segunda-feira, 7 de junho de 2021

Carta da Pfizer chegou ao gabinete de Bolsonaro, mostram documentos

 Uma carta da Pfizer datando de setembro de 2020 pede celeridade ao governo brasileiro na compra dos imunizantes. Ela foi respondida dois dias depois, sem qualquer decisão sobre a compra das vacinas

(Foto: Reprodução | ABr)


247 - Uma carta da farmacêutica americana Pfizer datando de setembro de 2020 ficou dois dias no gabinete de Jair Bolsonaro, segundo documentos obtidos pelo Antagonista

A carta foi enviada ao gabinete do presidente no dia 12 daquele mês e foi respondida dois dias depois, por e-mail, sem qualquer decisão sobre a compra de vacinas. 

O documento, assinado pelo CEO mundial da Pfizer, Albert Bourla, pede celeridade ao governo brasileiro na compra dos imunizantes. 

O fato reforça a tese de que o governo federal foi omisso com a farmacêutica. Foram 53 e-mails da Pfizer sem resposta e uma proposta ignorada para que o imunizante fosse vendido com 50% de desconto.




“Acusamos o recebimento da correspondência s/nº de 12/9/2020, dirigida ao Senhor Presidente da República, informando que sua equipe do Brasil se reuniu com representantes dos Ministérios da Economia e da Saúde, bem como com a embaixada do Brasil nos Estados Unidos, e apresentou proposta para fornecer potencial vacina contra a Covid-19, que até o presente momento não obteve qualquer posicionamento sobre a referida proposta”, diz o documento assinado por Aida Íris de Oliveira, diretora de Gestão Interna do Gabinete Pessoal da Presidência da República.

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) afirmou que a revelação comprova a omissão do governo Bolsonaro, o que levou a incontáveis mortes. "Em meio a uma pandemia, o próprio presidente não dá importância a uma carta de uma farmacêutica responsável pela vacina contra a Covid-19. Temos todos os elementos para reafirmar o que já sabíamos: pelo menos 80 mil brasileiros morreram por omissão direta do governo federal e do seu presidente da República", disse o vice-presidente da CPI da Covid. 


Congressistas americanos pedem que governo Biden explique cooperação entre Departamento de Justiça e Lava Jato

 No texto, os parlamentares se dizem "preocupados" com "o envolvimento de agentes do Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DoJ) em procedimentos que geraram controvérsia substancial e são vistos por muitos no país como uma ameaça à democracia"

(Foto: Brasil 247)

247 - Um grupo de 20 congressistas americanos enviou nesta segunda-feira (7) uma carta ao Departamento de Justiça dos Estados Unidos pedindo que as informações sobre como o órgão cooperou com a Operação Lava Jato sejam tornadas públicas. 

No texto, obtido pela BBC Brasil, os parlamentares se dizem "preocupados" com "o envolvimento de agentes do Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DoJ) em procedimentos investigativos e judiciais recentes no Brasil, que geraram controvérsia substancial e são vistos por muitos no país como uma ameaça à democracia e ao Estado de Direito".

TCU desmente Bolsonaro e diz não ter provas de fraude no número de mortos pela Covid-19

 Mais cedo, Bolsonaro havia afirmado que relatório do TCU apontava que quase metade das mortes registradas no Brasil como consequências da Covid-19 tiveram, na realidade, outras causas

Projeção em protesto contra Bolsonaro (Foto: AMANDA PEROBELLI / REUTERS)

247 - O Tribunal de Contas da União (TCU) desmentiu nesta segunda-feira (7) Jair Bolsonaro, que disse mais cedo que o tribunal havia produzido um relatório que constatava que quase metade das mortes registradas como consequências da Covid-19 no Brasil tiveram, na verdade, outra causa.

O relatório final não é conclusivo, mas em torno de 50% dos óbitos de 2020 por covid não foram por covid, segundo o Tribunal de Contas da União. O relatório saiu há uns dias, lógico que a imprensa não vai divulgar, mas nós vamos hoje à tarde. Como é do TCU, ninguém vai me criticar por causa disso", falou Bolsonaro.

