quarta-feira, 30 de junho de 2021

Mãe processará Bolsonaro por dano moral após filho ser internado por Covid-19

 A advogada Maíra Recchia, 40 anos, que teve um filho internado com sintomas graves de Covid-19, pretende entrar com uma ação contra Jair Bolsonaro. "O direito administrativo brasileiro adotou, como regra, a responsabilidade objetiva do Estado em casos como esse", disse ela

A advogada Maíra Recchia e o Planalto (Foto: Reprodução / Agência Senado)

247 - A advogada Maíra Recchia, 40 anos, anunciou que entrará no Judiciário com uma ação contra Jair Bolsonaro. Ela é mãe de um garoto de 13 anos que ficou internado com sintomas graves de Covid-19.

"Vou pedir a responsabilização do governo por eventuais omissões praticadas durante a pandemia de covid-19, isso porque o direito administrativo brasileiro adotou, como regra, a responsabilidade objetiva do Estado em casos como esse", disse. Os relatos foram publicados pela coluna Universa, no portal Uol. 

De acordo com a advogada, "mesmo em se tratando de responsabilidade subjetiva, quando se fala de culpa, por exemplo, os requisitos também estão presentes porque houve deficiência no atendimento das pessoas, falta de informação e ausência de ferramentas de vacinação e contenção da propagação da covid, sendo que é obrigação do Estado dispensar um tratamento digno e eficiente a todos, inclusive por recomendação de protocolos nacionais e internacionais".

"Vi que um grupo de vítimas da covid e famílias que perderam alguém para a doença exigindo a responsabilização do presidente. Agora, meu objetivo é responsabilizá-lo pessoalmente também. Vou entrar com uma ação por dano moral e material contra Bolsonaro, pedindo uma indenização", disse.

Renan critica postura de Wizard na CPI: "Os machões da internet ficam caladinhos aqui"

 "O Brasil está vendo que os machões da internet ficam caladinhos aqui na CPI", disse o relator da CPI da Covid

Renan Calheiros e Carlos Wizard (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado | Pedro França/Agência Senado)

247 - O relator da CPI da Covid, senador Renan Calheiros (MDB-AL), criticou fortemente a postura do depoente Carlos Wizard, o bilionário por trás do "Ministério da Saúde Paralelo" e o maior lobista a favor do uso da cloroquina contra a Covid-19. Wizard se recusa a responder às perguntas dos senadores, praticamente confessando sua culpa

"O Brasil está vendo que os machões da internet ficam caladinhos aqui na CPI", disse Renan, interrompendo uma pergunta do senador Humberto Costa (PT-PE). 

Wizard decide se calar na CPI e praticamente confessa sua culpa

 “Me reservo ao direito de permanecer em silêncio”, respondeu Carlos Wizard em todas as questões

Empresário Carlos Wizard (Foto: Edilson Rodrigues - Ag. Senado)

247 - O bilionário bolsonarista Carlos Wizard, acusado de fazer parte do gabinete paralelo que orientava Jair Bolsonaro com informações negacionistas no enfrentamento à pandemia, usou o direito assegurado por uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) para não prestar depoimento à CPI da Covid.

“Feitos esses esclarecimentos, doravante, vou permanecer em silêncio”, disse o empresário logo após utilizar os 15 minutos de que dispunha para sua explanação inicial. 

Após o anúncio de que ficaria em silêncio, os senadores disseram que fariam todas as perguntas que estavam programadas. A partir daí, as respostas de Wizard foram todas de que não mais falaria aos parlamentares: “me reservo ao direito de permanecer em silêncio”.

Pesquisa no Ceará: Lula tem 46%, Bolsonaro 19% e Ciro apenas 14%

 De acordo com o Instituto Paraná Pesquisas, 46,3% dos cearenses votam no ex-presidente Lula na corrida para o Planalto. São mais de 26 pontos percentuais de diferença para Jair Bolsonaro. O ex-ministro Ciro Gomes (PDT), que governou o estado, fica na terceira posição, com mais de 14% dos votos

Ex-presidente Lula, Jair Bolsonaro e Ciro Gomes (Foto: Brasil 247 | Reuters)

247 - O Instituto Paraná Pesquisas divulgou um levantamento, feito por telefone, apontando que 46,3% dos cearenses votam no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o Planalto. Jair Bolsonaro (sem partido) aparece na segunda posição, com 19,5% do eleitorado, e o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) na terceira, com 14,5% dos votos. O Ceará é a terra do pedetista, que governou o estado.

