sábado, 26 de junho de 2021

Gleisi defende que escândalo da Covaxin seja incluído no superpedido de impeachment

 A presidente do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann, entende que responsabilidade pelo caso Covaxin é de Bolsonaro

Gleisi Hoffmann, Bolsonaro e vacina Covaxin (Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados | Reuters/Adriano Machado | Reprodução)

247 - "O caso da Covaxin tem de entrar no superpedido de impeachment! Bolsonaro responsável na veia!", escreve a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, no Twitter

A dirigente opina que houve prevaricação do ocupante do Palácio do Planalto, porque ele soube do envolvimento do líder do governo e não mandou investigar, por interesse pessoal e político".

O superpedido de impeachment será entregue na quarta-feira (30), quando haverá um ato político na Câmara dos Deputados.


Em editorial, O Globo exige que Bolsonaro dê explicações sobre escândalo da Covaxin

 Jornal da família Marinho afirma que "os descaminhos para a compra da Covaxin levam inevitavelmente ao gabinete de Jair Bolsonaro, que tem muito a explicar"

(Foto: Reprodução | Reuters)

247 - Em editorial publicado neste sábado, o jornal O Globo diz que são a cada dia mais frágeis os argumentos do governo para justificar o contrato de R$ 1,6 bilhão para importar a Covaxin, vacina mais cara entre todas as compradas pelo Brasil.

"Apesar do tumulto provocado pelos senadores governistas na sessão de ontem da CPI da Covid, o depoimento do servidor Luis Ricardo Miranda, chefe do Departamento de Logística do Ministério da Saúde, e de seu irmão, o deputado Luis Claudio Miranda (DEM-DF), trouxe detalhes novos que confirmam as suspeitas. Apresentaram evidências de vários alertas ao presidente Jair Bolsonaro sobre as irregularidades, como Luis Ricardo denunciara em entrevista ao GLOBO. Ele reiterou que, em encontro no dia 20 de março no Alvorada, Bolsonaro se comprometeu a encaminhar o caso à PF".

Folha blinda Bolsonaro e vira piada nas redes sociais

 A edição deste sábado da Folha de S.Paulo omite na manchete o nome de Bolsonaro ao se referir às responsabilidades por contrato para a compra da Covaxin

Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução | REUTERS/Ueslei Marcelino)

247 - "Saúde sabia dos riscos da Covaxin e manteve contrato" - esta é a manchete da edição deste sábado (26) da Folha de S.Paulo.

O título, em que o jornal paulista blinda Jair Bolsonaro e omite sua responsabilidade por contrato para a compra da Covaxin,  virou piada nas redes sociais. 

"Não é brincadeira gente, o ativismo começa em casa, vocês tem que conversar com os parentes que votaram nesse tal de Saúde", diz um internauta pelo Twitter.


"Além de genocida, Bolsonaro é corrupto e vai cair", diz Gleisi Hoffmann

 Presidente do Partido dos Trabalhadores diz que Jair Bolsonaro deve explicações sobre o superfaturamento na compra da Covaxin

Presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, e um protesto contra Jair Bolsonaro (Foto: ABr | Midia Ninja)

247 – "Bolsonaro tem muita explicação a dar sobre a Covaxin, não adianta dar chilique e sair atacando todo mundo. A citação de Ricardo Barros, líder do governo, é grave e saiu da boca do próprio presidente. Além de genocida, corrupto", escreveu a deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR), em seu twitter. Saiba mais sobre o caso:

Por Maria Carolina Marcello e Ricardo Brito (Reuters) - Na conversa que tiveram com o presidente Jair Bolsonaro para relatar irregularidades identificadas em processo de importação para uso emergencial no país da vacina indiana contra Covid-19 Covaxin, os irmãos Miranda ouviram do presidente avaliação que o caso era "grave" e poderia ter o envolvimento de um parlamentar.

A afirmação foi relatada pelo deputado Luís Miranda (DEM-DF) à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) nesta sexta-feira, reunião marcada por interrupções, bate-bocas e clima bastante tenso entre os senadores. O parlamentar chegou ao Congresso para o depoimento vestindo um colete à prova de balas.

"Eu levei para a pessoa certa, na minha opinião, que deveria dar o devido provimento ao assunto, que é o presidente da República", disse o deputado à CPI.

Vacinação em Apucarana continua neste sábado para pessoas de 50 anos

 

No domingo a imunização contra o novo coronavírus será para o grupo dos motoristas e cobradores de transporte urbano e rodoviário, e de trabalhadores de transporte ferroviário


Com chegada de nova remessa de vacina na noite de ontem, Apucarana retoma a vacinação contra a Covid-19 neste sábado (26) para os apucaranenses de 50 anos. O atendimento vai começar as 10 horas e segue até as 17 horas no Complexo Esportivo Lagoão, pelo sistema drive-thru e dentro do ginásio para quem chega a pé.
No momento da imunização devem ser apresentados o cartão do SUS ou CPF, documento com foto e comprovante de residência que pode ser conta de luz, água e telefone com no máximo 90 dias da data de emissão, e ainda um documento bancário e contrato de aluguel.

Apucarana e Cambira definem parcerias

 Junior da Femac visitou hoje o colega Emerson Toledo


O prefeito de Cambira, Emerson Toledo, acompanhado do seu vice, Fábio José Ferreira, recebeu nesta sexta-feira a visita do prefeito de Apucarana, Junior da Femac. Eles discutiram uma pauta de interesses comuns dos dois municípios.

No encontro ficou definida a recuperação total da estrada do Bejuin, ligação rural entre Apucarana e Cambira, que tem a meio caminho a Vila Rural Nova Ucrânia. “Vamos disponibilizar caminhões e máquinas para a readequação da estrada logo nos primeiros dias do mês de julho”, anunciou Junior da Femac.

Toledo enalteceu as boas parcerias firmadas pelos dois municípios, resultando em benefícios à coletividade. “Vamos avançar também na área de saúde, com o encaminhamento de pacientes para a radioterapia de Apucarana, que tem capacidade para atender uma grande demanda de toda a região”, comentou o prefeito de Cambira.

Entidades sociais recebem recursos federais

 Verbas foram intermediadas pelo deputado estadual Arilson Chiorato


Em reunião realizada no final da tarde desta sexta-feira, no gabinete municipal, foi oficializado o repasse de R$ 250 mil, beneficiando oito entidades sociais de Apucarana. Os recursos, oriundos do Governo Federal, foram intermediados pelo deputado estadual Arilson Chiorato.

O prefeito Junior da Femac anunciou que o dinheiro virá para a Prefeitura de Apucarana que depois fará o repasse. Serão contemplados o IPTH Instituto de Pesquisas e Tratamentos Humanísticos; AMAA – Associação dos Pais e Amigos dos Autistas Apucaranenses; ONG Life Resgate Life, Projeto Casa Marta e Maria; Associação Paranaense Amigo do Cavalo – APAC; Associação Apucarana Futsal Club; Associação Download; Casa dos Anjos; e Renascer.

Cada entidade irá receber cerca de R$ 30 mil, mediante apresentação de seus projetos, visando o custeio de atividades e despesa de pessoal. “Agradecemos ,mais uma vez o empenho do deputado estadual Arilson Chiorato, que trabalhou pela liberação destes recursos que serão de grande valor para a manutenção dos programas destas entidades sociais de Apucarana”, destacou o prefeito Junior da Femac.

Autarquia de Educação reforça a busca ativa por alunos em Apucarana

 

Desde a quinta-feira (24/6), os diretores, coordenadores e professores vêm colando cartazes no comércio, distribuindo panfletos nas ruas e conscientizando os pais sobre a necessidade de seus filhos continuarem assistindo às aulas, mesmo que remotamente

A Prefeitura de Apucarana, por meio da Autarquia Municipal de Educação, está reforçando a busca ativa por alunos que se encontram 

fora da escola. Desde quinta-feira (24/6), os diretores, coordenadores e professores vêm colando cartazes no comércio e distribuindo panfletos na comunidade, com o objetivo de conscientizar os pais sobre a necessidade de seus filhos continuarem assistindo às aulas e realizando as atividades letivas, mesmo no ensino remoto.

“Desde que a pandemia de Covid-19 começou, em março do ano passado, a secretária Marli Fernandes e a equipe da educação vêm trabalhando com afinco para que nenhum aluno perca o vínculo com a escola. Quando percebem que alguma criança não está acessando a plataforma Google Sala de Aula, os diretores entram em contato imediatamente com a família. Se necessário, eles vão até a casa do aluno para ajudar na instalação e configuração do aplicativo. Graças a esse esforço, a evasão escolar é baixa na rede municipal de Apucarana,” afirmou o prefeito Junior da Femac.

