sexta-feira, 9 de julho de 2021

OAB instala escritório em nova sede da Justiça do Trabalho em Apucarana

 

O espaço recebe o nome do advogado apucaranense Metódio Mazur, falecido em dezembro de 2016 aos 73 anos, e pai do juiz Maurício Mazur, titular da 2ª Vara do Trabalho de Apucarana

(Foto/PMA)

A Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil em Apucarana (OAB Apucarana) inaugurou nesta sexta-feira (09/07) escritório junto à sede do novo Fórum da Justiça do Trabalho de Apucarana. O espaço recebe o nome do advogado apucaranense Metódio Mazur, falecido em dezembro de 2016 aos 73 anos, pai do juiz Maurício Mazur, titular da 2ª Vara do Trabalho de Apucarana. Com uma trajetória de 35 anos na advocacia, Dr. Metódio era uma referência ética entre os colegas de profissão.

O ato de inauguração contou com a participação do presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região/Paraná (TRT9/PR), desembargador Sérgio Murilo Rodrigues Lemos, do presidente da OAB Paraná, Cássio Lisandro Telles, da diretora do Fórum Trabalhista, Juíza Érica Yumi Okimura, do diretor do Fórum da Comarca de Apucarana, juiz Oswaldo Soares Neto, da presidente da Subseção da OAB Apucarana, advogada Albina Maria dos Anjos, do vice-prefeito de Apucarana Paulo Sérgio Vital, que no ato representou o prefeito Júnior da Femac, além de advogados jurisdicionados à subseção de Apucarana.

“Em nome de todos os advogados jurisdicionados agradeço ao presidente desembargador Sérgio Murilo pela cessão do espaço por parte do TRT9. A instalação desta sala é justa e uma conquista histórica. Certamente através desta sala todos estarão bem acolhidos, com conforto e dignidade e, acima de tudo, integrados ao poder judiciário”, pontuou Cássio Telles, presidente da OAB Paraná.
Telles também fez menção ao homenageado “Dr. Metódio Mazur”. “Certamente todos que aqui adentrarem, seja para aguardar o horário de uma audiência, para acessar o computador para consultar um processo, realizar um estudo, vão recordar da pessoa, do profissional que foi Dr. Metódio Mazur. E, aqueles que não tiveram o privilégio de conhecê-lo, irão ouvir sobre o seu legado de ética e coleguismo”, afirmou.

A homenagem também foi reverenciada pelo presidente do TRT9, Desembargador Sérgio Murilo. “Sou nascido em Apucarana. Aqui realizei minha primeira audiência como advogado e, antes de entrar para a magistratura, advoguei por 20 anos. Conheci e convivi muito com Dr. Metódio Mazur, por isso agradeço aos jurisdicionados de Apucarana pela escolha. Sem dúvidas foi um amigo, um profissional de conduta ilibada, que agora tem sua memória reverenciada neste espaço”, disse o desembargador.
Sérgio Murilo salientou ainda que o novo fórum, apesar de não ter tido ainda uma inauguração, já está à disposição dos advogados e da comunidade. “Devido à urgência, liberamos o prédio para a unificação das varas do trabalho, que antes funcionavam em lugares distintos. Em hora oportuna (com o fim da pandemia), voltarei para Apucarana para uma entrega oficial”, comunicou o presidente do TRT9.

Para o vice-prefeito de Apucarana, advogado Paulo Sérgio Vital, o local disponibilizado à subseção da OAB Apucarana possibilita que os profissionais possam desempenhar suas atividades com maior conforto. “Um espaço amplo, aparelhado, onde os profissionais da advocacia terão todo o suporte que necessitarem”, avaliou Vital, também parabenizando a escolha do nome do Dr. Metódio Mazur.
Acompanhado da esposa e filhos, o juiz Maurício Mazur classificou a homenagem a seu pai como “um dia especial para toda a família”. “Uma satisfação saber que através deste espaço a memória de meu pai, que atuou por mais de 35 anos na advocacia, estará sempre preservada. Ele realmente deixou um exemplo de vida íntegra, partindo muito cedo. Esta sala, que recebe o seu nome, propiciará melhores condições para a distribuição da justiça e para o fortalecimento do direito”, disse Mazur.

