Em resposta, o senador Randolfe Rodrigues disse que será necessário convocar o ministro da Economia para esclarecer a acusação. Segundo o ex-secretário do Ministério da Saúde, que depõe à CPI da Covid, o Ministério da Economia foi o responsável pela falta de consenso para a elaboração da MP que permitiria a importação dos imunizantes
247 - O ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde na gestão de Eduardo Pazuello, Élcio Franco, falou à CPI da Covid na tarde desta quarta-feira (9) que o Ministério da Economia foi o responsável pela falta de consenso na elaboração da Medida Provisória que permitiria a compra de vacinas de outros países.
Por diversas vezes o tema da falta de consenso para a elaboração da MP foi levantado na CPI, inclusive no depoimento de Élcio Franco, mas a resposta sobre quem não teria concordado nunca havia sido trazida à tona. Hoje mais cedo, durante as perguntas do relator, Renan Calheiros (MDB-AL), Franco fugiu de apontar um responsável, mesmo após Renan indicar que só poderia ser o presidente da República, Jair Bolsonaro.
Desta vez, Élcio Franco era questionado pelo vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que apontou um cronograma dos emails enviados pela Pfizer para tentar vender a vacina contra a Covid-19 ao governo brasileiro, sem obter respostas. O ex-secretário apontou uma série de motivos para não terem efetivado a compra, entre elas “cláusulas leoninas” no contrato, falta de comprovação de eficácia na fase 3 dos testes e falta de uma legislação no Brasil.