quarta-feira, 23 de junho de 2021

Defesa de Lula celebra decisão do STF e resgata 15 casos em que o ex-presidente foi absolvido

 A defesa do ex-presidente Lula (PT) publicou uma nota destacando a anulação de diversos processos contra o petista, nos quais “foi plenamente absolvido ou teve processos arquivados, diante da inconsistência das denúncias”

Defesa de Lula, Cristiano Zanin e Valeska Martins (Foto: Ricardo Stuckert)

247 - A defesa do ex-presidente Lula (PT) publicou uma nota destacando a anulação de processos contra o petista, nesta quarta-feira, 23, no dia em que o Supremo Tribunal Federal (STF) oficializou a suspeição do ex-juiz da Lava Jato de Curitiba (PR), Sergio Moro, no julgamento dos processos contra o ex-presidente.

“O STF encerrou definitivamente o debate sobre duas verdades cristalinas: o ex-juiz Sergio Moro nunca teve competência para processar os casos envolvendo Lula e agiu de forma parcial, com motivações políticas, ao condená-lo”, destaca a defesa de Lula.

“A anulação de quatro ações de Curitiba soma-se a outras 11 decisões judiciais nas quais Lula foi plenamente absolvido ou teve processos arquivados, diante da inconsistência das denúncias”, continua.

Os advogados reforçam ainda que “estas decisões são igualmente relevantes para afirmar o primado da Justiça e confirmar a inocência do ex-presidente”, mas ressaltam, no entanto, que nada pode “reparar os 580 dias de prisão ilegal, as violências e o sofrimento infligidos a Lula e sua família ao longo destes cinco anos”.

Nota da defesa do ex-presidente Lula

O Supremo Tribunal Federal concluiu hoje (23/06/2021) o julgamento que restabelece a inocência do ex-presidente Lula diante das acusações e sentenças ilegais de que Lula foi vítima na chamada “operação lava jato” ficando confirmado o que sempre afirmamos desde o início do processo. Dessa forma, o STF encerrou definitivamente o debate sobre duas verdades cristalinas: o ex-juiz Sergio Moro nunca teve competência para processar os casos envolvendo Lula e agiu de forma parcial, com motivações políticas, ao condená-lo.

A anulação de quatro ações de Curitiba soma-se a outras 11 decisões judiciais nas quais Lula foi plenamente absolvido ou teve processos arquivados, diante da inconsistência das denúncias. Todas estas decisões são igualmente relevantes para afirmar o primado da Justiça e confirmar a inocência do ex-presidente, embora nada possa reparar os 580 dias de prisão ilegal, as violências e o sofrimento infligidos a Lula e sua família ao longo destes cinco anos.

Dentre estas 15 decisões, é importante destacar a sentença da 12ª. Vara Federal Criminal de Brasília que absolveu total e sumariamente Lula da absurda acusação de ter comandado uma organização criminosa, no caso chamado “Quadrilhão do PT”. Na sentença em que absolveu Lula da falsa acusação, o juiz responsável pelo caso afirmou que “a denúncia apresentada, em verdade, traduz tentativa de criminalizar a atividade política”.

Tudo isso confirma que Lula foi alvo de lawfare, que consiste no uso estratégico das leis para fins ilegítimos. Queremos acreditar que, para além de restaurar a segurança jurídica e os marcos da Constituição da República, o julgamento concluído hoje no STF seja uma alerta para que nunca mais os conceitos jurídicos e o devido processo legal venham a ser corrompidos, a qualquer pretexto.

Cristiano Zanin e Valeska Martins

Bolsonaro manda PF e PGR investigarem deputado Luís Miranda e seu irmão, que denunciaram corrupção na compra da Covaxin

 Em pronunciamento, ministro Onyx Lorenzoni afirmou que o Planalto determinou investigação por denúncia caluniosa e perícia dos documentos entregues a Jair Bolsonaro pelo deputado e seu irmão, servidor do Ministério da Saúde. “O senhor não vai só se entender com Deus, não. Vai se entender com a gente”, ameaçou Onyx

Onyx Lorenzoni, Luis Miranda (Foto: Reprodução)

247 - O ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Onyx Lorenzoni, fez um pronunciamento representando o Palácio do Planalto na noite desta quarta-feira (23) para rebater as denúncias de corrupção na compra da vacina indiana Covaxin, adquirida com preço superfaturado em mais de 1000%.