Segundo a secretária Marli Fernandes, as ações realizadas nesta semana fazem parte da campanha Fora da Escola Não Pode!, organizada pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), em parceria com a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) e o Colegiado Nacional de Gestores Municipais de Assistência Social (Congemas).

“A pandemia de Covid-19 impôs grandes desafios para as escolas. Os professores, por exemplo, tiveram que aprender a utilizar novas plataformas educacionais em tempo recorde e os alunos precisaram se adaptar ao ensino remoto. Neste contexto atípico, o apoio das famílias é imprescindível para que as crianças continuem aprendendo satisfatoriamente. Nós entendemos que muitos pais trabalham o dia inteiro fora e chegam exaustos às suas casas, mas pedimos que eles continuem incentivando e ajudando seus filhos a realizarem as atividades letivas. A educação é a melhor herança que vocês podem deixar para eles,” disse a secretária.

 

Arapongas tem 79 novos casos de Covid-19, 100 curados e quatro óbitos

 


Prefeitura de Arapongas, através da Secretaria Municipal de Saúde, informou nesta sexta (25/06), o registro de 79 novos casos, 100 curados COVID-19 e 04 óbitos registrado no município. Neste momento, o município totaliza 19.905 casos, dos quais 504 infelizmente vieram a óbito, 355 ainda estão com a doença e 19.046 já estão curados (95,7%). Ao todo, já foram realizados 68.514 testes. 

sexta-feira, 25 de junho de 2021

Wassef se tranca no banheiro feminino do Senado e é retirado por segurança (vídeo)

 Advogado da família Bolsonaro, Frederick Wassef foi reclamar do pedido de quebra de sigilo contra ele e dizer que os senadores estão citando seu nome a todo momento. "Senador Randolfe, venha aqui fora", desafiou

(Foto: @Sarahteofilo)

247 - O vice-presidente da CPI da Covid, Randolfe Rodrigues (Rede), nesta sexta-feira, 25, e questionou a ida ao Senado Federal do advogado Frederick Wassef, amigo do clã Bolsonaro. Randolfe destacou que o bolsonarista foi sem máscara ao local.

Wassef foi reclamar do pedido de quebra de sigilo contra ele e dizer que os senadores estão citando seu nome a todo momento. "Senador Randolfe, venha aqui fora", disse, tumultuando a casa Legislativa.

A repórter Sarah Teófilo, do Correio Braziliense, afirmou no Twitter que “ele entrou no banheiro feminino, ainda no telefone, e se trancou. O segurança veio e pediu pra ele sair. Ele saiu e ficou uns 15 minutos falando”.


Ricardo Barros, acusado de corrupção na Covaxin: “não tenho relação com esses fatos”

 Líder do governo na Câmara, Ricardo Barros diz não ser o parlamentar citado por Jair Bolsonaro como sendo o parlamentar envolvido na corrupção da compra da vacina indiana, como revelou o deputado Luis Miranda na CPI da Covid

Deputado Ricardo Barros (PP-PR) (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

247 - O deputado federal Ricardo Barros, líder do governo Bolsonaro na Câmara, negou estar envolvido em corrupção na compra da vacina indiana Covaxin, como foi revelado na noite desta sexta-feira (25) pelo deputado Luis Miranda (DEM-DF) na CPI da Covid.

“Não participei de nenhuma negociação em relação à compra das vacinas Covaxin. 'Não sou esse parlamentar citado'. A investigação provará isso”, postou Ricardo Barros em sua conta no Twitter.

“Também não é verdade que eu tenha indicado a servidora Regina Célia como informou o senador Randolfe. Não tenho relação com esse fatos”, completou o líder do governo.

Ministro da Saúde durante o governo Michel Temer, Ricardo Barros é suspeito de favorecer empresas ligadas a Francisco Maximiano, dono da Precisa Medicamentos, a representante da Bharat Biotec no Brasil para o fornecimento da vacina Covaxin.


Omar Aziz pede proteção de Luis Miranda à PF após revelação do nome de Ricardo Barros

 “Se eu não for protegido, eu já sei o que vai acontecer comigo”, disse o deputado Luís Miranda durante a sessão da CPI da Covid no Senado

Luis Miranda (Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados)

247 - O presidente da CPI da Covid, Omar Aziz, pediu proteção do deputado federal Luis Miranda (DEM) e do servidor do Ministério da Saúde Luis Roberto Miranda após o parlamentar revelar o nome do líder do governo na Câmara dos Deputados, deputado Ricardo Barros, como tendo sido citado por Jair Bolsonaro no encontro no Palácio da Alvorada que estaria envolvido na corrupção da compra superfaturada da vacina Covaxin.

Ministro da Saúde durante o governo Michel Temer, Ricardo Barros é suspeito de favorecer empresas ligadas a Francisco Maximiano, dono da Precisa Medicamentos, a representante da Bharat Biotech no Brasil para o fornecimento da vacina indiana. O deputado foi responsável por colocar uma emenda em uma medida provisória (MP) para permitir importação de vacinas mesmo sem aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o que favoreceria a Covaxin.

O relator da CPI, Renan Calheiros, também reforçou a necessidade de garantir a segurança do deputado Miranda. Segundo ele, os integrantes da comissão se juntarão para assegurar que a polícia proteja o deputado e seu irmão. Aziz disse publicamente que, caso algo aconteça com a vida de Luis Ricardo, Luis Miranda e suas famílias, o diretor-geral da Polícia Federal irá responder pela vida deles.

“Se eu não for protegido, eu já sei o que vai acontecer comigo”, disse o deputado Luís Miranda durante a sessão no Senado Federal nesta sexta-feira, 25. Ele já havia demonstrado desconforto para revelar o nome do deputado Ricardo Barros.

Luis Miranda confirma na CPI que foi Ricardo Barros o deputado citado por Bolsonaro na corrupção da Covaxin

 “Vocês não sabem o que eu vou passar”, declarou o deputado Luis Miranda, logo após confirmar o nome do líder do governo na Câmara, integrante do centrão. “Existem momentos na nossa vida que era melhor esquecer o que a gente escutou”

Luis Miranda, Jair Bolsonaro e Ricardo Barros (Foto: Pedro França/Agência Senado | Reprodução)

247 - O deputado federal Luis Miranda (DEM) confirmou à CPI da Covid no Senado, na noite desta sexta (25), que foi Ricardo Barros, líder do governo na Câmara, o deputado citado por Jair Bolsonaro no encontro no Palácio da Alvorada que estaria envolvido na corrupção da compra da Covaxin. Segundo Luis Miranda, Bolsonaro, neste dia, teria “dado a entender” que “não tem força” para combater o “grupo” deste deputado. 

Ministro da Saúde durante o governo Michel Temer, Ricardo Barros é suspeito de favorecer empresas ligadas a Francisco Maximiano, dono da Precisa Medicamentos, a representante da Bharat Biotec no Brasil para o fornecimento da vacina Covaxin.

A confissão aconteceu logo após a fala do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), que afirmou que Luis Miranda não tinha coragem de dizer que o nome era de Ricardo Barros.

“Está lhe faltando coragem para falar o nome de Ricardo Barros”, declarou Vieira. “Quando o senhor diz que não se lembra, está ofendendo a inteligência dos senadores, dos brasileiros, e perdendo uma oportunidade”, completou o senador.

Miranda respondeu: “Existem momentos na nossa vida que era melhor esquecer o que a gente escutou”. “O senhor não teve coragem de dizer o nome, eu tenho: Ricardo Barros”, disse então Vieira. “Essa CPI já sabe o caminho que ela tem que seguir. Se ela fizer o ‘follow the money’, provará que estamos vivendo uma ilusão”, devolveu o depoente.

Logo depois, a senadora Simone Tebet (MDB-MS) assumiu a fala na CPI e voltou a estimular Miranda a responder que se tratava de Ricardo Barros, que ele poderia ter coragem de revelar e não precisaria ter medo de Comissão de Ética na Câmara. O depoente então finalmente confirmou: “Foi o deputado Ricardo Barros que o presidente falou”. Confira o momento no vídeo abaixo:

Antes, o deputado Luis Miranda havia dito que no encontro de 20 de março de 2021, quando levou a Bolsonaro, no Palácio da Alvorada, as suspeitas de corrupção no contrato da Covaxin com o Ministério da Saúde, a reação do presidente foi digna de quem está com as mãos atadas. "Bolsonaro cita pra mim assim: ‘vocês sabem quem é, né? Vocês sabem que ali é foda e tal. Se eu mexo nisso aí, vocês sabem que merda que vai dar. Vocês sabem que é o fulano, né?'”, disse o parlamentar, sem citar o nome de Ricardo Barros.

Em seu depoimento, o servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda afirmou que uma colega - Regina Celia Silva Oliveira - teria dado o aval para a importação da Covaxin, vacina indiana contra a Covid-19, ao Brasil, sendo que tal prerrogativa é de Miranda.

O jornalista Leandro Demori, do site The Intercept Brasil, revelou pelo Twitter que Regina Celia foi indicada para o cargo por Ricardo Barros. Durante seu questionamento, o senador Rogério Carvalho questionou Luis Miranda se o deputado acusado por Bolsonaro seria Ricardo Barros. Mas o denunciante desconversou e disse não se lembrar do nome do parlamentar mencionado.

Confira reações no Twitter que já associavam Ricardo Barros à corrupção da compra da Covaxin:


 

 

 

 

 

 


Barroso suspende condução coercitiva de Carlos Wizard à CPI

 A condução coercitiva do empresário defensor da cloroquina havia sido determinada a pedido da CPI da Covid do Senado, após ele não comparecer à comissão no dia 17 de junho

(Foto: Nelson Jr./STF | Fabiano Accorsi/Divulgação)

(Reuters) - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso decidiu nesta sexta-feira suspender a ordem de condução coercitiva contra o empresário Carlos Wizard.

A condução coercitiva de Wizard havia sido determinada a pedido da CPI da Covid do Senado, após o empresário não comparecer à comissão no dia 17 de junho.

Como justificativa para a decisão, Barroso citou fato de a defesa de Wizard ter informado que o empresário oficialmente passou à condição de investigado, mas assumiu o compromisso de voltar ao Brasil e comparecer à CPI no fim do mês.

Wizard, atualmente no exterior, é suspeito de integrar o chamado gabinete paralelo do governo federal, suposto grupo independente ao Ministério da Saúde de aconselhamento ao presidente Jair Bolsonaro no enfrentamento à pandemia.

Servidora que teria atropelado processo de importação da Covaxin foi indicada por Ricardo Barros, líder bolsonarista

 À CPI da Covid, Luis Ricardo Miranda contou que Regina Celia Silva Oliveira deu o aval para a importação da Covaxin, vacina indiana contra a Covid-19, em seu lugar

(Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado | ABr)

247 - Em depoimento à CPI da Covid nesta sexta-feira (25), o servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda afirmou que uma colega - Regina Celia Silva Oliveira - teria dado o aval para a importação da Covaxin, vacina indiana contra a Covid-19, ao Brasil, sendo que tal prerrogativa é de Miranda.

O jornalista Leandro Demori, do site The Intercept Brasil, revelou pelo Twitter que Regina Celia foi indicada para cargo no Ministério da Saúde pelo deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo Jair Bolsonaro na Câmara dos Deputados.

A CPI apura o motivo pelo qual, segundo denúncias de Luis Ricardo Miranda e de seu irmão, o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF), o governo federal teria tido preferência e pressa pela Covaxin, sendo que demonstrou desinteresse por outros imunizantes.

O senador Humberto Costa (PT-PE) apresentou requerimento de convocação de Regina Célia à CPI.


 

CPI: aliados de Bolsonaro mostram desespero e comprovam pressão sobre governo no caso Covaxin

 Líder do governo, Fernando Bezerra Coelho está extremamente exaltado na sessão desta sexta-feira (25), quando vem à tona um escândalo de corrupção na compra de vacinas. Marcos Rogério tenta inverter a narrativa, contra o depoente, Luis Ricardo Miranda

Fernando Bezerra e Marcos Rogério (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

247 - A base governista está especialmente exaltada na sessão desta sexta-feira (25) na CPI da Covid, dia em que vem à tona um provável escândalo de corrupção na compra da vacina indiana Covaxin pelo governo Bolsonaro. Depõem no Senado o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) e o servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda.

Nas primeiras horas da sessão, o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), líder do governo Bolsonaro, demonstrou diversas vezes estar muito irritado, fazendo falas aos gritos e interrompendo o relator, Renan Calheiros (MDB-AL).

“O Fernando Bezerra que está aqui hoje não é o Fernando Bezerra que eu conheço, está muito nervoso”, chegou a comentar o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da CPI.

Outro senador bolsonarista, Marcos Rogério (DEM-RO) tentou fazer justificativas absurdas em relação à negociação da Covaxin e fez perguntas sem sentido, irritando os colegas. Segundo ele, a “pressa” era em virtude de comprar vacina e salvar vidas. 

Sobre o fato de o servidor ter sido pressionado diretamente pelo diretor da Precisa Medicamentos, algo atípico em negociações do governo, e em horários anormais (à noite e no final de semana), Marcos Rogério questionou: “agora trabalhar até mais tarde é problema?”.

“Tá mais perdido do que cego em tiroteio”, comentou a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) sobre as perguntas de Marcos Rogério.

O momento que gerou o maior bate-boca, no entanto, foi quando Marcos Rogério acusou Luis Miranda de ter “motivação” para estar ali, denunciando o governo Bolsonaro. Irritados, os senadores presentes questionaram o parlamentar governista sobre qual seria a motivação. “Qual é a motivação dele?”, indaga Aziz. “Não, senador…não”, Marcos Rogério.

Após intenso bate-boca generalizado, a sessão foi interrompida por dez minutos.

CPI quer convocar servidor que teria relatado propina em compra de vacinas a Luís Ricardo Miranda

 Numa dessas conversas compartilhadas com a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), o servidor da Saúde alertou que um colega da pasta, de nome Rodrigo, mencionou "um rapaz" que estaria cobrando propina na venda de vacina

(Foto: Jefferson Rudy)

BRASÍLIA (Reuters) - A CPI da Covid no Senado quer convocar servidor mencionado pelo chefe do Departamento de Logística do Ministério da Saúde, Luís Ricardo Miranda, em depoimento à comissão que teria relatado cobrança de propina em negociação de compra de vacina.

O assunto veio à tona quando o irmão de Luís Ricardo, o deputado federal Luís Miranda (DEM-DF) mostrava à CPI print de troca de mensagens por aplicativo com Luís Ricardo. O parlamentar chegou para o depoimento vestindo um colete à prova de balas.

Numa dessas conversas compartilhadas com a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), o servidor da Saúde alertou que um colega da pasta, de nome Rodrigo, mencionou "um rapaz" que estaria cobrando propina na venda de vacina.

"O ministério estava sem vacina e um colega de trabalho, Rodrigo, servidor, me disse que tinha um rapaz que vendia vacina e que esse rapaz disse que estavam cobrando propina", disse Luís Ricardo, na mensagem de WhatsApp com o irmão.

Luís Ricardo comentou ainda, em outra mensagem, a pressão que recebia para dar andamento à processo de importação para uso emergencial no país da vacina indiana contra Covid-19 Covaxin de chefes no Ministério da Saúde, tratamento diferente do dispensado à aquisição de outros imunizantes.

No diálogo com o deputado, o servidor do ministério estava preocupado com alguns fatos relacionados à compra da Covaxin: a antecipação de 100% do pagamento da vacina; o repasse para uma offshore, a Madison Biotech --que não constava do contrato--; e ainda a previsão de envio de uma quantidade menor de doses do que as contratadas, além dos custos da importação.

"Pensa no preju que iria ser?", questionou Luís Ricardo Miranda em áudio ao irmão deputado. Diante do quadro, o deputado avisou o auxiliar direto de Jair Bolsonaro e chegou a relatar as suspeitas pessoalmente ao presidente da República.

(Por Maria Carolina Marcello e Ricardo Brito)

Salles entrega passaporte à Polícia Federal

 O nome do ex-ministro do Meio Ambiente foi inserido no Sistema de Tráfego Internacional para restrição de saída do país

Ricardo Salles (Foto: Alessandro Dantas/PT no Senado)

247 - Após decisão da ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia, o ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles entregou seu passaporte à Polícia Federal nesta sexta-feira (25), informou a corporação.

Além disso, o nome de Salles foi inserido no Sistema de Tráfego Internacional para restrição de saída do país.

Salles é alvo de investigações pela suspeita de favorecer empresas envolvidas com a exportação ilegal de madeira nativa.