domingo, 6 de junho de 2021

Ludhmila Hajjar diz que não aceitou ser ministra da Saúde porque não teria autonomia no combate à pandemia

 "Não estou no Ministério da Saúde pois não houve convergência de ideias entre mim e o presidente da República. Respeitei-o muito porque ele disse exatamente o que ele pensa e o que ele esperava (de mim). Eu teria que entrar num mundo que de fato não faz parte daquilo que aprendi, que vivi, que estudei. Temos visões inteiramente diferentes", afirmou a médica

Ludhmila Hajjar e Jair Bolsonaro (Foto: Divulgação | Reuters)

247 - A médica Ludhmila Hajjar, professora da USP, diretora de Ciência e Inovação do Instituto Brasileiro de Cardiologia, afirmou que rejeitou o convite para ser ministra da Saúde, em março, por não haver 'convergência de ideias' entre ela e Jair Bolsonaro.

"Eu não esperava, sou uma médica, professora universitária, minhas posições são muito claras e sempre foram. Jamais acreditei em tratamento precoce, tão defendido por alguns. Sempre defendi o isolamento social e a Ciência no controle da pandemia. Ainda assim, recebi o convite para ir a Brasília e acreditei que pudesse estar havendo uma mudança de direcionamento, frente a tantas mortes, tanta tragédia que o Brasil vem vivendo", conta a médica em entrevista ao jornal O Globo.

Segundo ela, o que motivou a ida e a possibilidade de aceitar o cargo foi acreditar em "passar a ser médica de 200 milhões de brasileiros".

Na conversa, de acordo com Ludhmila, "já ficou claro que não pensávamos igual". "Realmente não havia um desejo de mudança por parte do governo. Tentei alinhar, disse que estava ali para ajudar, mas não deu. Não estou no Ministério da Saúde pois não houve convergência de ideias entre mim e o presidente da República. Respeitei-o muito porque ele disse exatamente o que ele pensa e o que ele esperava (de mim). Eu teria que entrar num mundo que de fato não faz parte daquilo que aprendi, que vivi, que estudei. Temos visões inteiramente diferentes", frisou.

Prefeito manifesta pesar pela morte da professora Maria Tereza Garcia

 A professora teve uma bela carreira no magistério e mantinha grande circulo de amizades em Apucarana


Em meio a um estágio mais grave da pandemia do novo coronavírus, o prefeito Junior da Femac emitiu nota de pesar neste sábado, pelo falecimento da professora Maria Tereza Garcia, aos 52 anos. Segundo a família, ela foi a óbito em decorrência de agravamento de seqüelas da doença.

A professora estava internada no Hospital da Providência e acabou sofrendo um enfarto. Maria Tereza lecionou por muitos anos do Colégio estadual Nilo Cairo. Agora, mesmo aposentada, ela resolveu voltar às salas de aula, ministrando aulas na disciplina de Direito no Colégio Cerávolo. Sua filha Aline, cursava o ensino médio na mesma escola.

Recentemente, a professora Maria Tereza já havia perdido seu irmão, José Roberto Garcia Ruiz, também pela Covid-19. “Lamentamos profundamente o falecimento da Maria Tereza Garcia e, em nome dos apucaranenses, expressamos nosso pesar. Que Deus, na sua infinita bondade, possa aliviar o sofrimento da família e de amigos da professora”, afirmou o prefeito Junior da Femac.

Randolfe Rodrigues: "negativa da vacina foi motivada por dinheiro, por corrupção"

 Em entrevista à Revista Brasil TVT deste domingo (6) parlamentar detalha as razões para as negativas de aquisição de vacinas pelo governo Bolsonaro e não deixa dúvidas sobre as motivações para o lobby pela cloroquina

Randolfe Rodrigues (Foto: dilson Rodrigues/Agência Senado)

Rede Brasil Atual - Em entrevista ao programa Revista Brasil TVT desde domingo (6), o senador e vice-presidente da CPI da Covid, Randolfe Rodrigues (Rede-AP) afirmou objetivamente que o interesse do governo Bolsonaro em promover o uso maciço da cloroquina no tratamento de pacientes de covid-19 foi motivado “por dinheiro”. “Esse negócio que a hidroxicloroquina era isso, era aquilo (sobre eficácia contra a covid), negativo! Era dinheiro (…) Vou ser mais claro: corrupção… passando a mão… esquema! (Foi utilizada) Advocacia administrativa. Nós temos provas disso na CPI.”, afirma, logo no início de sua participação.

