quarta-feira, 4 de agosto de 2021

Coronel Blanco admite que fazia negociações sobre vacina antes de lei aprovada e CPI considera revelação "muito grave"

 À CPI da Covid, o coronel Marcelo Blanco da Costa, ex-assessor do Ministério da Saúde, admitiu negociações sobre vacinas com a iniciativa privada e afirmou que "gostaria de já ter algo desenhado", após o Congresso aprovar a distribuição de imunizantes por entes privados. "Muito grave, projetando um mercado que ainda não existia", disse Renan Calheiros

Tenente-coronel Marcelo Blanco (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

247 - Em depoimento à CPI da Covid, nesta quarta-feira (4), o tenente-coronel da reserva Marcelo Blanco da Costa, ex-assessor do departamento de Logística do Ministério da Saúde, confessou que fazia negociações com o setor privado sobre a distribuição de vacinas contra a Covid-19. Segundo o coronel, após a aprovação de um projeto no Congresso para a distribuição de vacinas por entes privados, ele (o militar) "gostaria de já ter algo desenhado".

Em sua fala, o ex-assessor acrescentou que, "ao perceber um movimento no parlamento em debater uma pauta desta só queria construir um modelo de negócios". "Meu intuito ao senhor Dominguetti, tinha apenas o desenvolvimento de parcerias ao setor privado", disse Blanco.

O coronel Blanco mostrou áudio do dia 22 de fevereiro. O jantar ocorreu no dia 25 de fevereiro - nesta última data teria havido o pedido de propina, segundo afirmou o policial militar Luiz Paulo Dominghetti à CPI no dia 1 de julho. No dia 25 de fevereiro, Blanco já não era servidor do Ministério da Saúde.

Após o coronel citar o áudio do dia 22, o vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), destacou que o projeto foi aprovado no dia 23/02 e sancionado somente no dia 22 de março. 

O presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), alertou para a necessidade de maiores cuidados por parte do coronel. "O Sr não acha que foi muito açodado em pensar em venda de vacina, sem ter pesquisado a empresa? Era para ter pesquisado que empresa é esta, quem é Dominghetti. Muito estranho isso coronel...", disse o parlamentar. 

O relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AM), também criticou as revelações do coronel. "Muito grave, projetando um mercado que ainda não existia e que depois se comprovou, de interesse da Precisa", disse o emedebista. 

"A posição dele confrontando interesses dentro do MS, reunindo servidores com empresário era demonstração do enfrentamento que havia no órgão em mercado que seria de interesse da Precisa, que seria criado para tanto. Para a precisa que seria uma espécie de Domighetti da Covaxin. É o estado que chegamos no Brasil, de roubalheira", complementou.

PM havia confirmado propina

Em depoimento à CPI da Covid, no dia 1 de julho, o cabo da Polícia Militar de Minas Gerais Luiz Paulo Dominguetti Pereira falou sobre o jantar do dia 25 de fevereiro e disse que US$ 3,50 era o valor da dose na primeira tratativa sem propina. 

De acordo com o militar, as solicitações de propina só viriam com um US$ 1 dólar por dose a pedido de Roberto Dias, ex-diretor de logística do Ministério da Saúde.


"Estamos estarrecidos", afirma Aziz sobre atuação do coronel Blanco em negociação de vacinas

 "O senhor começa a fazer lobby. Estamos estarrecidos com a facilidade com que pessoas desqualificadas adentraram no ministério", afirmou o presidente da CPI, Omar Aziz, em recado ao coronel Marcelo Blanco, que depõe na comissão

Coronel Marcelo Blanco e o presidente da CPI da Covid, Omar Aziz (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

247 - O presidente da CPI da Covid, Omar Aziz (PSD-AM), destacou que o tenente-coronel da reserva Marcelo Blanco da Costa, ex-assessor do departamento de Logística do Ministério da Saúde, fez "lobby" para o setor privado negociar a distribuição da vacinas AstraZeneca. 

"O senhor começa a fazer lobby. Estamos estarrecidos com a facilidade com que pessoas desqualificadas adentraram no ministério. Não deram a mínima para a Pfizer, mas deram facilidade para o Dominghetti", disse o parlamentar. 

