quarta-feira, 4 de agosto de 2021

Com redução de tarifa garantida, Governo e União fecham modelo da concessão de rodovias

 

A proposta prevê que as tarifas atuais já cheguem à Bolsa de Valores com um desconto médio de 30%. A esse valor se soma o deságio proposto pelas empresas em disputa. Expectativa é de chegar a uma média de 50% de desconto nas novas tarifas.

© Jonathan Campo/AEN

O Paraná já possui um novo modelo para a concessão dos 3.368 quilômetros de rodovias que cortam o Estado. O governador Carlos Massa Ratinho Junior afirmou, nesta quarta-feira (4), que o Governo do Estado e o Ministério da Infraestrutura fecharam uma proposta final: o modelo de menor tarifa, sem limite de desconto e com garantia de obras a partir de um seguro-usuário. 

O comunicado foi feito em reunião com deputados estaduais no Palácio Iguaçu. No mesmo evento, o governador anunciou que a Assembleia Legislativa vai discutir um projeto de lei que delega a administração e a exploração de rodovias estaduais à União. 

“Essa é a pauta mais importante do Paraná nos últimos 25 anos. O Estado precisava de um modelo mais moderno e com um preço mais justo. Com esse modelo, desenhado em parceria com o governo federal, com a Assembleia Legislativa e com a sociedade civil, garantimos o menor preço, um grande volume de obras e transparência no leilão. É uma vitória do povo do Paraná e estou muito confiante de que esse modelo vai nos dar uma nova infraestrutura”, afirmou o governador.

A partir do novo modelo, vence o leilão a empresa que conceder o maior desconto na tarifa. A proposta prevê que as tarifas atuais já cheguem à Bolsa de Valores com um desconto médio de 30%. A esse valor se soma o deságio proposto pelas empresas em disputa. “Estamos trabalhando com a possibilidade de chegar a uma média de 45% a 50% de desconto nas novas tarifas. Algumas praças inclusive podem passar disso”, explicou Ratinho Junior. 

Associado ao desconto, a empresa concessionária precisa realizar um aporte financeiro para garantir a execução do contrato, chamado de seguro-usuário. O valor do seguro é proporcional ao percentual de desconto concedido à tarifa. 

“O aporte dá a garantia que o Estado possa utilizar esse dinheiro em três vertentes: mais desconto na tarifa, novas obras ou, se a empresa vier a ter algum problema financeiro, assegurar a continuidade das obras”, explicou o governador.

No modelo acordado, estão previstos três níveis de aporte: de 1% a 10%, de 11% a 17% e a partir de 18%. Para isso, as empresas precisam investir R$ 15 milhões por ponto percentual até 10%, R$ 60 milhões por ponto percentual até 17% e R$ 150 milhões por ponto percentual a partir de 18%.

O valor será assegurado por lote, e poderá ser aplicado com diferentes finalidades, a serem decididas em cada lote. Segundo o secretário de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex, o uso será condicionado à decisão de um comitê com representantes dos governos federal e estadual, da Assembleia Legislativa, da sociedade civil organizada e da população. As decisões deverão passar por audiência pública e pelas agências reguladoras, como a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

“Esse aporte é a garantia de que nós tenhamos empresas sérias e comprometidas com obras desde o início do seu contrato. Através de audiências públicas, o próprio usuário vai poder decidir como será utilizado o dinheiro que ficou depositado em cada um desses lotes como garantia”, reforça o secretário da pasta.

EXEMPLO – Na prática, uma praça de pedágio que tenha uma tarifa de R$ 16,30 já vai a leilão com uma redução média de 31%. Ou seja, antes do desconto concedido pela concessionária, a tarifa já será reduzida para R$ 11,30. 

Esse valor ainda diminui conforme a proposta de cada empresa. Se ela conceder 10% de desconto, a tarifa vai a R$ 10,20. Se o desconto for de 17%, a tarifa chega a R$ 9,40. Se for de 26%, R$ 8,50. Ou seja: o valor final esperado é de 37% a 48% menor que o atual.

Já o seguro-usuário aportado aumenta conforme o desconto. No caso de 10% de desconto, a empresa investiria R$ 150 milhões; de 17%, seria de R$ 570 milhões; e, de 26%, R$ 1,98 bilhão.

“Com o leilão na Bolsa de Valores, não tem como entrar empresa aventureira, que não têm condições de honrar um contrato, que ficam apenas dois anos e depois alegar que quebrou. A bolsa tem um rigor na licitação”, acrescentou Ratinho Junior.

INVESTIMENTOS – A concessão rodoviária está dividida em seis lotes que totalizam 3,3 mil quilômetros de estradas. O conjunto é formado por estradas estaduais (35%) e federais (65%).

O projeto prevê investimentos de R$ 44 bilhões em obras, valor equivalente a 120 anos de orçamento federal para rodovias aplicado somente no Paraná. O pacote de concessões estima ainda outros R$ 35 bilhões destinados a custos de operação e manutenção das vias (OPEX).

As obras incluem a duplicação de 1.783 quilômetros, sendo 90% realizadas até o sétimo ano do acordo. O governador ressaltou que esse número é o equivalente a uma ida e um terço da volta de uma viagem de carro de Curitiba até Brasília, que tem 1.387 quilômetros de distância, em pista totalmente duplicada.

