sábado, 22 de maio de 2021

Dino contesta Queiroga e sua coletiva sobre cepa indiana: "não debateu com o governo do Maranhão"

 Governador maranhense criticou o ministro da Saúde por não procurar as autoridades do estado para tratar da variante indiana

(Foto: Handson Chagas/GOVMA | © Flavio Lo Scalzo/Reuters/Direitos Reservados)

247 – "Incrível essa entrevista coletiva do ministro da Saúde. Ele diz que debateu sobre o Maranhão com os secretários municipais de Saúde de São Paulo e do Rio. E com o prefeito de Guarulhos. Menos com o Governo do Maranhão. É impossível até entender o que eles farão", postou o governador do Maranhão, Flávio Dino, ao saber que o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, concedeu uma coletiva sobre a cepa indiana, sem procurar autoridades do Maranhão, onde ocorreram os primeiros casos. Saiba mais em reportagem da Sputnik:

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, convocou uma entrevista coletiva neste sábado (22) para anunciar medidas para conter o contágio com a variante indiana.

Entre as medidas anunciadas pelo ministro da Saúde, Queiroga comunicou o envio de 600 mil testes de COVID-19 ao Maranhão. O governo vai implementar barreiras sanitárias em aeroportos, rodoviárias e rodovias para conter a entrada da variante.

De acordo com o ministro da Saúde, todos os passageiros que passarem por aeroportos ou pelas fronteiras do estado precisarão fazer o teste rápido.

"Qualquer passageiro que apresentar um teste rápido positivo, fará um RT-PCR com pesquisa genômica no intuito de detectarmos a possibilidade da variante indiana. Estamos atentos também a possíveis casos que podem surgir em outros estados e a conduta será a mesma", explicou Queiroga.

Rodrigo Otávio Cruz, secretário executivo do Ministério, explicou que a pasta está seguindo uma estratégia de busca ativa dos casos.

"A ideia é que a gente faça uma busca ativa em locais de circulação e pontos de saída buscando pessoas sintomáticas e assintomáticas", afirmou, segundo informações do jornal O Globo.

Transportes com origem do Maranhão também serão monitorados no Terminal do Tietê, em São Paulo, e nas rodovias Fernão Dias e Dutra. O secretário executivo do ministério afirmou que a ideia é que essa estratégia se expanda para outros municípios.

"As equipes de saúde farão uma triagem dos passageiros, dos grandes equipamentos de movimentação de pessoas. A gente vai buscar as pessoas sintomáticas e assintomáticas para fazer o teste, em caso de resultado positivo se isola e vai investigar pra ver se o vírus corresponde a uma variante indiana", afirmou.

O Brasil chegou a suspender voos da Índia na semana passada, após recomendação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Voos de origem na Inglaterra, Irlanda do Norte e África do sul também estão suspensos porque a variante também foi identificada nesses países.

Queiroga disse que não há indícios de transmissão comunitária da variante indiana, mas que a pasta faz monitoramento. O ministro afirmou que a distribuição dos 2,4 milhões de testes que a pasta tem vai começar com prioridade no Maranhão, devido ao caso da variante indiana, e também a regiões de fronteira e aeroportos.

A cepa indiana no Brasil

O governo do Maranhão confirmou na quinta-feira (20) os primeiros casos oficiais da cepa indiana (também chamada de B.1.617.2) do coronavírus no Brasil. A variante está presente em 51 países, e o Brasil é segundo na América do Sul a ter identificado a cepa.

Ao todo, 15 pessoas que estavam a bordo do navio MV Shandong da Zhi, ancorado no litoral do Maranhão, apresentaram sintomas da COVID-19 assim que desembarcaram.

Dessas, seis testaram positivo para a cepa indiana a partir de um estudo genômico. Porém, cerca de 100 pessoas tiveram contato com os infectados, aumentando as possibilidades um surto na região.

