quinta-feira, 20 de maio de 2021

Escritório de advocacia de Salles teve movimentação atípica de R$ 14 milhões, segundo investigação da PF

 Ministro do meio ambiente de Jair Bolsonaro foi apontado como facilitador da venda de madeira ilegal da Amazônia

Ministro Ricardo Salles (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino | USP Imagens)

247 – Apontado por especialistas do Brasil e do mundo como um dos maiores inimigos globais do meio ambiente, e também ligado a madeireiros e grileiros, o ministro Ricardo Salles foi apontado pela Polícia Federal como facilitador de um esquema de madeira ilegal aos Estados Unidos – o que teria acarretado movimentações financeiras atípicas em seu escritório de advocacia. "No centro da operação da Polícia Federal que atingiu o ministro Ricardo Salles (Ambiente), está o despacho da presidência do Ibama de 25 de fevereiro de 2020, que elimina a exigência de autorização de exportação de madeira por parte do órgão ambiental federal, com a exceção de espécies sob risco de extinção", aponta reportagem da Folha desta quinta-feira.

Câmara aprova privatização da Eletrobras

 A Câmara dos Deputados aprovou, por 313 votos a 166, o texto-base da medida provisória, que privatiza a Eletrobras, estatal vinculada ao Ministério de Minas e Energia que responde por 30% da energia gerada no País

Sede da Eletrobras, no centro do Rio de Janeiro. 24/08/2014 
(Foto: PILAR OLIVARES/Reuters)

Agência Câmara, com 247 - A Câmara dos Deputados aprovou, por 313 votos a 166, o texto-base da medida provisória 1031/21, que privatiza a Eletrobras, estatal vinculada ao Ministério de Minas e Energia que responde por 30% da energia gerada no País.

O Plenário analisa agora os destaques apresentados pelos partidos ao texto do relator, deputado Elmar Nascimento (DEM-BA).

O modelo adotado pela MP prevê a emissão de novas ações a serem vendidas no mercado sem a participação da empresa, resultando na perda do controle acionário de voto mantido atualmente pela União.

Essa forma de privatização é a mesma proposta no PL 5877/19, que o governo enviou em 2019 mas não foi adiante. Apesar de perder o controle, a União terá uma ação de classe especial (golden share) que lhe garante poder de veto em decisões da assembleia de acionistas a fim de evitar que algum deles ou um grupo de vários detenha mais de 10% do capital votante da Eletrobras.

Textos alternativos

Antes de aprovar o texto do relator, o Plenário rejeitou dois requerimentos, um do PT e outro do MDB, que pediam a votação de redações alternativas.

O PT pretendia votar uma emenda substitutiva mais enxuta sobre o processo de capitalização, mantendo o controle pelo governo e limitando a 15% o total de energia que a Eletrobras poderia vender no mercado aberto.

Já o MDB pretendia votar o texto original da MP, que não continha mudanças feitas pelo relator como o uso de lucros futuros de Itaipu para programas de transferência de renda e modicidade de tarifa.

PT vai reestatizar Eletrobras, diz Gleisi

A presidente do PT e deputada federal Gleisi Hoffmann disse, nesta quarta-feira, 19, que, se eleito, o governo do PT vai reestatizar Eletrobras se a empresa for privatizada pelo Congresso.

“O plenário voltará a discutir esse tema, quando nós, de novo, reestatizarmos a Eletrobras, se ela for privatizada aqui. Porque essa (a reestatização) é a única saída”, afirmou em discurso na Câmara dos Deputados.

A Eletrobras é responsável por 30% da energia no Brasil e é o maior complexo de geração de energia elétrica da América Latina.

Gleisi ainda disse que a política de Jair Bolsonaro pela privatização da estatal é mais um crime contra o Brasil e o povo brasileiro praticado pelo atual governo, e desmentiu o argumento de que não há recursos para investir no setor.

Ela alegou que a empresa é extremamente lucrativa. Nos últimos três anos, a Eletrobras teve R$ 30 bilhões de lucro, além de outros R$ 15 bilhões em reservas, e foi construída a partir de grandes financiamentos públicos.

“Agora que o investimento está pago, a iniciativa privada quer tocar. Por quê? Porque agora está dando lucro. Os senhores acham que vão investir o lucro para melhorar a vida do povo?”, indagou Gleisi.