“Não houve favorecimento a ninguém, não houve sobrepreço. Tem gente que não sabe fazer conta. Não houve compra alguma, não há um centavo que tenha sido despendido pelo caixa do governo federal”, disse Onyx, acusando a imprensa de querer manchar a imagem de Bolsonaro, que segundo ele é um divisor de águas no combate à corrupção.

O ministro informou que o Planalto determinou que a Polícia Federal abra investigação sobre as palavras do deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) e seu irmão, o servidor do ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda, autores da denúncia. O governo diz que houve adulteração de documentos entregues a Bolsonaro.

Ele pediu ainda investigação pela Procuradoria Geral da República, baseado no artigo 339, por denunciação caluniosa e fraude processual. 

Onyx também sugeriu supostos interesses dos autores da denúncia. “Por que ele inventou essa história? O que os dois irmãos queriam na casa do presidente no dia 20 [de março]?”. Ele também citou “má-fé” e “denúncia caluniosa”. “A interesse de quem?”, indagou. “O governo Bolsonaro vai continuar, sim, sem corrupção”, afirmou a seguir. “Deus tá vendo, mas o senhor não vai só se entender com Deus, não. Vai se entender com a gente”, completou.

'Sexta-feira ele cai. Governo Bolsonaro vai desmoronar', diz Aziz sobre escândalo da Covaxin

 Segundo a Veja, o presidente da CPI teria dito a interlocutores que os depoimentos do deputado federal Luís Miranda (DEM-DF) e de seu irmão, o servidor do Ministério da Saúde Luís Ricardo Fernandes Miranda, à comissão serão o início do fim do governo Bolsonaro

(Foto: Reprodução)

247 - Presidente da CPI da Covid, o senador Omar Aziz (PSD-AM) disse a interlocutores, de acordo com a Veja, acreditar que a comissao chegou a um caso concreto de corrupção envolvendo Jair Bolsonaro e a pandemia: as possíveis irregularidades no processo de compra da Covaxin, vacina indiana contra a Covid-19.

O senador acredita que o episódio pode desmontar o discurso bolsonarista que falsamente afirma não haver nenhum caso de corrupção no governo.

Se referindo aos depoimentos do deputado federal Luís Miranda (DEM-DF) e de seu irmão, o servidor do Ministério da Saúde Luís Ricardo Fernandes Miranda, que serão ouvidos pela CPI no próximo dia 25, Aziz teria dito, segundo relatos, que Bolsonaro veria o início de sua queda na sexta-feira. "O governo não se aguenta. Sexta-feira ele cai. O governo vai desmoronar".

Aziz quer focar as atenções da CPI no escândalo da Covaxin, deixando de lado, por enquanto, outros assuntos que podem também atingir Bolsonaro, mas que têm potencial de impacto menor.

Apucarana confirma mais dois óbitos e 47 novos casos de Covid-19 nesta quarta-feira

 


A Autarquia Municipal de Saúde (AMS) confirmou mais dois óbitos e 47 novos casos de Covid-19 nesta quarta-feira (23) em Apucarana. São agora 421 mortes provocadas pela doença e 15.243 diagnósticos positivos do novo coronavírus no município.

O primeiro óbito é de um homem de 42 anos, sem comorbidade. Ele foi internado no Hospital da Providência em 15 de junho e morreu na terça-feira (22). O segundo óbito é de uma mulher de 83 anos, com hipertensão arterial e diabetes. Ela foi internada no “Providência” no domingo (20) e morreu no mesmo dia.

Os 47 novos resultados positivos para Covid-19 vieram do Laboratório Central do Paraná (Lacen). São 24 homens (entre 1 e 62 anos) e 23 mulheres (10 e 69 anos). Todos estão isolamento domiciliar.