Em cerca de 25 minutos, em que foi entrevistado pelos jornalistas Cosmo Silva e Maria Tereza Cruz, o parlamentar detalha os eixos da investigação da CPI da Covid. Além de esmiuçar a relação entre as negativas para a aquisição de vacinas para a população, Randolfe fala das evidências da atuação do chamado gabinete paralelo, e antecipa que o colegiado deverá convocar o deputado federal negacionista Osmar Terra e o médico virologista Paulo Zanoto.

O parlamentar discorre à Revista Brasil TVT – “pela primeira vez na imprensa” – sobre a existência de um “esquema de pessoas ligadas a Bolsonaro e vultosas quantias de dinheiro para a defesa da cloroquina. Ele também anuncia que a comissão vai pedir a quebra de sigilo bancário de algumas empresas ligadas ao governo na saga de Bolsonaro pela cloroquina. “A negativa da vacina foi motivada por dinheiro, por corrupção”, afirma.

Assista trecho final da entrevista de Randolfe Rodrigues na TVT:



Acusado de assédio sexual, Caboclo promete ao governo a troca de Tite pelo bolsonarista Renato Gaúcho na terça

 O governo federal recebeu uma mensagem tranquilizadora do presidente da CBF, Rogério Caboclo, que enfrenta graves acusações de assédio sexual. No que depender dele, a Seleção terá um novo técnico na competição: O bolsonarista Renato Gaúcho

Acusado de assédio sexual, Caboclo promete ao governo a troca de Tite pelo bolsonarista Renato Gaúcho na terça

247 - O jornalista André Rizek, em sua coluna no portal do Globo Esporte, informa que “depois das manifestações de Tite e do capitão Casemiro, mostrando que comissão técnica e jogadores da seleção brasileira não estão confortáveis em jogar a Copa América no Brasil, o governo federal recebeu uma mensagem tranquilizadora do (ainda) presidente da CBF, Rogério Caboclo. No que depender dele, a Seleção terá um novo técnico na competição: Renato Gaúcho”.

Segundo Rizek, “Tite passou a ser atacado por apoiadores do governo, como se sua posição tivesse a ver com alguma simpatia política aos partidos que, hoje, fazem oposição a Bolsonaro. O governo ouviu uma resposta tranquilizadora de Caboclo no sábado: Tite será demitido, e um novo técnico, Renato Gaúcho, fará uma convocação com os principais jogadores para a Copa América. Usará como argumento, inclusive, o fato de estar chegando e precisar do torneio para montar um time a um ano e meio da Copa do Mundo’”. 

“Renato é um declarado apoiador de Bolsonaro, o que faz com que o governo fique ainda mais feliz com este possível desfecho”, destaca o jornalista. 

Em sua visão, “ao demitir Tite, Caboclo também passaria o recado de que segue no comando e não admite insubordinação. A dúvida é se o próprio Caboclo não cai antes de terça, já que o dirigente vem derretendo dia após dia com as denúncias sobre sua gestão”. 

Bolsonaro já conspira para demitir Tite e nomear Renato Gaúcho técnico da seleção, diz jornal espanhol

 Jornal espanhol "As" destaca que Bolsonaro quer que os atletas brasileiros joguem o torneio da Copa América como uma espécie de guerra política e já articula para que o bolsonarista Renato Gaúcho assuma a seleção


247 - Jair Bolsonaro articula nos bastidores para que a CBF demita o técnico Tite, segundo noticiou neste domingo (6) o jornal espanhol jornal "As". O objetivo do mandatário é colocar no cargo alguém alinhado com a sua ideologia política e seu nome favorito é o de Renato Gaúcho, que deixou o Grêmio recentemente.

Renato Gaúcho já exaltou diversas vezes o governo federal publicamente e recebeu diversos elogios de Bolsonaro. Sua proximidade com o bolsonarismo foi motivo de críticas por parte da torcida gremista.

Segundo o periódico espanhol, o ex-capitão do Exército montou um gabinete de crise para contornar a insatisfação dos jogadores e, de acordo com assessores, a realização da Copa América é "uma questão de honra". O militar da reserva quer que os atletas joguem o torneio como uma espécie de "guerra política".