De acordo com as estatísticas, o apresentador José Luiz Datena, que pode se filiar ao PSL, fica em quarto lugar, com 2,7% dos votos. Em seguida vem Sérgio Moro, com 2,6%. O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM) têm 1,2% cada.

A senadora Simone Tebet (MDB-MS) tem 0,3%, seguida pelo governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), com 0,1%.

Foram entrevistados 1.528 eleitores com 16 anos ou mais em 84 cidades do Ceará, entre os dias 25 e 29 de junho de 2021. A pesquisa tem um nível de confiança de 95% e uma margem de erro de 2,5 pontos percentuais para mais ou para menos. 

Desemprego mantém taxa recorde de 14,7% em abril de 2021

 Desemprego atinge 14,8 milhões de trabalhadores. Taxa de informalidade foi de 39,8% no trimestre até abril, o que equivale a 34,2 milhões de pessoas

(Foto: Rafael Neddermeyer/Fotos Publicas |EDU ANDRADE/Ascom/ME | Reuters)


Infomoney - A taxa de desemprego se manteve em 14,7% no trimestre móvel encerrado em abril de 2021, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgada nesta quarta-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Assim, essa taxa e o contingente de desocupados mantém o recorde registrado no trimestre encerrado em março, o maior da série desde 2012. 

O resultado foi em linha com consenso Refinitiv, cuja mediana projetada era de uma taxa de desemprego de 14,7% no período, mantendo o dado de março. 

O dado ficou 0,4 ponto percentual acima quando comparado ao trimestre encerrado em janeiro (14,2%). Com isso, o número de desempregados variou 3,4%, com mais 489 mil pessoas desocupadas, totalizando 14,8 milhões buscando um trabalho no país. 

“O cenário foi de estabilidade da população ocupada (85,9 milhões) e crescimento da população desocupada, com mais pressão sobre o mercado de trabalho”, afirma a analista da pesquisa, Adriana Beringuy, observando que o nível de ocupação (48,5%) continua abaixo de 50% desde o trimestre encerrado em maio do ano passado, o que indica que menos da metade da população em idade para trabalhar está ocupada no país. 

Na comparação com o trimestre fechado em abril do ano passado, quando foram observados os primeiros efeitos da pandemia, o mercado de trabalho ainda registra perdas na ocupação, mas num ritmo menor. “Ainda registramos perdas importantes da população ocupada (-3,7%), mas já tivemos percentuais maiores, que chegaram a 12% no auge da pandemia. Estamos observando, portanto, uma redução no ritmo de perdas a cada trimestre. No cômputo geral, contudo, temos menos 3,3 milhões de pessoas trabalhando desde o início da pandemia”, pondera a analista. 

A maioria dos indicadores permaneceram estáveis no trimestre até abril, em relação ao anterior. Entre as categorias profissionais, somente os trabalhadores por conta própria cresceram (2,3% ou mais 537 mil pessoas), totalizando 24,0 milhões. “Essa forma de inserção no mercado tem um contingente mais elevado agora do que em abril de 2020. Observamos uma reação maior no trabalho por conta própria do que no emprego com carteira no setor privado”, acrescenta Adriana Beringuy. 

Os trabalhadores com carteira assinada no setor privado ficaram estáveis em 29,6 milhões no trimestre. Na comparação anual, porém, houve uma redução de 8,1% ou menos 2,6 milhões de pessoas. Os empregados no setor privado sem carteira também ficaram estáveis (9,8 milhões). Em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, foi registrada uma redução de 3,7%, com menos 374 mil pessoas. 

A categoria dos trabalhadores domésticos foi estimada em 5,0 milhões de pessoas. Frente ao mesmo trimestre do ano anterior, esse grupo de trabalhadores reduziu 10,4%, menos 572 mil pessoas. Os empregados do setor público ficaram estáveis em 11,8 milhões. 

Já o número de empregadores com CNPJ (3,1 milhões) manteve o recorde de menor contingente da série histórica iniciada no quarto trimestre 2015, quando começou a ser pesquisada a diferenciação de profissionais com e sem CNPJ. 