O pacote também contempla a construção de 10 contornos urbanos, 253 quilômetros de faixa adicional nas rodovias já duplicadas, 260 quilômetros de vias marginais e 104 quilômetros de terceira faixa para apoio ao trânsito. A proposta inclui, ainda, sinal de wi-fi em todos os trechos de estradas, câmeras de monitoramento e iluminação em LED. As novas concessões têm validade de 30 anos.

Deputados estaduais vão votar a delegação das rodovias para a União. Foto: Jonathan Campos/AEN

PRESENÇAS – Participaram do encontro o vice-governador Darci Piana; o chefe da Casa Civil, Guto Silva; os secretários estaduais João Debiasi (Comunicação Social e Cultura), Marcel Micheletto (Administração e Previdência), João Carlos Ortega (Desenvolvimento Urbano e Obras Públicas); Fernando Furiatti, diretor-geral do DER/PR; o presidente da Assembleia Legislativa, Ademar Traiano; e os deputados estaduais.

 

Fonte: AEN

Apesar de melhora, Brasil é o país onde mais se morre pela covid no mundo em 2021

 


Mesmo com o avanço da vacinação e queda de casos da covid-19 no último mês, o Brasil registra uma média de 72 vidas perdidas por hora ou um pouco mais de uma por minuto (1,2). É o maior patamar de mortes de todo o mundo, à frente de Estados Unidos e Índia, as outras duas nações com mais óbitos pelo coronavírus.

O levantamento é do demógrafo José Eustáquio, que já atuou no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e na Escola Nacional de Ciências Estatísticas (Ence) por quase 20 anos. Agora, ele trabalha como pesquisador independente.

"A primeira vez que constatei essa média de uma morte por minuto no Brasil, fiquei escandalizado", diz Eustáquio. "Agora estamos com essa média para o ano inteiro; é impressionante." Para ele, mesmo com a melhora recente, a situação ainda exige cautela. "E parece que está tudo normal no Brasil, em termos de movimento, aglomeração, carros na rua, praias lotadas", continua.

Com a alta mortalidade que registrou entre abril e julho, o País acumulou nos primeiros 200 dias do ano 349 mil óbitos por covid-19. Foi seguido pela Índia, com 265 mil óbitos, e pelos EUA, com 261 mil. As médias da Índia são 0,92, e dos EUA, 0,91, conforme Eustáquio, que tratou pela primeira vez do assunto em artigo no site Colabora.

Na soma de 2020 e 2021, os Estados Unidos já têm 613 mil mortes, seguidos do Brasil (557 mil) e Índia (425 mil). Pelas contas de José Eustáquio, porém, no ritmo atual de aumento do número de óbitos, em no máximo dois meses o Brasil deve ultrapassar os EUA. "Em setembro ou outubro, infelizmente, teremos o maior número de mortes em toda a pandemia", concluiu.

Na Índia, país com cerca de 1,37 bilhão de habitantes onde uma segunda onda com a variante Delta fez explodir o total de mortes e sobrecarregou hospitais, especialistas apontam alta subnotificação. Estudo do Centro para o Desenvolvimento Global estima que o saldo de mortes no país asiático pode ser até dez vezes maior.

Já nos Estados Unidos, com população de 328,2 milhões de pessoas, o avanço da imunização desacelerou o aumento de vítimas. O desafio agora é ampliar a cobertura vacinal e convencer uma parcela resistente da população a receber as doses no país, que foi líder de vítimas na maior parte da crise sanitária global

Especialistas apontam que o número crítico no Brasil ocorreu por fatores como as dificuldades de isolamento social efetivo nas cidades, além da demora na aquisição e aplicação de vacinas. Nos dois casos, a atuação do governo Jair Bolsonaro é apontada como decisiva, uma vez que ele minimizou riscos da doença, desestimulou ações de quarentena e o atraso na compra dos imunizantes é alvo de CPI no Senado.

À medida em que avança a campanha de vacinação, por outro lado, as mortes por covid-19 vêm caindo no País. As médias diárias de óbitos das últimas semanas são as menores em quatro meses, e houve a desaceleração do número de novos casos da doença, segundo o especialista. A média de mortes ficou abaixo de mil no sábado, 31, pela primeira vez desde o fim de janeiro.

O porcentual de brasileiros completamente imunizados, com as duas doses das vacinas (ou dose única, quando for o caso), ainda não chega a 20%. Para Eustáquio, o otimismo excessivo pode ser prejudicial, num momento de disseminação da variante Delta, mais transmissível, e de redução das medidas de isolamento.

"As pessoas se comportam como se a pandemia estivesse acabando. O fato de 1.100 pessoas morrerem por dia é banalizado", constatou. "Acho que precisamos estar atentos à entrada da variante Delta, olhar para o que está acontecendo no resto do mundo. O número de casos está aumentando novamente em locais como os Estados Unidos e o México. Não quero ser pessimista, mas o Brasil vai registrar aumento também do jeito que as coisas estão indo. É questão de tempo."

De acordo com números do consórcio de veículos de imprensa, em julho (até o dia 27) o Brasil registrou 33.660 mortes por covid. O número representa uma queda muito expressiva (59%) em relação a abril, o pior da epidemia no País. No entanto, é superior aos registros de todos os meses de 2020.

Fonte: Bem Paraná com Estadão Conteúdo

STF abre investigação contra Bolsonaro por fake news sobre urnas eletrônicas

 A investigação criminal pode tornar Jair Bolsonaro inelegível. A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, atende ao pedido aprovado por unanimidade pelos ministros do TSE na sessão da segunda-feira, 2

                                                            (Foto: Reprodução)

247 - O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), recebeu a notícia-crime encaminhada pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luis Roberto Barroso, contra Jair Bolsonaro pelas acusações de fraude que ele fez contra as urnas eletrônicas.