“Aos defensores do mercado, da iniciativa privada, eu queria fazer uma pergunta: se a iniciativa privada é tão boa, por que não investiu, no início, no sistema elétrico brasileiro, não construiu usinas, não construiu linhas de transmissão?”, provocou Gleisi.

Desenvolvimento Nacional

A Eletrobras é fundamental para desenvolver a economia brasileira e, com a venda das ações estatais proposta por medida provisória de Bolsonaro, será colocada sob interesses privados de empresas, principalmente monopólios estrangeiros.

O ex-presidente Lula (PT) denunciou a medida para privatizar a Eletrobras. Em nota, o petista alertou que a venda da estatal, vinculada ao Ministério de Minas e Energia, vai elevar consideravelmente as tarifas de energia.

"A Eletrobrás é a maior empresa de energia da América Latina. São 48 usinas hidrelétricas, 62 eólicas, 12 termelétricas, duas termonucleares e uma solar. Além de mais de 70 mil quilômetros de linhas de transmissão, suficientes para dar uma volta e meia ao redor da Terra", disse Lula. 

Para Lula, privatizar a Eletrobrás é "entregar de bandeja" esse patrimônio duramente construído pelo povo brasileiro. "É permitir que interesses privados passem a controlar as barragens e as vazões das águas, bem como o acesso a importantes fontes hídricas do nosso país", afirmou. 

Já o ex-senador Roberto Requião (MDB) disse que a venda da Eletrobras prejudica o desenvolvimento do Brasil. Para ele, a privatização “não leva em consideração a importância da Eletrobras pública, com tarifas boas e de qualidade para a melhoria da qualidade de vida do brasileiro” e o “crescimento industrial a preços baixos e qualidade”.

Os parlamentares que defendem a medida, segundo ele, “discutem o preço das ações como se fosse uma mercadoria dispensável a qualquer momento”. “Não estão interessados no desenvolvimento do Brasil, na qualidade de vida do nosso povo”, reforçou, acrescentando que “um bando de estúpidos compõe a maioria da Câmara”.

Privatização resultará em R$ 20 bilhões a mais por ano aos consumidores

A Associação dos Grandes Consumidores de Energia e Consumidores Livres (Abrace) denunciou que a privatização da Eletrobras resultará em um aumento de R$ 20 bilhões por ano aos consumidores, conforme informou o UOL.

Segundo a entidade, a privatização vai promover um aumento do custo da energia que, em forma de corrente, resultará no aumento do preço de diversos produtos. O preço do leite pode aumentar 10% e o da carne, 7%, segundo a Abrace. Enquanto para o setor produtivo o aumento pode chegar a 20% da conta de energia.

A Abrace ainda denuncia que a prorrogação do Proinfa (Programa de Incentivo às Fontes de Energia Elétrica) acrescentaria R$ 3 bilhões por ano às contas de energia.

A Eletrobras responde por 30% da energia gerada no Brasil. A privatização da estatal está prevista em medida provisória (MP) do governo Jair Bolsonaro que deve ser votada nesta quarta-feira, 19, pela Câmara dos Deputados. 

O texto foi enviado ao Congresso em fevereiro e tem que ser votado até o dia 22 de junho para não perder a validade.

A MP prevê a diminuição da participação acionária do governo e do BNDES na empresa, com a venda de novas ações na Bolsa de Valores.

Médicos e técnicos temem terceira onda ainda mais virulenta da Covid-19 em SP

 Generaliza-se o temor de que número de internados em UTIs ultrapassem em milhares o pico atingido há dois meses

(Foto: © Rovena Rosa/Agência Brasil)

247 - Os dados sobre a Covid-19 do estado de SP estão preocupando médicos e técnicos que defendem recuo na flexibilização de medidas restritivas ensaiada pelo governador João Doria (PSDB). Generaliza-se entre especialistas o temor de que a terceira onda seja mais virulenta do que a verificada no começo do ano.

Entre o fim de janeiro e o começo de fevereiro, o número de internados em UTI ficou em um platô de 5.900 pacientes durante três semanas. Agora, está estacionado na média de 10 mil internados —com tendência de alta no número de casos e de internações.

