“Ele acha que é o máximo, mas tem limite dele. Tenho os meus e ele tem os dele. Está abusando não é de hoje", disse Jair Bolsonaro sobre o presidente do TSE, Luiz Roberto Barroso, a quem acusou de "sujo". Em conversa com bolsonaristas nesta segunda, xingou Lula mais uma vez
Bolsonaro e Roberto Barroso (Foto: Alan Santos/PR | Nelson Jr./SCO/STF)
247 - Jair Bolsonaro voltou a subir o tom contra o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, nesta segunda-feira (2). “Ele acha que é o máximo, mas tem limite dele. Tenho os meus e ele tem os dele. Está abusando não é de hoje. A gente espera tratar as pessoas do Brasil dentro da normalidade, mas não continue tratando o povo desta maneira", disse durante uma conversa com apoiadores, de acordo com o UOL. Ele disse que Barroso é "sujo" e xingou Lula mais uma vez. Ataque acontece no mesmo dia em que o Judiciário retoma os trabalhos após o recesso e o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, prepara um duro discurso para rebater as acusações, sem provas, feitas pelo ex-capitão sobre a existência de fraudes eleitorais.
Quanto a Lula, Bolsonaro provocou: “Querem devolver a direção do Brasil para um corrupto, cachaceiro, loteou as estatais, vendeu até a mãe para ficar no poder”. Ele ainda chamou Lula de “picareta” e “bêbado incompetente”.
Bolsonaro também fez referência a inviolabilidade das urnas por meio de uma piada homofóbica. “O Barroso disse que as urnas são impenetráveis”, ironizou. Ainda segundo ele, “a imprensa está aí para desinformar e falar mentiras. Em cima dessa mentira, vem o Datafolha e, depois tudo isso acertado, tem a contagem na sala secreta pelo seu Barroso e meia dúzia de funcionários, tá justificado. E aí se eu quiser eu recorro ao Supremo". "Se as eleições tiverem problema, dizem 'recorra à Justiça'. Qual Justiça? O Supremo, que colocou o Lula para fora e o tornou elegível?”, completou.
Em baixa nas pesquisas, Bolsonaro aproveitou a ocasião para também desferir ataques contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Se deixar que se faça eleições dessa forma que está aí, o Barroso ajuda a botar o cara para fora da cadeira e torna elegível, e o Barroso vai contar os votos lá: qual a consequência disso?", disse. "Querem dar a direção ao Brasil para um corrupto, cachaceiro, arrebentou as estatais, loteava tudo aqui e vendeu até a mãe para ficar no poder, aparelhou tudo... Querem fazer que nem a Argentina?”, emendou.
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