O coronel chegou a dizer, mais cedo, que fazia as negociações antes de o Congresso aprovar um projeto para a iniciativa privada negociar a aquisição de vacinas

Blanco era subordinado de Roberto Ferreira Dias, que foi apontado pelo policial militar Luiz Paulo Dominghetti como autor de pedido de propina de US$ 1 por dose para avançar a negociação por 400 milhões de doses da AstraZeneca

Coronel Blanco nega ocorrência de pedido de propina em jantar com Dias e Dominghetti

 À CPI da Covid, o coronel Marcelo Blanco sustentou que o encontro tratou apenas de "amenidades", e não de vacinas

Coronel Marcelo Blanco (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

247 - O ex-assessor do Ministério da Saúde, coronel Marcelo Blanco, em depoimento à CPI da Covid, negou que o jantar no restaurante Vasto, em Brasília, no dia 25 de fevereiro, tenha sido palco do pedido de propina em contratos do Ministério da Saúde. 

No encontro, estavam presentes o coronel, o cabo da Polícia Militar Luiz Paulo Dominghetti, o ex-diretor de logística da pasta, Roberto Ferreira Dias, e o empresário José Ricardo Santana. 

Segundo Dias, inicialmente, este foi apenas um encontro casual. À CPI, o ex-diretor afirmou que Dominghetti e Blanco teriam chegado à mesa em que estava a tomar um chope com Santana e proposto o esquema. 

Ao contrário da versão apresentada por Dias, no entanto, Blanco disse que tinha conhecimento prévio do jantar

Blanco sustentou que o encontro tratou apenas de "amenidades", e não de vacinas. Ele também negou que tivesse ocorrido um pedido de propina.  

"Conversei com Dominghetti para ir até o Vasto, fomos até o shopping (Brasília Shopping), isso por volta de 19h, 19h30. Entramos e à esquerda o Roberto já se encontrava à mesa com o Sr. Ricardo. Me dirigi, apresentei o Dominghetti, sentamos e nem chegamos a jantar, pelo menos eu. Tinha um jogo do Flamengo que queria assistir em casa. No momento em que Dominghetti foi apresentado ele falou do interesse dele de ter agenda, porque ia retornar à cidade de origem dele no dia seguinte, e o Roberto disse, em função disso, que ia abrir uma lacuna na agenda e que ele fizesse uma solicitação formal que ele ia responder", disse o coronel Blanco em seu depoimento.

Após isso, Blanco diz ter se ausentado. "Saí para assistir o jogo". Segundo ele, seu último contato com Dominghetti foi em 10 de março. 

O relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL), perguntou o motivo de Dominghetti ter revelado o pedido de propina. “É o que todo mundo se pergunta”, diz. 

Lula vence Bolsonaro no primeiro turno e em todas as simulações de segundo, diz pesquisa Quaest

 Pesquisa Quaest Consultoria apontou o ex-presidente Lula com 46% dos votos na simulação de primeiro turno. Jair Bolsonaro apareceu na segunda posição, com 29%. O petista também vence em todas as simulações de segundo turno. Contra Bolsonaro, alcança mais de 20 pontos percentuais de diferença

Ex-presidente Lula (Foto: Ricardo Stuckert)

247 - Pesquisa Quaest Consultoria, divulgada nesta quarta-feira (4), apontou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na liderança isolada, com 46% dos votos na simulação de primeiro turno. Jair Bolsonaro apareceu na segunda posição, com 29%, seguido pelo ex-ministro Ciro Gomes (PDT), com 12%.

Em um segundo cenário, com Sérgio Moro, José Luiz Datena (PSL) e João Doria (PSDB), o petista varia dentro da margem de erro, ficando com 44%. Com Eduardo Leite (PSDB) e Luiz Henrique Mandetta (DEM) na disputa, Lula atinge 45%.

O ex-presidente vence em todas as simulações de segundo turno. Contra Bolsonaro, o petista alcança 54% contra 33%. Contra Ciro, vence por 53% a 23%, e Mandetta, por 58% a 14%.

De acordo com a pesquisa, Lula é o único entre os pré-candidatos em que o potencial de voto é maior que a taxa de rejeição. Ao todo, 58% dizem que podem votar nele, contra 41% que dizem que não.

O levantamento foi feito com 1.500 entrevistados, de 29 de julho a 1 de agosto em 95 cidades das 27 unidades da federação. O nível de confiança é de 95% e a margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos. 