Em nota, o TCU negou a informação. "O TCU esclarece que não há informações em relatórios do tribunal que apontem que ‘em torno de 50% dos óbitos por Covid no ano passado não foram por Covid’, conforme afirmação do Presidente Jair Bolsonaro divulgada hoje".

Apucarana confirma mais seis óbitos e 141 novos casos de Covid-19 nesta segunda-feira

 

A Autarquia Municipal de Saúde (AMS) confirmou mais seis óbitos e 141 novos casos de Covid-19 nesta segunda-feira (7) em Apucarana. São agora 365 mortes provocadas pela doença e 14 mil diagnósticos positivos do novo coronavírus no município.

O primeiro óbito é de um homem de 55 anos, com hipertensão arterial e diabetes. Ele foi internado em 30 de maio e morreu em 1º de junho. O segundo óbito é de um homem de 56 anos, com esquizofrenia. Ele foi internado em 29 de maio e morreu em 2 de junho. O terceiro óbito é de um homem de 57 anos, sem comorbidade. Ele foi internado em 25 de maio e morreu no sábado (5). O quarto óbito é de uma mulher de 28 anos, com quadro de obesidade. Ela foi internada em 2 de maio e morreu no domingo (6). O quinto óbito é de uma mulher de 73 anos, com pneumopatia. Ela foi internada em 30 de maio e morreu em 2 de junho. O sexto óbito é de uma mulher de 52 anos, com hipertensão arterial e diabetes. Ela foi internada em 2 de junho e morreu no mesmo dia. 

Os 141 novos resultados positivos para Covid-19 vieram do Laboratório Central do Paraná (Lacen). São 70 homens (entre 8 e 83 anos) e 71 mulheres (entre 3 e 73 anos). Todos estão isolamento domiciliar.

Castillo vira e esquerda está a um passo de vencer eleição no Peru

 Com a virada, Pedro Castillo lidera com 50,07% dos votos válidos contra 49,92% de Keiko Fujimori

Pedro Castillo (Foto: Reuters)


247 - Com 94,5% das urnas apuradas, o candidato de esquerda, Pedro Castillo, ultrapassou a adversária Keiko Fujimori na disputa pela presidência do Peru. De acordo com a Justiça Eleitoral peruana, Castillo tem 8.3359.160 votos contra 8.373.661 de Fujimori. Com a virada, Castillo lidera com 50,07% dos votos válidos contra 49,92% da rival.

O órgão eleitoral do Peru havia alertado, com 40% dos votos apurados, que "o voto rural e o voto na selva" são os últimos a serem apurados. Estas duas regiões são consideradas favoráveis a Castillo

Após votar, Pedro Castillo afirmou em coletiva de imprensa neste domingo que esta é uma oportunidade dos peruanos se unirem para levar o país adiante, principalmente diante da pandemia de covid-19.

“Faremos todos os esforços para levar saúde ao povo peruano, tranquilidade, bem estar e justiça”, afirmou o candidato.

O que está em jogo

Considerado um "azarão" pela mídia local, Castillo foi o mais votado no primeiro turno, e chegou a abrir 20 pontos de vantagem nas pesquisas, mas a eleição será decidida por uma  vantagem mínima.

Professor e sindicalista, Castillo tem como principais bandeiras a defesa da educação, o combate à pobreza e ao neoliberalismo.

A adversária é filha do ex-ditador Alberto Fujimori (1990-2000) e disputa a Presidência pela terceira vez. Se na campanha de 2016 a estratégia foi "suavizar" sua imagem, apresentando-se como democrata e moderada, desta vez Keiko apela descaradamente ao fujimorismo.

Integrantes do partido Peru Livre acusam a mídia local e os apoiadores de Fujimori de praticar terruqueo, termo que em português pode ser entendido como criminalização, ou falsas acusações de terrorismo.

O medo é um dos pilares da campanha de Fujimori, que alerta para uma "ameaça democrática", que seria representada por Castillo, e para possíveis consequências econômicas de uma vitória do adversário, comparando-o a Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, alvo de sanções econômicas dos EUA.