Os estados do Maranhão e Bahia entregaram à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) os documentos pendentes para conseguir autorização para importar a vacina russa Sputnik V.

De acordo com a Anvisa, a nova documentação foi acrescentada ao processo de solicitação de importação da vacina russa, necessitando ainda de uma avaliação como parte do pedido em caráter excepcional, considerando que o imunizante já foi permitido por outras autoridades sanitárias do mundo.

Brasil registra 1.899 novas mortes por Covid-19 e total atinge 448.208

 Também foram contabilizados, de acordo com o Ministério da Saúde, 76.490 novos casos, com o total avançando para 16.047.439. O Brasil tem o segundo maior número de mortes no mundo, atrás apenas dos EUA

Março é o mês mais trágico da pandemia em Minas (Foto: Adão de Souza/PBH)

BRASÍLIA (Reuters) - O Brasil registrou neste sábado 1.899 novos óbitos em decorrência da Covid-19, o que elevou o total de vítimas fatais da doença no país a 448.208, informou o Ministério da Saúde.

Também foram contabilizados, de acordo com a pasta, 76.490 novos casos de coronavírus, com o total de infecções no país avançando para 16.047.439.

O Brasil tem o segundo maior número de mortes por Covid-19 no mundo, abaixo apenas dos Estados Unidos, e a terceira maior contagem de casos confirmados de coronavírus, atrás dos EUA e da Índia.

O país lidera na América Latina, região que ultrapassou na sexta-feira a casa de 1 milhão de óbitos por Covid-19, conforme dados compilados pela Reuters.

Estado brasileiro mais afetado pela Covid-19, São Paulo chegou neste sábado às marcas de 3.180.595 casos e 107.497 mortes.

Minas Gerais é o segundo Estado com maior número de infecções pelo coronavírus registradas, com 1.511.756 casos, mas o Rio de Janeiro é o segundo com mais óbitos contabilizados, com 49.438 mortes.

O governo federal ainda reporta 14.462.432 pessoas recuperadas da Covid-19 e 1.136.799 pacientes em acompanhamento.

(Redação Brasília)

54% dos brasileiros são contra militares em postos do governo federal

 

O levantamento do instituto indicou ainda que 41% da população é favorável à presença de oficiais em postos do executivo, enquanto 5% não souberam opinar

© Alan Santos/PR


A nomeação de militares para cargos no governo federal é rejeitada por 54% dos brasileiros, aponta pesquisa do Datafolha publicada neste sábado. O levantamento do instituto indicou ainda que 41% da população é favorável à presença de oficiais em postos do executivo, enquanto 5% não souberam opinar. A pesquisa foi realizada presencialmente, nos dias 11 e 12 de maio, com 2.071 pessoas. A margem de erro é de dois pontos porcentuais para mais e para menos.

Em pesquisa semelhante realizada um ano atrás, a opinião também era majoritariamente contra as nomeações, aponta a Folha de S.Paulo. Na ocasião, 52% se disseram contrários, ante 43% favoráveis.

Dinheiro da Covid envolvido em fraude apurada pela PF pode chegar a R$ 2,2 bilhões

 Compras de insumos e licitações de serviços para o enfrentamento da Covid-19 entre abril de 2020 e abril de 2021 foram alvo de 77 operações da Polícia Federal nos Estados

País precisa aumentar o ritmo de vacinação contra a Covid-19 (Foto: ABr)

Metrópoles - Compras de insumos e licitações de serviços para o enfrentamento da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, tornaram-se alvo de uma série de operações da Polícia Federal que apuram corrupção, falha na entrega das contratações e irregularidades em preços.

Desde a primeira investigação policial, em 23 de abril de 2020, já foram realizadas 77 operações, em 20 unidades da Federação. Ao todo, a corporação apura possíveis irregularidades que podem envolver R$ 2,27 bilhões dos cofres públicos, destinados ao controle da pandemia.