Barroso acusa Bolsonaro de ter divulgado informações falsas durante transmissão ao vivo nas redes sociais e de atacar as instituições. A decisão de Moraes atende ao pedido aprovado por unanimidade pelos ministros do TSE na sessão da segunda-feira, 2.

A investigação criminal pode tornar Bolsonaro inelegível, se o Ministério Público entender ao fim da apuração que há elementos para denúncia, a Câmara dos Deputados aprovar, com ⅔ dos votos, o prosseguimento do processo e houver condenação no STF.

Moraes também determinou a transcrição integral do vídeo em que Bolsonaro acusa fraude nas urnas eletrônicas. Além disso, ordenou oitiva dos envolvidos na transmissão do pronunciamento na condição de testemunhas, como o ministro da Justiça, Anderson Torres, o coronel e assessor da Casa Civil Eduardo Gomes, entre outros que deverão ser ouvidos em até 10 dias.

A investigação ocorre no âmbito do inquérito das fake news, que foi aberto em março de 2019, por decisão do então presidente da Corte, ministro Dias Toffoli, para investigar notícias fraudulentas, ofensas e ameaças a ministros do STF. Moraes é relator do inquérito no Supremo.

Mensagens provam que Blanco mentiu na CPI: coronel pediu que Davati enviasse propostas de vacinas a ele

 Coronel Marcelo Blanco pediu que documentos sobre possível venda de vacinas fossem enviados para seu e-mail pessoal, diferentemente do que afirma em depoimento à CPI da Covid



247 - Diferentemente do que afirma em depoimento à CPI da Covid, nesta quarta-feira (4), o ex-diretor de logística do Ministério da Saúde, coronel Marcelo Blanco, seguiu acompanhando pessoalmente as tratativas e chegou a pedir que representantes da Davati enviassem propostas diretamente a ele, em seu e-mail pessoal, mesmo depois de deixxar o governo. De acordo com mensagens obtidas pela CNN, houve tentativa do ex-assessor da Saúde de intermediar o negócio.

Em depoimento, coronel Blanco negou que tivesse atuado desta forma e disse que sempre orientou os supostos vendedores de vacina a enviarem ofertas “aos e-mails institucionais” do Ministério da Saúde e de Roberto Dias, então diretor do departamento de logística da pasta.

No entanto, Cristiano Carvalho, representante da Davati, Cristiano Carvalho, afirmou à CNN que Blanco se colocou nas tratativas como intermediário e que chegou a pedir que propostas fossem enviadas a ele e não somente a Roberto Dias. Blanco deixou o governo em janeiro e depois passou a atuar como interlocutor de Dominguetti junto ao ministério. 

Mensagem enviada no dia 1º de março ao representante da Davati, o coronel pediu que documentos sobre possível venda de vacinas fossem enviados para seu e-mail pessoal. Carvalho respondeu logo em seguida que as propostas haviam sido enviadas. Blanco então confirmou: “já vi aqui”

No dia 9 de março, um parceiro de Cristiano Carvalho insistiu nas tratativas e também enviou mais informações ao e-mail pessoal de Blanco. O vendedor Rafael Alves encaminha novo documento com a mensagem: “Ilmo Sr. Blanco, atendendo solicitação de Cristiano Carvalho, disponibilizo ao Ministério da Saúde, o FCO Astrazeneca Vacina Sars Cov-2 a pronta entrega via França. Lembrando que a Davati possui SGS já carga alocada”.

Senadores desmascaram coronel Blanco na CPI: “nó cego querendo dar volta em outro nó cego”; “é muita vergonha alheia”

 Desmascarado em tempo real, assim como aconteceu com o reverendo Amilton Gomes nesta terça-feira, o coronel Marcelo Blanco não convenceu os integrantes ao dizer que não fazia parte de esquema de fraude e corrupção na negociação de vacinas pelo Ministério da Saúde

Senadores Omar Aziz, Rogério Carvalho e Simone Tebet e coronel Marcelo Blanco (Foto: Agência Senado)

247 - “O depoimento de vossa senhoria não bate em absolutamente nada”, resumiu a senadora Simone Tebet (MDB-MS) ao coronel da reserva Marcelo Blanco, ex-assessor de Logística do Ministério da Saúde, que depõe à CPI da Covid nesta quarta-feira (4).

Blanco foi desmascarado em tempo real pelos senadores da Comissão em diversos pontos de seu depoimento, durante o qual negou ter cometido irregularidades na negociação de vacinas entre o governo e o setor privado por meio da Davati, representada pelo cabo Luiz Paulo Dominghetti e Cristiano Carvalho.

O coronel disse que seu interesse em colocar em contato os representantes da Davati com servidores do Ministério da Saúde era negociar vacinas no futuro para o setor privado. À época, no entanto, sequer a elaboração de um projeto de lei para que o setor privado pudesse comprar vacinas era discutido. Acabou não sendo aprovado.

O fatídico jantar para o qual Blanco levou Dominghetti a fim de que conhecesse Roberto Dias, que ocupava o cargo de diretor de Logística da pasta, segundo ele não foi marcado. Ele até negou ter levado Dominghetti ao jantar, mesmo que, de alguma forma, tenha confirmado tê-lo deixado lá para encontrar Dias.

