a algum pré-candidato ou candidato deste campo ideológico, como, por exemplo, o que aconteceu com Donald Trump nos Estados Unidos, ao perceber que seria derrotado - e foi, ao perder para Joe Biden. 

No Brasil, os levantamentos não têm sido favoráveis a Bolsonaro. Nesta quarta-feira (4), por exemplo, a pesquisa Quaest Consultoria apontou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na liderança isolada, com 46% dos votos na simulação de primeiro turno. Jair Bolsonaro apareceu na segunda posição, com 29%, seguido pelo ex-ministro Ciro Gomes (PDT), com 12%. Em simulação de segundo turno, o petista alcançou 54% contra 33%. 

De acordo com as estatísticas, a desaprovação do governo é de 56% e 66% dos entrevistados afirmaram desaprovar o comportamento de Bolsonaro.