A subseção da OAB Apucarana congrega 912 advogados que atuam em 12 municípios: Apucarana, Bom Sucesso, Califórnia, Cambira, Jandaia do Sul, Kaloré, Marilândia do Sul, Marumbi, Mauá da Serra, Novo Itacolomi, Rio Bom e São Pedro do Ivaí.

 

Apucarana pede apoio ao TJPR na questão da regularização fundiária

Objetivo é que o Tribunal de Justiça do Estado do Paraná auxilie o Município, através do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) Moradia Legal.


Após a criação do Programa Permanente de Regularização Fundiária Urbana (Reurb) no começo deste ano, a Prefeitura de Apucarana quer acelerar o processo de regularização em pelo menos dez bairros. Para isso, o Município vai solicitar apoio do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (TJPR), através do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) Moradia Legal.

Cópias dos decretos que instituíram o programa no Município foram repassadas nesta sexta-feira (09/07) pelo vice-prefeito, Paulo Sérgio Vital, ao juiz Oswaldo Soares Neto, diretor do Fórum de Apucarana, que vai encaminhar a solicitação junto ao Tribunal de Justiça. Também participaram do ato o procurador jurídico do Município, Ezílio Manchini, e o secretário municipal de Assuntos Estratégicos, Ivanildo da Silva (Ivan Sargges).

O vice-prefeito lembra que em Apucarana existem várias áreas onde as famílias moradoras estão impossibilitadas de promoverem a titulação de suas posses, como no Núcleo Habitacional Osmar Guaracy Freire, Jardim Curitiba e Vila Nossa Senhora Aparecida. “A intenção é que o TJPR atue como mediador dos conflitos, entre os proprietários das áreas e os moradores”, pontua Vital.

Segundo o juiz Oswaldo Soares Neto, o Cejusc Moradia Legal tem por objetivo garantir o cumprimento da função social da propriedade, possibilitando a integração urbana e socioespacial de áreas e de comunidades carentes. O projeto também busca promover o direito à moradia e à remoção de famílias ocupantes de locais de risco ou inapropriados, de acordo com os programas municipais, estaduais ou federais.

 


Autarquia Municipal de Educação divulga edital com ensalamento de candidatos inscritos em concurso público

O concorrente deve ficar atento aos horários de abertura e fechamento dos portões, bem como respeitar a obrigatoriedade do uso de máscara e de distanciamento social nos locais de provas


A Autarquia Municipal de Educação divulgou nesta sexta-feira (9/7) o edital nº 010/2021, com o ensalamento dos candidatos inscritos em seu concurso público. Ao todo, 2.150 pessoas estão aptas a participar da seleção, que oferece 15 vagas para o cargo de professor e cadastro de reserva para a função de assistente infantil.

As provas objetivas e de redação serão aplicadas no dia 25 de julho, nos campi da Universidade Estadual do Paraná (Unespar) e da Faculdade de Apucarana (FAP). “É importante frisar que a Fundação de Apoio ao Desenvolvimento da Universidade Estadual de Londrina (FAUEL), empresa contratada para organizar o processo seletivo, adotará protocolos rígidos de prevenção à Covid-19. Além de caneta esferográfica azul ou preta, os candidatos precisam estar atentos à obrigatoriedade do uso da máscara cobrindo a boca e o nariz,” afirmou o prefeito Junior da Femac.

Rodrigo Pacheco defende independência do Congresso e manda recado a militares e a Bolsonaro

 Em coletiva, presidente do Congresso diz que “não admitirá qualquer atentado à independência” do Congresso e “às prerrogativas de seus parlamentares”, em resposta à nota ameaçadora do Ministério da Defesa e das Forças Armadas à CPI do Senado. Ele também defende as eleições, num recado às recentes ameaças de golpe de Bolsonaro

Rodrigo Pacheco, Bolsonaro e militares (Foto: Reprodução | ABr)

247 - O presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (DEM-RO), concedeu uma entrevista coletiva na tarde desta sexta-feira (7), no qual defendeu a independência da instituição, em uma resposta direta aos militares, que enviaram uma nota ameaçadora à CPI da Covid no Senado nesta quinta. Ele também mandou recado a Jair Bolsonaro, que vem fazendo frequentes falas que colocam em risco a lisura das eleições de 2022.