A taxa de informalidade foi de 39,8% no trimestre até abril, o que equivale a 34,2 milhões de pessoas, não havendo variação significativa em relação ao trimestre anterior (39,7%). Há um ano, o contingente era de 34,6 milhões com uma taxa de 38,8%. Os informais são os trabalhadores sem carteira assinada (empregados do setor privado ou trabalhadores domésticos), sem CNPJ (empregadores ou empregados por conta própria) ou trabalhadores sem remuneração. 

(com Agência de notícias do IBGE)

Após fugir para os EUA, Carlos Wizard mostra versículo bíblico ao chegar à CPI: “Isaias:41:10”

 O empresário suspeito de ser um dos financiadores do “gabinete paralelo” do ministério da Saúde vai depor na CPI do Genocídio nesta quarta-feira

(Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)

Revista Fórum - Ao chegar ao Senado para depor à CPI do Genocídio, na manhã desta quarta-feira (30), o empresário Carlos Wizard, acusado de fazer parte do gabinete paralelo que municiava Jair Bolsonaro com informações negacionistas sobre a pandemia, exibiu um papel com referência ao versículo bíblico de “Isaias: 41:10”.

Isaías é um dos livros proféticos do Antigo Testamento da Bíblia. O versículo levado pelo empresário diz “por isso não tema, pois estou com você; não tenha medo, pois sou o seu Deus. Eu o fortalecerei e o ajudarei; eu o segurarei com a minha mão direita vitoriosa”.

CPI convoca Ricardo Barros e ex-diretor da Saúde citado em denúncia de propina por vacinas

 A CPI da Covid aprovou a convocação do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros, e do ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde Roberto Dias para depoimentos na comissão. Ao todo, 21 pessoas foram convocadas, entre elas o empresário Luciano Hang

Deputado Ricardo Barros e a CPI da Covid (Foto: Agência Brasil / Agência Senado)

247 - Senadores da CPI da Covid aprovaram nesta quarta-feira (30) a convocação do líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), e do ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde Roberto Dias. Ao todo, 21 pessoas foram convocadas (veja a lista no final da matéria).

A Comissão Parlamentar de Inquérito também aprovou a quebra dos sigilos bancário, fiscal, telemático e telefônico do ex-diretor do ministério.

Os parlamentares estão avançando em uma nova fase de investigação, que são desvios de dinheiro público relacionados à pandemia do coronavírus, como a compra da vacina indiana Covaxin.  

A convocação de Barros aconteceu depois dos irmãos Miranda à CPI prestarem depoimento à comissão. Eles disseram que houve pressão pela liberação do imunizante, embora a área técnica do Ministério da Saúde tenha constatado irregularidades no contrato.

O deputado pelo DEM-DF afirmou que Barros esteve envolvido nas negociações para a importação da Covaxin. A compra da vacina foi a única para a qual houve um intermediário e sem vínculo com a indústria de vacina, a empresa Precisa. O valor foi 1.000% maior do que, seis meses antes, era anunciado pela fabricante

A CPI também aprovou a realização de um depoimento secreto de Luis Miranda.

Confira a lista dos convocados publicada pelo portal G1:

  • Ricardo Barros, líder do governo na Câmara
  • Roberto Ferreira Dias, ex-diretor de Logística do MS
  • Marcelo Bento Pires, coordenador de logística do MS
  • Regina Célia Silva Oliveira, servidora do MS
  • Thiago Fernandes da Costa, servidor do MS
  • Luiz Paulo Dominguetti Pereira, representante da Davati
  • Cristiano Alberto Carvalho, procurador da Davati
  • Rodrigo de Lima, funcionário do MS
  • Rogério Rosso, diretor da União Química
  • Robson Santos da Silva, secretário de saúde indígena do MS
  • Túlio Silveira, representante da Precisa
  • Emanuela Medrades, diretora da Precisa
  • Antônio José Barreto de Araújo Junior, ex-secretário do Ministério da Cidadania
  • Danilo Berndt Trento, sócio da Primarcial
  • Emanuel Catori, sócio da Belcher
  • Gustavo Mendes Lima, gerente da Anvisa
  • Luciano Hang, dono da Havan
  • Antonio Jordão de Oliveira Neto, médico
  • Adeílson Loureiro Cavalcante, ex-secretário do MS
  • Silvio de Assis, empresário