Neste sábado, Bolsonaro participou de uma reunião por vídeoconferência com membros da Conmebol e reafirmou o apoio e a vontade de realizar o campeonato entre seleções sul-americanas no Brasil. Capitães das 10 seleções foram sondados, mas nenhum quis participar.

Copa América não será mais realizada no Brasil, diz Datena. Conmebol nega

 O jornalista Luiz Datena informou neste domingo que a Conmebol já está negociando outro país para sediar o torneio

(Foto: Reuters/Diego Vara)

Revista Fórum - O jornalista Luiz Datena revelou durante o programa “Domingo Esportivo Bandeirantes” que, segundo suas fontes, a Copa América não será mais realizada no Brasil.

Ainda de acordo com o jornalista, a Conmebol está negociando outro país para sediar o campeonato.

A Conmebol, por meio de uma nota, nega o cancelamento do evento no Brasil. “A Copa América se joga no Brasil. O presidente Jair Bolsonaro participou de uma reunião ontem à noite e deu todo o apoio do governo brasileiro ao torneio”, diz a nota.

Leia a íntegra na Fórum.

Cidade de Goiás que adotou “kit Covid” lidera em infecção no país

 Porteirão, cidade goiana com menos de 4 mil habitantes, já teve 40% da população contaminada pela Covid-19. É o maior índice do Brasil

Agente de saúde segura comprimido de cloroquina (Foto: REUTERS/Diego Vara)

Galtiery Rodrigues, Judite Cypreste, Metrópoles - Na pequena Porteirão, cidade com menos de 4 mil habitantes e que fica entre as regiões mais fortes do agronegócio em Goiás (sudoeste e sul), é difícil encontrar uma residência em que ninguém tenha contraído o novo coronavírus. Rodeada por lavouras e com painéis de apoio ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), na entrada e na saída do perímetro urbano, a cidade possui o maior percentual do Brasil de casos da doença, em relação ao total da população.

De cada 10 moradores do município, quatro tiveram Covid-19, desde o início da pandemia. Em números absolutos, de uma população estimada em 3.931 pessoas, conforme projeção de 2020 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 1.562 testaram positivo até sexta-feira (4/6). Isso representa 39,7% dos moradores de Porteirão. “Aqui, foi geral”, revela a coordenadora da Vigilância Epidemiológica da cidade, Lurian de Oliveira Borges.

Leia a íntegra no Metrópoles.

Assessor de Fernando Holiday estimula ataques à família de Manuela D’Ávila

 Lucas Pavanato publicou uma foto de Manuela ao lado do marido e enteado. Com as críticas, apagou o post e disse que "exagerou"

Lucas Pavanato (Foto: Reprodução)

Revista Fórum - O coordenador político do vereador Fernando Holiday (Novo-SP), Lucas Pavanato, é uma das pessoas que tem estimulado ataques à família de Manuela D’Ávila (PCdoB) nas redes sociais. O estudante de administração de 23 anos publicou em seu perfil no Twitter, na noite deste sábado (5), uma foto da ex-candidata à vice-presidenta ao lado do marido e o enteado.

O ataque ocorre dias depois de Manuela denunciar ameaças que ela e sua família estão sofrendo por parte de grupos de ódio, inclusive com ameaças de estupro à filha de 5 anos da ex-candidata. Segundo Manuela, um pai de uma criança que estuda na mesma escola que Laura, sua filha, tirou uma foto dela e passou a divulgá-la em grupos de ódio na internet.

Poucas horas após o ataque do assessor de Holiday, a jornalista Rita Lisauskas pediu a seus seguidores que denunciassem o perfil dele no Twitter. “Convido os meus seguidores a denunciarem esse ser que há 2 horas postou uma foto da nossa querida Manuela D’Ávila com marido e enteado em mais de um desses ataques sujos da extrema-direita contra mulheres progressistas e suas famílias”, escreveu a jornalista.

Leia a íntegra na Fórum.

Técnicos da CPI da Covid contestam Copa América no Brasil

 "As razões para a realização da Copa América na iminência de uma terceira onda da pandemia no Brasil não corresponde à opção sanitária mais segura para o povo brasileiro", diz trecho do texto enviado à Comissão Técnica da Seleção Brasileira e jogadores

Neymar Jr. e Richarlison (Foto: Reuters)

247 - A equipe técnica da CPI da Covid no Senado enviou neste domingo (6) uma carta à Comissão Técnica da Seleção Brasileira e jogadores alertando para o "mau exemplo" que é a realização da Copa América no Brasil na iminência de uma terceira onda de Covid-19 no país. 