Vice-presidente da CPI expulsa deputado que tentou tumultuar sessão (vídeo)

 Deputado federal Reinhold Stephanes Júnior, porém, se retirou da sessão antes da chegada da polícia legislativa. Ele gravava um vídeo ofendendo os senadores que integram o colegiado e afirmando que a CPI “faz mal ao Brasil"

Reinhold Stephanes Júnior (Foto: Reprodução)

247 - O vice-presidente da CPI da Covid, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), determinou que a polícia legislativa retirasse do auditório o deputado federal Reinhold Stephanes Júnior (PSD-PR). O parlamentar, porém, se retirou da sessão antes da chegada da polícia legislativa.  Ele estava gravando um  vídeo para suas redes sociais ofendendo os senadores que integram o colegiado e afirmando que a CPI “faz mal ao Brasil".

Na saída, Stephanes disse que Randolfe cometeu um ato de "prepotência e arrogância" e afirmou que os membros da CPI “querem construir uma narrativa para prejudicar o presidente", disse a jornalistas. Ele também ofendeu os jornalistas e uma policial legislativa. 

Randolfe disse que o deputado praticou um ato de desrespeito e que a presidência da mesa vai garantir o livre acesso à CPI, mas não admitirá tentativas de tumultuar o trabalho. Ele também acrescentou que o caso será comunicado ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), além da  Comissão de Ética.

Assista:


Corregedor do TSE pede ao STF informações sobre chapa Bolsonaro-Mourão que podem levar à cassação de ambos

 Chapa Bolsonaro-Mourão é alvo de duas ações de investigação judicial eleitoral no TSE. Ministro Luis Felipe Salomão quer do STF, por exemplo, informações de inquérito sobre milícias digitais

(Foto: ABr)

247 - O corregedor do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luis Felipe Salomão, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) o compartilhamento de informações que possam contribuir com investigações da chapa eleitoral formada pelo presidente Jair Bolsonaro e pelo vice Hamilton Mourão, então candidatos. A informação é do portal G1. 

Um dos inquéritos que deve ser compartilhado pelo STF com o TSE foi aberto em julho por ordem do ministro Alexandre de Moraes e investiga a organização e o funcionamento de uma milícia digital voltada a ataques à democracia. O caso envolve deputados bolsonaristas e aliados do presidente Jair Bolsonaro.

Mourão e Bolsonaro são alvo de duas ações de investigação judicial eleitoral, em tramitação no TSE, por supostas irregularidades na contratação do serviço de disparos em massa de mensagens em redes sociais durante a campanha de 2018.

As mensagens foram fundamentais para disseminar na sociedade fake news contra o então candidato do PT, Fernando Haddad e sua vice, Manuela d´Ávila. 

As ações, apresentadas por candidatos adversários, pedem a cassação da chapa por abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação.

"Renovo não só o pedido de informações, como também o de compartilhamento de provas eventualmente produzidas que possam vir a interessar à solução das lides postas nos autos das Aijes (ações de investigação judicial eleitoral)", escreveu o corregedor do TSE.

Ministério Público do Paraná manifesta-se em defesa da democracia

 

O Ministério Público do Paraná (MPPR) manifestou-se nesta terça-feira (3) em defesa da democracia e contrariamente a quaisquer questionamentos aos pilares do estado democrático de direito.

Em nota, a instituição destaca que “Não há como deixar de se posicionar o Ministério Público do Paraná na linha de sua incondicional defesa de nossas trincheiras libertárias, arduamente conquistadas por tantas gerações de combatentes do bom combate. Preservar a democracia, repudiando quaisquer abalos provocados por ondas despóticas ou autocráticas é nosso dever cívico”.

Arapongas registra 13 novos casos de Coronavírus, 08 curados e um óbito

 


Prefeitura de Arapongas, através da Secretaria Municipal de Saúde, informou nesta terça (03/08), o registro de 13 novos casos, 08 curados COVID-19 e 01 óbito registrado no município. Neste momento, o município totaliza 20.832 casos, dos quais 555 infelizmente vieram a óbito, 196 ainda estão com a doença e 20.081 já estão curados (96,4%). Ao todo, já foram realizados 73.871 testes. 

Ministério e governo do Paraná chegam a consenso sobre modelo do 'novo' pedágio

 

(Foto: Franklin de Freitas)

O Ministério da Infraestrutura informou nesta terça (3) em nota encaminhada ao Bem Paraná que chegou a um consenso com o governo do Paraná, assim como com os representantes da sociedade e do setor produtivo, sobre o modelo de concessão para as rodovias do estado para os próximos 30 anos. No total, o projeto abrange 3.372,8 quilômetros de rodovias, que estarão divididos em seis lotes, com um investimento previsto de R$ 43,4 bilhões por parte da iniciativa privada para a ampliação de pistas, com a duplicação de mais de 1,7 mil quilômetros, entre outras melhorias. Nos próximos dias, o Ministério divulgará os detalhes sobre o modelo, que, segundo a nota, alia desconto tarifário e aporte de recursos para o desenvolvimento logístico do Paraná.