Os dados fazem parte de um balanço da Polícia Federal, obtido pelo Metrópoles, que considera o período de abril de 2020 a abril deste ano.

Leia a íntegra no Metrópoles.

Queiroga se irrita com pergunta e se nega a dizer motivo da saída de secretária crítica da cloroquina

 Em coletiva de imprensa, o ministro da Saúde se incomodou com pergunta de jornalista que insistiu para que ele respondesse sobre o motivo da saída da pasta da médica Luana Araújo, crítica da cloroquina

Marcelo Queiroga (Foto: Fotos públicas)

247 - O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, se negou a responder sobre o motivo que teria causado a saída da médica infectologista Luana Araújo do cargo de secretária extraordinária de Enfrentamento à Covid-19 dez dias após ter sido anunciada. Ela era crítica ao tratamento precoce contra a Covid-19, defendido pelo governo Bolsonaro.

“É uma pessoa muito qualificada, currículo excelente. Nós havíamos convidado ela para o cargo, não houve a sua nomeação. Procuramos uma pessoa com perfil semelhante. Desejamos que continue seguindo sua carreira de sucesso”, disse a princípio sobre Luana Araújo, quando questionado pela primeira vez.

Indagado especificamente se houve pressão do Palácio do Planalto para a saída da médica, Queiroga respondeu que “não houve pressão alguma”, e que considerava esse caso como “encerrado”. Diante de nova pergunta sobre o tema, declarou, irritado, que não responderia mais sobre esse assunto.

Crítica da cloroquina, secretária de Enfrentamento à Covid-19 deixa cargo após dez dias

 A médica Luana Araújo foi anunciada no último dia 12 pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. Ela tinha uma postura crítica à cloroquina nas redes sociais. Em nova postagem, ela diz sair “pela porta da frente”

Luana Araújo e Marcelo Queiroga (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

247 - A médica infectologista Luana Araújo pediu demissão e deixou o cargo de secretária extraordinária de Enfrentamento à Covid-19 dez dias após ter sido anunciada.

Luana havia sido anunciada no último dia 12 pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. Antes disso, tinha uma postura crítica ao chamado ‘tratamento precoce’ nas redes sociais.

A médica chegou a dizer que o uso de cloroquina, hidroxicloroquina e ivermectina por pacientes de Covid-19 é “neocurandeirismo” e destacou o “Brasil na vanguarda da estupidez mundial”.

Em nova postagem, sem dizer o motivo da saída, a médica agradeceu a Queiroga pela oportunidade e disse deixar o cargo “pela porta da frente”.

A pasta confirmou que ela não faz mais parte do governo e anunciou que busca outra pessoa com “perfil profissional semelhante”.

Lula: ‘Só posso voltar a ser candidato se for para fazer mais do que já fiz’

 Em plenária com mais de 600 apoiadores, Lula agradeceu a luta por sua liberdade, fala sobre ser candidato em 2022 e do “sonho de reconstruir o país”

REUTERS/Amanda Perobelli (Foto: REUTERS/Amanda Perobelli)

Por Paulo Donizetti de Souza, da Rede Brasil Atual

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva demonstrou nesta sexta-feira (21) estar animado com os resultados das últimas pesquisas que o colocam como candidato favorito a vencer a eleição presidencial de 2022. Mas ainda não crava se, na hora h, será ele o nome que encabeçará uma chapa para derrotar o atual ocupante da Presidência, Jair Bolsonaro. “Estou com muita vontade e muita disposição para derrubar esses fascistas”, afirmou, mas… “Ainda não sei se sou candidato”, ponderou, alegando que ainda precisa levar em conta fatores como sua idade. Embora tenha emendado em seguida estar cuidando com afinco da alimentação e da saúde – “estou percorrendo nove quilômetros por dia, fazendo musculação”.