Moraes reage à decisão de Aras de pedir arquivamento do inquérito sobre atos antidemocráticos e retira sigilo do processo

 Após o procurador-geral da PGR, Augusto Aras, solicitar o arquivamento do inquérito sobre atos antidemocráticos, o ministro do STF Alexandre de Moraes determinou a retirada do sigilo do inquérito que apura quem organizou e financiou manifestações bolsonaristas pedindo intervenção militar e a adoção de um novo AI-5

Alexandre de Moraes e Augusto Aras (Foto: Nelson Jr./SCO/STF | Bruno Batista/VPR)


247 - O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a retirada do sigilo do inquérito que apura a organização de atos antidemocráticos. A decisão ocorre após o o procurador-geral da PGR, Augusto Aras, defender o arquivamento da investigação.

O inquérito apura quem organizou e financiou atos bolsonaristas exigindo a intervenção militar e a adoção de um novo AI-5. 

As manifestações extremistas ocorreram no ano passado e contaram com o apoio de aliados conhecidos de Jair Bolsonaro, como Sara Winter, do deputado Daniel Silveira e o blogueiro Oswaldo Eustáquio. 

"No caso dos autos, embora a necessidade de cumprimento das numerosas diligências determinadas exigisse, a princípio, a imposição de sigilo à totalidade dos autos, é certo que, diante do relatório parcial apresentado pela autoridade policial – e com vista à Procuradoria Geral da República, desde 4/01/2021 – não há necessidade de manutenção da total restrição de publicidade",  informa o ministro no despacho que tirou o sigilo do inquérito.

TCU deve desmentir Bolsonaro sobre fake news de relatório sobre mortes por Covid-19

 Ministro Benjamin Zymler, relator de assuntos relativos à pandemia no TCU, já teria informado aos colegas da Corte que a afirmação feita por Jair Bolsonaro é inverídica

Tribunal de Contas da União (TCU) (Foto: Leopoldo Silva/Agência Senado)

247 - O Tribunal de Contas da União (TCU) deverá divulgar uma nota desmentindo a declaração de Jair Bolsonaro de que o órgão teria um relatório “questionando o número de óbitos no ano passado por Covid”.Segundo reportagem da coluna da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, o ministro Benjamin Zymler, relator de assuntos relativos à epidemia do novo coronavírus no TCU, já teria informado aos colegas da Corte que a afirmação feita por Bolsonaro nesta segunda-feira (7) é inverídica.

No relatório citado por Bolsonaro, os técnicos TCU afirmam que as mortes por problemas respiratórios subiram no Brasil ao longo do ano passado, bem como as provocadas por problemas cardiovasculares.

"Essa foi uma informação trazida para enriquecer o relatório, com dados de registros de óbitos de cartórios. Assim, não se trata de uma informação do TCU. Ademais, fala-se em uma possibilidade de óbitos em relação aos quais a Covid pode não ter sido a principal causa", diz uma mensagem que circula internamente entre os membros do órgão de controle.

A assessoria de imprensa do TCU confirmou que o tribunal divulgará uma nota ainda nesta segunda-feira esclarecendo o assunto.

Em entrevista à agência russa RT, Lula defende multilateralismo e diz que EUA não devem ser "xerife do mundo"

 O ex-presidente Lula ainda condenou a demora na autorização definitiva da Sputnik V no Brasil. '"É altamente visível que existe um impedimento político para comprar vacinas russas no Brasil"

(Foto: Reprodução/RT)

247 - O ex-presidente Lula, em entrevista concedida à agência Russia Today, defendeu uma mudança radical na política externa brasileira. O petista condenou o alinhamento com os Estados Unidos por parte do governo brasileiro e criticou a ideia de que os EUA devem ser o "farol do mundo". 

"O Brasil não é inimigo dos Estados Unidos. Queremos ter uma boa relação. Ouvi que o presidente Putin também disse que quer boas relações com os EUA", reforçou Lula. 

Bolsonaro ataca Barroso e diz que suspensão de despejo por 6 meses na pandemia é "o fim da propriedade privada"

 O chefe do governo voltou a mostrar irritação com o ministro do STF Luís Roberto Barroso e disse que o PSOL tem seus "simpatizantes" na Justiça.

(Foto: Nelson Jr./STF | Wilson Dias/Agência Brasil)


247 - Jair Bolsonaro se manifestou nesta segunda-feira (7) sobre a decisão de quinta-feira (3) do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso de suspender por seis meses, por conta da pandemia, ações de despejo em todo o país. 