Leia mais no blog Política em Debate

Paraná recebe hoje e amanhã mais 187.470 vacinas contra a Covid-19

 

São 57.600 da CoronaVac, divididas em 28.900 primeiras doses e 28.900 segundas doses, e 129.870 da Pfizer. Voos chegam ao Paraná nesta quarta e amanhã (quinta).

© Gilson Abreu/AEN

O Ministério da Saúde informou a Secretaria de Estado da Saúde que vai mandar nesta semana mais 187.470 novas vacinas contra a Covid-19 ao Paraná. São doses da Comirnaty (Pfizer/BioNTech) e CoronaVac (Sinovac/Butantan).

São 57.600 da CoronaVac, divididas em 28.900 primeiras doses e 28.900 segundas doses. Elas serão encaminhadas nesta quarta-feira (4), com previsão de chegada às 10h20 no Aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. O voo é o G3-1126. 

Para a quinta-feira (5) está prevista a chegada de 129.870 doses da Pfizer. O voo LA-4791 deve pousar no mesmo aeroporto às 13h20.

Assim que elas chegarem serão encaminhadas ao Centro de Medicamentos do Paraná (Cemepar), onde serão organizadas, cadastradas e, dentro do prazo padrão, encaminhadas para as 22 Regionais de Saúde para a continuidade da vacinação na população em geral.

O Ministério da Saúde ainda não emitiu o informe técnico da remessa, ou seja, ainda não é possível prever se as doses da Pfizer serão destinadas para primeira aplicação.

VACINÔMETRO – Até esta terça-feira (3), mais de 6 milhões de paranaenses já receberam ao menos uma dose contra a Covid-19 e quase 70% dos adultos estão vacinados. A expectativa é de alcançar 100% até o final de setembro.

Fonte: AEN

Juristas avaliam que ações adotadas do TSE podem tirar Bolsonaro da eleição de 2022

 As medidas tomadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra as acusações de Jair Bolsonaro ao sistema de votação podem brecar suas pretensões à reeleição

Luís Roberto Barroso e Jair Bolsonaro (Foto: Agência Brasil)

247 - Os ataques de Bolsonaro ao sistema de votação, as ofensas ao STF e ao TSE e as ameaças à realização de eleições, podem resultar em sua inelegibilidade, na opinião de juristas.

Reportagem do Estado de S.Paulo aponta que nos meios jurídicos é corrente a opinião de que  o inquérito administrativo e a notícia-crime apresentados nesta segunda-feira (2) pelo TSE, pedindo ao Supremo Tribunal Federal a inclusão de Bolsonaro na investigação das fake news, têm potencial para torná-lo inelegível se ele for responsabilizado criminalmente. 

Para o ex-presidente do TSE Carlos Velloso, o tribunal agiu de forma unânime para fazer o que lhe cabia, optando por uma "reação justa e natural aos ataques injustos ao sistema eleitoral e à própria Justiça Eleitoral”, disse. O ex-presidente da corte eleitoral considera que “se há notícias falsas, há práticas de crime". 

Na avaliação de Isabel Veloso, professora da FGV-Direito (Rio), ações como essas podem, de fato, penalizar Bolsonaro, em particular a viabilidade de sua reeleição, informa a reportagem.

Com filiação ao Patriotas descartada, Bolsonaro agora negocia com PP de Ciro Nogueira

 Ala do Patriotas que resiste à filiação de Bolsonaro, afirmou que as negociações com ele deixaram de existir

Palácio do Planalto e o ministro Ciro Nogueira (Casa Civil) (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil | Edilson Rodrigues/Agência Senado)

247 - O desembargador Rômulo de Araújo Mendes, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, decidiu nesta terça-feira (3) negar o pedido de Adilson Barroso para voltar ao comando do partido. Apesar de ainda ser passível de recurso, a decisão representa mais uma derrota para a ala que defendia a entrada de Bolsonaro.

Bolsonaro negocia agora a ida para o Progressistas, sigla do novo ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira.