Bolsonaro defendeu uso de cloroquina em 23 discursos oficiais

 Pronunciamentos de Bolsonaro sobre cloroquina mostram que o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello mentiu no depoimento desta quarta-feira (19) na CPI da Covid

(Foto: ABr)


247 - Ao longo da primeira parte de seu depoimento à CPI da Covid, na quarta-feira, o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello defendeu em várias respostas a versão de que o governo federal não prescreveu nem incentivou o uso de cloroquina por pacientes da Covid. Mas o histórico de declarações públicas de Jair Bolsonaro desde o início da pandemia, desmente a versão do ex-ministro.

Sistematicamente, desde março do ano passado, em pelo menos 23 ocasiões, Bolsonaro fez apologia da cloroquina, que não tem eficácia para o tratamento da Covid. 

Bolsonaro rejeitou o distanciamento social como método para evitar a propagação do vírus e apostou no discurso de que a cloroquina ajuda no combate à doença a um baixo custo e sem necessidade de paralisação da economia. Desde outubro, a Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgou estudos que comprovavam a ineficácia da cloroquina e da hidroxicloroquina para o fim, informa O Globo.

Alexandre Frota deposita R$ 50 mil após condenação por disparos de fake news contra Chico Buarque

 Chico Buarque acionou o Judiciário questionando a acusação feita por Frota, de que o artista teria se beneficiado de recursos desviados da Lei Rouanet

Alexandre Frota e Chico Buarque (Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados | Reprodução/Facebook)

247 - Alexandre Frota, o ator e deputado federal pelo PSDB de SP, depositou no último dia 10 de maio R$ 50 mil em juízo. O valor trata da condenação na ação por dano moral e material movida por Chico Buarque de Hollanda. A informação é do jornalista Ancelmo Gois, em sua coluna no jornal O Globo. 

Como se sabe, Chico acionou o Judiciário questionando a acusação feita por Frota, de que o artista teria se beneficiado de recursos desviados da Lei Rouanet. Para a defesa escritor, o deputado feriu "sua honra, sua imagem e seu bom nome".

O advogado João Tancredo, que representa Chico, estuda agora a apresentação de um recurso para aumentar a condenação - o pedido inicial foi de R$ 100 mil. Dias atrás, foi solicitado ao juiz responsável pelo caso que analise o pedido de retratação a ser imposto ao deputado. O caso corre na 36ª Vara Cível do Rio.

Justiça obriga vereador paulista a parar de veicular discurso de ódio contra Lula

 Em grupos de WhatsApp, o vereador Erci Duarte Junior ameaçou fuzilar Lula em vídeo. Ele também encaminhou foto com o rosto do ex-presidente alvejado com, ao menos, 24 tiros

Lula (Foto: Ricardo Stuckert)

247 - A Justiça de São Paulo atendeu ao pedido do ex-presidente Lula e ordenou liminarmente que o vereador do município de Santa Gertrudes (SP) Erci Duarte Junior (Patriota) pare de publicar, compartilhar e/ou encaminhar conteúdo que ofenda a integridade do petista em qualquer mídia social.

Também, a justiça proibiu o vereador de promover qualquer ato que promova o discurso de ódio e insegurança do bem-estar e vida de Lula.

Em grupos de WhatsApp, o vereador Erci Duarte Junior ameaçou fuzilar Lula em vídeo no qual fingia atirar em seu filho Lulinha. Ele também encaminhou foto com o rosto do ex-presidente alvejado com, ao menos, 24 tiros.

O vereador ainda poderá ser condenado ao pagamento de danos morais a Lula, em valor a ser definido posteriormente em decisão judicial.

Globo pode antecipar saída de Faustão e gerar prejuízo milionário

 Nos bastidores, existe um mal-estar desde que Fausto Silva anunciou um acordo com a Band para 2022

Faustão (Foto: Reprodução)

247 - A Globo estuda antecipar o fim do Domingão do Faustão para 29 de agosto, no dia em que acaba a Superdança dos Famosos. Nos bastidores, existe um mal-estar desde que Fausto Silva anunciou um acordo com a Band para 2022 oito meses antes do encerramento do seu vínculo. Se ficar no ar até dezembro, como inicialmente estava previsto, a Globo seria um “esquenta" para um canal concorrente. A decisão geraria milhões de prejuízo ao novo contratado da Band nos quatro meses que não receberia os merchadisings exibidos no Domingão. A informação é do portal Na Telinha. 