O evento "não corresponde à opção sanitária mais segura para o povo brasileiro", diz trecho do texto. "Nosso modesto propósito é informar, alicerçados em argumentos estritamente técnicos, sem qualquer viés político".

"Acreditamos que o torneio pode esperar até que o país esteja preparado para recebê-lo, assim como já aconteceu pela primeira vez na história com uma competição muito mais importante, as Olimpíadas do Japão", argumentam os técnicos da comissão.

Senador Marcos Rogério usa cota parlamentar para alugar imóvel da ex-mulher

 

Marcos Rogério e Jair Bolsonaro. Foto: Reprodução

O senador Marcos Rogério (DEM-RO), um dos mais ativos governistas na CPI da Covid, utiliza recursos da cota parlamentar para pagar aluguel à sua ex-mulher, Andréia Schmidt, pelo uso do imóvel que abriga seu escritório político em Ji-Paraná.

O custo mensal do aluguel é de R$ 4,6 mil nos meses, pagos à OK Imóveis, sem que conste o nome do proprietário .

De acordo com a assessoria do deputado, trata-se de um imóvel que era de propriedade do senador mas que na partilha de bens após seu divórcio foi transferido para sua e-mulher

Fonte: DCM com informações de Guilherme Amado, do Metrópoles

Mais de 1000 acessos feitos por contas fakes derrubadas pelo Facebook partiram de órgãos do governo federal

 

Alexandre de Moraes: investigação sobre atos antidemocráticos Fellipe Sampaio/SCO/STF

As investigações do inquérito aberto para investigar os atos antidemocráticos identificaram que pelo menos 1045 acessos a contas não autênticas e derrubadas pelo Facebook foram realizadas de órgãos públicos, como Câmara dos Deputados, Senado, Comando da 1ª Brigada de Artilharia Antiaérea do Exército e até da própria Presidência da República.


A Polícia Federal vem analisando a movimentação online de perfis derrubados pela plataforma que difundiam ideias com potencial de causar instabilidade na ordem social e política.

Alexandre de Moraes, relator do inquérito no STF, disponibilizou à PF o acesso ao relatório da Atlantic Council – instituição que realiza análises de remoções do Facebook por comportamento inautêntico e a partir disso identificou  80.552 acessos das contas apontadas no documento.

A Polícia Federal aponta Michelle Bolsonaro como assinante da provedora de internet que acessou a conta Bolsonaro News e a do assessor Tercio Arnaud Thomaz. Além disso, um assessor de Flávio Bolsonaro  acessou os perfis SnapNaro’, ‘Trump We Trust’, ‘DiDireita’, ‘Tudo é Bolsonaro’.

Fonte: DCM com informações de Fausto Macedo, em O Estado de S.Paulo


Bolsonaro foi o maior propagador de mentiras sobre a cloroquina no mundo

 Postagens feitas por Jair Bolsonaro incentivando o uso do medicamento sem eficácia científica comprovada contra a Covid-19 geraram cerca de 11 milhões de interações e 1,7 milhão de compartilhamentos

Bolsonaro com uma caixa de cloroquina (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

247 - Jair Bolsonaro lidera o ranking global de disseminação de informações falsas sobre o uso da cloroquina - remédio sem eficácia científica comprovada contra a Covid-19 e cujo uso não é recomendado pelas autoridades de saúde - nas redes sociais. De acordo com reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, uma análise feita por meio da ferramenta CrowdTangle aponta que as postagens feitas por Bolsonaro sobre o assunto desde o início da pandemia geraram cerca de 11 milhões de interações e 1,7 milhão de compartilhamentos. 

Até março deste ano, considerando os 100 textos no Facebook com mais interações sobre cloroquina desde o início da crise sanitária, Bolsonaro foi o autor de 42 postagens– quatro em cada dez - sobre o tema. Ele ficou à frente do ex-presidente americano Donald Trump, que registra 1,1 milhão de interações, e até da Organização Mundial da Saúde (OMS), com 491 mil.