Afastado da presidência do Patriota, Barroso já admite não ter mais a expectativa de filiar Bolsonaro. "Desde aquele tempo que o pessoal fez aquela convenção falsa, não sentei com eles mais (Bolsonaro e aliados)", disse Barroso ao Estadão. "Enquanto não resolver o problema jurídico, não adianta conversar politicamente. Não adianta passar o carrinho na frente dos bois".

O secretário-geral do Patriota, Jorcelino Braga, da ala que resiste à filiação de Bolsonaro, afirmou que as negociações com Bolsonaro deixaram de existir. 

Judiciário reage ao golpismo de Bolsonaro, escreve Bernardo Mello Franco

 Judiciário começa a reagir às ofensas e chantagens de Bolsonaro

Luís Roberto Barroso (Foto: Reprodução)

247 - "O Judiciário despertou do sono profundo e começou a reagir aos insultos, chantagens e ameaças de Jair Bolsonaro. O movimento foi puxado pelo ministro Luís Roberto Barroso, alvo número um do capitão", escreve o jornalista Bernardo Mello Franco no Globo.

Quando o ministro da Defesa apontou a baioneta para o Congresso, o presidente do TSE deu dois telefonemas e declarou que as instituições estavam funcionando. Onze dias depois, mudou o tom, usou a palavra 'golpismo' e reconheceu que a democracia está sob ataque".

“Há coisas erradas acontecendo no país, e nós todos precisamos estar atentos. Precisamos das instituições e precisamos da sociedade civil, ambas bem alertas”, disse Barroso.

Ana Marcela Cunha leva medalha inédita para o Brasil: ouro na maratona aquática

 A baiana Ana Marcela Cunha, campeã de 11 medalhas em campeonatos mundiais, conquistou mais um feito histórico para o Brasil em Tóquio ao ser campeã da maratona aquática

Ana Marcela conquista a medalha de ouro nos 10km das Maratonas Aquáticas (Foto: Jonne Roriz /COB)

247 - A nadadora Ana Marcela Cunha, de 29 anos, fez o Brasil conquistar mais um feito inédito na Olimpíada de Tóquio nesta terça-feira (3), ao vencer a maratona aquática. A atleta baiana fez história ao conquistar o ouro depois de quatro ciclos olímpicos.

A conquista da manhã desta quarta-feira em Tóquio (noite de terça no Brasil) foi na disputa dos 10km no Odaiba Marine Park com o tempo de 1h59min30s08. Ana Marcela é dona de 11 medalhas em campeonatos mundiais. 

A holandesa Sharon van Rouwendaal, ouro na Rio 2016, levou a medalha de prata. O bronze terminou nas mãos da australiana Kareena Lee.

Foi a segunda medalha do País em provas de maratona aquática em Olimpíadas desde que o evento foi incluído nos Jogos, em Pequim 2008. Em 2016, Poliana Okimoto havia levado o bronze no Rio de Janeiro.

terça-feira, 3 de agosto de 2021

Apucarana registra queda de 54,6% nos óbitos e 59,1% nos casos de Covid-19 em julho

 Apucarana registrou queda nos óbitos e também nos casos de Covid-19 em julho na comparação com junho. Foram 29 óbitos no mês encerrado no último sábado (31) contra 82 no período anterior, uma redução na ordem de 64,6%. A queda no número de casos também foi expressiva. Foram 1.002 ocorrências confirmadas da doença em julho contra 2.454 em junho, uma queda de 59,1%. O levantamento tem como base os boletins diários divulgados pela Autarquia Municipal de Saúde (AMS).

Desde o início da pandemia, o município soma 456 mortes provocadas pela doença e tem 16.541 diagnósticos positivos do novo coronavírus. Segundo a AMS, o município contabilizava 15.841 recuperados até até esta segunda-feira (02/08), o que representa 95,7% do total de infectados pela doença desde o início da pandemia. Atualmente, são 244 casos ativos.

Dos 29 óbitos em julho, 11 foram registrados na faixa etária entre 40-49 anos (35,9%), 4 entre 30-39 anos (13,8%), 4 entre 50-59 anos (13,8%), 3 de 18-29 anos (10,3%), 2 de 60-69 anos (6,9%), 2 de 70-79 anos (6,9%), 2 de 80-89 anos (6,9%) e 1 acima de 90 anos (3,4%). A maior parte dos casos foi registrada também em pessoas com menos de 59 anos: 87,3%.