Turbinado pela propina da vacina, superpedido de impeachment de Bolsonaro será apresentado hoje

 Documento reúne 23 crimes cometidos por Jair Bolsonaro desde que se tornou presidente e seu afastamento é um imperativo moral, num país que golpeou uma presidente honesta, Dilma Rousseff, por supostas "pedaladas fiscais"

(Foto: Mídia NINJA)

247 – O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), recebe hoje um superpedido de impeachment, que reúne 23 crimes de responsabilidade cometidos por Jair Bolsonaro desde que chegou ao cargo. O pedido chega turbinado pela informação de que o governo Bolsonaro pretendia cobrar uma propina de um dólar em cada dose da vacina AstraZeneca aplicada no País.

"Mais robusto do que o esperado há algumas semanas, um superpedido de impeachment do presidente Jair Bolsonaro será apresentado nesta quarta-feira (30) à Câmara dos Deputados por partidos de oposição e desafetos do chefe do Executivo. As suspeitas de irregularidades nas negociações da vacina Covaxin —e a denúncia de suposta omissão do presidente ao ser avisado sobre o caso— deram fôlego ao discurso da esquerda para tirar Bolsonaro do cargo", informam os jornalistas Thiago Resende e Danielle Brant, na Folha de S. Paulo.

Marcos Rogério abre mão de defender o governo Bolsonaro: "não blindo quem rouba dinheiro público. Não tenho bandido preferido"

 Senador Marcos Rogério (DEM-RO) já não se vê em condições de defender o governo Jair Bolsonaro, ao dizer que não blinda "quem rouba dinheiro público". "Não tenho bandido preferido", disse. O parlamentar também atacou senadores da oposição

Senador Marcos Rogério (DEM-GO) (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

247 - O senador Marcos Rogério (DEM-RO) abriu mão, nesta quarta-feira (30), de defender o governo Jair Bolsonaro, que enfrenta cada vez mais denúncias de corrupção envolvendo a tentativa de importação da vacina indiana Covaxin.

"Na administração pública nenhum contrato deve ser firmado às pressas.  Vamos investigar tudo. Não blindo quem rouba dinheiro público. Defendo investigar tudo, seja no Ministério da Saúde, seja no Consórcio Nordeste. Não tenho bandido preferido", afirmou o parlamentar. 

Renan diz que Bolsonaro não apenas prevaricou, mas participou das negociações da vacina da corrupção

 "O envolvimento do presidente da República não é por prevaricação, por saber, por ter conhecimento. O envolvimento do presidente da República é porque ele teria participado desde o primeiro momento das negociações", disse o relator da CPI da Covid, Renan Calheiros sobre Jair Bolsonaro e a Covaxin

Renan Calheiros e Bolsonaro (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado | REUTERS/Ueslei Marcelino)

247 - O relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL), afirmou, nesta quarta-feira (30), que Jair Bolsonaro não apenas prevaricou ao não mandar apurar as denúncias de irregularidades na compra da vacina indiana Covaxin como “participou desde o primeiro momento das negociações” para a aquisição do imunizante. “Como todos sabem, o envolvimento do presidente da República não é por prevaricação, por saber, por ter conhecimento. O envolvimento do presidente da República é porque ele teria participado desde o primeiro momento das negociações”, disse Renan.  

“Ele (Bolsonaro) teria participado desde o primeiro momento das negociações, falo em relação a Covaxin. No dia 8 de janeiro ele mandou uma carta para o primeiro-ministro (premiê indiano Narendra Modi), no dia 25 [fevereiro] o acordo foi fechado. Agora, quando o Queiroga suspende o contrato da Covaxin isso é uma confissão, demonstração pública de culpa. Queiroga tem sido uma espécie de Pazuello de jaleco”, completou. 