"Temos compromissos que são inarredáveis, inafastáveis. O compromisso com a República, com o pluralismo político e da separação entre os Poderes, que signifique o respeito. Entre elas uma separação entre os poderes, que não significa necessariamente desunião”, declarou Pacheco. 

“Quero reafirmar a independência do Congresso, que não admitirá qualquer atentado à sua independência. E às prerrogativas de seus parlamentares: por palavra, opinião e voto”, diz Pacheco. O senador defendeu em seguida a “preservação absoluta do estado democrático de direito e da democracia”.

O pronunciamento aconteceu dois dias depois de o Ministério da Defesa, juntamente com as Forças Armadas, divulgar uma nota em tom ameaçador contra a CPI da Covid e chamando o presidente da Comissão, senador Omar Aziz (PSD-AM), de “leviano e irresponsável” diante de denúncias de corrupção que envolveriam alguns militares no Ministério da Saúde. Hoje o tom dos militares subiu. Em discurso no Senado no mesmo dia, Aziz cobrou de Pacheco uma reação mais dura em resposta aos militares. O próprio senador Aziz respondeu à nota.

Paulo Pimenta diz que conversa de Bolsonaro com irmãos Miranda foi gravada: 'são 50 minutos de muita informação e baixaria'

 Deputado Paulo Pimenta confirmou a existência do áudio em que o deputado Luis Miranda alerta Bolsonaro sobre a corrupção na compra da vacina Covaxin. "São 50 minutos de muita informação e baixaria. Próximos dias prometem", afirmou

Luis Miranda, Jair Bolsonaro e Ricardo Barros (Foto: Pedro França/Agência Senado | Reprodução)


247 - O deputado Paulo Pimenta (PT-RS) afirmou nesta sexta-feira (9) que o encontro do deputado Luis Miranda (DEM-DF) e seu irmão Luis Ricardo Miranda com Jair Bolsonaro foi gravado pelo parlamentar. Segundo o site O Antagonista, nos meios políticos de Brasília dá-se como certo que a conversa foi gravada.

Na reunião, os irmãos Miranda alertam Bolsonaro sobre irregularidades no contrato de compra de 20 milhões de doses da vacina indiana Covaxin, e Bolsonaro cita o seu líder na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), como o responsável pelas suspeitas de corrupção. 

"Conversa de Bolsonaro com irmãos Miranda foi gravada. São 50 minutos de muita informação e baixaria. Próximos dias prometem", escreveu Paulo Pimenta pelo Twitter. 

Além de Ricardo Barros, também teriam sido mencionados na conversa outros dois chefes do Centrão: presidente da Câmara, Arthur Lira, e o senador Ciro Nogueira, ambos do PP

ICIDADE

Bispos católicos rompem silêncio e protestam contra genocídio, prevaricação e corrupção

 A CNBB, entidades dos bispos católicos brasileiros, divulgou uma dura nota contra a conduta de Bolsonaro e seu governo na pandemia - ele não é citado explicitamente no texto

Dom Walmor Oliveira de Azevedo, presidente da CNBB (Foto: CNBB)


247 - A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que congrega todos os bispos católicos do país, rompeu o silêncio que vinha mantendo desde o início do governo Bolsonaro e emitiu uma nota contundente nesta sexta-feira (9) protestando contra o genocídio, e as evidências de prevaricação e corrupção no enfrentamento da pandemia. O nome de Jair Bolsonaro não está na nota, mas a nota dirige-se claramente contra ele e seu governo.

Segundo os bispos, “a trágica perda de mais de meio milhão de vidas está agravada pelas denúncias de prevaricação e corrupção no enfrentamento da pandemia da Covid-19”.

A nota pede “apuração, irrestrita e imparcial, de todas as denúncias, com consequências para quem quer que seja” - no que parece ser uma resposta à nota da cúpula das Forças Armadas, que pretende impedir qualquer investigação sobre a participação militar nos esquemas de prevaricação e corrupção.