Apucarana registra mais 19 casos de Covid-19 nesta terça-feira


 A Autarquia Municipal de Saúde (AMS) registrou nesta terça-feira (3) mais 19 casos de Covid-19 em Apucarana. Sem nenhum novo óbito confirmado, o município segue com 456 mortes provocadas pela doença e agora soma 16.560 diagnósticos positivos do novo coronavírus.

Os novos casos foram confirmados em testes feitos pelo Laboratório Central do Paraná (Lacen). São 8 homens (entre 14 e 80 anos) e 11 mulheres (entre um mês e 76 anos). Todos estão em isolamento domiciliar.

Reverendo mentiu na CPI: aparece carta que prova negociação entre sua ONG e municípios do Acre

 Ao contrário do que alegou à comissão, o reverendo Amilton Gomes negociou a venda de vacinas com municípios. Correspondência à Associação de Municípios do Acre ofertava vacinas da AstraZeneca

Reverendo Amilton Gomes de Paula (Foto: Leopoldo Silva/Agência Senado | Reprodução)

247 - O reverendo Amilton Gomes mentiu na CPI da Covid no Senado. E-mails obtidos pela CNN Brasil mostram que, ao contrário da versão que apresentou à comissão, o intermediador de vacinas negociou com municípios. 

Em correspondência à Associação de Municípios do Acre (Amac), o reverendo diz que enviaria informações sobre a venda de doses da vacina da AstraZeneca. O e-mail, de fevereiro deste ano, é assinado por Gomes. 

Em março, a Amac oficializou a intenção de compras de vacinas da Janssen. A mensagem foi enviada à Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários, ONG dirigida pelo reverendo, e a Cristiano Carvalho, representante da Davati Medical Supply. Nela, Cristiano oferece novamente a vacina da AstraZeneca. 

Carvalho reconheceu a autenticidade das mensagens. Ele esclareceu, no entanto, que o negócio não foi fechado. Segundo ele, esta não foi a única tratativa com municípios. 

Mais cedo, ao ser questionado pelo relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL), o reverendo afirmou: “Senador, eu desconheço essa amplitude onde nós chegamos, com governadores, com prefeitos, com prefeituras. Eu desconheço. Eu não conversei com nenhum governador, nenhum prefeito”.

Apucarana ilumina ligação entre bairros e licita novas frentes

 O resultado do serviço foi conferido de perto pelo prefeito Júnior da Femac

(Foto:PMA)

A Prefeitura de Apucarana, através do Instituto de Desenvolvimento, Pesquisa e Planejamento de Apucarana (Idepplan), concluiu nesta semana a modernização da iluminação pública de um trecho de 120 metros lineares que serve de ligação viária entre os jardins São Pedro e das Flores. As antigas luminárias foram substituídas por novas de vapor metálico na potência 400 watts.

O resultado do serviço foi conferido de perto pelo prefeito Júnior da Femac. “Esta é uma rotina diária onde procuro acompanhar de perto todas as obras, programas e serviços municipais. Esta ligação faz parte do Programa Interbairros, que já uniu diversos bairros, encurtando distâncias, promovendo a cidadania das pessoas, e o reforço da iluminação pública complementa esta obra tão importante para a região, garantindo uma maior sensação de segurança a todos que precisam passar por ela no período da noite”, pontuou o prefeito Júnior da Femac.

Agentes de trânsito de Apucarana atualizam conhecimentos

 A capacitação de 200 horas/aula, realizada entre os meses de fevereiro e junho, atende portaria do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) e formou 16 profissionais da prefeitura

(Foto:PMA)

Os 16 agentes municipais de trânsito de Apucarana concluíram recentemente curso de formação. A capacitação de 200 horas/aula, foi ministrada por uma empresa especializada contratada pelo Instituto de Desenvolvimento, Pesquisa e Planejamento da Prefeitura de Apucarana (Idepplan) e atende a Portaria nº 94 de 31 de maio de 2017 do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran).

Apucarana promove novo mutirão de consultas em 10 especialidades

 No primeiro, realizado nos meses de maio e junho, foram feitas 12 mil consultas de 5 especialidades


A Prefeitura de Apucarana, por meio da Autarquia Municipal de Saúde (AMS), e em parceria com o Consórcio Intermunicipal de Saúde do Vale do Ivaí e Região (Cisvir) vai promover um novo mutirão de consultas. O atendimento, nos meses de agosto, setembro e outubro, será nas especialidades de gastroenterologia, otorrinolaringologia, pneumonologia, oftalmologia, endocrinologia, mastologia, ortopedia, reumatologia, urologia e vascular.