Bolsonaro vai editar decreto para proibir redes sociais de apagarem posts com fake news ou discursos de ódio

 A Secretaria de Cultura elaborou o texto nas últimas semanas e a Advocacia-Geral da União deu parecer favorável. Se for aprovado, o decreto pode ter como consequência o aumento da propagação de informações falsas

(Foto: Reuters | Reprodução)

247 - O governo Jair Bolsonaro prepara um decreto com o objetivo de proibir que sites e redes sociais apaguem publicações ou suspendam usuários de suas plataformas. A Secretaria de Cultura elaborou o texto nas últimas semanas e a Advocacia-Geral da União deu parecer favorável. Se for aprovado, o decreto pode ter como consequência o aumento da propagação de informações falsas. Nos últimos meses, o Google e o Facebook retiraram publicações e vídeos de Bolsonaro sob o argumento de que espalhavam mentiras. O projeto foi encaminhado ao Palácio do Planalto na última semana.

O decreto prevê que os provedores de serviço só poderão agir por determinação judicial ou para suspender perfis falsos, automatizados ou inadimplentes. De acordo com informações do jornal O Globo, o bloqueio de conteúdos sem decisão judicial só poderá ocorrer em casos específicos, como apologia ao crime, nudez, violação ao Estatuto da Criança e do Adolescente, apoio a organizações criminosas ou a terroristas, e incitação de atos de ameaça ou violência. 

Depoimento de Pazuello será retomado nesta quinta-feira, com maior pressão dos senadores

 "Suspendemos a sessão por conta do plenário do Senado. Ainda há 23 senadores inscritos. Voltaremos às 9h30", disse Omar Aziz no Twitter.

Eduardo Pazuello (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

Por Ricardo Brito e Maria Carolina Marcello (Reuters) - O presidente da CPI da Covid do Senado, Omar Aziz (PSD-AM), anunciou no fim da tarde desta quarta-feira a suspensão do depoimento do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello e a retomada da fala dele na quinta-feira.

"Suspendemos a sessão de hoje por conta do plenário do Senado. Ainda há 23 senadores inscritos. Voltaremos amanhã às 9h30", disse Omar Aziz no Twitter.

Em entrevista à CNN Brasil, o senador Otto Alencar (PSD-BA), que é médico, relatou ter atendido o ex-ministro durante o intervalo após Pazuello ter passado mal. Segundo Alencar, ele teve um quadro de palidez e baixa pressão.

Arapongas registra quatro óbitos e 77 novos casos de Coronavírus


 Prefeitura de Arapongas, através da Secretaria Municipal de Saúde, informou nesta quarta (19/05), o registro de 77 novos casos, 87 curados COVID-19 e 04 óbitos registrado no município. Neste momento, o município totaliza 16.427 casos, dos quais 15.315 já estão curados (93,2%), 709 ainda estão com a doença e, infelizmente, 403 vieram a óbito. Ao todo, já foram realizados 59.549 testes.

quarta-feira, 19 de maio de 2021

Lula e Boulos se reúnem e debatem vacinas, auxílio e oposição a Bolsonaro

 O encontro entre o ex-presidente Lula e Guilherme Boulos ocorre cerca de um mês após o lançamento da pré-candidatura do psolista ao governo de São Paulo

Ex-presidente Lula se reúne em São Paulo com o líder do MTST Guilherme Boulos (Foto: Ricardo Stuckert)

247 - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu nesta quarta-feira (19) com o coordenador do MTST e da Frente Povo Sem Medo, Guilherme Boulos (PSOL). 

Pelo Twitter, Lula afirmou que os dois debateram sobre vacinas contra a Covid-19, auxílio emergencial e o enfrentamento ao governo Bolsonaro. "Grande companheiro!", escreveu Lula. 

O encontro entre Lula e Boulos ocorre cerca de um mês após o lançamento da pré-candidatura do psolista ao governo de São Paulo. Em entrevista à jornalista Monica Bergamo, Boulos defendeu a unidade dos partidos de esquerda para lançar uma candidatura única e disse que Lula é o nome mais forte para que isso aconteça.   

 

Apucarana confirma mais quatro óbitos e 93 novos casos de Covid-19 nesta quarta-feira

 


A Autarquia Municipal de Saúde (AMS) confirmou mais quatro óbitos e 93 novos casos de Covid-19 nesta quarta-feira (19) em Apucarana. O município tem agora 297 mortes provocadas pela doença e 11.428 diagnósticos positivos do novo coronavírus.

O primeiro óbito é de uma mulher de 41 anos, com quadro de obesidade. Ela foi internada na segunda-feira (17) e morreu na terça-feira (18). O segundo óbito é de um homem de 51 anos, com hipertensão arterial e diabetes. Ele foi internado em 13 de maio e morreu no dia seguinte (14). O terceiro óbito é de um homem de 51 anos, sem comorbidade. Ele foi internado em 11 de maio e morreu nesta quarta-feira (19). O quarto óbito é de um homem de 65 anos, com quadro de pneumopatia. Ele foi internado em 9 de maio e morreu nesta quarta-feira (19). Todos estavam no Hospital da Providência, de Apucarana.

Os 93 resultados positivos vieram do Laboratório Central do Paraná (Lacen). São 43 homens (entre 12 e 87 anos) e 50 mulheres (entre 7 e 79 anos). Todos estão em isolamento domiciliar.

Pazuello passa mal no intervalo da CPI, precisa de atendimento médico e sessão retorna nesta quinta

 O senador Otto Alencar (PSD-BA), que é médico, prestou auxílio ao ex-ministro da Saúde. Apesar de o parlamentar ter dito que Pazuello poderia voltar a prestar depoimento, o ex-ministro foi visto deixando o Senado

O ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello em depoimento na CPI da Covid no Senado nesta quarta-feira (19) (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

247 - Em intervalo na sessão desta quarta-feira (19) da CPI da Covid, o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello passou mal no Senado Federal, precisando de auxílio médico. A informação foi confirmada pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) durante entrevista coletiva à imprensa, na qual comunicou também que o ex-chefe da Saúde teve uma crise de síndrome vasovagal.

Pazuello foi atendido pelo senador Otto Alencar (PSD-BA), que é médico. "Acontece com as pessoas muito emocionadas às vezes. Ele estava muito pálido. Deitei ele, elevando os membros inferiores. Ele ficou corado, normal. Não tem nenhum problema. Ele passou muito tempo aí depondo, ficou muito tempo em pé, está emocionado. Essa síndrome acontece muito", explicou o parlamentar à CNN Brasil. Alencar compõe a chamada "ala independente" da CPI, e tem duras críticas ao governo federal.

"Está bem, ele pode voltar a fazer o depoimento sem nenhum problema", acrescentou. Apesar disso, Pazuello apareceu para a imprensa deixando o Senado. Pouco depois, foi informado pela TV Senado que a sessão só será retomada nesta quinta-feira às 10h, quando serão ouvidas as manifestações e perguntas de 23 senadores que ainda estão inscritos.

Pazuello tem sido muito pressionado pelos senadores na comissão, sendo chamado de "mentiroso" por diversas vezes.


Pazuello desmente principal narrativa do governo: "que eu saiba, não foi constatado nenhum desvio" em estados e municípios

 O ex-ministro da Saúde jogou por terra a principal narrativa do governo federal para as investigações, de que houve desvios de verbas federais para o combate à pandemia em estados e municípios

O ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello em depoimento na CPI da Covid no Senado nesta quarta-feira (19) (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

247 - Em depoimento na CPI da Covid no Senado nesta quarta-feira (19), o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello jogou por terra a principal narrativa do governo federal para as investigações, de que houve desvios de verbas federais para o combate à pandemia em estados e municípios

Segundo o general, apesar de o Ministério da Saúde ter estabelecido uma auditoria para investigar a hipótese, "que eu saiba não foi constatado nenhum desvio". 

'Pazuello mentiu sobre vários aspectos', diz Renan, relator da CPI

 "Essas e outras mentiras que vamos anotando ao longo da investigação vão constar no relatório final da CPI", prometeu o relator da comissão

Eduardo Pazuello, Omar Aziz e Renan Calheiros (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

247 - Durante intervalo na CPI da Covid 19, o relator da comissão, senador Renan Calheiros (MDB-AL), afirmou que o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello "mentiu sobre vários aspectos" durante depoimento nesta quarta-feira (19).

"Ele mentiu sobre vários aspectos: datas, encaminhamentos, dados dos órgãos de controle e mudanças que vez em portarias do SUS. Foi muita coisa que veio acontecendo e deixou o Brasil nessa condição de ‘cemitério do mundo’ ao longo da pandemia", afirmou o senador.

"Essas e outras mentiras que vamos anotando ao longo da investigação vão constar no relatório final da CPI", prometeu Renan.

Durante toda sua fala, o ex-ministro tentou blindar Jair Bolsonaro, assumindo a responsabilidade pelo caos sanitário que vive o Brasil.

Humberto Costa aponta mentiras de Pazuello na CPI: "peça desculpas ao povo brasileiro" (vídeo)

 Em sessão na CPI da Covid, o senador Humberto Costa (PT-PE) criticou Eduardo Pazuello, após o general afirmar que o Brasil só adquiriu junto ao consórcio Covax Facility vacinas para apenas 10% da população. "Qual o preço de uma vida humana?", questionou. "O senhor concorda com todas as ideias estapafúrdias que o presidente tem sobre a Covid"

Ex-ministro Eduardo Pazuello e o senador Humberto Costa (PT-PE) (Foto: Agência Senado)

247 - O senador Humberto Costa (PT-PE) bateu duro no ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello durante a sessão da CPI da Covid nesta quarta-feira (19), após o general afirmar que o Brasil só adquiriu junto ao consórcio Covax Facility vacinas para apenas 10% da população. "Peça desculpas ao povo brasileiro", disse Costa. 

"O senhor disse que não entrou no consórcio com mais de 10% porque era caro. Qual o preço de uma vida humana, para o senhor estar fazendo conta?", questionou. "O senhor diz que teve autonomia. Não teve autonomia. Fez tudo o que o presidente quis", continuou.

De acordo com o parlamentar, a única coisa que Pazuello fez enquanto ministro "foi mudar a forma que o Ministério da Saúde informava o número de mortes para maquiar, porque o presidente da República disse que não aguentava mais ver o Jornal Nacional". 

"O senhor concorda com todas as ideias estapafúrdias que o presidente tem sobre a Covid. Não vi o senhor contestar quando ele falou mal de máscara, de isolamento social", acrescentou.

Blindagem a Bolsonaro

Em seu depoimento, Pazuello poupou Jair Bolsonaro de críticas no gerenciamento da pandemia e responsabilizou o Conselho Federal de Medicina (CFM) pelas recomendações de uso da cloroquina, medicamento sem comprovação científica no tratamento contra a Covid-19.

Pazuello também disse que não recebeu ordens de Bolsonaro para não comprar a vacina Coronavac, mas, em vídeos públicos, o próprio Bolsonaro havia mandado cancelar acordo de intenção de compra.

De acordo com o senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI, o ex-ministro "mentiu sobre vários aspectos: datas, encaminhamentos, dados dos órgãos de controle e mudanças que vez em portarias do SUS". 


Bolsonaro desrespeita medidas sanitárias por zelo ao 'psicossocial' dos brasileiros, diz Pazuello

 Para o ex-ministro da Saúde, Bolsonaro promove aglomerações e não utiliza máscara para que o povo possa "acreditar que isso aí vai passar"

Eduardo Pazuello e Jair Bolsonaro (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado | Isac Nóbrega/PR)

247 - O ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, em depoimento à CPI da Covid nesta quarta-feira (19), quando questionado sobre o desrespeito de Jair Bolsonaro acerca das medidas sanitárias contra o coronavírus - como uso de máscara e distanciamento social - afirmou que o chefe do governo federal, com sua conduta, zela pelo "psicossocial" da população brasileira.

"Eu acredito, e ai vem uma posição muito pessoal minha, que o Presidente da República ele tem, na cabeça dele, outros pensamentos quando ele ta agindo dessa forma. Ele está, na minha visão, tratando também a parte do psicossocial, a parte da posição do povo em acreditar que isso aí vai passar. Isso aí é uma análise minha, não quero dizer que isso seja uma análise dele. O presidente tem que ver todos os prismas. Eu vi os prismas da Saúde", disse.