"A verdade venceu", diz Lula, após a suspeição de Moro

 Por 7 votos contra 4, os ministros do STF oficializaram a suspeição do ex-juiz Sergio Moro no âmbito do processo do triplex do Guarujá, que levou às injustas condenação e prisão do ex-presidente Lula (PT)

STF, ex-presidente Lula e Sérgio Moro (Foto: STF, Stuckert e ABR)

247 - O ex-presidente Lula (PT) comemorou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quarta-feira, 23, de tornar o ex-juiz da Lava Jato de Curitiba (PR), Sergio Moro, suspeito no âmbito do processo do triplex do Guarujá, que levou às injustas condenação e prisão do petista em 2018. "A verdade venceu", disse o ex-presidente no Twitter.


Deputado diz ter informado Bolsonaro pessoalmente, no Alvorada, sobre corrupção na compra da Covaxin

 Segundo o deputado Luis Miranda, o encontro aconteceu no dia 20 de março, um sábado, quando Bolsonaro disse que tomaria providências e enviaria o caso para o diretor-geral da PF. “Não tive mais resposta sobre o caso”, relata o parlamentar. Ele diz ainda que as vacinas compradas com superfaturamento estavam para vencer, entre abril e maio

Luis Miranda e Jair Bolsonaro / Covaxin (Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados | Reuters)

247 - O deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) relatou em entrevista à CNN no início da tarde desta quarta-feira (23) que informou Jair Bolsonaro pessoalmente sobre a suspeita de corrupção no contrato de compra da vacina indiana Covaxin pelo Ministério da Saúde. 

O parlamentar disse ter enviado inicialmente uma mensagem a um “adjunto” de Bolsonaro informando a pressão incomum que seu irmão, o servidor da pasta Luis Ricardo Miranda, estaria sofrendo para fechar um contrato suspeito da compra das vacinas. Os dois irão depor na CPI da Covid na sexta-feira (25).

No mesmo dia - 20 de março, um sábado - o assessor de Bolsonaro propôs um encontro pessoalmente entre eles e Jair Bolsonaro no Palácio da Alvorada, por volta de 16h. O parlamentar compareceu à residência oficial da Presidência acompanhado do irmão e da esposa e comunicou o chefe do Planalto sobre os detalhes da negociação, inclusive com documentos.

TCU diz que já investiga Covaxin e que caso terá prioridade no tribunal

 O Tribunal de Contas da União disse já investigar o caso desde março, quando recebeu representação com pedido para que fossem verificados os termos de compra da vacina pelo Ministério da Saúde

Tribunal de Contas da União (TCU) (Foto: ABr | Reprodução)

247 - O Tribunal de Contas da União (TCU) informou nesta quarta-feira (23) que já investiga o contrato do Ministério da Saúde para a compra da vacina indiana Covaxin, da fabricante Bharat Biotech, com intermediação da Precisa Medicamentos.

Ministro do tribunal, Bruno Dantas afirmou em sessão plenária que as recentes revelações de um possível esquema de corrupção na aquisição dos imunizantes reforçam a necessidade da corte debater o tema. "O tema se encontra envolto em um emaranhado de questões nebulosas", disse Dantas após a ministra Ana Arraes ler, a pedido do ministro Benjamim Zymler, um posicionamento do caso. Zymler é responsável por um processo sobre a Covaxin que corre no TCU desde março.

Tal representação pedia que o tribunal verificasse os termos de compra da vacina pelo Ministério da Saúde. À época, o TCU pediu que a pasta prestasse esclarecimentos. "O Ministério da Saúde respondeu, no dia 14 de maio de 2021, e a documentação está em análise com prioridade que o caso requer".

Relatório preliminar produzido pela unidade técnica do TCU sobre a Covaxin afirma existir "algumas possíveis impropriedades que precisam ser mais bem apuradas junto ao Ministério da Saúde", mas destaca que "a mera diferença no valor de aquisição das vacinas citadas não constitui evidência suficiente para caracterização de sobrepreço". 