E mesmo negando em diversos momentos ter algum interesse em fazer a conexão entre a Davati e o governo federal, coronel Blanco admitiu ter recebido um convite para assumir um braço da VTCLog, empresa investigada pela CPI e que na cúpula de comando militares que atuaram no Palácio do Planalto.

Os indícios de ilegalidades são muitos e os senadores não deixaram passar. “É muita vergonha alheia”, resumiu Alessandro Vieira (Solidariedade-SE). “Eu lamento muito que cheguemos a este ponto de ter gente tão desqualificada dentro do ministério da Saúde”, desabafou. O presidente da CPI, Omar Aziz, disse: "era um nó cego querendo dar volta no outro nó cego".

O senador Izalci Lucas (PSDB-DF) disse ter se sentido “pessoalmente ofendido”, por ser contador, com o relato de Blanco sobre os motivos de ter alterado, em um escritório contábil, as funções da empresa que abriu de consultoria financeira para representação para venda de medicamentos, logo depois do conhecido ‘chopp no shopping’. Ele também defendeu “detector de mentiras” na CPI.

Coronel Blanco diz ter sido convidado para trabalhar na VTCLog, empresa investigada pela CPI

 Convite foi feito pelo general do Exército Severo Ramos, que atuou no Palácio do Planalto, enquanto Marcelo Blanco ainda fazia parte do Ministério da Saúde

Coronel Marcelo Blanco depõe à CPI da Covid (Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)

247 - O coronel Marcelo Blanco, que presta depoimento à CPI da Covid nesta quarta-feira (4), revelou ter recebido um convite, enquanto ainda estava no Ministério da Saúde, para trabalhar na VTCLog, empresa investigada pela Comissão. A empresa foi alvo de denúncia do deputado federal Luis Miranda (DEM-DF).

O convite foi feito pelo general Roberto Severo Ramos, que é consultor da empresa e despachou no Palácio do Planalto até junho de 2019, nos governos Temer e Bolsonaro, onde chegou a ser o número dois da Secretaria-Geral da Presidência.

A empresa é investigada por ter obtido aditivos contratuais na relação com o Ministério da Saúde que superam em 18 vezes o valor recomendado pelos técnicos da pasta.

Quando ocupava o cargo de assessor do departamento de Logística do Ministério da Saúde, Blanco foi chamado por Severo para ocupar a operação da VTCLog no Rio de Janeiro, segundo ele, “quando saísse do Ministério”.

Os senadores acharam a movimentação estranha. Eliziane Gama (Cidadania-MA) desconfiou da sequência de “coincidências” e afirmou não ser discutível que existe um fato: alguém na posição de servidor público recebeu um convite de um ex-funcionário da secretaria-geral da Presidência para assumir um braço da VTCLog, com alguns contratos já questionados. 

Bolsonaro diz que vai ser “o último da fila” a se vacinar e que recusará CoronaVac

 “Não posso tomar essa vacina lá de São Paulo, que não aceita na Europa nem nos Estados Unidos”, disse, sobre a vacina desenvolvida na China e negociada e também produzida pelo Instituto Butantan, contra a qual ele fez forte campanha

Jair Bolsonaro e CoronaVac (Foto: REUTERS/Amanda Perobelli | REUTERS/Tingshu Wang)

247 - Jair Bolsonaro reafirmou nesta quarta-feira (4) que será o último da fila a ser vacinado contra a Covid-19 no Brasil e sugeriu que pretende escolher o imunizante, recusando a CoronaVac, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac.

“Eu serei o último da fila. Já que tem muita gente apavorada querendo tomar a vacina, não é justo o chefe de Estado tomar na frente do cidadão comum. Eu vou ser o último da fila”, disse Bolsonaro em entrevista à Rádio 96 FM, de Natal (RN).

“Eu vou tomar vacina que eu posso entrar no mundo todo. Não posso tomar essa vacina lá de São Paulo, que não aceita na Europa nem nos Estados Unidos. Eu viajo o mundo todo e eu tenho que tomar a específica, que aceita no mundo todo”, completou.

A CoronaVac, negociada e também produzida no Brasil pelo Instituto Butantan, de São Paulo, sempre foi alvo de uma forte campanha negativa de Bolsonaro, afirmando que ela não tinha “comprovação científica” e inclusive com comentários xenófobos contra os chineses.

Corregedor do TSE pede ao STF informações sobre chapa Bolsonaro-Mourão que podem levar à cassação de ambos

 Chapa Bolsonaro-Mourão é alvo de duas ações de investigação judicial eleitoral no TSE. Ministro Luis Felipe Salomão quer do STF, por exemplo, informações de inquérito sobre milícias digitais

(Foto: ABr)

247 - O corregedor do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luis Felipe Salomão, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) o compartilhamento de informações que possam contribuir com investigações da chapa eleitoral formada pelo presidente Jair Bolsonaro e pelo vice Hamilton Mourão, então candidatos. A informação é do portal G1. 

Um dos inquéritos que deve ser compartilhado pelo STF com o TSE foi aberto em julho por ordem do ministro Alexandre de Moraes e investiga a organização e o funcionamento de uma milícia digital voltada a ataques à democracia. O caso envolve deputados bolsonaristas e aliados do presidente Jair Bolsonaro.

Mourão e Bolsonaro são alvo de duas ações de investigação judicial eleitoral, em tramitação no TSE, por supostas irregularidades na contratação do serviço de disparos em massa de mensagens em redes sociais durante a campanha de 2018.