Leia a íntegra da nota da CNBB:

 A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB levanta sua voz neste momento, mais uma vez, para defender vidas ameaçadas, direitos desrespeitados e para apoiar a restauração da justiça, fazendo valer a verdade. A sociedade democrática brasileira está atravessando um dos períodos mais desafiadores da sua história. A gravidade deste momento exige de todos coragem, sensatez e pronta correção de rumos.

A trágica perda de mais de meio milhão de vidas está agravada pelas denúncias de prevaricação e corrupção no enfrentamento da pandemia da COVID-19. “Ao abdicarem da ética e da busca do bem comum, muitos agentes públicos e privados tornaram-se protagonistas de um cenário desolador, no qual a corrupção ganha destaque.” (CNBB, Mensagem da 56ª. Assembleia Geral ao Povo Brasileiro, 19 de abril de 2018).

Apoiamos e conclamamos às instituições da República para que, sob o olhar da sociedade civil, sem se esquivar, efetivem procedimentos em favor da apuração, irrestrita e imparcial, de todas as denúncias, com consequências para quem quer que seja, em vista de imediata correção política e social dos descompassos.

 Dom Walmor Oliveira de Azevedo, Arcebispo de Belo Horizonte (MG), Presidente da CNBBDom Jaime Spengler, Arcebispo de Porto Alegre (RS), Primeiro Vice-Presidente da CNBBDom Mário Antônio da Silva, Bispo de Roraima (RR), Segundo Vice-Presidente da CNBB

Dom Joel Portella Amado

Bispo auxiliar da arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro (RJ), Secretário-geral da CNBB

Datafolha aponta vitória folgada de Lula contra Bolsonaro (58% a 31%) e tendência a decidir a eleição em primeiro turno

 Ex-presidente Lula seria eleito com facilidade se as eleições fossem hoje, derrotando Jair Bolsonaro e os demais adversários

Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Brasil 247)

247 – Se as eleições presidenciais fossem hoje, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva venceria com facilidade, de acordo com pesquisa Datafolha que acaba de ser divulgada. "Lula lidera nos dois cenários apresentados para o eleitor e em todas as simulações de disputa de segundo turno —naquela em que enfrenta o presidente, ganha por 58% a 31%", aponta a reportagem.

"Nos dois cenários de primeiro turno testados pelo Datafolha, os principais rivais estão na mesma. Lula fica à frente com 46%, ante 25% do presidente. Ciro marca 8% numa e 9%, na segunda. Numa hipótese e noutra, 10% dizem que não votam em ninguém. Nesse cenário, em votos válidos Lula chega a 52%, o que dentro da margem de erro lhe garantiria a vitória em primeiro turno na eleição", prossegue a reportagem.

Depois do "caguei", Bolsonaro xinga Barroso, do STF, de "imbecil" e "idiota" (vídeo)

 "É um imbecil. Não pode um homem querer decidir o futuro do Brasil na fraude", disse Jair Bolsonaro ao xingar Luís Roberto Barroso, após o presidente do TSE criticar o voto impresso, defendido por aliados do governo na tentativa de colocar em prática um eventual golpe caso a esquerda vença a eleição de 2022

Presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, e Jair Bolsonaro (Foto: Divulgação)

247 - Após dizer "caguei para a CPI", Jair Bolsonaro atacou o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, magistrado que fez críticas ao voto impresso, defendido pelo próprio Bolsonaro como uma tentativa de colocar em prática um eventual golpe caso seja derrotado na eleição de 2022. 

"Só um idiota para fazer isso aí. É um imbecil. Não pode um homem querer decidir o futuro do Brasil na fraude", disse Bolsonaro a apoiadores nesta sexta-feira (9).

Na terça-feira (6), Barroso disse que "o manuseio do voto sem filmagem nos reconduz ao filme de terror que nós vivíamos antes". "O manuseio humano sempre foi o foco de todas as fraudes. A história brasileira com o voto em papel é uma história trágica", afirmou em palestra de abertura do “Simpósio Interdisciplinar sobre o Sistema Político Brasileiro & XI Jornada de Pesquisa e Extensão da Câmara dos Deputados".