Reverendo chora na CPI, pede “desculpas ao Brasil” e Aziz não perdoa: “era tudo fanta laranja” (vídeo)

 “Peço desculpa ao Brasil porque o que eu cometi não agradou aos olhos de Deus”, disse, chorando, o reverendo Amilton Gomes, que tentou vender vacinas para o Ministério da Saúde. “O senhor chorou e se arrependeu do quê?”, perguntou o presidente da Comissão

Omar Aziz e reverendo Amilton Gomes (Foto: Agência Senado / Reprodução)

247 - O reverendo Amilton Gomes, que presta depoimento à CPI da Covid nesta terça-feira (3) por ter negociado vacinas com o Ministério da Saúde, chorou após ser provocado pelo senador governista Marcos Rogério, que questionou se ele não estava arrependido de ter se envolvido com golpistas em esquema de vacinas.

“Peço desculpa ao Brasil porque o que eu cometi não agradou aos olhos de Deus, mas estou aqui para voltar e dizer que eu… quem me conhece sabe, na minha igreja eu tiro os meus sapatos para pessoas carentes que chegam lá”, disse o reverendo, chorando. “Esse erro que eu cometi foi um erro que, se eu pudesse voltar atrás, eu voltaria. Peço perdão a todos os senadores e deputados”, completou.

O reverendo se disse ativista em causa humanitária, responsável por uma ONG criada por ele, a Senah - Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários. Foi em nome dela que o líder religioso contatou o governo federal, mas sem explicar com quem tem acesso para ter apresentado representantes de empresas privadas que ofereciam vacinas que sequer existiam, como Luiz Paulo Dominghetti e Cristiano Carvalho, da Davati.

“O senhor chorou e se arrependeu do quê?”, indagou o presidente da CPI, Omar Aziz, após o choro. “Era tudo fanta laranja”, continuou, em referência aos representantes da Davati e ao próprio reverendo. “É tudo Fanta, você toma e não tem gosto de laranja, mas é Fanta”, explicou. “Essa história não dá para entender. Como é que o senhor foi recebido sem ter credencial alguma para isso? As suas credenciais não eram boas”.

Reverendo que negociou vacinas já foi filiado ao PSL e participou da campanha de Bolsonaro

 O reverendo Amilton Gomes negou ter recebido doações partidárias, e disse que mantinha apenas um "relacionamento republicano" com a sigla

Reverendo Amilton Gomes (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

247 - O reverendo Amilton Gomes afirmou à CPI da Covid no Senado que participou de campanhas políticas pró-Bolsonaro, na época em que era filiado ao PSL, antigo partido do presidente. 

Ele negou ter recebido doações partidárias, e disse que mantinha apenas um "relacionamento republicano" com a sigla. "Já estive nesta casa, na Comissão de Desenvolvimento Urbano tratando de moradia. É este relacionamento que tenho com esta casa, não tenho envolvimento com gabinetes". 

Michelle Bolsonaro 

Gomes revelou que citou o nome da primeira-dama Michelle Bolsonaro nas negociações com o Ministério da Saúde, mas negou conhecê-la pessoalmente. O senador Humberto Costa (PT-PE) lembrou que, em 3 de março deste ano, o cabo da Polícia Militar de Minas Gerais Luiz Paulo Dominghetti enviou uma mensagem dizendo: "Michele está no circuito agora. Junto ao reverendo. Misericórdia". 

Questionado sobre outro trecho da conversa, em que diz "eu estive com quem manda", o reverendo disse, após ser instruído por seu advogado: "queria mostrar algo que não tinha". "Isso foi uma bravata minha".

À PF, Luis Ricardo Miranda confirma que comunicou Bolsonaro sobre pressão de superiores

 O servidor da Saúde relatou que as cobranças partiram de Alex Lial Marinho, de Roberto Ferreira Dias e de uma pessoa que se identificava como "Coronel Pires", que seria assessor da secretaria-executiva do ministério

Servidor Luis Ricardo Miranda em depoimento na CPI da Covid (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

247 - Em depoimento à Polícia Federal (PF), o servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda, irmão do deputado Luis Miranda (DEM-DF), afirmou ter sido pressionado para agilizar a compra de vacinas. Ele relatou que as cobranças partiram de Alex Lial Marinho, então coordenador-geral da área de logística, de Roberto Ferreira Dias, então diretor do departamento de logística, e de uma pessoa que se identificava como "Coronel Pires", que seria assessor da secretaria-executiva do ministério. 