O chefe do governo federal chamou o ato de "fim da propriedade privada". Ele também voltou a dizer que "será o último a ser vacinado" contra a Covid-19. "O ministro Barroso aceitou agora uma petição do PSOL. Olha só a que ponto chegamos, né? De modo que quem invadiu terra ou está ocupando imóvel desde antes da Covid, pode ficar mais seis meses numa boa, tranquilo. É o fim da propriedade privada".

Jogadores se rendem e decidem jogar a Copa América

 Os atletas devem comunicar a decisão juntamente com um manifesto, com críticas à forma como o evento foi organizado em plena pandemia do coronavírus

(Foto: Lucas Figueiredo/CBF)

247 - Jogadores da Seleção Brasileira decidiram que disputarão a Copa América, prevista para começar no próximo domingo (13). O Brasil estreia diante da Venezuela, no estádio Mané Garrincha, em Brasília (DF).

Segundo o Globo Esporte, os atletas devem comunicar a decisão juntamente com um manifesto, com críticas à forma como o evento foi organizado em plena pandemia do coronavírus, o que deve acontecer somente após contra o Paraguai, às 21h30 (de Brasília) desta terça-feira, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo.

Depois de FHC, Maia anuncia voto em Lula no segundo turno contra Bolsonaro

 "Se esse fosse o segundo turno, com certeza [votaria em Lula]", disse o ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ), seguindo o tom usado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), que também declarou voto no petista num eventual segundo turno contra Jair Bolsonaro em 2022

Lula, FHC e Rodrigo Maia (Foto: Ricardo Stuckert | Reuters)

247 - O ex-presidente da Câmara, o deputado federal Rodrigo Maia (DEM-RJ) afirmou que, em um eventual segundo turno entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (sem partido), votaria no petista.

"Se esse fosse o segundo turno, com certeza [votaria em Lula]", disse Maia em entrevista ao portal UOL, que classificou Bolsonaro como um "não democrata".

Prefeitura pede a retirada dos fios soltos na rede de energia

 

Postes também servem de sustentação para cabos de internet e telecomunicações que, estando soltos e até caídos em via pública, oferecem risco de acidentes.


Através do ofício 2016/2021, o prefeito de Apucarana Junior da Femac está solicitando junto à Copel a retirada dos fios não utilizados nos postes da rede de energia elétrica. O prefeito argumenta que os postes, além da fiação elétrica, servem de sustentação para cabos de internet e telecomunicações. Muitos deles estão soltos ou em altura abaixo da regulamentada, situação que oferece diversos riscos.

O prefeito explica que uma equipe da Prefeitura fez uma inspeção e várias inconformidades foram verificadas. “Foi feito um registro fotográfico das situações, que foram anexadas ao ofício. Em alguns casos, há evidente invasão das calçadas e ruas, consolidando-se em ameaça aos pedestres, motoristas e principalmente aos motociclistas e ciclistas”, frisa Junior da Femac.

Haddad: "só o impeachment nos salva deste desastre de governo"

 O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad lembrou a decisão do governo Jair Bolsonaro de recusar vacinas com descontos nos preços oferecidas pela Pfizer. O petista também chamou Ricardo Salles de “jovem desmatador” e citou a compra feita pelo ministro de uma mansão em uma das áreas mais nobres e arborizadas da capital paulista

Ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (Foto: Brasil 247 | Mídia NINJA)


247 - O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad voltou a defender o afastamento de Jair Bolsonaro, após a informação de que o governo recusou a proposta da farmacêutica americana Pfizer para vacinas com 50% de desconto. O petista também lembrou a compra feita pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, de uma mansão por R$ 15 milhões na cidade de São Paulo.

“As notícias do dia são: Bolsonaro recusou comprar vacina Pfizer com 50% de desconto e o jovem desmatador Ricardo Salles comprou mansão no bairro mais arborizado de SP avaliada em R$ 15 milhões. Só o impeachment nos salva deste desastre de governo!”, disse Haddad no Twitter.

A Pfizer ofereceu doses de US$ 10 a unidade. O valor chegava a US$ 20 em outros países. O governo deixou de comprar até 70 milhões de doses em agosto do ano passado.

Sobre o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, ele comprou uma casa em uma das regiões mais nobres da cidade de São Paulo (SP). É um imóvel de dois andares na rua Honduras, no Jardim América, Zona Oeste da capital paulista, próximo ao Club Athletico Paulistano.

O titular da pasta também  é investigado por supostamente defender interesses de madeireiros ilegais. A Procuradoria Geral da República (PGR) enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido de abertura de inquérito para investigar Salles.


Manaus amanhece sem transporte público e com escolas fechadas após ataques incendiários

 Trata-se de uma medida de segurança na capital amazonense após ataques incendiários feitos por integrantes da facção criminosa Comando Vermelho (CV)

(Foto: Reuters)

247 - Vários serviços públicos foram suspensos nesta segunda-feira (7) como uma medida de segurança em Manaus (AM). Integrantes da facção criminosa Comando Vermelho (CV) fizeram ataques incendiários neste domingo (6) depois que a Polícia Militar matou um líder do tráfico na capital amazonense. As informações foram publicadas pelo jornal Folha de S.Paulo.

O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Amazonas (Sinetram) anunciou neste domingo (6) que a operação do transporte coletivo ficará suspensa na manhã desta segunda (7). Ônibus foram depredados e incendiados durante os ataques, o que motivou o recolhimento da frota.

"Pacheco e Lira não podem ficar calados e Congresso e STF têm de ser contra o golpe", alerta senador Alessandro Vieira

 O senador Alessandro Vieira, líder do Cidadania e integrante da CPI da Covid diz que Bolsonaro "tem um objetivo golpista” e alerta para a postura complacente dos presidentes da Câmara e do Senado para com as ameaças bolsonaristas

Senador Alessandro Vieira (Podemos-SE) na CPI da Covid (Foto: Jefferson Rudy)

247 - Ao participar do programa Sua Excelência, O Fato desta segunda-feira (link abaixo) o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), líder de seu partido e integrante da CPI do Genocídio alertou para a postura de arriscada parcimônia dos presidentes da Câmara e do Senado para com as ameaças golpistas de Jair Bolsonaro. “Não há dúvida de que o presidente da República tem um objetivo golpista”, disse Vieira. 

E seguiu: “Bolsonaro nunca escondeu que é um admirador da ditadura. Provavelmente, ele entende que esse é o mecanismo para fazer gestão de Estado. Na verdade, defender a ditadura é um mero esconderijo da sua própria fraqueza e incompetência. Ele é incompetente para fazer um plano de Brasil. É incompetente para colocar qualquer plano em prática. Aí a desculpa que as instituições não funcionam, as regras tão erradas. E que é preciso subverter tudo isso.” 

O líder do Cidadania acredita que todos os caminhos de apurações de atos e omissões do governo federal conduziram à tragédia brasileira no rumo do genocídio – são quase 480.000 mortos por Covid-19 desde março de 2020 – e que o presidente da República tem responsabilidades civis e criminais nesse desastre humanitário. Ele se revelou decepcionado com a condução dos presidentes da Câmara e do Senado no atual estágio da crise política. 

Espanha reabre fronteiras para turistas do mundo todo, mas Brasil fica de fora

 Epicentro da pandemia no mundo, o Brasil é considerado "especial risco epidemiológico"

(Foto: REUTERS/Sergio Perez)

247 – "A partir desta segunda-feira (7), a Espanha reabre suas fronteiras a turistas de praticamente todos os países do mundo que tenham sido vacinados contra a Covid-19, desde que as vacinas sejam reconhecidas pela União Europeia ou pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e que a última dose tenha sido tomada com no mínimo 14 dias de antecedência. A medida, no entanto, não contempla os viajantes do Brasil. O país, ao lado da África do Sul, é considerado de 'especial risco epidemiológico' por causa de variantes potencialmente mais transmissíveis do vírus", informa a jornalista Denise Menchen, da RFI.

PF quer investigar tentativa de obstrução da CPMI das Fake News

 Segundo mensagens obtidas pela PF, membros de um grupo de WhatsApp tentaram convencer a deputada Bia Kicis (PSL-DF) a barrar a convocação de João Bernardo Barbosa para prestar depoimento na CPMI das Fake News. Ele foi descrito pela PF como a pessoa ‘que paga as contas de Allan’, depois de ser apontado como sócio de Allan dos Santos, dono do portal Terça Livre

Deputada Bia Kicis (PSL-DF), blogueiro Allan dos Santos e o empresário João Bernardo Barbosa (Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados | Roque de Sá/Agência Senado | Reprodução)

247 - A Polícia Federal sugeriu a abertura de uma investigação com o objetivo de apurar se apoiadores de Jair Bolsonaro tentaram obstruir os trabalhos da CPMI das Fake News. O documento foi enviado ao Supremo Tribunal Federal em dezembro, no âmbito do inquérito dos atos pró-golpe, que pediam o fechamento do Supremo Tribunal Federal e do Congresso Nacional. As informações foram publicadas pelo blog do Fausto Macedo

De acordo com mensagens obtidas pela PF, membros de um grupo de WhatsApp batizado de ‘Conselheiros do TL’ tentaram convencer a deputada federal Bia Kicis (PSL-DF) a barrar a convocação de João Bernardo Barbosa para prestar depoimento na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito. Ele foi descrito pela PF como a pessoa ‘que paga as contas de Allan’, depois de ser apontado como sócio do blogueiro Allan dos Santos, dono do portal Terça Livre. “Só me perguntaram se ele teria que comparecer e eu disse que se convocado sim. Jamais me pediram para eu interferir e eu jamais o faria”, disse a parlamentar.

Depois de julgamento sobre pandemia, líderes bolsonaristas articularam “guerra institucional” contra o STF

 A deputada Bia Kicis (PSL-DF) enviou um áudio ao empresário Otávio Fakhoury para discutir a decisão do STF de punir gestores que deixassem de seguir recomendações da ciência na pandemia. Apurações sobre atos pró-golpe tiraram do ar contas ligadas ao clã presidencial. O bolsonarista defendeu “guerra institucional” contra a Corte. Apesar da evidências, a PGR informou ao STF que deseja arquivar as investigações

(Foto: STF | Patricia de Aquino/Divulgação | Cleia Viana/Câmara dos Deputados | Reprodução/CNN)

247 - Aliados de Jair Bolsonaro atacaram o Supremo Tribunal Federal e chegaram a falar em “guerra institucional”, após a Corte decidir que gestores públicos podem ser punidos caso deixem de seguir recomendações da ciência nesta pandemia. Foi o que apontou um relatório parcial da Polícia Federal sobre os atos antidemocráticos encaminhado à Procuradoria-Geral da República (PGR). A informação foi publicada pelo programa Fantástico, da TV Globo.

Em 22 de maio do ano passado, um dia após a decisão do STF, a deputada federal Bia Kicis (PSL-DF) enviou um áudio ao empresário bolsonarista Otávio Fakhoury transcrito no relatório da PF no qual diz que: “o Barroso chegou a citar a hidroxicloroquina. Ou seja, estão querendo impedir né o Bolsonaro de... de recomendar né.”

O empresário respondeu: “Canalhas. Olha, vai ser muito difícil terminar esse governo sem entrar de cabeça numa guerra institucional contra eles, porque eles é que invadem o Executivo.” 

Um despacho mostrou que o ministro do STF Alexandre de Moraes enviou o relatório parcial da PF para a PGR se manifestar no dia 4 de janeiro. A resposta da Procuradoria levou 5 meses e não foram feitas diligências. 

A procuradoria também disse que a PF não teria aprofundado as investigações, não teria seguido, por exemplo, o rastro do dinheiro para organizar e financiar os atos pró-golpe, que pediam o fechamento do Supremo e do Congresso Nacional. 

Na última sexta-feira (4), a PGR pediu o arquivamento das investigações sobre os parlamentares. Além de Bia Kicis, outros sete deputados do PSL foram beneficiados - Alê Silva (MG), Aline Sleutjes (PR), Carla Zambelli (SP), Caroline de Toni (SC), General Girão (RN), Guiga Peixoto (SP) e Junio Amaral (MG).

Caboclo ofereceu acordo de R$ 12 mi para que funcionária da CBF não formalizasse denúncia de assédio

 Presidente da CBF, Rogério Caboclo, ofereceu um acordo de R$ 12 milhões para que uma secretária não divulgasse as gravações e negasse as acusações de assédio sexual e moral feitas contra ele

Rogério Caboclo (Foto: Lucas Figueiredo/CBF)

247 - Antes de ser acusado formalmente por assédio sexual contra uma funcionária, o presidente da CBF, Rogério Caboclo, ofereceu um acordo de R$ 12 milhões para que ela não divulgasse as gravações e negasse as acusações. A secretária, porém, recusou a proposta. A informação é do jornal O Globo.

O programa Fantástico mostrou trechos de um dos áudios que estão na denúncia entregue à Comissão de Ética da CBF. Neles, Caboclo faz comentários de cunho pessoal e humilha a funcionária de várias maneiras.

Áudio mostra assédio sexual de Caboclo a funcionária da CBF: "você se masturba?"

 Trechos de um dos áudios que estão na denúncia entregue à Comissão de Ética da CBF revelam o presidente afastado do órgão, Rogério Caboclo, fazendo comentários de cunho pessoal, sexual e humilhando a funcionária

(Foto: Lucas Figueiredo / CBF)

247 - O Conselho de Ética da Confederação Brasileira de Futebol decidiu afastar Rogério Caboclo da presidência da entidade por 30 dias. A medida veio depois que uma funcionária da CBF denunciou Caboclo por assédio moral e sexual.

O programa Fantástico mostrou trechos de um dos áudios que estão na denúncia entregue à Comissão de Ética da CBF. Neles, Caboclo faz comentários de cunho pessoal e humilha a funcionária de várias maneiras.

Ministro Ricardo Salles compra mansão em uma das regiões mais caras e arborizadas de São Paulo

 Imóvel do ministro do Meio Ambiente fica próximo ao Clube Paulistano, região que uma casa chega a custar em torno de R$ 15 milhões

(Foto: Reprodução/Twitter)

Por Renato Rovai, Revista Fórum - Alvo de um inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) por, supostamente, atrapalhar operações de fiscalização ambiental, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, comprou uma casa em uma das regiões mais arborizadas e nobres de São Paulo (SP). As informações são de Lauro Jardim, do jornal O Globo.

Trata-se de um imóvel de dois andares na rua Honduras, no Jardim América, Zona Oeste da capital paulista, próximo ao Club Athletico Paulistano, frequentado pela elite da cidade. Na região, o blogue apurou, uma casa como a de Salles custa em torno de R$15 milhões.

Além do inquérito por atrapalhar investigação ambiental, Salles é investigado por suposto envolvimento com contrabando de madeira de desmatamento.

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Bolsonaro recusou vacina quando a Pfizer venderia ao Brasil com 50% de desconto

 Preço oferecido pela Pfizer era metade do cobrado aos EUA e à União Europeia

(Foto: Divulgação)


247 - Jair Bolsonaro ignorou proposta da Pfizer de vender a vacina contra a Covid-19 por US$ 10 a dose, quando o valor chegava a US$ 20 em outros países.

O governo de Jair Bolsonaro considerou caro o preço cobrado pela Pfizer e deixou de comprar em agosto de 2020 até 70 milhões de doses, que poderiam ter sido entregues pela farmacêutica a partir de dezembro, informa a Folha de S.Paulo

A vacinação antecipada teria evitado mortes e os prejuízos bilionários provocados pelo fechamento da economia.

Com o atraso nos contratos, as primeiras doses da Pfizer só chegaram ao Brasil em abril. Oito meses se passaram entre a primeira oferta e a entrega.

O vice-presidente da CPI da Covid, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), contabilizou 53 e-mails enviados pela Pfizer ao governo a partir de agosto cobrando resposta sobre a oferta dos 70 milhões de doses.

Em depoimento à CPI da Covid, o ex-ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, considerou a proposta da Pfizer como “agressiva” e disse que o preço da dose por US$ 10 era muito caro, valor pelo qual meses depois o próprio Pazuello autorizou comprar.