Militares tentarão desembarcar do governo Bolsonaro preservando as Forças Armadas, avalia pesquisador

 "Os militares sabiam quem era Bolsonaro, mas achavam que iriam controlar. E foi o ponto em que eles erraram. Hoje esse grupo está muito mais preocupado em tentar uma saída sem maiores danos do que em forçar a reeleição do Bolsonaro, diz o professor de ciências políticas da Unesp Paulo Ribeiro da Cunha

(Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino | Marcos Corrêa/PR)

247 - A crise aberta com a pressão de Jair Bolsonaro sobre o comando do Exército para evitar que o general Eduardo Pazuello fosse punido por participar de um ato político em apoio ao seu governo enfraqueceu o apoio dos militares à sua gestão. A avaliação é do professor de ciências políticas da Unesp (Universidade Estadual Paulista) Paulo Ribeiro da Cunha.

“Já há algum tempo o Exército dá sinais de desconforto, primeiro com Pazuello e militares ocupando cargos que associavam a instituição ao governo. Os militares foram contrários a uma intervenção na Venezuela, contrários a comemorar o golpe de 1964. Em vários momentos, Bolsonaro pressionou [o ex-comandante] Edson Pujol para ter uma presença maior do Exército e ele se recusou. A última crise [com a demissão dos comandantes, em março], a meu ver, afastou completamente a instituição, ou seu conjunto maior, do governo”, disse Cunha ao jornal Folha de S. Paulo.

Bolsonaro participou de 84 aglomerações desde o início da pandemia e usou máscaras em apenas três ocasiões

 Dados revelam que Jair Bolsonaro pode ter sido um dos principais propagadores da covid-19 no Brasil

Ato de ruralistas causou aglomeração enquanto País registra alta de mortes por Covid (Foto: Clauber Cleber Caetano/PR | Reuters)

247 – Jair Bolsonaro pode ter sido um dos grandes espalhadores da covid-19 no Brasil. Isso porque ele participou de pelo menos 84 aglomerações desde que a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a pandemia da Covid-19 em 11 de março do ano passado, segundo aponta reportagem do jornal O Globo. "Em média, o chefe do Executivo brasileiro esteve presente em uma concentração de pessoas a cada 5,3 dias, algumas delas registradas na mesma data", aponta o texto.

"Nas aglomerações contabilizadas durante 70 viagens e atos em Brasília, Bolsonaro usou máscara em apenas três ocasiões. Em quase todas as demais, o presidente posou para fotos em meio a multidões e cumprimentou seus apoiadores com apertos de mão e abraços. Ele ainda segurou crianças no colo e se alimentou sem cuidados de higienização, em desacordo com os protocolos sanitários preconizados por especialistas de saúde", revela a reportagem.

Jogadores da seleção brasileira planejam manifesto contra Copa América no Brasil, epicentro da Covid-19 no mundo

 Atletas estão descontentes com a CBF, que tenta agradar Jair Bolsonaro

(Foto: Reprodução)


247 – A crise entre a Confederação Brasileira de Futebol e a seleção brasileira atingiu novo patamar, com as pressões de Jair Bolsonaro para a realização da Copa América no Brasil. "Os atletas reclamam da disputa da Copa América juntamente com as Eliminatórias, competição que eles consideram mais importante neste momento. Os mais experientes do elenco se mostraram incomodados por terem descoberto pela imprensa e pelas redes sociais que o Brasil sediará o torneio. Reclamam que não houve diálogo com a entidade sobre a mudança da sede do torneio – inicialmente, o torneio continental seria realizado na Colômbia, que desistiu por problemas políticos internos, e na Argentina, que declinou em função do agravamento da pandemia de covid-19", aponta reportagem do Estado de S. Paulo.

"Preocupados com a repercussão do protesto nas redes sociais, os atletas planejam até divulgar um manifesto sobre a Copa América. A ideia é mostrar que estão unidos, mas não querem politizar a atitude como um apoio ou protesto ao presidente Jair Bolsonaro ou a Rogério Caboclo. O documento ainda não tem data definida de divulgação", aponta ainda o texto.

Osmar Terra e Paulo Zanotto terão que explicar "gabinete paralelo" na CPI

 Requerimento foi apresentado pelo vice-presidente da comissão, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), e visa investigar a dupla que empurrou cloroquina, remédio ineficaz e perigoso, para os brasileiros

Jair Bolsonaro, Osmar Terra e Paolo Zanoto (Foto: Reprodução)

Da Agência Senado – O vice-presidente da CPI da Pandemia, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), apresentou nesta sexta-feira (4) requerimentos de convocação para que o deputado federal Osmar Terra (MDB-RS) e o médico Paolo Zanotto se expliquem à comissão. A motivação para os requerimentos foi o vídeo divulgado pela imprensa que mostraria reunião de um suposto "gabinete paralelo" ao Ministério da Saúde, cujo objetivo seria aconselhar o presidente Jair Bolsonaro sobre a pandemia. Segundo Randolfe, o vídeo seria “a prova definitiva da existência do gabinete paralelo”.