Moraes aponta 'movimentação extremamente atípica' em escritório de advocacia do qual Salles é sócio

 Segundo o ministro do STF Alexandre de Moraes, o relatório apontou da PF que, entre 1º de janeiro e 2012 e 30 de junho de 2020, o escritório do qual o ministro do Meio Ambiente é sócio, com 50% de participação, movimentou pouco mais de R$ 14 milhões

Ricardo Salles e garimpo em terras indígenas ianomâmis (Foto: Alessandro Dantas/PT | REUTERS/Bruno Kelly)

Severino Goes, Conjur - A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal, de autorizar busca e apreensão e quebra do sigilo bancário e fiscal do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, foi dada para que se investigue se há participação do ministro em um esquema de facilitação de exportação ilegal de madeira.

Para embasar o pedido, a Polícia Federal aponta supostas "movimentações suspeitas" no escritório de advocacia do qual o ministro é sócio.

Lula atrai centrão, elogia FHC e diz que Ciro não quer ser seu amigo

 "Semana que vem vou conversar com os movimentos sociais, intelectuais e com o movimento sindical. Quero conversar muito. Quem faz política conversa. Dono da verdade, carrancudo, não serve pra política", disse ainda o ex-presidente

Lula (Foto: Ricardo Stuckert)

Sputnik - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em série de publicações no Twitter, disse que conversaria com políticos do centrão, elogiou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e criticou Ciro Gomes.

Lula afirmou que o centrão, bloco de partidos da Câmara dos Deputados que não possui uma orientação ideológica especifica, não "está todo" com o presidente Jair Bolsonaro. O petista disse que "cada partido tem interesse no seu estado" e conversaria com todos individualmente.

O ex-presidente disse ainda que falou com "mais de 60 políticos" de "vários partidos" na semana passada. 

"Semana que vem vou conversar com os movimentos sociais, intelectuais e com o movimento sindical. Quero conversar muito. Quem faz política conversa. Dono da verdade, carrancudo, não serve pra política", adiantou.

Lula afirmou ainda que gostou de entrevista recente na qual Fernando Henrique Cardoso disse que votaria em no petista em um eventual segundo turno entre ele e Bolsonaro em 2022. "Faria o mesmo se fosse o contrário", garantiu Lula

Pazuello: aplicativo que recomendava 'kit covid' foi idealizado pela 'capitã cloroquina'

 "Foi a secretária Mayra Pinheiro que me trouxe como sugestão, que poderia usar uma plataforma já desenvolvida para isso", afirmou o ex-ministro Eduardo Pazuello à CPI da Covid sobre o aplicativo que recomendava o uso de medicamentos sem eficácia comprovada em pacientes com Covid-19

(Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado | Júlio Nascimento/PR)


247 - O ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello buscou se distanciar das indicações do uso da cloroquina no tratamento de pacientes com Covid-19 durante seu depoimento à CPI da Covid, realizado nesta quarta-feira (19). Segundo ele, o aplicativo TrateCov – que recomendava o uso do medicamento e de outras drogas, como a ivermectina até em bebês – foi sugerido pela secretária de Gestão do Trabalho e Educação do Ministério da Saúde Mayra Pinheiro, conhecida como “capitã cloroquina”. 

A sugestão, segundo ele, foi feita por ela após ela voltar de Manaus, em meio à crise da falta de oxigênio hospitalar no Amazonas. “Foi a secretária Mayra Pinheiro que me trouxe como sugestão, que poderia usar uma plataforma já desenvolvida para isso, para facilitar o diagnóstico clínico feito pelo médico”, disse Pazuello. O aplicativo é considerado um dos pontos críticos da gestão de Pazuello à frente do ministério e uma das razões pelas quais ele é alvo de inquérito. 

Pazuello responsabiliza Conselho Federal de Medicina pelo uso da cloroquina

 Ex-ministro Eduardo Pazuello blindou Jair Bolsonaro e responsabilizou o Conselho Federal de Medicina por recomendações sobre o uso da cloroquina contra a Covid-19 - o medicamento não tem comprovação científica para o tratamento da doença. "Fizemos nota informativa seguindo o Conselho Federal de Medicina", disse. "O Brasil usa a cloroquina há 50 anos", afirmou

Ex-ministro Eduardo Pazuello (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

247 - Em depoimento na CPI da Covid, nesta quarta-feira (19), o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello blindou Jair Bolsonaro sobre recomendações para o uso da cloroquina e responsabilizou o Conselho Federal de Medicina (CFM).

"Fizemos nota informativa seguindo o Conselho Federal de Medicina, que fez publicação dando autonomia médicos para utilizarem medicamentos", afirmou.