Zymler afirma ter pedido ao Ministério da Saúde as seguintes explicações:

  • Se foi realizado algum gerenciamento dos riscos associados ao contrato, uma vez que o conteúdo da matriz de alocação de riscos não atende em sua totalidade ao disposto em lei;
  • Se as investigações pretéritas contra a contratada [Precisa Medicamentos] e sua sócia, Global Saúde, chegaram ao conhecimento do Ministério da Saúde, e se foram consideradas na gestão dos riscos da contratação;
  • Se foi realizada alguma negociação do preço de aquisição inicial proposto pela Bharat Biotech, conforme, inclusive, foi sugerido no âmbito do despacho do departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis;
  • Se houve, conforme determinado em parecer, de 24 de fevereiro, alguma manifestação que justifique a dispensa da pesquisa de preços ou qualquer fundamentação sobre a razoabilidade do preço praticado;
  • Se foi realizada a estimativa de preço de aquisição da vacina;
  • Se foi realizado algum comparativo com preço contratado da mesma vacina em outros países.


'Bolsonaro entrou de vez na mira da CPI', diz Randolfe sobre corrupção na compra da Covaxin

 "O foco agora é ele", disse o vice-presidente da CPI após as revelações feitas pelo deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) sobre o caso de corrupção na compra superfaturada da vacina indiana Covaxin

Randolfe Rodrigues, Omar Aziz e Renan Calheiros (Foto: Agência Senado | Reuters)

247 - Vice-presidente da CPI da Covid, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) afirmou à CNN Brasil nesta quarta-feira (23) que após as revelações feitas pelo deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) sobre o caso de corrupção na compra superfaturada da vacina indiana Covaxin, Jair Bolsonaro "entrou de vez" na mira da comissão.

"O presidente agora entrou de vez na investigação. O foco agora é ele. Ficou evidente que providências não foram tomadas, o contrato foi firmado. Chegamos à nova fase. O inimigo agora é outro. As outras frentes já estão confirmadas. O alvo agora é outro", declarou o parlamentar.

Sobre as revelações de Miranda, o senador afirmou: "esse depoimento indica que a coisa é muito mais grave. Imaginávamos que era omissão e prevaricação. Mas vemos que houve ação deliberada para não fechar contatos de vacinas mais eficazes. Às custas da vida de brasileiros e para lucrar com isso, optaram por uma vacina menos eficaz".

Leo de Brito é agredido por Eduardo Bolsonaro na Câmara

 O deputado Leo de Brito (PT-AC) questionava na Câmara o ministro Gilson Machado (Turismo) e o secretário Nacional de Cultura, Mário Frias, sobre a disseminação de notícias falsas acerca da pandemia. Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) ficou irritado e atacou tanto o parlamentar quanto o PT

Deputados Leo de Brito e Eduardo Bolsonaro (Foto: Agência Câmara)

247 - O deputado federal Leo de Brito (PT-AC) foi agredido nesta quarta-feira (23) pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) quando o petista questionava o ministro do Turismo, Gilson Machado, e o secretário Nacional de Cultura, Mário Frias, convidados a prestar esclarecimentos sobre a pretensão do governo Bolsonaro em editar um decreto para que seja dada uma nova interpretação à lei de direitos autorais e ao marco civil da internet impedindo o que o governo chama de censura ideológica contra as redes sociais.

Em audiência na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle (CFFC) da Câmara dos Deputados, Leo de Brito questionava os convidados sobre a disseminação de notícias falsas acerca da vacina contra a Covid-19 e sobre o tratamento precoce que não tem comprovação científica. Irritado, Eduardo Bolsonaro resolveu criticar o PT. "Assaltou o Brasil e vem querer colocar o dedo na cara. Genocidas são vocês", disse. Os relatos dele foram publicados pelo jornal O Globo

O deputado do PT havia retrucado Eduardo e o chamou de "filho de genocida". Brito lamentou os ataques feitos pelo filho de Jair Bolsonaro. 

"Lamento o episódio desrespeitoso protagonizado pelo deputado Eduardo Bolsonaro. Estávamos fazendo um debate sério com o ministro do Turismo, falando sobre a questão da internet, sobre o Turismo no Brasil, quando infelizmente fui interrompido de maneira afrontosa pelo filho do presidente da República, deputado Eduardo Bolsonaro, que me atacou na tentativa de cercear minha fala, meus questionamentos", afirmou 

"Esse tipo de comportamento não me amedronta, mas envergonha o parlamento, vou continuar expressando minhas opiniões e fazendo as críticas devidas a esse governo irresponsável", acrescentou.

