Assassinato de mulheres por questão de gênero é crime de ódio e pode levar a 30 anos de prisão
Nesta quinta-feira (22), Dia Estadual de Combate ao Feminicídio, a Prefeitura lança, por meio da Secretaria da Mulher e Assuntos da Família, uma campanha virtual para enfatizar a importância de procurar ajuda e orientação, denunciar e buscar apoio em casos de violência doméstica e assim evitar que a situação se agrave e termine no assassinato da mulher.
O dia 22 de julho foi escolhido pelo governo do Estado para lembrar a morte da advogada Tatiane Spitzer, de Guarapuava, assassinada pelo marido em 2018. O crime gerou comoção nacional e levou Luis Felipe Manvailer à condenação de 31 anos de prisão, em um julgamento considerado marco na luta contra o feminicídio. Segundo o Tribunal de Justiça do Paraná, 18 mil casos de violência doméstica foram registrados neste ano, entre janeiro e maio – estima-se que o número tenha subido 20% durante a pandemia.
A secretária da Mulher Denise Canesin afirma que, em decorrência do covid-19, pelo segundo ano seguido a campanha será virtual. A Secretaria Municipal lança uma série de vídeos entre os dias 22 e 31 de julho, com os atores da macrorrede de proteção à mulher em Apucarana: além da secretaria, estão representados o Ministério Público, a Polícia Civil (Delegacia Especializada da Mulher), a Polícia Militar, a Guarda Civil Metropolitana (Patrulha Maria da Penha), a Defensoria Pública, a sociedade civil organizada, o Poder Judiciário, a Comissão da Mulher Advogada da OAB e o prefeito. “Todos os segmentos envolvidos com a causa de defesa dos direitos, apoio, proteção e orientação das mulheres em situação de violência doméstica estão representados nesses vídeos em nossas mídias sociais. Conclamo a população de Apucarana que divulgue, compartilhe, comente. A campanha é muito importante para a sensibilização e o alerta do maior número possível de pessoas, contribuindo efetivamente para a diminuição dos casos e da escalada de violência”, afirma a secretária.