Medidas de
isolamento social, como fechamento de serviços não essenciais e outras ações,
ainda estão sendo adotadas por 77% dos Municípios nesta semana. As informações
constam da 11ª edição da pesquisa sobre o panorama da Covid-19 no país,
realizada pela Confederação Nacional de Municípios (CNM). O levantamento ocorreu
entre os dias 31 de maio e 2 de junho, e ouviu 2.418 gestores municipais -
quantitativo menor do que nas semanas anteriores em decorrência do feriado.
Segundo 62,7% dos Municípios pesquisados,
o mês de maio teve aumento do número de casos de pessoas infectadas por
Covid-19 em relação a abril. Já 19,1% dos gestores apontaram que esses números
se mantiveram no mesmo patamar e 17,5% afirmaram ter ocorrido diminuição no
número de casos. Ao se analisar esses dados por porte de Municípios,
identifica-se que o maior aumento se deu nos Municípios pequenos, sendo
apontado por 64% desses; 57% nos de médio porte; e 31% nas grandes cidades.
Outro dado da pesquisa mostra que, pela
terceira semana consecutiva, aumenta o número de Municípios com risco de ter
falta de medicamentos do chamado "kit intubação", utilizado para o
tratamento de pacientes em estado grave. Nesta semana, 25,4% dos gestores
relataram essa preocupação. Nas semanas anteriores, os percentuais foram 23,2%
e 16,3%.
Falta de imunizantes
O percentual de localidades com falta de imunizantes teve queda em relação às
semanas anteriores, mas ainda atingiu quase ¼ dos respondentes, especialmente
pequenos e médios Municípios. Nesta semana, 550 gestores afirmaram enfrentar
esse cenário. Desses, 368 apontaram a falta da vacina para aplicação da
primeira dose e 305 para a segunda dose, o que indica que alguns Municípios
ficaram totalmente sem imunizantes.
A vacina Coronavac, produzida pelo
Butantan, continua apresentando a maior necessidade para completar o esquema
vacinal das pessoas que já tomaram a primeira dose, sendo apontada por 76% dos
que apontaram esse cenário. Já a Astrazeneca, da Fiocruz, foi apontada por
19,6% dos respondentes.
Distribuição da Pfizer
Com mudança no armazenamento da vacina produzida pela Pfizer - que passou a
poder ficar até 31 dias em refrigeração comum - o imunizante pôde ser também
distribuído a Municípios do interior, e não apenas às capitais, como vinha
sendo feito. Nesta semana, 30,6% dos respondentes apontaram já terem recebido a
vacina. Já 67,5% afirmaram ainda não terem recebido.
Vacinação por faixa etária e profissionais de educação
Exatamente 50% dos pesquisados afirmaram que pretendem começar a vacinação das
pessoas considerando-se a faixa etária (entre 18 e 59 anos), conforme
orientação do Ministério da Saúde (MS) em nota técnica divulgada no dia 28 de
maio. Outros 49,1% afirmaram que essa imunização ainda não teria início nesta
semana.
Outra pergunta foi sobre a vacinação dos
profissionais de educação. Segundo 64% dos Municípios pesquisados, havendo
doses suficientes, é possível vacinar todos os profissionais da educação em uma
semana. Em 24,8% dos Municípios seriam necessárias duas semanas e 6,3%
afirmaram que demorariam mais de quatro semanas.
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Edição 10: https://bit.ly/3geTX86
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Edição 01: https://bit.ly/3uWHsUo
Fonte: Agência CNM de Notícias