Ex-diretor da PF diz não se lembrar se Bolsonaro pediu investigação sobre superfaturamento na contratação da Covaxin

 No encontro entre o deputado Luis Miranda, o servidor da Saúde Luis Ricardo Miranda e Jair Bolsonaro, o presidente havia prometido remeter o caso à PF

Rolando Alexandre de Souza (Foto: Thiago Bergamasco/Agência Phocus)

247 - O ex-diretor da Polícia Federal (PF) Rolando Alexandre de Souza alegou que não se lembra se Jair Bolsonaro lhe pediu uma investigação sobre superfaturamento nos contratos de compra da vacina indiana Covaxin. O presidente sabia das irregularidades, segundo o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF), irmão de Luis Ricardo Miranda, chefe de importação do Departamento de Logística em Saúde do Ministério da Saúde. 

"Desculpe, mas não vou parar para pensar. Tem que ver na polícia. Se me perguntar o que chegou e o que não chegou, eu não vou lembrar", disse Rolando, segundo o Globo. A PF não comentou sobre as investigações. 

Luis Ricardo e seu irmão se reuniram com Bolsonaro no dia 20 de março. No encontro, o servidor relatou o esquema ao presidente, que prometeu remeter o caso à PF. 

Na época, Rolando era o diretor-geral da PF. Ele foi substituído em abril e está em Washington, nos Estados Unidos, onde assumirá um cargo na Embaixada do Brasil.

"Tem que olhar lá (na PF). Tem que pedir lá. Tem que ver com o diretor atual. Não é mais comigo", disse o delegado. 

CPI questiona PF se Bolsonaro avisou sobre corrupção na compra da Covaxin

 "Esse depoimento traz o presidente definitivamente para o foco das investigações. Vamos aprofundar pois existem indícios mais do que claros de um enorme esquema de corrupção", disse o presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz

(Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado | Reuters | Reprodução)

247 - A CPI da Covid acionou a Polícia Federal para saber se Jair Bolsonaro repassou à corporação o alerta sobre suspeitas de corrupção no contrato de aquisição da vacina indiana Covaxin, fabricada pela Bharat Biotech e representada no Brasil pela farmacêutica Precisa. O alerta foi feito pelo chefe de importação do Departamento de Logística do Ministério da Saúde, o servidor Luís Ricardo Fernandes Miranda, que diz ter sofrido “pressões” para agilizar a importação do imunizante. 

“Acabei de pedir para o delegado da PF que peça ao diretor-geral para saber se houve inquérito para investigar essa questão da Covaxin. Se o presidente foi avisado pelo servidor e tomou providências, ótimo. Se não tomou, é preocupante”, disse o presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), de acordo com o jornal O Globo

Para o presidente da CPI, "a existência de corrupção nos contratos do governo vira o foco. Esse depoimento traz o presidente definitivamente para o foco das investigações. Vamos aprofundar pois existem indícios mais do que claros de um enorme esquema de corrupção, inclusive com empresa laranja com sede em Cingapura, o que é indício de lavagem de dinheiro. É a empresa Madson Biotech”. 

“A partir de agora, tem-se um novo caminho para investigar. A demora para adquirir algumas vacinas não ocorreu para todas. Há uma diferença de tratamento muito grande. Ele (o servidor do Ministério da Saúde) diz que Pazuello foi demitido porque não aceitava corrupção. Ele está dando uma informação ao Brasil", emendou Omar Aziz. 

Corrupção na compra da Covaxin torna "Bolsonaro corrupto" um dos assuntos mais comentados no Twitter

 Entre as repercussões, usuários da rede pedem a saída de Bolsonaro do poder após a revelação de que ele teria sido cúmplice de um esquema de corrupção no Ministério da Saúde

(Foto: ABr | Divulgação)

247 - Após as graves revelações de que Jair Bolsonaro teria sido avisado do possível esquema de corrupção no Ministério da Saúde envolvendo a compra da Covaxin, vacina indiana contra a Covid-19, internautas passaram a repercutir o assunto nas redes.