Com recorde de rejeição e com o avanço das investigações da CPI da Covid, Bolsonaro também havia atacado os senadores da Comissão Parlamentar de Inquérito depois que o senador Omar Aziz (PSD-AM), presidente da CPI, cobrou dele uma resposta sobre a acusação do deputado Luís Miranda (DEM-DF) de que ele teria relacionado o deputado Ricardo Barros (PP-PR) com supostas irregularidades na compra da vacina indiana contra Covid-19 Covaxin.

Bolsonaro também ameaçou dar um golpe em 2022. "Ou fazemos eleições limpas no Brasil ou não temos eleições", afirmou, nesta quinta, em conversa com apoiadores

De acordo com pesquisa Datafolha, divulgada nessa quinta-feira (8), a rejeição a Bolsonaro atingiu 51%, recorde desde o início do seu mandato, em 2019.

 


"Caguei para CPI, não vou responder nada", diz Bolsonaro ao atacar senadores (vídeo)

 Em live, Jair Bolsonaro atacou a cobrança feita pela cúpula da CPI da Covid para que desse uma resposta sobre as acusações feitas pelo deputado Luis Miranda (DEM) em relação ao escândalo da compra superfaturada da Covaxin no Ministério da Saúde

(Foto: Reprodução | Edilson Rodrigues/Agência Senado)

247 - Em live transmitida nas redes sociais, nesta quinta-feira, 8, Jair Bolsonaro atacou os senadores da CPI da Covid, insultando os responsáveis pela comissão no Senado. Ironizando a questão da corrupção envolvendo a compra de vacinas no Ministério da Saúde, ele afirmou: “agora sou corrupto sem ter gasto um centavo com vacina”.

Falando sobre a CPI, ele declarou: “eu não vou responder nada para esse tipo de gente, em hipótese alguma”. Segundo ele, os senadores “não estão preocupados com a verdade e sim em desgastar o governo, porque, o Renan [Calheiros, relator da comissão], por exemplo, é aliadíssimo do Lula”.

Bolsonaro atacou a cobrança feita pela cúpula da CPI da Covid para que desse uma resposta sobre as acusações feitas pelo deputado Luis Miranda (DEM), que acusou o escândalo da compra superfaturada da Covaxin no Ministério da Saúde.

“Hoje foi o Renan, o Omar [Aziz, presidente da CPI] e o saltitante [Randolfe Rodrigues, vice-presidente da CPI] fizeram uma festa na Presidência, entregando documento para eu responder. Sabe qual é a minha resposta? Caguei para CPI, não vou responder nada”, afirmou.

Bolsonaro ataca Argentina na cúpula do Mercosul

 Na reunião em que o Brasil assumiu a presidência pró-tempore do Mercosul, Jair Bolsonaro fez ataques à Argentina, enfraquecendo ainda mais o bloco

(Foto: divulgação)

Sputnik - O Brasil assumiu nesta quinta-feira (8) a presidência do Mercosul com Bolsonaro fazendo duras críticas à Argentina.

O Brasil está exigindo "flexibilidade em negociações", o que na visão de especialistas é "política neoliberal".

A presidência do bloco estava a cargo da Argentina, e em discurso durante a transferência do comando, o presidente, Jair Bolsonaro, criticou a gestão argentina realizada pelo presidente Alberto Fernández.

"O semestre que encerramos deixou de corresponder às expectativas e necessidade de modernização do Mercosul. Deveríamos ter apresentado resultados concretos nos dois temas que mais mobilizam nossos esforços recentes: a revisão da tarifa externa comum e a flexibilidade para negociações comerciais com parceiros externos", disse o presidente citado pela mídia.

Em resposta, Fernández disse nesta quinta-feira (8), que a posição da Argentina é manter as negociações em bloco, em contraposição ao que vem pregando o Brasil.

"Nossa posição é clara, cremos que o caminho é de cumprir o tratado. Negociar juntos com terceiros países ou blocos e respeitar a figura do consenso, com base na tomada de decisões em nosso processo de integração", disse Fernández.

O discurso do Brasil de flexibilização do bloco faz coro com o discurso do Uruguai, o qual anunciou na quarta-feira (6) que vai iniciar negociações com países de fora do bloco. Já o posicionamento argentino recebe apoio do Paraguai, segundo a mídia.

Tanto o presidente, Jair Bolsonaro, quanto o ministro da Economia, Paulo Guedes, têm dado declarações demonstrando insatisfação por parte do governo brasileiro em permanecer no Mercosul.

No começo do mês de junho, Guedes chegou a afirmar que "ficar fechado [no Mercosul] foi muito prejudicial para o Brasil nos últimos 30 anos. O país está negociando menos com nossos parceiros hoje. Então foi uma armadilha", conforme noticiado.

Entretanto, para Marcio Malta, professor do curso de Relações Internacionais da Inest/Uff ouvido pela Sputnik Brasil, a política que o governo quer adotar para sair do bloco é uma "política neoliberal tacanha", pois apesar de querer apresentar um discurso econômico moderno, "nada mais é do que uma liberalização do comércio, uma vez que não se preocupa com os interesses estratégicos nacionais e tem como objetivo abrir a economia para interesses forasteiros".

Segundo Malta, essa flexibilização apontada por Guedes e Bolsonaro seria uma abertura da economia para produtos estrangeiros, bem parecida com a ocorrida na década de 1990, a qual foi bem desastrosa.

Porém, ao que parece, a estratégia liberal do governo de distanciamento do bloco vem avançando. No dia 30 de junho, o texto-base do acordo Brasil-Chile de livre comércio foi aprovado, o que foi visto como uma inovação para a política vigente do Mercosul, pois o bloco não prevê acordos bilaterais entre um dos seus países-membros e outro Estado à parte.

Apesar de ter sido aprovado, o texto não recebeu total apoio na Câmara por parte dos partidos, e se configurou uma clara divisão entre partidos da direita, que apoiaram sua aprovação, e da esquerda, que foram contra.

Para André Leite Araújo, doutorando em Relações Internacionais pela Universidade de Bolonha, Itália, ouvido pela Sputnik Brasil, existe uma preocupação em torno desses pactos porque historicamente acordos de livre comércio abrem um grande debate relativo ao real benefício que eles podem trazer para as economias nacionais.

Além da não participação do Mercosul, o acordo Chile-Brasil foi além, e não tratará apenas de questões tarifárias. O pacto também vai abarcar novas medidas para comércio eletrônico, transferências de dados pessoais, meio ambiente, igualdade de gênero e roaming internacional entre os dois países.

Rodrigo Maia reage ao "caguei" de Bolsonaro e diz que ele desmoraliza o Brasil (vídeo)

 "Faz isso desde o início do seu governo", assinalou Maia; assista ao vídeo com o ataque de Bolsonaro à CPI

(Foto: Divulgação)

247 – "Bolsonaro no seu ataque diário à nossa democracia, trabalhando para desmoralizar o Congresso e o STF, o que faz desde o início do seu governo", escreveu o deputado Rodrigo Maia, ex-presidente da Câmara, ao saber que Jair Bolsonaro disse "caguei para a CPI"

Assista ao vídeo de Bolsonaro:


Saiba mais:

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente da Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira que irá ignorar carta encaminhada pela direção da CPI da Covid no Senado pedindo um posicionamento sobre acusação do deputado Luís Miranda (DEM-DF) de que ele teria relacionado o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), com supostas irregularidades na compra da vacina indiana contra Covid-19 Covaxin.

Bolsonaro recomendou, ainda, na tradicional transmissão semanal ao vivo pelas redes sociais, que o presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), Omar Aziz (PSD-AM), o vice-presidente, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), e o relator, Renan Calheiros (MDB-AL), "deitem" para esperar uma resposta à carta assinada por eles, que foi protocolada na tarde desta quinta-feira no Palácio do Planalto.

"Hoje foi, acho que não sei se foi o Renan, ou o Omar, e o saltitante, fizeram uma festa lá embaixo, na Presidência. (Vieram) entregar um documento para eu responder pergunta à CPI", disse Bolsonaro.