Roberto Dias, do esquema da propina nas vacinas, era homem de confiança de Barros no Paraná antes de assumir cargo na Saúde

 Exclusivo: Apontado como membro importante do esquema de propina na compra de vacinas pelo governo federal tinha influência sobre a direita paranaense entre 2016 e 2019, tendo exercido cargos indicados pelo Estado durante a gestão tucana, como de Cida Borghetti, esposa de Ricardo Barros

Roberto Dias e Ricardo Barros (Foto: ANPR | Anderson Riedel/PR | Alan Santos/PR)

Por Laís Gouveia,  247 - Antes de assumir o cargo de alto escalão como diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias exercia influência sobre a direita paranaense entre 2016 e 2019. Dias foi vice-presidente do Porto de Paranaguá em 2019 e superintendente de Administração e Controle da Cohapar (Companhia de Habitação do Paraná) em julho de 2016. 

Ele exerceu os cargos de alto escalão no governo do Paraná nas gestões do tucano Beto Richa (2015-2018) e de Cida Borghetti (2018-2019), esposa do deputado Ricardo Barros (PP-PR), que se licenciou do Congresso para assumir o Ministério da Saúde no período de 2016 a 2018, na gestão de Michel Temer. 

Com influência direta no Ministério da Saúde e no Estado do Paraná, Barros é o deputado ao qual Bolsonaro teria se referido ao tomar conhecimento de suspeitas de corrupção no contrato de compra da vacina indiana Covaxin, segundo denúncia do deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) na CPI da Covid. 

Coincidência ou não, os dois paranaenses estão envolvidos no mesmo caso de corrupção no governo federal na aquisição de imunizantes.

Como lembra o jornalista Rodrigo Vianna em coluna sobre o tema, "quem acompanha a política do Paraná diz que Dias é conhecido pela ambição, mas também pela incompetência na gestão. Ainda assim, foi levado para cargo de confiança no Ministério da Saúde no início do governo Bolsonaro, na gestão de Luis Henrique Mandetta, que tenta se apresentar como um 'homem de bem', 'limpo'. Por que Dias ganhou o cargo? Quem indicou? Mandetta pode esclarecer..."

Os Portos do Paraná são um complexo portuário, formado pelos portos de Paranaguá e Antonina. A administração funciona como empresa pública estadual, subordinada à Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística, com convênio de delegação junto ao governo federal. Já a Cohapar constrói conjuntos habitacionais para populações com baixa renda.

Entenda o caso 

O empresário Luiz Paulo Dominguetti Pereira, que se apresenta como representante da empresa Davati Medical Supply, denunciou à Folha nesta terça-feira (29) que teria recebido pedido de propina de US$ 1 por dose de vacina da AstraZeneca em troca de fechar contrato com o Ministério da Saúde. 

Ele afirmou que o diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, teria cobrado a propina em um jantar em Brasília. Dias foi exonerado do cargo nesta terça-feira (29).

Dias irá depor na CPI da Covid na próxima quarta-feira (7).

Miranda diz que irá "explodir a República" depois de representação de Roberto Jefferson para cassá-lo

Deputado federal Luis Miranda, que denunciou a corrupção na compra da vacina Covaxin, disse que se representação de Roberto Jefferson contra ele for adiante "as provas que o Brasil inteiro quer que eu apresente serão entregues na sessão e, me desculpe, mas 2022 vai ser bem diferente"

Roberto Jefferson e Luis Miranda (Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados | Jefferson Rudy/Agência Senado)

247 - O deputado federal Luis Miranda (DEM-DF), que denunciou à CPI da Covid um esquema de corrupção envolvendo a compra da vacina indiana Covaxin, ameaçou “explodir a República” em função de uma representação contra ele apresentada pelo presidente nacional do PTB, o bolsonarista Roberto Jefferson, para que o parlamentar perca o mandato.

“Tomei conhecimento agora da representação que o PTB entrou contra mim no Conselho de Ética da Câmara. Se de fato for pra frente, na primeira sessão [do órgão interno], as provas que o Brasil inteiro quer que eu apresente serão entregues na sessão e, me desculpe, mas 2022 vai ser bem diferente. Só isso que eu tenho pra dizer”, disse Miranda ao Metrópoles

terça-feira, 29 de junho de 2021

Suspensão de contrato da Covaxin é confissão do crime, diz Randolfe

 O Ministério da Saúde decidiu nesta terça-feira suspender o contrato de compra da vacina, que tornou-se nos últimos dias o centro das atenções diante da denúncia de um esquema de corrupção que envolveria o líder do governo na Câmara

Randolfe Rodrigues (Foto: Agência Senado | Reprodução)

247 - Vice presidente da CPI da Covid, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) repercutiu a decisão do Ministério da Saúde desta terça-feira (29) de suspender o contrato de compra da Covaxin.