O termo "Bolsonaro corrupto" tornou-se um dos assuntos mais comentados no Twitter no Brasil, ocupando a terceira colocação no ranking por volta de 16h30 desta quarta-feira (23).

Entre as publicações, usuários da rede fazem previsões sobre a queda de Jair Bolsonaro do poder e pedem a responsabilização do chefe do governo federal.

STF proclama suspeição do ex-juiz Sergio Moro

 Ex-juiz que prendeu o ex-presidente Lula para que ele não disputasse as eleições presidenciais de 2018 foi declarado suspeito pelo STF por 7 votos a 4; com isso, condenações de Lula estão anuladas e ex-presidente se fortalece para a disputa presidencial

Sérgio Moro, condenado pelo STF, e o ex-presidente Lula (Foto: Divulgação)

247 - Com os votos dos ministros Marco Aurélio Mello e Luiz Fux, o Supremo Tribunal Federal concluiu nesta quarta-feira (23) por 7 a 4 o julgamento sobre a suspeição do ex-juiz Sergio Moro no âmbito do processo do triplex do Guarujá, que levou à condenação e à prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Marco Aurélio e Fux, os únicos que faltavam votar, se posicionaram contra o entendimento de que Moro foi um juiz suspeito ao julgar Lula, sendo derrotados, pois já havia sido declarada maioria a favor da suspeição em março deste ano.

Em seu voto, o decano da corte, Marco Aurélio, que está prestes a se aposentar, fez uma defesa enfática da Operação Lava Jato, sobre a qual destacou o “combate à corrupção”, e de Sergio Moro, quem chamou de “herói nacional” que "honrou o Judiciário". Sobre os diálogos expostos na Operação Spoofing, que revelou irregularidades entre procuradores da força-tarefa de Curitiba e de Sergio Moro, o ministro considerou "normais".

“Sim, o juiz Sergio Moro surgiu como verdadeiro herói nacional. Do dia para a noite, ou melhor, passado algum tempo, é tomado como suspeito”, afirmou o magistrado. Sem citar o nome de Gilmar Mendes diretamente, Marco Aurélio fez críticas ao colega pelo pedido de vista feito por ele inicialmente nesse caso.

Já Fux chamou Lula de “criminoso” logo no início de seu voto, declarou que o julgamento por Sergio Moro “não prejudicou o réu” e afirmou que a principal sustentação da defesa - em referência aos áudios da força-tarefa, que sequer estão nos autos - são “prova totalmente ilícita, roubada, mas que depois foi lavada. Como se faz lavagem de dinheiro. Houve uma lavagem dessa prova”.

O Plenário do STF retomou o julgamento em que se discute a decisão da 2ª Turma da corte que declarou a suspeição de Moro na ação penal contra Lula referente ao tríplex. A sessão foi realizada por meio de videoconferência.

Os sete votos pela manutenção da decisão da 2ª Turma, a favor da suspeição, foram dos ministros Gilmar Mendes, Nunes Marques, Alexandre de Moraes, Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski e das ministras Rosa Weber e Cármen Lúcia. Com a conclusão do voto de Marco Aurélio, que havia pedido vista dos autos, e do presidente da Corte, Luiz Fux, o julgamento foi concluído em 7 x 4. Os dois acompanharam o relator, Edson Fachin, assim como Luís Roberto Barroso.

ONU condena embargo dos EUA a Cuba e Brasil se acovarda e se abstém

 Foram 184 votos contra dois. Apenas Israel e EUA votaram contra. Brasil, contrariando o histórico de apoio a Cuba na ONU, Ucrânia e Colômbia se abstiveram

ONU condena embargo dos EUA a Cuba pela 29ª vez (Foto: Reprodução)

247 - A Organização das Nações Unidas (ONU) condenou, pela 29ª vez, o embargo dos Estados Unidos contra Cuba, imposto há quase seis décadas. 

Foram 184 votos contra dois. Apenas Israel e EUA votaram contra. Brasil, contrariando o histórico de apoio a Cuba na ONU, Ucrânia e Colômbia se abstiveram. 