Cúpula militar pode "dobrar a aposta" em ofensiva contra a CPI da Covid

 Emissários do governo comunicaram ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, sobre "alto grau de insatisfação" da cúpula das Forças Armadas com a CPI

Ministro Braga Netto e as Forças Armadas (Foto: Alan Santos/PR | Marcos Corrêa/PR)

247 - Emissários do Palácio do Planalto procuraram o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, para comunicar o “alto grau de insatisfação” da cúpula militar com as declarações do presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz. 

Além da nota agressiva com ameaças assinada pelo ministro da Defesa e os comandantes das três Armas, o senador foi avisado de que  a cúpula militar poderia “dobrar a aposta” caso houvesse novas declarações alusivas a atos de corrupção praticados por membros das Forças Armadas.

Foi o que levou o presidente do Senado a tentar "baixar a fervura" e optar pela moderação, o que desagradou boa parte dos senadores, que esperavam uma defesa mais incisiva da instituição parlamentar. 

A jornalista Bela Megale, colunista do Globo, informa que senadores consideram que Pacheco deveria ter se limitado a dizer que o dever das Forças Armadas é proteger a soberania nacional e não ameaçar outros poderes. O próprio Omar Aziz disse que a nota do Ministério da Defesa foi uma tentativa de intimidar o Senado.

O Congresso Nacional considerou desproporcional a reação dos militares à manifestação de Aziz.

Rejeição a Bolsonaro provoca impacto político em líderes do DEM e PSD, que duvidam da reeleição

 ACM Neto, presidente do DEM, diz que rejeição a Bolsonaro impressiona, enquanto Gilberto Kassab, líder do PSD, considera que são remotas as chances de reeleição

Manifestações Fora Bolsonaro (Foto: Brasil 247)

247 - O recorde de reprovação de Jair Bolsonaro, revelado pelo Datafolha nesta quinta (8), coloca a chance de reeleição em 2022 como cada vez mais remota, na opinião de Gilberto Kassab, presidente do PSD.

Por sua vez, ACM Neto, presidente do DEM, acha que o percentual de 51% de rejeição ao ocupante do Palácio do Planalto impressiona. 

Kassab é enfático na sua avaliação sobre as chances de reeleição de Bolsonaro. Para ele, o cenário é de falta de chance absoluta de se reeleger, informa o Painel da Folha de S.Paulo.

Gleisi Hoffmann diz que melhoram as condições para o impeachment de Bolsonaro

 "A batata dele começa a assar", diz presidente do PT sobre impeachment de Bolsonaro após divulgação da pesquisa Datafolha

Presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR) aponta negligência de Jair Bolsonaro ao estimular o fim da quarentena (Foto: Esq.: Agência Câmara / Dir.: Marcos Corrêa - PR)

247 - A presidente do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann, diz que a reprovação de 51% a Jair Bolsonaro apresentada por pesquisa do Datafolha mostra que as condições para o impeachment ganham cada vez mais concretude.

Gleisi também afirma que a pesquisa mostra grande enfraquecimento de Bolsonaro para 2022, informa o Painel da Folha de S.Paulo.

A reprovação a Bolsonaro alcançou o maior índice de todas as pesquisas feitas pelo Datafolha desde que ele tomou posse em 2019. 

Para Gleisi, os fatores que explicam o salto na rejeição a Bolsonaro são o aumento do custo de vida, o desemprego e as denúncias relacionadas à CPI da Covid. 

Omar Aziz responde Bolsonaro, que disse 'cagar' para a CPI da Covid: 'pode jogar qualquer dejeto, mas não faça isso com o povo'

 “Se ele não quer responder à CPI, sugiro que responda ao povo brasileiro”, respondeu o presidente da comissão no Senado, Omar Aziz. Assista à ofensa de Bolsonaro

Jair Bolsonaro e Omar Aziz (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino | Waldemir Barreto/Agência Senado)

247 - O presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz (PSD), reagiu nesta quinta-feira, 8, aos ataques proferidos por Jair Bolsonaro durante live nas redes sociais. 