A Covaxin, após revelação do deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) e de seu irmão, o servidor Luis Ricardo Miranda, tornou-se o centro das atenções do mundo político. Segundo relatos, Jair Bolsonaro sabia de um possível esquema de corrupção na compra do imunizante, que envolvia até o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), e nada fez.

Randolfe afirmou que a suspensão do contrato pela Saúde trata-se de confissão de culpa. "Se não tinha nada de errado, por que irão suspender? Isso só tem um nome! Confissão!", escreveu pelo Twitter.

O governo federal vinha sustentando a inexistência de irregularidades no contrato.

Em meio ao escândalo da Covaxin, Augusto Aras diz que não cabe à PGR investigar Bolsonaro por prevaricação

 Em declaração não oficial, Aras disse que a PGR tem a atribuição apenas de denunciar o presidente por crime comum, cabendo ao Legislativo fazer a denúncia por crime de responsabilidade

Ricardo Barros, Jair Bolsonaro e Augusto Aras (Foto: Reprodução | ABR)

247 - Um dia após senadores enviarem ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma notícia-crime contra Jair Bolsonaro por prevaricação no possível caso de corrupção na compra da Covaxin pelo Ministério da Saúde, o procurador-geral da República, Augusto Aras, afirmou que não cabe à Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciar o presidente por este motivo.

A declaração ocorreu durante participação de Aras no debate "Justiça e Democracia" nesta terça-feira (29), organizado pela ConJur, mas a fala foi feita fora do ar. A manifestação do PGR não é oficial e não tem impacto na notícia-crime enviada por Rosa Weber, relatora do pedido dos senadores, a Aras. 

Sob pressão, Ministério da Saúde decide suspender contrato de compra da Covaxin

 O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse não ser "mais oportuno importar as vacinas neste momento"

Marcelo Queiroga (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado | Reprodução)

247 - Diante de toda a pressão sobre o governo Jair Bolsonaro desde a revelação de um possível esquema de corrupção na compra da Covaxin, o Ministério da Saúde decidiu nesta terça-feira (29) suspender o contrato de aquisição do imunizante, segundo a CNN Brasil.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse à jornalista Rachel Vargas que "não é mais oportuno importar as vacinas neste momento".

O escândalo da Covaxin aumentou a tensão na CPI da Covid, que tem agora como objetivo principal saber qual o grau de culpa de Bolsonaro diante do esquema. 

Sem novo óbito pelo quarto dia seguido, Apucarana confirma mais 37 casos de Covid-19 nesta terça-feira


Apucarana confirmou mais 37 casos de Covid-19 nesta terça-feira (29) e soma agora 15.457 diagnósticos positivos do novo coronavírus. Sem nenhum novo óbito pelo quarto dia consecutivo, o município segue com 425 mortes provocadas pela doença.

Segundo boletim divulgado pela Autarquia Municipal de Saúde (AMS), os 37 novos resultados positivos para Covid-19 vieram do Laboratório Central do Paraná (Lacen). São 19 homens (entre 7 e 79 anos) e 18 mulheres (entre 5 e 74 anos). Todos estão em isolamento domiciliar.

Prefeitura disponibiliza local para moradores de rua passarem a noite

 

Secretaria de Assistência Social preparou duas salas no Centro da Juventude para esse atendimento adicional durante o inverno


O prefeito Junior da Femac determinou a Secretaria de Assistência Social um esforço emergencial para proteger a população em situação de rua nestes dias de frio intenso. Além do atendimento de refeições – café da manhã, almoço e janta- e espaço para higienização pessoal e de roupas oferecido regularmente no Centro POP, o município está disponibilizando um local para os moradores de rua passarem a noite.
Esse atendimento será oferecido por meio do Centro POP. “Logo após a jantar, vamos transportar essas pessoas para o Centro da Juventude onde foi preparado um espaço seguro, aquecido e arejado para elas dormirem. Pela manhã levamos todos de volta para o Centro POP para o café da manhã e em seguida cada um fica livre para seguir seu caminho”, explica a secretária da Assistência Social, Ana Paula Nazarko.