O voto de condenação ao embargo americano ocorre anualmente desde 1992. Historicamente, o Brasil votava contra.

Em discurso presencial na Assembleia Geral, o chanceler cubano Bruno Roríguez Padilla comparou o embargo à pandemia da Covid-19: "Assim como o vírus, o bloqueio sufoca e mata, e deve acabar. Pátria ou morte! Venceremos!". (Com informações do Granma).

Ricardo Salles pede demissão do Ministério do Meio Ambiente

 Alvo de duas investigações no STF, Salles estava sob pressão e alegou motivos familiares para deixar o cargo. O ato de exoneração foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União

Desmatamento e Ricardo Salles (Foto: Ricardo Moraes/Reuters | Ueslei Marcelino/Reuters)


247 - O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, pediu demissão do cargo.

O ato de exoneração foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União (DOU). Alvo de duas investigações no Supremo Tribunal Federal (STF),  Salles estava sob pressão e alegou motivos familiares para deixar o cargo, apesar do respaldo do Palácio do Planalto.

O atual Secretário da Amazônia e Serviços Ambientais da pasta, Joaquim Álvaro Pereira Leite, foi nomeado em seu lugar.

Mais informações em instantes. 

Convênio vai garantir manutenção da estrada entre Apucarana e Rio Bom

 

Junior da Femac afirma que a intenção é ampliar as parcerias entre os dois municípios e colocou outros serviços à disposição


O trabalho de cooperação entre os municípios de Apucarana e Rio Bom será transformado em convênio. O assunto foi debatido nesta quarta-feira (23/06) pelos prefeitos Junior da Femac e Moisés Andrade. A intenção é formalizar o apoio mútuo, através de um convênio com a aprovação das câmaras municipais dos dois municípios.
O prefeito Junior da Femac lembra que os dois municípios já vem buscando soluções conjuntas, como na questão do transporte coletivo. “Quando a Expresso Nordeste deixou de fazer a linha intermunicipal, conseguimos pelo diálogo viabilizar a retomada da linha através da Viação Apucarana Ltda, garantindo o transporte de passageiros entre as duas cidades”, frisa Junior da Femac.

Câmeras auxiliam bombeiros no atendimento de ocorrências

 

Ao receber a chamada, o operador consegue visualizar em tempo real a situação no local da ocorrência, definindo com maior precisão a quantidade de bombeiros a serem deslocados, bem como o tipo de viatura e os equipamentos necessários

(Foto/PMA)

O Corpo de Bombeiros é um dos órgãos que têm acesso ao Sistema Municipal de Monitoramento por Câmeras. Ao receber a chamada, o operador consegue visualizar em tempo real a situação no local da ocorrência, definindo com maior precisão a quantidade de bombeiros a serem deslocados, bem como o tipo de viatura e os equipamentos necessários.

O prefeito de Apucarana, Junior da Femac, visitou nesta quarta-feira (23/06) o Centro de Operações Bombeiros Militares (Cobom), localizado no quartel central do 11o Grupamento de Bombeiros, na Rua Ponta Grossa. Acompanhado do tenente-coronel  Fábio Roberto de Azevedo Thereza e equipe, o prefeito acompanhou na prática o funcionamento do sistema.

De acordo com o prefeito, o sistema de tecnologia virtual foi criado através de uma parceria público-privada, entre o Município e a empresa Ômega Consultoria Empresarial Ltda. “As imagens já vinham sendo utilizadas pela Guarda Municipal e pela Polícia Militar, sendo uma importante aliada na investigação de crimes. Há cerca de três meses, elas também passaram a ser utilizadas pelos bombeiros, dinamizando o atendimento das ocorrências”, pontua Junior da Femac.