Além dos cuidados consigo mesmo, Lula evita sacramentar seu nome como candidato a presidente em 2022 porque, embora não tenha afirmado na live em que participou ontem, está tomando também outros cuidados. Inclusive com a articulação de uma unidade com outras forças políticas em nome do objetivo maior, que é derrotar o bolsonarismo. Nas últimas semanas, tem cumprido agenda agitada com lideranças e personalidades do mundo político, inclusive personagens que contribuíram com o ambiente de golpe que levou à explosão do antipetismo, com a sua prisão e exclusão das urnas em 2018 e com a eleição do atual presidente.

Renan Calheiros: missão do bolsonarismo é lotar UTIs de Covid-19

 O relator da CPI da Covid, senador Renan Calheiros (MDB), criticou as aglomerações promovidas por Jair Bolsonaro e afirmou que essa política “está tirando o chão dos que na CPI negam o que disseram e arrenegam o que fizeram”

Renan Calheiros e Bolsonaro (Foto: ABr)

247 - O relator da CPI da Covid, senador Renan Calheiros (MDB), criticou, neste sábado, 22, as aglomerações promovidas por Jair Bolsonaro. Segundo o senador, o “bolsonarismo se impôs” a missão de “lotar UTIs de Covid”.

“Sanha louca que mata até apoiadores. Está tirando o chão dos que na CPI negam o que disseram e arrenegam o que fizeram”, afirmou Renan Calheiros nas redes sociais.


Lula ultrapassa Bolsonaro e é líder em popularidade digital, diz pesquisa

 Além de disparar na frente em pesquisas mostrando intenção de voto nas eleições de 2022, o ex-presidente Lula (PT) também ultrapassou Jair Bolsonaro em Índice de Popularidade Digital (IDP), ranking elaborado diariamente pela Quaest Consultoria

Lula (Foto: Stuckert)

247 - Além de disparar na frente em pesquisas mostrando intenção de voto nas eleições de 2022, o ex-presidente Lula (PT) também ultrapassou Jair Bolsonaro em Índice de Popularidade Digital (IDP), ranking elaborado diariamente pela Quaest Consultoria.

O ranking coleta dados em redes sociais e buscadores, como Twitter, Instagram e Google Search, e leva em consideração indicadores como número de seguidores, capacidade de promover engajamento e quantidade de reações positivas às mensagens postadas.

Numa pontuação de 0 a 100, no dia 18 de maio, dia em que o ex-ministro Ernesto Araújo falou à CPI da Covid, o petista registrou 73,52 pontos e superou Bolsonaro, que registrou 72,89 pontos. Lula manteve a liderança no dia seguinte, com vantagem de 72,23 a 70,22.

Antes, o ex-presidente estava atrás de Bolsonaro. No dia 11 de maio, por exemplo, quando o fascista começou a despencar, Lula aparecia em segundo, com 57,35 pontos, contra 83,38 pontos de Bolsonaro.

Omar Aziz diz que Pazuello será novamente convocado para prestar depoimento à CPI da Covid

 O presidente da CPI da Covid, Omar Aziz (PSD), disse que o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello mentiu aos senadores em depoimento

Omar Aziz e Eduardo Pazuello (Foto: Agência Brasil)

247 - O presidente da CPI da Covid, Omar Aziz (PSD), disse neste sábado, 21, que o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello será novamente convocado para prestar depoimento no Senado Federal.

Segundo Aziz, protegido por um habeas corpus, o general Pazuello mentiu aos senadores. Ele ainda afirmou que  a oitiva com o general foi “hilária”.

O requerimento para convocar novamente Pazuello já foi apresentado e deve ser votado na próxima semana pelos integrantes da CPI da Covid.