Prefeitura lança amanhã “Concurso de Fotografia Irmo Vidor”

 

Evento acontece no Cine Teatro Fênix e será transmitido pelo facebook da prefeitura

 


A prefeitura de Apucarana, por meio da Secretaria Municipal da Promoção Artística, Cultural e Turística (Promatur), lança amanhã (30) o Concurso de Fotografia Irmo Celso Vidor: Cultura e Turismo em Apucarana. O evento, com a presença de familiares do fotógrafo homenageado, será às 10 horas no Cine Teatro Fênix, com transmissão ao vivo pelo facebook da prefeitura https://m.facebook.com/prefeituradeapucarana/.
O objetivo do concurso é incentivar o turismo local e a valorização das paisagens de Apucarana por meio da arte da fotografia, bem como a valorização e reconhecimento ao fotógrafo apucaranense Irmo Vidor que faleceu vítima da Covid-19 no dia 29 e abril deste ano, aos 66 anos.

Procon Apucarana realiza 1.300 atendimentos durante semestre

 Órgão de defesa do consumidor segue atendendo com restrições durante a pandemia 


O surto de Covid 19, que atingiu a rotina de vida das pessoas ao longo do primeiro semestre de 2021, não alterou o atendimento do Procon Apucarana. Mesmo com restrições à presença de consumidores em suas dependências, a prestação de serviço alcança a marca de 984 procedimentos instaurados, com 490 concluídos. O número alcança a marca de 1.300 atendimentos, com o registro de orientações a consumidores e de relações não consumeristas.
Há ainda o registro de 302 reclamações de consumidores de Apucarana junto à plataforma consumidor.gov.br e outras 122 de municípios da região atendidos pela unidade de defesa do consumidor. Já o Paraná, na mesma plataforma, registra 50.798 ocorrências, com 78,30% de resolução de demandas.

Programa vai incentivar a pecuária leiteira em Apucarana

 

Município pretende firmar parcerias com Emater, Colégio Agrícola e o curso de agronomia da FAP


Após desenvolver a fruticultura e promover o resgate da cafeicultura, o Programa Terra Forte terá mais uma ação. Trata-se do incentivo da pecuária leiteira, que atualmente conta com cerca de 40 produtores. A proposta do Município na primeira etapa é apoiar na alimentação do plantel e, num segundo momento, adquirir parte da produção para a merenda escolar.

O assunto foi debatido nesta terça-feira (29/06) pelo prefeito Junior da Femac com o secretário municipal de Agricultura, Gerson José Santino Canuto, e o engenheiro agrônomo da pasta, André Maller. O Município deverá buscar parcerias para viabilizar o projeto com o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR), o Colégio Agrícola Manoel Ribas e o curso de agronomia da Faculdade de Apucarana (FAP).

O primeiro passo será a realização de um diagnóstico da atividade no Município, que acontecerá no mês de julho. “Os produtores serão visitados para verificar como o Município poderá cooperar, especialmente no tocante à alimentação dos animais. A intenção é que o Município produza mudas de alto valor nutritivo, como o capim elefante anão, fornecendo-as para os produtores”, exemplifica Junior da Femac.

“Lula nāo é radical de esquerda e deve estar na frente democrática”, diz André Lara Resende

 Ex-presidente do BNDES defendeu candidatura de Lula para enfrentar Bolsonaro em 2022

André Lara Resende e Lula (Foto: Reprodução | Ricardo Stuckert)

247 - Em entrevista ao programa Roda Viva,  da TV Cultura, nesta segunda-feira (28), o ex-presidente do BNDES, André Lara Resende defendeu a participação do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) como o nome da frente democrática para derrotar Jair Bolsonaro (sem partido) nas eleições do ano que vem.  De acordo com o banqueiro e economista, não é interessante para o Brasil repetir uma polarização.

“O PT e o Lula, de certa forma, não são, não demonstraram ser até o momento antidemocráticos no perigo institucional que é o bolsonarismo. 

O economista ainda acrescentou que vê em Lula uma única via de transposição do bolsonarismo. 

“Não vejo o PT, o Lula sobretudo, com o radicalismo de esquerda. O Lula pode ter outros defeitos, mas o Lula não é um radical, não se mostrou um radical. Eu acho que pode fazer parte de uma frente democrática para enfrentar essa frente claramente antidemocrática (...) A transposição do bolsonarismo [do RJ] para o nível nacional... só pessoas muito irresponsáveis ou com um bloqueio mental completo podem não perceber quão perigoso é esse processo". 

Bolsonaro já começou a ser abandonado, diz Miriam Leitão

 "Ele vai usar toda a sua agressividade e capacidade de gerar crises, mas não será suficiente se ele não tiver boas respostas para as questões levantadas na CPI da Covid", aponta a jornalista

(Foto: ABr | Reprodução)

247 – "O jogo mudou. Com a notícia-crime protocolada por três senadores, o presidente terá que dar as respostas que tem se negado a apresentar desde que o assunto veio à tona. A resposta 'eu não tenho como saber o que acontece nos ministérios' não melhora a vida de Bolsonaro. Ele foi informado por um deputado da base sobre o que estava acontecendo. O presidente já começou a ser abandonado e é assim que acontece nesses casos. Ele vai usar toda a sua agressividade e capacidade de gerar crises, mas não será suficiente se ele não tiver boas respostas para as questões levantadas na CPI da Covid", escreve a jornalista Miriam Leitão, em sua coluna desta terça-feira.

Após denúncia de prevaricação, líder do governo diz que Bolsonaro mandou apurar irregularidades em contrato da Covaxin

 Líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho, afirmou que Jair Bolsonaro teria conversado com o então ministro da Saúde Eduardo Pazuello e mandado apurar o caso. Secretaria Executiva, comandada por Elcio Franco, teria verificado "que não existiram irregularidades contratuais"

Fernando Bezerra Coelho, Bolsonaro e Covaxin (Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado | Marcos Corrêa/PR | Divulgação)

247 - O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), afirmou que a notícia-crime apresentada contra Jair Bolsonaro apontando que ele teria incorrido no crime de prevaricação no caso da das denúncias de irregularidades na compra da vacina indiana Covaxin não possui “justa causa”. Além disso, segundo ele, Bolsonaro teria conversado com o então ministro da Saúde Eduardo Pazuello e mandado apurar o caso. Pazuello teria determinado que as denúncias fossem apuradas pela A Secretaria Executiva, comandada por Elcio Franco. 

“Compete destacar que o secretário-executivo foi responsável pela negociação, contratação e aquisição até 20 de março de 21 de todas as vacinas pelo Ministério da Saúde. Por isso, o agente público com maior expertise para apreciar eventual não conformidade contratual quanto às vacinas era o secretário-executivo. Após a devida conferência, foi verificado que não existiram irregularidades contratuais, conforme já previamente manifestado inclusive pela consultoria jurídica do Ministério da Saúde”, afirmou Bezerra durante sessão da CPI da Covid realizada nesta terça-feira (29). “A notícia-crime ora em análise não tem justa causa idônea para o seu seguimento”, completou. 

Carlos Bolsonaro apela e posta imagem de Jair em cirurgia numa cena que coloca em xeque a “facada”

 O vereador Carlos Bolsonaro resolveu postar no Twitter uma imagem do seu pai, Jair Bolsonaro, em uma cirurgia no hospital, mas a foto coloca em xeque a suposta facada contra o então candidato ao Planalto em 2018

Vereador Carlos Bolsonaro (Foto: Carlos Bolsonaro)

247 - O vereador Carlos Bolsonaro resolveu postar no Twitter uma imagem chocante de seu pai, Jair Bolsonaro, no hospital, com uma cicatriz decorrente de um procedimento cirúrgico que teria sido feito em consequência da suposta facada de Adélio Bispo contra o então candidato a presidente em 2018 no município de Juiz de Fora (MG). 

A imagem, no entanto, colocou em xeque a suposta facada e mostrou que a cicatriz pode ter tido outro motivo, por sua extensão. Segundo reportagem publicada pelo jornal O Globo em abril deste ano, Bolsonaro fez ao menos sete cirurgias desde setembro de 2018, mas nem todas foram consequência do ataque sofrido em Minas.