Sem depoimentos, CPI da Covid prevê votar 58 requerimentos nesta quarta

 São pedidos de informação, quebras de sigilo, convites e convocações. Uma das pautas da CPI é a votação de convocações de pessoas supostamente envolvidas na compra de 20 milhões de doses da Covaxin. Senadores apuram superfaturamento na compra do imunizante e suposto favorecimento à Precisa, empresa sem vínculo com a indústria de vacinas

Presidente da CPI da Covid, Omar Aziz, ao centro da mesa (Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)

247 - Senadores da CPI da Covid se reúnem a partir das 9h30 desta quarta-feira (23) para a análise de 58 requerimentos. São pedidos de informação, quebras de sigilo, convites e convocações. Parlamentares ouviriam Francisco Maximiano, sócio da Precisa Medicamentos, que intermediou uma negociação bilionária do Ministério da Saúde para a compra superfaturada da vacina indiana Covaxin. Mas o depoimento do empresário foi adiado para a próxima semana a pedido dele, que afirmou estar em quarentena por ter viajado à Índia, o segundo país com o maior número de casos da Covid-19 (30 milhões), atrás dos Estados Unidos (34,4 milhões). 

Uma das pautas da Comissão Parlamentar de Inquérito é a votação de convocações de pessoas supostamente envolvidas na compra de 20 milhões de doses da Covaxin, pelo governo, ao custo de R$ 1,6 bilhão: Alex Lial Marinho, ex-coordenador-geral de Aquisições de Insumos Estratégicos para Saúde do Ministério da Saúde, e Thais Amaral Moura, assessora especial da Secretaria de Governo.

Brasil ultrapassa Índia e ocupa 1º lugar no mundo na média móvel diária de mortes por Covid

 O Brasil tem hoje 23% das mortes diárias por Covid no mundo

Brasil chega aos 500 mil mortos pela Covid-19 com um governo negacionista e vacinação atrasada

247 - Após quase dois meses, o Brasil ultrapassou a Índia na média móvel diária de mortes por Covid-19. A reviravolta ocorreu no último domingo (20), segundo o site Our World In Data. Naquele dia, a média móvel brasileira era de 2.060, ante 1.975 da registrada no país asiático.

No sábado (19), a plataforma tinha registrado a liderança da Índia, com a média móvel de 2.332 óbitos; no Brasil, o índice foi de 2.075.

Para o neurocientista Miguel Nicolelis, professor da Universidade Duke (EUA), a elevada taxa de óbitos no Brasil é resultado dos erros cometidos na condução da pandemia pelo governo de Jair Bolsonaro.

O Brasil tem hoje 23% das mortes diárias por Covid no mundo. Especialistas dizem que os números da vacinação estão longe de oferecer uma proteção coletiva para a população e alertam para o risco de agravamento da doença no país, informa O Globo.

Bolsonaro pode ficar inelegível se continuar mentindo sobre sistema eleitoral brasileiro

 Membros de tribunais superiores querem pôr um ponto final nas mentiras de Bolsonaro sobre o voto eletrônico

Bolsonaro espalhou mentiras sobre o voto eletrônico

247 - Magistrados afirmam que chegou a hora de pôr um ponto final no comportamento de Bolsonaro, que espalha notícias falsas sobre o sistema eleitoral. Caso ele continue mentindo a esse respeito, poderá enfrentar problemas mais sérios na Justiça e até ficar inelegível em 2022.

O TSE ( Tribunal Superior Eleitoral) abriu procedimento para obrigar autoridades a apresentar provas sempre que relatarem problemas no processo de votação.

O corregedor do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Luís Felipe Salomão, deu 15 dias para que Jair Bolsonaro apresente as provas que diz ter sobre uma suposta fraude no sistema eletrônico de votações de 2018. Essa iniciativa conta com amplo apoio de ministros da corte eleitoral e do STF (Supremo Tribunal Federal), informa a jornalista Mônica Bergamo na Folha de S.Paulo. 

Cynara Menezes: Bolsonaro é a prova viva de que militares governam mal

 Jornalista afirma que, “se governo militar prestasse, não teriam morrido 500 mil brasileiros numa pandemia”

Cynara Menezes e Jair Bolsonaro (Foto: 247 | Reuters)

247 - A jornalista Cynara Menezes afirmou em suas redes sociais nesta segunda-feira (21) que, “se governo militar prestasse, não teriam morrido 500 mil brasileiros numa pandemia”

“Se governo militar prestasse não teriam morrido 500 mil brasileiros numa pandemia. Bolsonaro é a prova viva de que militares governam mal”, disse.