TV Cultura divulga salários dos apresentadores do Roda Viva

 Responsável pela TV Cultura, a Fundação Padre Anchieta foi obrigada pela Comissão Estadual de Acesso à Informação a divulgar os salários de todos os apresentadores do programa Roda Viva nos últimos dez anos

Jornalista Vera Magalhães no Roda Viva (Foto: Reprodução)

247 - A Fundação Padre Anchieta, responsável pela TV Cultura, foi obrigada pela Comissão Estadual de Acesso à Informação a divulgar os salários de todos os apresentadores do programa Roda Viva nos últimos dez anos (cinco). São eles: Mario Sergio Conti, Augusto Nunes, Ricardo Lessa, Daniela Lima e Vera Magalhães.

Os números foram publicados no Twitter neste sábado (22) pelo jornalista Luiz Fernando Toledo, que fez a solicitação via Lei do Acesso à Informação (LAI) em março de 2020. O pedido foi recusado em duas instâncias sob a alegação de “sigilo contratual” e acabou sendo aceito na terceira instância.

O salário de Vera Magalhães, apresentadora atual, já havia sido divulgado pelo presidente da Fundação Padre Anchieta, José Roberto Maluf, a pedido do deputado estadual Gil Diniz, do PSL de São Paulo. À época, Maluf afirmou que, apesar do parecer jurídico que o impedia de tornar público os valores, poderia divulgar o dado em um encontro pessoal com o parlamentar.

“De posse da informação prestada por Maluf, o deputado fez um pronunciamento na Assembleia Legislativa dando a entender que Vera recebia R$ 500 mil mensais (o total que receberia em dois anos de contrato). Essa distorção levou a TV Cultura e a própria Vera, ainda em março de 2020, a divulgarem o valor informado (R$ 22 mil mensais)”, explicou o colunista Mauricio Stycer.

“Diante dos números compatíveis com a prática de mercado, Douglas Garcia (PSL) e Gil Diniz (PSL) distorceram as cifras e divulgaram o valor total do contrato, um total de dois anos de salário. Ao produzir um número que fosse um escândalo, fizeram o que parece ser a sua única razão de viver: espalharam hashtags difamatórias com seus robôs”, disse a TV Cultura em nota. 

O jornalista Luiz Fernando Toledo argumentou em seu recurso querer esclarecer a fake news. Confira seus tuítes:


Zélia Duncan sobre passeios de moto de Bolsonaro: Comemorando nosso luto ou nossa fome?

 Pelas redes sociais, a cantora, compositora e escritora Zélia Duncan reagiu com indignação à convocação de uma nova aglomeração por Jair Bolsonaro, no Rio de Janeiro

Zélia Duncan (Foto: Wikimedia Commons)

Fórum - Pelas redes sociais, a cantora, compositora e escritora Zélia Duncan reagiu com indignação à convocação de uma nova aglomeração por Jair Bolsonaro (Sem Partido), que convidou motociclistas para um passeio de moto pelas ruas do Rio de Janeiro neste domingo (23).

“O presidente tá comemorando o que, com esse giro de moto pelo Brasil? Nosso luto, ou nossa fome?”, indagou a cantora, relacionando às 446 mil mortes pela Covid-19 e aos mais de 19 milhões que passam fome em meio à pandemia.

Leia a íntegra na Fórum.


Primeira versão de relatório da CPI da Covid deve apontar responsabilidades do governo

 A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid deve apresentar nas próximas semanas a primeira versão do relatório que trará as principais conclusões do colegiado. Para o relator, senador Renan Calheiros (MDB-AL), já existem provas da responsabilidade do governo Bolsonaro

Senador Renan Calheiros (MDB-AL), ralator da CPI da Covid (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

247 - A primeira versão de relatório da CPI da Covid, a ser apresentado nas próximas semanas, deve apontar responsabilidades do governo Bolsonaro. Para o senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da comissão, já existem provas de que o governo fracassou no enfrentamento da pandemia no país, em episódios como no atraso para aquisição de vacinas e na crise de falta de oxigênio no Amazonas.