Em transmissão, Bolsonaro disse ‘cagar para a CPI’, afirmando que 'não irá responder' à cobrança de cúpula da comissão no Senado, que o pressionou sobre as acusações feitas pelo deputado Luis Miranda (DEM) em relação ao escândalo da compra superfaturada da Covaxin no Ministério da Saúde.

“Hoje foi o Renan, o Omar [Aziz, presidente da CPI] e o saltitante [Randolfe Rodrigues, vice-presidente da CPI] fizeram uma festa na Presidência, entregando documento para eu responder. Sabe qual é a minha resposta? Caguei para CPI, não vou responder nada”, afirmou Bolsonaro.

Em entrevista à CNN, Aziz retrucou: “se ele não quer responder à CPI, sugiro que responda ao povo brasileiro. Presidente, o Luis Miranda levou a você uma denúncia e o senhor disse que quem estava por trás disso era o seu líder na Câmara, Ricardo Barros?”, questionou o senador.

“O senhor pode jogar qualquer dejeto na CPI, mas não faça isso com o povo brasileiro. Responda ao povo brasileiro”, completou.

Lewandowski compara debate sobre semipresidencialismo às vésperas de 2022 ao parlamentarismo antes da posse de Jango

 "O debate sobre a adoção do semipresidencialismo, que surge às vésperas das eleições de 2022, lembra a polêmica que levou à implantação do parlamentarismo antes da posse de João Goulart", disse o ministro do STF Ricardo Lewandowski

Ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF) (Foto: Carlos Moura/SCO/STF)

247 - O ministro do Supremo Tribunal Federal Ricardo Lewandowski, afirmou que é inoportuno discutir a adoção do semipresidencialismo no Brasil no contexto atual. A entrevista foi concedida à coluna de Mônica Bergamo.

"O debate sobre a adoção do semipresidencialismo, que surge às vésperas das eleições de 2022, lembra a polêmica que levou à implantação do parlamentarismo antes da posse de João Goulart [Jango] na Presidência da República em 1961, com as consequências que todos conhecemos", afirmou.

Em 1961, Jango assumiria a presidência no lugar de Jânio Quadros, que renunciou. Vetado pelos militares, ele aceitou um acordo político que, por um lado, garantia a sua posse - mas com menos poderes. Eles foram transferidos para o primeiro-ministro, cargo criado com a implantação do parlamentarismo.

Em 1963, um plebiscito derrubou o sistema e o Brasil voltou a ser presidencialista. No ano seguinte, militares deram um golpe de estado e implantaram a ditadura no Brasil.

CPI questiona servidor do Ministério da Saúde sobre negociações da Covaxin

 O nome do servidor do Ministério da Saúde William Amorim Santana apareceu em dois depoimentos prestados à Comissão Parlamentar de Inquérito

CPI da Covid (Foto: Pedro França/Agência Senado)

247 - A CPI da Covid ouvirá nesta sexta-feira (9) o servidor do Ministério da Saúde William Amorim Santana, técnico da divisão de importação. Membros da Comissão Parlamentar de Inquérito querem obter mais detalhes sobre as negociações do governo Jair Bolsonaro para aquisição de 20 milhões de doses da vacina indiana Covaxin.

O nome de Amorim Santana apareceu em dois depoimentos prestados à CPI. A servidora Regina Célia Oliveira, fiscal do contrato da Covaxin, disse na última terça-feira (6) que Santana teria apontado divergências na invoice (espécie de nota fiscal) da Covaxin.

O servidor também foi citado no depoimento dos irmãos Miranda. Luis Ricardo Miranda, servidor do Ministério da Saúde, disse ter sofrido pressões atípicas, dentro da pasta, para agilizar a negociação da Covaxin. Para senadores, Amorim Santana poderá se houve a pressão.

Arapongas registra 41 novos casos de Coronavírus, 25 curados e nenhum óbito

 


Prefeitura de Arapongas, através da Secretaria Municipal de Saúde, informou nesta quinta (08/07), o registro de 28 novos casos, 23 curados COVID-19 e nenhum óbito registrado no município. Neste momento, o município totaliza 20.326 casos, dos quais 531 infelizmente vieram a óbito, 166 ainda estão com a doença e 19.768 já estão curados (97,3%). Ao todo, já foram realizados 70.676 testes.