"Eles, insistentemente, por telefone, por mensagens via aplicativos, perguntavam sobre o andamento do processo, se a divisão já havia, quando era o caso, entrado em contato com a empresa para a resolução de pendências, andamento do processo junto à Anvisa", disse Miranda.

À PF, ele disse ter comunicado a situação a Jair Bolsonaro, no encontro no Palácio da Alvorada. "O presidente da República ouviu o relato, leu algo nos documentos apresentados e fez anotações". "O presidente da República disse que ao término da reunião iria ligar para o DG (diretor-geral) da Polícia Federal para investigar", diz no depoimento.

No entanto, não houve nenhum encaminhamento à PF, razão pela qual o presidente pode ser enquadrado no crime de prevaricação. 

O depoimento foi prestado no último dia 14 de julho, no inquérito que investiga se o chefe de governo prevaricou. (Com informações do Globo). 

Ministério da Saúde demorou menos de 5 horas para responder e-mail da Davati, revela reverendo

 "Que eficiência do serviço público", ironizou o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). "Queria essa eficiência com a Pfizer...", comentou

Reverendo Amilton Gomes (Foto: Agência Senado)

247 - O reverendo Amilton Gomes, em depoimento à CPI da Covid no Senado, detalhou os encontros que teve com o Ministério da Saúde. A pasta, segundo ele, buscou ativamente estabelecer contato com a Davati Medical Supply, que tentava vender 400 milhões de doses da AstraZeneca. 

Gomes afirmou que, no dia 22 de fevereiro, enviou um e-mail ao Serviço de Vigilância em Saúde da Saúde (SVS), "encaminhando o (Luiz) Dominghetti". Pouco depois, por volta das 16h30, a mensagem foi respondida. 

"Que eficiência do serviço público", ironizou o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). "Queria essa eficiência com a Pfizer...", comentou, em referência aos mais de 50 e-mails da farmacêutica americana que não foram respondidos pelo governo federal.

O reverendo disse que participou de três reuniões com funcionários da Saúde. No dia 22 de fevereiro, ele apresentou Dominghetti a Lauricio Monteiro, diretor do Departamento de Imunização. 

“Na ocasião, Dominghetti apresentou documentos da Latin Air. E ele [Monteiro] esclareceu que a aquisição de vacinas estaria restrita a Elcio Franco", disse Gomes. 

No dia 2 de março, ele levou a proposta de Dominghetti à pasta, onde foi recebido por dois assessores. No dia 12 de março, na terceira reunião, estavam presentes Elcio Franco, Dominghetti, Cristiano Carvalho, também representante da Davat Medical Supply, o coronel da reserva Helcio Bruno de Almeida, entre outros.

Nesse encontro, o reverendo relatou que Elcio Franco questionou sobre o documento da AstraZeneca comprovando a existência das doses e a representação da empresa. Como o documento não foi obtido, a proposta teria sido encerrada. 

Rodrigo Maia denuncia "pedalada" de Bolsonaro e estouro do teto de gastos

 Segundo o deputado Rodrigo Maia, o relatório da MP 1045, faz parecer que os recursos que serão usados do Sistema S não passarão pelo orçamento

Rodrigo Maia, Paulo Guedes e Jair Bolsonaro (Foto: Agência Brasil)

247 - O deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), ex-presidente da Câmara, disse nesta terça-feira (3) que o governo de Jair Bolsonaro comete pedalada fiscal, ao criticar a Medida Provisória 1045, que prorrogou o programa de suspensão de contratos de trabalho e de redução de jornada e salário por mais quatro meses. 

Segundo Rodrigo Maia, o relatório da MP 1045, faz parecer que os recursos que serão usados do Sistema S não passarão pelo orçamento. Para o parlamentar, a situação configura pedalada fiscal e burla à Emenda Constitucional do teto de gastos. 

"Pedalada por retirar do orçamento despesa que deveria constar, uma vez que é despesa da União, tanto que parte pode ser financiada por recursos do FAT e do Fundo de Combate à Pobreza.  A não entrada dessa despesa paga pelo Sistema S configura burla ao teto de gastos (NRF), já que essa despesa não seria considerada no teto!", disse Maia pelo Twitter