A CPI ouviu até a última quinta-feira (20), sete depoimentos, incluindo todos os quatro titulares do Ministério da Saúde desde o início da pandemia. 

Reportagem do Estado de S.Paulo indica que a CPI da Covid já recebeu até sexta-feira (21), mais de 300 documentos com informações do governo e de órgãos federais e estaduais.

Na opinião do senador Renan Calheiros, relator da comissão, está comprovado que "o governo não queria comprar vacina nenhuma, que defendia imunização de rebanho, por isso os estímulos à aglomeração e ao não uso de máscara. Tratativas nesta direção (de atrasar compra de vacinas) com a Pfizer, com a Coronavac, com a Índia, isso tudo está provado”, afirmou. 

Segundo Renan, outro ponto que constará em seu relatório preliminar será alegações falsas e contradições do ex-secretário de Comunicação Fabio Wajngarten e de Pazuello em seus depoimentos.

Fiocruz prevê receber neste sábado insumos para retomar produção de vacinas

 Os insumos são produzidos na China e serão entregues em duas remessas. De acordo com a Fiocruz, os dois carregamentos serão suficientes para produzir 12 milhões de doses de vacinas

Servidor da Fiocruz prepara vacina de Oxford/AstraZeneca para a primeira aplicação no Brasil (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)

247 - A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) prevê receber, ainda neste sábado, 22, um carregamento vindo da China de insumos para produção da vacina Oxford/AstraZeneca contra a Covid-19.

O Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) é produzido pelo laboratório Wuxi Biologics, na China, e será entregue em duas remessas. Os insumos serão usados para retomar a produção da vacina na próxima terça-feira, 25, segundo a Fiocruz.

A produção do imunizante pela Fiocruz foi interrompida temporariamente a partir da quinta-feira, 20, por falta de insumos. A vacina é produzida no Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos), na Zona Norte do Rio de Janeiro.

De acordo com a Fiocruz, os dois carregamentos serão suficientes para produzir 12 milhões de doses de vacinas, assegurando as entregas até junho.

A produção da vacina contra o coronavírus no Brasil está interrompida tanto na Fiocruz, no Rio, como no Instituto Butantan, em São Paulo, devido à falta do insumo.

"Bolsonaro nunca quis vacina", diz Renan Calheiros

 Relator da CPI da Pandemia disse ainda que aposta do governo foi na imunidade de rebanho. "Acho que tudo leva nessa direção", disse Renan

Renan Calheiros (Foto: Pedro França/Agência Senado)

Por Ricardo Brito e Maria Carolina Marcello (Reuters) - Tudo indica que o governo apostou na imunidade de rebanho, disse à Reuters o relator da CPI da Covid do Senado, Renan Calheiros (MDB-AL), ao afirmar que o presidente Jair Bolsonaro nunca quis comprar vacinas e ainda estimula aglomerações, tendo inclusive adotado uma postura reincidente em determinadas condutas.

"Acho que tudo leva nessa direção", disse Renan sobre a aposta na imunidade de rebanho.

"O presidente primeiro negou a doença, chamou de gripezinha, depois ele foi contra o isolamento, o lockdown, depois minimizou o uso da máscara e estimulou uma aglomeração. Por que isso? Porque a imunização de rebanho, a imunização natural, ela pressupõe que o vírus se propague, então você tem que promover aglomerações, essa propagação do vírus, para que, pelo contágio de parcela considerável da população, você possa consequentemente imunizá-la", acrescentou.

"Por isso ele (Bolsonaro) nunca quis vacina... falou que estava sentado (em cima) do cheque de 20 bilhões de reais dado pelo Congresso Nacional e que não compraria vacina nenhuma, nenhuma e quem mandava era ele. Agiu dessa forma em relação à Pfizer", reforçou.