Veja como será a semana na CPI da Pandemia

 O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, foi reconvocado e vai depor nesta terça-feira (8) na CPI da Covid. Na quarta-feira (9), membros da Comissão Parlamentar de Inquérito vão ouvir o ex-secretário executivo do Ministério da Saúde Elcio Franco. Confira os outros dias

(Foto: Pedro França/Agência Senado)

247 - Quatro depoimentos estão agendados na CPI da Covid para esta semana. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, foi reconvocado e vai depor nesta terça-feira (8). O motivo principal pelo qual ele foi chamado novamente é a confirmação da Copa América no Brasil em plena pandemia. 

Na quarta-feira (9), membros da Comissão Parlamentar de Inquérito vão ouvir o ex-secretário executivo do Ministério da Saúde Elcio Franco, que integrou a equipe do ex-ministro Eduardo Pazuello. Os senadores querem que Franco fale sobre a possível existência de um gabinete paralelo de aconselhamento ao governo Jair Bolsonaro no enfrentamento à pandemia. 

Na quinta-feira (10), quem vai depor é o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC-AM), após a Operação Sangria, da Polícia Federal, investigar desvios na Saúde. A Procuradoria-Geral da República acusou o chefe do Executivo amazonense de integrar um esquema de desvios de dinheiro na compra de respiradores para o combate à Covid-19.

Na sexta-feira (11), a CPI da Pandemia convidou a pesquisadora Natalia Pasternak, da Universidade de São Paulo (USP), e o ex-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) Claudio Maierovitch, que também presidiu a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

"Todas as investigações levam ao Bolsonaro", diz Tasso Jereissati

 Senador garante que ele será responsabilizado pela tragédia sanitária no relatório da CPI

(Foto: Divulgação)

247 – O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), um dos mais experientes do País, garante que Jair Bolsonaro será responsabilizado, no término da CPI da Covid, pelo caos sanitário e as quase 500 mil mortes no Brasil. "Se você for falar de vacina, onde parou o processo de compra, a lentidão, você vai no Pazuello, vai no outro, e acaba no Bolsonaro. Se você fala em críticas e obstáculos ao afastamento social e ao uso de máscara... Bolsonaro. Pode criticar o ministro da Saúde, mas acaba no Bolsonaro", disse ele, em entrevista ao Globo.

No capítulo da cloroquina, remédio inútil e perigoso empurrado aos brasileiros, a responsabilidade é ainda mais flagrante. "Sobre a cloroquina, por que essa prescrição de um remédio sem comprovação científica, quem fez, quem não fez, segue a linha e acaba no Bolsonaro. E agora estamos vivendo esse problema de aglomeração, com uma ameaça, se já não uma realidade, de terceira onda. E o Ministério da Saúde praticamente imobilizado, não se pronuncia sobre essa aglomeração, se promove uma Copa América. E o que tem por trás disso? Bolsonaro. Então, todos os indícios levam ao grande chefe disso tudo, o grande chefe dessas falhas todas é sem dúvida nenhuma o Bolsonaro, cercado por maus conselheiros", afirmou.

Paulo Pimenta diz que Bolsonaro foi o “elo de ligação” entre negacionistas e corruptos para promover o genocídio

 Numa sequência de tuítes, Paulo Pimenta afirma que CPI tá tem provas para denunciar Bolsonaro e que está claro que foi ele, Bolsonaro, o elo de ligação entre corruptos e negacionistas na pandemia

(Foto: Michel Jesus/Câmara dos Deputados | REUTERS/Ueslei Marcelino | Waldemir Barreto/Agência Senado)

247 - O deputado federal Paulo Pimenta indica que “a CPI já tem provas suficientes para denunciar Bolsonaro e seus cúmplices”. Para o parlamentar, dois grupos atuaram dentro do governo, os negacionistas e os corruptos e “o elo de ligação entre os grupos era o próprio Bolsonaro, eventualmente representado pelos filhos”.

Segundo Pimenta, numa série de tuítes na manhã desta segunda-feira (7), “Jair Bolsonaro e seu ‘gabinete paralelo’, Pazuello e seus esquemas, o sistema de distribuição de verbas públicas para defender as ações criminosas na mídia e por influenciadores digitais, foram decisivos para provocar centenas de milhares de mortes que poderiam ter sido evitadas”.