No vídeo divulgado pelo site de notícias Metrópoles aparecem o virologista Paolo Zanotto, a médica Nise Yamaguchi, o deputado federal Osmar Terra (ex-ministro da Cidadania no governo Bolsonaro) e o próprio Jair Bolsonaro. Osmar Terra é chamado pelo presidente de “padrinho” e “assessor”. No vídeo, há falas de ressalva ao uso da vacina e de defesa da hidroxicloroquina. Os participantes da reunião não usavam máscaras.

Vários senadores utilizaram o Twitter para reagir à publicação do vídeo. Para o presidente da CPI da Pandemia, senador Omar Aziz (PSD-AM), o vídeo confirmaria a tese do gabinete paralelo e explicaria por que o ex-ministro Eduardo Pazuello dizia que a vacinação “iniciaria no dia D, na hora H”. Segundo Omar Aziz registrou em sua conta no Twitter, Pazuello esperava “as determinações do ‘shadow cabinet’ [expressão citada por Paulo Zanotto no vídeo]”.

"Caiu a Al Qaeda bolsonarista", diz Fábio Pannunzio, sobre Allan dos Santos

 Blogueiro bolsonarista está no centro dos ataques à democracia, segundo a PF

Fabio Pannunzio (Foto: Reprodução)

247 – "A escória da internet está agitada com a revelação dos negócios do terrorista Allan dos Santos. Uma multidão de robôs e reses furiosas atacando todo mundo e espalhando fakes pelas redes. Conclusão óbvia: caiu a base estrutural da Al Qaeda bolsonarista", escreveu o jornalista Fábio Pannunzio, da TV Democracia, ao saber das notícias sobre o caso de Allan dos Santos e suas ligações com os ataques à democracia.

Bolsonaristas agora atacam Tite, técnico da seleção brasileira

 Extremistas de direita escolhem como alvo o treinador da seleção brasileira, que se posicionou ao lado dos jogadores

Técnico Tite (Foto: Nelson Almeida/Pool via REUTERS)

247 – O treinador Tite, da seleção brasileira, se tornou o novo alvo de grupos da extrema-direita no Brasil, que não aceitam o fato dele ter se posicionado ao lado dos jogadores, que não querem disputar a Copa América num país que se tornou epicentro da Covid-19 no mundo.

"Desde a última quinta-feira, a hashtag #ForaTite, movimento pedindo a saída do técnico da seleção brasileira, ganhou espaço nas redes sociais. Internautas chamaram o treinador de 'esquerdopata' e 'lacrador' por conta de um possível boicote do técnico, sua comissão e até mesmo os jogadores à Copa América 2020. Em sua maioria, os internautas que usam a hashtag #ForaTite são favoráveis à realização da Copa América em território nacional e apoiam o presidente Jair Bolsonaro", aponta reportagem do Estado de S. Paulo.

Decisão de não punir Pazuello, sob pressão de Bolsonaro, foi extremamente pensada, diz general Ramos

 Para Ramos, é preciso aceitar que Jair Bolsonaro, que pressionou o Comando do Exército para isentar Pazuello de culpa, “é o comandante supremo” das Forças Armadas

General Ramos (Foto: Anderson Riedel/PR)

247 - Em entrevista ao Globo neste domingo (6), o general José Luiz Ramos, chefe da Casa Civil da Presidência da República, diz que a decisão do Exército de isentar o general Eduardo Pazuello de uma punição por ter participado de uma manifestação com Jair Bolsonaro foi “extremamente pensada”.

Segundo Ramos, o comandante do Exército, ao analisar a história de vida do Pazuello, considerou que aquele fato não constituiu transgressão. "O passado pesa na decisão do comandante. Não é só no caso do Pazuello. Em qualquer transgressão disciplinar, de soldado a general, são analisadas as condicionantes da transgressão e a pessoa do transgressor".

PF descobre que Allan dos Santos tentou articular a queda de prefeitos e governadores

 Descoberta faz parte da investigação sobre atos antidemocráticos e o caso do blogueiro bolsonarista, que é peça central da mídia bolsonarista e se mudou para os Estados Unidos, pode ir para a primeira instância

Allan dos Santos e Jair Bolsonaro (Foto: Divulgação)

247 – Uma reportagem do Jornal Nacional, na noite de ontem, aponta que o blogueiro Allan dos Santos, uma das peças centrais da mídia bolsonarista, teve papel decisivo na difusão de ideias antidemocráticas e chegou a defender a derrubada de prefeitos e governadores. Allan dos Santos se mudou para os Estados Unidos e seu caso deve ir para a primeira instância.

"Segundo a PF, em um grupo de aplicativo de mensagens (chamado de Conselheiros TL) os participantes tentaram convencer a deputada federal Bia Kicis (PSL-DF) a derrubar a convocação e subsequente oitiva de João Bernardo Barbosa. As investigações apontam que Barbosa é sócio e membro do conselho administrativo do Terça-Livre, além de pessoa que paga contas de Allan dos Santos", aponta reportagem do G1.

"A PF também defende uma apuração de possíveis conexões de Alan dos Santos com a área de comunicação do governo federal. E cita um bilhete encontrado na casa do blogueiro, a partir do qual, é 'plausível afirmar', segundo a PF: 'Que há indicativo de que a citada articulação de Allan dos Santos transcende a mera difusão de ideias. Itens do material apreendido (manuscrito) na residência de Allan dos Santos expõe as seguintes ideias: 'objetivo: materializar a ira popular contra os governadores/prefeitos; fim intermediário: saiam às ruas; e 'fim último: derrubar os governadores/prefeitos'".

PF descobriu até rachadinha de parlamentares bolsonaristas para atacar a democracia

No entanto, a despeito das evidências, o procurador-geral Augusto Aras pediu o arquivamento do caso, que está nas mãos do ministro Alexandre de Moraes

(Foto: ABr | Reuters)

247 – Os ataques do bolsonarismo ao Supremo Tribunal Federal e ao parlamento logo no início do governo de Jair Bolsonaro foram investigados com profundidade pela Polícia Federal, que descobriu até uma espécie de "rachadinha" entre parlamentares do grupo para financiar os ataques à democracia. De acordo com a reportagem do G1, a Polícia Federal indica uma série de linhas para o aprofundamento das investigações. Essas sugestões incluem:

1.    Apurar uma suposta articulação para evitar que um sócio do blogueiro bolsonarista Allan dos Santos fosse chamado para depor à CPI das Fake News; (2) conferir se houve direcionamento de verbas do governo federal para sites e canais bolsonaristas; (3) investigar repasses a uma empresa de tecnologista ligada à publicidade do Aliança pelo Brasil (partido que Jair Bolsonaro tentou fundar) e que também prestou serviço para parlamentares governistas; (4) apurar valores repassados por servidores públicos ao blogueiro Allan dos Santos, incluindo uma funcionária do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES); (5) investigar a existência de um braço estrangeiro de financiamento dos atos antidemocráticos, contando com um acordo de cooperação internacional com o Canadá; (6) aprofundar investigações sobre uma possível "rachadinha" em gabinetes de deputados governistas na Câmara dos Deputados, com o redirecionamento das verbas para o financiamento dos atos antidemocráticos.

O relator do caso no Supremo Tribunal Federal, ministro Alexandre de Moraes, enviou esse relatório parcial da Polícia Federal à Procuradoria-Geral da República em 4 de janeiro. A resposta da PGR, sem aderir às sugestões de diligência, saiu nesta semana.

 

Arapongas registra oito óbitos e 160 novos casos de covid-19 neste sábado

 

Prefeitura de Arapongas, através da Secretaria Municipal de Saúde, informou neste sábado (05/06), o registro de 160 novos casos, 85 curados COVID-19 e 08 óbitos registrados no município. Neste momento, o município totaliza 18.298 casos, dos quais 16.922 já estão curados (92,5%), 920 ainda estão com a doença e, infelizmente, 456 vieram a óbito. Ao todo, já foram realizados 63.932 testes. 

Apucarana confirma mais três óbitos e 139 novos casos de Covid-19 neste sábado

 

A Autarquia Municipal de Saúde (AMS) confirmou mais três óbitos e 139 novos casos de Covid-19 neste sábado (05) em Apucarana. São agora 354 mortes provocadas pela doença e 13.785 diagnósticos positivos do novo coronavírus no município.