Manuela D'Ávila elogia encontro entre Lula e FHC

 "Quem entendeu o que Bolsonaro representa para o Brasil celebra esse gesto", disse ela

(Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247)

247 – O encontro entre os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Henrique Cardoso, promovido por Nelson Jobim, ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, mereceu aplausos de Manuela D'Ávila, liderança do PCdoB. Confira e saiba mais em reportagem da Reuters e vídeo da TV 247: 

Gleisi sobre Lula e FHC: "Não é uma conversa entre PT e PSDB, mas entre dois ex-presidentes"

 A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, afirmou em entrevista à TV 247 que é “pouco provável que estejamos juntos no processo eleitoral”, mas que “isso não quer dizer que precisamos nos relacionar com ódio”. Assista

Gleisi Hoffmann, FHC e Lula (Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados | Ricardo Stuckert)

247 - A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, em participação no Boa Noite 247 desta sexta-feira (21), afirmou que o almoço entre os ex-presidentes Lula (PT) e Fernando Henrique Cardoso (PSDB), cuja foto foi divulgada na sexta, não foi uma conversa entre os dois partidos, mas “entre dois ex-presidentes”.

“Não é uma conversa entre o PT e o PSDB, deixemos claro isso. Foi uma conversa entre ex-presidentes da República, que conseguem conversar civilizadamente sobre os graves problemas que o País está passando, assim como o presidente [Lula] conversou com o ex-presidente [José] Sarney. E não tem nenhuma restrição em se encontrar com nenhum outro ex-presidente”, afirmou.

"Acho que a capacidade de conversar e dialogar é importante na crise em que estamos, porque não temos a mesma postura de Bolsonaro. Nós na política não queremos eliminar o outro, nós queremos disputar com ele, através de um programa, dentro de regras que assegurem o caminho da disputa”, continuou.

Cristina Serra: "Encontro de FHC e Lula mostra que ainda é possível salvar alguma coisa dos escombros"

 O encontro entre os dois ex-presidentes teve ampla repercussão e é motivo de intensa polêmica. Para a jornalista Cristina Serra, o fato é carregado de significados

(Foto: Ricardo Stuckert)

247 - "A fotografia dos ex-presidentes Fernando Henrique e Lula, ambos de máscara e dando um 'aperto de mãos' como manda o protocolo da pandemia, é cheia de significados e mexe com todas as peças no tabuleiro de 2022", escreve a jornalista Cristina Serra na Folha de S.Paulo.

A jornalista compara esse encontro a "um ajuste de placas tectônicas" e relaciona o fato às últimas pesquisas Datafolha, que "têm indicado o esfarelamento da tal terceira via".

“Pela primeira vez, Globo e eu estamos do mesmo lado”, diz Zé de Abreu sobre 2022

 Ambos estão, segundo o ator, contra Jair Bolsonaro e permanecerão na mesma posição na próxima eleição. “O Lula vai ter que replantar o Brasil”, afirmou Zé de Abreu à TV 247. Assista

José de Abreu (Foto: Divulgação)

247 - O ator José de Abreu, em entrevista à TV 247, brincou ao afirmar que pela primeira vez, ele e a Rede Globo estão do mesmo lado na política. Ou seja, ambos estão contra Jair Bolsonaro para o cenário de 2022. “Pela primeira vez na história, Globo e eu estamos do mesmo lado”, disse.

Questionado sobre uma possível candidatura a deputado federal, Zé de Abreu afirmou que o ex-presidente Lula “não quer, o Lula acha que é besteira, que eu tenho outro papel, que meu papel como está é muito mais importante”. 

‘Bolsonaro é garganta e esconde na agressividade sua covardia’, diz Franklin Martins

 Para o ex-ministro, o chefe do governo federal é “inseguro” e “covarde” e se utiliza de xingamentos e calúnias contra adversários para se equilibrar. A CPI da Covid, segundo Martins, é um dos motivos que faz Bolsonaro partir para o ataque, como reação à ameaça que representa a investigação no Senado. Assista na TV 247

Franklin Martins e Jair Bolsonaro (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | ABr)

247 - O ex-ministro Franklin Martins, em entrevista à TV 247, afirmou que Jair Bolsonaro é “inseguro” e “covarde” e que, para esconder isto, se utiliza da agressividade contra adversários políticos.