As mensagens foram fundamentais para disseminar na sociedade fake news contra o então candidato do PT, Fernando Haddad e sua vice, Manuela d´Ávila. 

As ações, apresentadas por candidatos adversários, pedem a cassação da chapa por abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação.

"Renovo não só o pedido de informações, como também o de compartilhamento de provas eventualmente produzidas que possam vir a interessar à solução das lides postas nos autos das Aijes (ações de investigação judicial eleitoral)", escreveu o corregedor do TSE.

Acuado, Bolsonaro nega ao TSE ter feito ataques à segurança das urnas, mas defende auditoria

 Em mensagem ao TSE, Jair Bolsonaro negou ter feito ataques às urnas e afirmou defender "a necessidade de robustecer ainda mais o sistema eletrônico de votação com alguma medida física de auditagem imediata pelo eleitor"

Jair Bolsonaro (Foto: Agência Brasil)

247 - Jair Bolsonaro negou em documento enviado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ter feito ataques à segurança das urnas eletrônicas, mas disse que defende um sistema "aprimorado". O órgão havia decidido por unanimidade abrir um inquérito administrativo contra Bolsonaro por causa dos questionamentos sem provas à confiabilidade do sistema eleitoral brasileiro. O TSE também estaria pretendendo enviar ao Supremo Tribunal Federal um inquérito para investigá-lo por fake news sobre a contabilidade dos resultados de eleições realizadas no Brasil. O teor do documento enviado ao TSE foi publicado pela coluna de Carla Araújo, no portal Uol.  

Ao escrever para o tribunal, Bolsonaro disse que "não se está a atacar propriamente a segurança das urnas eletrônicas, mas, sim, a necessidade de se viabilizar uma efetiva auditagem". "Na realidade, é em nome da maior fiabilidade do sufrágio que há muito se tem defendido a necessidade de robustecer ainda mais o sistema eletrônico de votação com alguma medida física de auditagem imediata pelo eleitor, tão logo esse deposite o seu voto na urna e, se for o caso, mais tarde pela própria Justiça Eleitoral", escreveu ele ao TSE. 

O posicionamento por escrito de Bolsonaro foi uma resposta ao corregedor-geral da Justiça Eleitoral, o ministro Luís Felipe Salomão, que havia dado a ele o prazo de 15 dias para a apresentação de provas sobre supostas fraudes nas urnas. No despacho que pediu explicações sobre as alegações de fraude, no dia 21 de junho, Salomão havia cobrado evidências ou informações "relativas à ocorrência de eventuais fraudes inconformidades em eleições anteriores". Mas Bolsonaro não apresentou essas evidências. 

Os questionamentos de Bolsonaro ao sistema eleitoral são parte de uma estratégia da direita de colocar em xeque a confiabilidade das urnas quando pesquisas são desfavoráveis a algum pré-candidato ou candidato deste campo ideológico, como, por exemplo, o que aconteceu com Donald Trump nos Estados Unidos, ao perceber que seria derrotado - e foi, ao perder para Joe Biden. 

No Brasil, os levantamentos não têm sido favoráveis a Bolsonaro. Nesta quarta-feira (4), por exemplo, a pesquisa Quaest Consultoria apontou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na liderança isolada, com 46% dos votos na simulação de primeiro turno. Jair Bolsonaro apareceu na segunda posição, com 29%, seguido pelo ex-ministro Ciro Gomes (PDT), com 12%. Em simulação de segundo turno, o petista alcançou 54% contra 33%. 

De acordo com as estatísticas, a desaprovação do governo é de 56% e 66% dos entrevistados afirmaram desaprovar o comportamento de Bolsonaro.

Coronel Blanco admite que fazia negociações sobre vacina antes de lei aprovada e CPI considera revelação "muito grave"

 À CPI da Covid, o coronel Marcelo Blanco da Costa, ex-assessor do Ministério da Saúde, admitiu negociações sobre vacinas com a iniciativa privada e afirmou que "gostaria de já ter algo desenhado", após o Congresso aprovar a distribuição de imunizantes por entes privados. "Muito grave, projetando um mercado que ainda não existia", disse Renan Calheiros

Tenente-coronel Marcelo Blanco (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

247 - Em depoimento à CPI da Covid, nesta quarta-feira (4), o tenente-coronel da reserva Marcelo Blanco da Costa, ex-assessor do departamento de Logística do Ministério da Saúde, confessou que fazia negociações com o setor privado sobre a distribuição de vacinas contra a Covid-19. Segundo o coronel, após a aprovação de um projeto no Congresso para a distribuição de vacinas por entes privados, ele (o militar) "gostaria de já ter algo desenhado".

Em sua fala, o ex-assessor acrescentou que, "ao perceber um movimento no parlamento em debater uma pauta desta só queria construir um modelo de negócios". "Meu intuito ao senhor Dominguetti, tinha apenas o desenvolvimento de parcerias ao setor privado", disse Blanco.

O coronel Blanco mostrou áudio do dia 22 de fevereiro. O jantar ocorreu no dia 25 de fevereiro - nesta última data teria havido o pedido de propina, segundo afirmou o policial militar Luiz Paulo Dominghetti à CPI no dia 1 de julho. No dia 25 de fevereiro, Blanco já não era servidor do Ministério da Saúde.

Após o coronel citar o áudio do dia 22, o vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), destacou que o projeto foi aprovado no dia 23/02 e sancionado somente no dia 22 de março. 

O presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), alertou para a necessidade de maiores cuidados por parte do coronel. "O Sr não acha que foi muito açodado em pensar em venda de vacina, sem ter pesquisado a empresa? Era para ter pesquisado que empresa é esta, quem é Dominghetti. Muito estranho isso coronel...", disse o parlamentar. 

O relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AM), também criticou as revelações do coronel. "Muito grave, projetando um mercado que ainda não existia e que depois se comprovou, de interesse da Precisa", disse o emedebista. 

"A posição dele confrontando interesses dentro do MS, reunindo servidores com empresário era demonstração do enfrentamento que havia no órgão em mercado que seria de interesse da Precisa, que seria criado para tanto. Para a precisa que seria uma espécie de Domighetti da Covaxin. É o estado que chegamos no Brasil, de roubalheira", complementou.

PM havia confirmado propina

Em depoimento à CPI da Covid, no dia 1 de julho, o cabo da Polícia Militar de Minas Gerais Luiz Paulo Dominguetti Pereira falou sobre o jantar do dia 25 de fevereiro e disse que US$ 3,50 era o valor da dose na primeira tratativa sem propina. 

De acordo com o militar, as solicitações de propina só viriam com um US$ 1 dólar por dose a pedido de Roberto Dias, ex-diretor de logística do Ministério da Saúde.


"Estamos estarrecidos", afirma Aziz sobre atuação do coronel Blanco em negociação de vacinas

 "O senhor começa a fazer lobby. Estamos estarrecidos com a facilidade com que pessoas desqualificadas adentraram no ministério", afirmou o presidente da CPI, Omar Aziz, em recado ao coronel Marcelo Blanco, que depõe na comissão

Coronel Marcelo Blanco e o presidente da CPI da Covid, Omar Aziz (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

247 - O presidente da CPI da Covid, Omar Aziz (PSD-AM), destacou que o tenente-coronel da reserva Marcelo Blanco da Costa, ex-assessor do departamento de Logística do Ministério da Saúde, fez "lobby" para o setor privado negociar a distribuição da vacinas AstraZeneca. 

"O senhor começa a fazer lobby. Estamos estarrecidos com a facilidade com que pessoas desqualificadas adentraram no ministério. Não deram a mínima para a Pfizer, mas deram facilidade para o Dominghetti", disse o parlamentar. 

O coronel chegou a dizer, mais cedo, que fazia as negociações antes de o Congresso aprovar um projeto para a iniciativa privada negociar a aquisição de vacinas

Blanco era subordinado de Roberto Ferreira Dias, que foi apontado pelo policial militar Luiz Paulo Dominghetti como autor de pedido de propina de US$ 1 por dose para avançar a negociação por 400 milhões de doses da AstraZeneca

Coronel Blanco nega ocorrência de pedido de propina em jantar com Dias e Dominghetti

 À CPI da Covid, o coronel Marcelo Blanco sustentou que o encontro tratou apenas de "amenidades", e não de vacinas

Coronel Marcelo Blanco (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

247 - O ex-assessor do Ministério da Saúde, coronel Marcelo Blanco, em depoimento à CPI da Covid, negou que o jantar no restaurante Vasto, em Brasília, no dia 25 de fevereiro, tenha sido palco do pedido de propina em contratos do Ministério da Saúde. 

No encontro, estavam presentes o coronel, o cabo da Polícia Militar Luiz Paulo Dominghetti, o ex-diretor de logística da pasta, Roberto Ferreira Dias, e o empresário José Ricardo Santana. 

Segundo Dias, inicialmente, este foi apenas um encontro casual. À CPI, o ex-diretor afirmou que Dominghetti e Blanco teriam chegado à mesa em que estava a tomar um chope com Santana e proposto o esquema. 

Ao contrário da versão apresentada por Dias, no entanto, Blanco disse que tinha conhecimento prévio do jantar

Blanco sustentou que o encontro tratou apenas de "amenidades", e não de vacinas. Ele também negou que tivesse ocorrido um pedido de propina.  

"Conversei com Dominghetti para ir até o Vasto, fomos até o shopping (Brasília Shopping), isso por volta de 19h, 19h30. Entramos e à esquerda o Roberto já se encontrava à mesa com o Sr. Ricardo. Me dirigi, apresentei o Dominghetti, sentamos e nem chegamos a jantar, pelo menos eu. Tinha um jogo do Flamengo que queria assistir em casa. No momento em que Dominghetti foi apresentado ele falou do interesse dele de ter agenda, porque ia retornar à cidade de origem dele no dia seguinte, e o Roberto disse, em função disso, que ia abrir uma lacuna na agenda e que ele fizesse uma solicitação formal que ele ia responder", disse o coronel Blanco em seu depoimento.

Após isso, Blanco diz ter se ausentado. "Saí para assistir o jogo". Segundo ele, seu último contato com Dominghetti foi em 10 de março. 

O relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL), perguntou o motivo de Dominghetti ter revelado o pedido de propina. “É o que todo mundo se pergunta”, diz. 

Lula vence Bolsonaro no primeiro turno e em todas as simulações de segundo, diz pesquisa Quaest

 Pesquisa Quaest Consultoria apontou o ex-presidente Lula com 46% dos votos na simulação de primeiro turno. Jair Bolsonaro apareceu na segunda posição, com 29%. O petista também vence em todas as simulações de segundo turno. Contra Bolsonaro, alcança mais de 20 pontos percentuais de diferença

Ex-presidente Lula (Foto: Ricardo Stuckert)

247 - Pesquisa Quaest Consultoria, divulgada nesta quarta-feira (4), apontou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na liderança isolada, com 46% dos votos na simulação de primeiro turno. Jair Bolsonaro apareceu na segunda posição, com 29%, seguido pelo ex-ministro Ciro Gomes (PDT), com 12%.

Em um segundo cenário, com Sérgio Moro, José Luiz Datena (PSL) e João Doria (PSDB), o petista varia dentro da margem de erro, ficando com 44%. Com Eduardo Leite (PSDB) e Luiz Henrique Mandetta (DEM) na disputa, Lula atinge 45%.

O ex-presidente vence em todas as simulações de segundo turno. Contra Bolsonaro, o petista alcança 54% contra 33%. Contra Ciro, vence por 53% a 23%, e Mandetta, por 58% a 14%.

De acordo com a pesquisa, Lula é o único entre os pré-candidatos em que o potencial de voto é maior que a taxa de rejeição. Ao todo, 58% dizem que podem votar nele, contra 41% que dizem que não.

O levantamento foi feito com 1.500 entrevistados, de 29 de julho a 1 de agosto em 95 cidades das 27 unidades da federação. O nível de confiança é de 95% e a margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos. 

Vice-presidente da CPI expulsa deputado que tentou tumultuar sessão (vídeo)

 Deputado federal Reinhold Stephanes Júnior, porém, se retirou da sessão antes da chegada da polícia legislativa. Ele gravava um vídeo ofendendo os senadores que integram o colegiado e afirmando que a CPI “faz mal ao Brasil"

Reinhold Stephanes Júnior (Foto: Reprodução)

247 - O vice-presidente da CPI da Covid, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), determinou que a polícia legislativa retirasse do auditório o deputado federal Reinhold Stephanes Júnior (PSD-PR). O parlamentar, porém, se retirou da sessão antes da chegada da polícia legislativa.  Ele estava gravando um  vídeo para suas redes sociais ofendendo os senadores que integram o colegiado e afirmando que a CPI “faz mal ao Brasil".

Na saída, Stephanes disse que Randolfe cometeu um ato de "prepotência e arrogância" e afirmou que os membros da CPI “querem construir uma narrativa para prejudicar o presidente", disse a jornalistas. Ele também ofendeu os jornalistas e uma policial legislativa. 

Randolfe disse que o deputado praticou um ato de desrespeito e que a presidência da mesa vai garantir o livre acesso à CPI, mas não admitirá tentativas de tumultuar o trabalho. Ele também acrescentou que o caso será comunicado ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), além da  Comissão de Ética.

Assista:


Corregedor do TSE pede ao STF informações sobre chapa Bolsonaro-Mourão que podem levar à cassação de ambos

 Chapa Bolsonaro-Mourão é alvo de duas ações de investigação judicial eleitoral no TSE. Ministro Luis Felipe Salomão quer do STF, por exemplo, informações de inquérito sobre milícias digitais

(Foto: ABr)

247 - O corregedor do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luis Felipe Salomão, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) o compartilhamento de informações que possam contribuir com investigações da chapa eleitoral formada pelo presidente Jair Bolsonaro e pelo vice Hamilton Mourão, então candidatos. A informação é do portal G1. 

Um dos inquéritos que deve ser compartilhado pelo STF com o TSE foi aberto em julho por ordem do ministro Alexandre de Moraes e investiga a organização e o funcionamento de uma milícia digital voltada a ataques à democracia. O caso envolve deputados bolsonaristas e aliados do presidente Jair Bolsonaro.

Mourão e Bolsonaro são alvo de duas ações de investigação judicial eleitoral, em tramitação no TSE, por supostas irregularidades na contratação do serviço de disparos em massa de mensagens em redes sociais durante a campanha de 2018.

As mensagens foram fundamentais para disseminar na sociedade fake news contra o então candidato do PT, Fernando Haddad e sua vice, Manuela d´Ávila. 

As ações, apresentadas por candidatos adversários, pedem a cassação da chapa por abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação.

"Renovo não só o pedido de informações, como também o de compartilhamento de provas eventualmente produzidas que possam vir a interessar à solução das lides postas nos autos das Aijes (ações de investigação judicial eleitoral)", escreveu o corregedor do TSE.

Ministério Público do Paraná manifesta-se em defesa da democracia

 

O Ministério Público do Paraná (MPPR) manifestou-se nesta terça-feira (3) em defesa da democracia e contrariamente a quaisquer questionamentos aos pilares do estado democrático de direito.

Em nota, a instituição destaca que “Não há como deixar de se posicionar o Ministério Público do Paraná na linha de sua incondicional defesa de nossas trincheiras libertárias, arduamente conquistadas por tantas gerações de combatentes do bom combate. Preservar a democracia, repudiando quaisquer abalos provocados por ondas despóticas ou autocráticas é nosso dever cívico”.

Arapongas registra 13 novos casos de Coronavírus, 08 curados e um óbito

 


Prefeitura de Arapongas, através da Secretaria Municipal de Saúde, informou nesta terça (03/08), o registro de 13 novos casos, 08 curados COVID-19 e 01 óbito registrado no município. Neste momento, o município totaliza 20.832 casos, dos quais 555 infelizmente vieram a óbito, 196 ainda estão com a doença e 20.081 já estão curados (96,4%). Ao todo, já foram realizados 73.871 testes. 

Ministério e governo do Paraná chegam a consenso sobre modelo do 'novo' pedágio

 

(Foto: Franklin de Freitas)

O Ministério da Infraestrutura informou nesta terça (3) em nota encaminhada ao Bem Paraná que chegou a um consenso com o governo do Paraná, assim como com os representantes da sociedade e do setor produtivo, sobre o modelo de concessão para as rodovias do estado para os próximos 30 anos. No total, o projeto abrange 3.372,8 quilômetros de rodovias, que estarão divididos em seis lotes, com um investimento previsto de R$ 43,4 bilhões por parte da iniciativa privada para a ampliação de pistas, com a duplicação de mais de 1,7 mil quilômetros, entre outras melhorias. Nos próximos dias, o Ministério divulgará os detalhes sobre o modelo, que, segundo a nota, alia desconto tarifário e aporte de recursos para o desenvolvimento logístico do Paraná.

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Paraná recebe hoje e amanhã mais 187.470 vacinas contra a Covid-19

 

São 57.600 da CoronaVac, divididas em 28.900 primeiras doses e 28.900 segundas doses, e 129.870 da Pfizer. Voos chegam ao Paraná nesta quarta e amanhã (quinta).

© Gilson Abreu/AEN

O Ministério da Saúde informou a Secretaria de Estado da Saúde que vai mandar nesta semana mais 187.470 novas vacinas contra a Covid-19 ao Paraná. São doses da Comirnaty (Pfizer/BioNTech) e CoronaVac (Sinovac/Butantan).

São 57.600 da CoronaVac, divididas em 28.900 primeiras doses e 28.900 segundas doses. Elas serão encaminhadas nesta quarta-feira (4), com previsão de chegada às 10h20 no Aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. O voo é o G3-1126. 

Para a quinta-feira (5) está prevista a chegada de 129.870 doses da Pfizer. O voo LA-4791 deve pousar no mesmo aeroporto às 13h20.

Assim que elas chegarem serão encaminhadas ao Centro de Medicamentos do Paraná (Cemepar), onde serão organizadas, cadastradas e, dentro do prazo padrão, encaminhadas para as 22 Regionais de Saúde para a continuidade da vacinação na população em geral.

O Ministério da Saúde ainda não emitiu o informe técnico da remessa, ou seja, ainda não é possível prever se as doses da Pfizer serão destinadas para primeira aplicação.

VACINÔMETRO – Até esta terça-feira (3), mais de 6 milhões de paranaenses já receberam ao menos uma dose contra a Covid-19 e quase 70% dos adultos estão vacinados. A expectativa é de alcançar 100% até o final de setembro.

Fonte: AEN

Juristas avaliam que ações adotadas do TSE podem tirar Bolsonaro da eleição de 2022

 As medidas tomadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra as acusações de Jair Bolsonaro ao sistema de votação podem brecar suas pretensões à reeleição

Luís Roberto Barroso e Jair Bolsonaro (Foto: Agência Brasil)

247 - Os ataques de Bolsonaro ao sistema de votação, as ofensas ao STF e ao TSE e as ameaças à realização de eleições, podem resultar em sua inelegibilidade, na opinião de juristas.

Reportagem do Estado de S.Paulo aponta que nos meios jurídicos é corrente a opinião de que  o inquérito administrativo e a notícia-crime apresentados nesta segunda-feira (2) pelo TSE, pedindo ao Supremo Tribunal Federal a inclusão de Bolsonaro na investigação das fake news, têm potencial para torná-lo inelegível se ele for responsabilizado criminalmente. 

Para o ex-presidente do TSE Carlos Velloso, o tribunal agiu de forma unânime para fazer o que lhe cabia, optando por uma "reação justa e natural aos ataques injustos ao sistema eleitoral e à própria Justiça Eleitoral”, disse. O ex-presidente da corte eleitoral considera que “se há notícias falsas, há práticas de crime". 

Na avaliação de Isabel Veloso, professora da FGV-Direito (Rio), ações como essas podem, de fato, penalizar Bolsonaro, em particular a viabilidade de sua reeleição, informa a reportagem.

Com filiação ao Patriotas descartada, Bolsonaro agora negocia com PP de Ciro Nogueira

 Ala do Patriotas que resiste à filiação de Bolsonaro, afirmou que as negociações com ele deixaram de existir

Palácio do Planalto e o ministro Ciro Nogueira (Casa Civil) (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil | Edilson Rodrigues/Agência Senado)

247 - O desembargador Rômulo de Araújo Mendes, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, decidiu nesta terça-feira (3) negar o pedido de Adilson Barroso para voltar ao comando do partido. Apesar de ainda ser passível de recurso, a decisão representa mais uma derrota para a ala que defendia a entrada de Bolsonaro.

Bolsonaro negocia agora a ida para o Progressistas, sigla do novo ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira.

Afastado da presidência do Patriota, Barroso já admite não ter mais a expectativa de filiar Bolsonaro. "Desde aquele tempo que o pessoal fez aquela convenção falsa, não sentei com eles mais (Bolsonaro e aliados)", disse Barroso ao Estadão. "Enquanto não resolver o problema jurídico, não adianta conversar politicamente. Não adianta passar o carrinho na frente dos bois".

O secretário-geral do Patriota, Jorcelino Braga, da ala que resiste à filiação de Bolsonaro, afirmou que as negociações com Bolsonaro deixaram de existir.