O primeiro óbito é de um homem de 55 anos, com hipertensão arterial e quadro de obesidade. Ele foi internado em 19 de maio e morreu na quinta-feira (3). O segundo óbito é de um homem de 59 anos, sem comorbidade. Ele foi internado em 15 de maio e morreu na quinta-feira (3). O terceiro óbito é de um homem de 51 anos, sem comorbidade. Ele foi internado em 20 de maio e morreu na quarta-feira (2). Todos estavam no Hospital da Providência.

sábado, 5 de junho de 2021

Em editorial, Estadão adverte que Bolsonaro quer dividir militares em facções incontroláveis

 "É preciso reagir antes que seja tarde" à transformação do Exército em um partido para Bolsonaro, escreve o Estadão em editorial, advertindo que existe o risco de divisão dos militares em facções incontroláveis

Paulo Sergio Nogueira, Braga Netto, Jair Bolsonaro, Almir Garnier Santos e Carlos de Almeida Baptista Junior (Foto: Reprodução/Twitter)

247 - "A lamentável decisão do Comando do Exército de não punir o general intendente Eduardo Pazuello, que desafiou a hierarquia e a disciplina ao participar de ato político do presidente Jair Bolsonaro, não tem nenhuma relação com os valores e regramentos militares. Foi exclusivamente política", escreve em editorial O Estado de S.Paulo.

"O Comando aceitou a cínica justificativa apresentada pelo intendente, obviamente combinada com Bolsonaro, de que o ato não era político-partidário". O argumento, segundo o jornal, é "uma desfaçatez" que desonra o patrono do Exército, Caxias,  e "insulta a inteligência dos brasileiros".

O jornal adverte para o perigo de "florescimento da insubordinação nos quartéis" e da divisão dos militares em "facções incontroláveis". 

Diagnosticando a situação como uma crise praticamente insolúvel criada por Bolsonaro, o jornal faz um apelo: "Que os bons brasileiros façam o silêncio cair sobre os anarquistas golpistas que querem destruir a Nação e instalar aqui uma ditadura baseada na desordem e estruturada na milícia".

Em meio à crise na CBF, Tite pode deixar o comando da seleção brasileira

 Expectativa é que o técnico Tite peça demissão logo após o jogo contra o Paraguai, na próxima terça-feira (8), pelas eliminatórias da Copa do Mundo. Renato Gaúcho é um dos nomes cotados para uma eventual substituição

Técnico Tite (Foto: Nelson Almeida/Pool via REUTERS)

247 - A crise gerada pela transferência da Copa América para o Brasil poderá fazer com que Tite deixe o cargo de técnico da seleção brasileira. De acordo com o jornal o Globo, a expectativa é que ele peça demissão logo após o jogo contra o Paraguai, na próxima terça-feira (8), pelas eliminatórias da Copa do Mundo no Qatar. Renato Gaúcho é um dos nomes cotados para uma eventual substituição. 

De acordo com a reportagem, as razões para a possível saída de Tite estão ligadas à forma como o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Rogério Caboclo, conduziu as negociações para que a Copa América fosse realizada no Brasil, após as desistências de Colômbia e Argentina. Após diversos jogadores se posicionarem de maneira contrária à competição, Tite e sua comissão técnica se manifestaram favoráveis à posição dos atletas. 

Empresário que comprou apartamento de Flávio Bolsonaro no Rio já respondeu pelos crimes de corrupção, lavagem e fraude

 Gervásio Meneses de Oliveira, que comprou um apartamento do senador Flávio Bolsonaro, já foi acusado de corrupção, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e fraudes em licitações. Ele também teria recebido R$ 3 mil do auxílio emergencial

Flávio Bolsonaro (Foto: Leopoldo Silva/Agência Senado)

247 - O empresário Gervásio Meneses de Oliveira,que adquiriu um apartamento do senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) no Rio de Janeiro, no ano passado, já foi acusado de corrupção, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e fraudes em licitações. Ele também teria recebido R$ 3 mil por meio do auxílio emergencial. A informação é do jornal O Globo.

O nome de Oliveira não aparecia na escritura do imóvel em função de um acordo entre ele e Flávio Bolsonaro para que a mudança no registro fosse feita após o parlamentar liquidar o financiamento junto à Caixa Econômica. Oliveira afirmou que, como a dívida foi quitada, está providenciando a nova escritura.