“A valentia do Bolsonaro só vai até a garganta. Isso é a perfeita definição do Bolsonaro. Bolsonaro é um homem inseguro, covarde e que só se equilibra na agressão para esconder a covardia que ele mesmo sabe que ele tem. É uma coisa complexa. Depois que saiu a pesquisa do Datafolha, depois que começou a CPI, o Bolsonaro não passa um dia sem xingamentos e calúnias, por exemplo, contra o Lula”, disse.

CPI da Covid, citada por Martins, “está dando elementos que comprovam aquilo que a percepção da maioria da população já tinha, ou seja, que Bolsonaro foi um desastre na condução da crise sanitária, o negacionismo dele produziu milhares de mortes, recusou vacina, o tempo todo produziu situações das quais a conta quem está pagando é o povo. Eu acho que tudo isso está vindo à tona”.

Ricardo Salles é suspeito de apoiar contrabando e perseguir agentes públicos

 O ministro do Meio Ambiente e sua equipe estão sendo investigados pela Polícia Federal

Ministro de Meio Ambiente, Ricardo Salles (Foto: Alan Santos/PR | Felipe Werneck/Ibama)

247 - O esquema de facilitação ao contrabando de produtos florestais, comandado pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, que está sob investigação pela Polícia Federal, envolve desde a elaboração de pareceres técnicos, a emissão de licenças e a fiscalização até o julgamento das multas.

Reportagem da Folha de S.Paulo deste sábado (22), aponta que as associações do setor madeireiro Confloresta e Aimex, assim como as empresas Tradelink, Ebata e Wizi, são investigadas por pressionar agentes a regularizar cargas ilegais, em um esquema que teria envolvido 12 agentes públicos do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e do MMA (Ministério do Meio Ambiente).

A reportagem informa ainda que a perseguição a servidores técnicos que geraram documentos contrários ao interesse do suposto esquema também é um dos motivos de afastamento dos nomes ligados a Salles.

Leia a íntegra

'Bolsonaro é obrigado a seguir a lei', aponta Dino após multá-lo por promover aglomeração no estado

 "O presidente da República deve observância à legislação federal e estadual. Está em vigor uma norma proibindo eventos acima de 100 pessoas e determinando o uso de máscaras", defendeu o governador após Jair Bolsonaro promover aglomerações em visita ao Maranhão

Governador Flávio Dino multou Jair Bolsonaro por descumprir a lei e promover aglomeração no estado (Foto: Reprodução / Fórum)

247 - O governador Flávio Dino (PCdoB) comentou a decisão inédita do governo do estado de multar Jair Bolsonaro por ter promovido aglomerações durante sua passagem pelo Maranhão nesta sexta-feira (21).

Pelo Twitter, Dino afirmou que Bolsonaro é obrigado a seguir a legislação federal e estadual. "Está em vigor uma norma proibindo eventos acima de 100 pessoas e determinando o uso de máscaras. O presidente poderá exercer seu direito de defesa. Valor da multa está previsto em Lei Federal", afirmou. 


No auto de infração, o governo maranhense afirma que Bolsonaro infringiu o decreto estadual de 30 de setembro de 2020, descumprindo o uso obrigatório de máscara e “promovendo em eventos da presidência da República aglomerações sem controle sanitário com mais de 100 pessoas”. 

A administração estadual ressalta ainda que Bolsonaro desrespeitou Lei Federal 6.437, de 1977, que também versa sobre infração sanitária. A multa pode ser de R$ 2 mil até R$ 1,5 milhão e o presidente tem 15 dias para apresentar sua defesa.

Leia o auto de infração contra Jair Bolsonaro: