segunda-feira, 10 de maio de 2021

Novo diretor-geral da PF confronta negacionismo de Bolsonaro, usa máscara e lamenta mortes

 Paulo Maiurino, que tomou posse como diretor-geral da Polícia Federal em 8 de abril, tem usado máscara constantemente e tratado as infecções por Covid-19 como prioridade

Diretor-geral da Polícia Federal, Paulo Maiurino (Foto: Daniel Estevão/MJSP/ Fotos Públicas


247 - O diretor-geral da Polícia Federal, Paulo Maiurino, que tomou posse no cargo em 8 de abril, tem confrontado cotidianamente a visão negacionista de Bolsonaro em relação à pandemia de Covid-19. Ele tem usado máscara todo o tempo, tomado providências para proteger os agentes e lamentado publicamente as mortes.O primeiro discurso público de Paulo Maiurino no cargo aconteceu na última quarta-feira (5), na posse do novo superintendente da Polícia Federal de São Paulo,  Rodrigo Piovesano Bartolamei, prestando solidariedade às famílias dos que morreram de Covid-19.

Pazuello tentará fugir da CPI pela segunda vez e está com medo de ser preso

 Ex-titular da pasta da Saúde estaria temendo ser preso por seguir determinações de Bolsonaro para propagandear cloroquina, atrasar compra da vacina contra o novo coronavírus e também por negligenciar o colapso da saúde em Manaus

(Foto: ABr | Reuters)

247 - O ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello teme a qualquer momento ser preso e tenta, pela segunda vez, fugir de seu depoimento na CPI da Covid-19 no Senado que apura irregularidades da gestão federal no combate à pandemia.

Segundo reportagem do portal Correio Braziliense, parlamentares relatam que a estratégia seria conseguir um habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF) para evitar o depoimento como testemunha. Nestas situações, o depoente se compromete a falar a verdade e, caso minta, pode responder por crime. 

Flávia Arruda, Ciro Nogueira e Alcolumbre são três dos mandachuvas do Bolsolão

 Os senadores Davi Alcolumbre (DEM-AP) e Ciro Nogueira (PP-PI) a secretária de Governo de Bolsonaro, Flávia Arruda (PL-DF), são três dos integrantes mais destacados do Bolsõlão, um esquema para criar ilegalmente um orçamento paralelo de R$ 3 bi em emendas

Senadores Davi Alcolumbre e Ciro Nogueira e a secretária de Governo deputada Flávia Arruda (Foto: Divulgação)

247 - O ex-presidente do Senado Davi Alcolumbre (DEM-AP), o presidente do PP e líder da tropa de choque bolsonarista na CPI da Covid Ciro Nogueira, e a secretária de Governo de Bolsonaro, Flávia Arruda (PL-DF), são três dos principais integrantes do chamado "Bolsolão", um esquema do governo  para desviar dinheiro do orçamento federal para emendas parlamentares. Foi criado um orçamento paralelo de R$ 3 bilhões em emendas para comprar apoio parlamentar ao governo Bolsonaro.

Outros membros do esquema já identificados são os deputados: Lúcio Mosquini (MDB-RO), Ottaci Nascimento (SD-RR), Bosco Saraiva (SD-AM) Rodrigo Cunha (PSDB-AL) e Vicentinho Junior (PL-TO).

De acordo com reportagem do jornal O Estado de S.Paulo, o senador Davi Alcolumbre determinou a aplicação de R$ 277 milhões de verbas públicas só do Ministério do Desenvolvimento Regional. Ou seja, o parlamentar assumiu a função do ministro Rogério Marinho. O congressista  precisaria de 34 anos no Senado para conseguir indicar o valor por meio da emenda parlamentar individual. Alcolumbre destinou R$ 81 milhões apenas à Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), a estatal que ele controla junto com outros políticos.

A ministra da Secretaria de Governo, Flávia Arruda (PL-DF), ficou responsável por definir o destino de R$ 5 milhões à Codevasf. Ela fez referência ao dinheiro como "recursos a mim reservados" e preferiu desconversar sobre o assunto. "É tanta coisa que a gente faz que não sei exatamente do que se trata", disse.

No caso do deputado Lúcio Mosquini (MDB-RO), o governo Bolsonaro aceitou pagar R$ 359 mil num trator que, pelas regras normais, somente liberaria R$ 100 mil dos cofres públicos. No total, o deputado direcionou R$ 8 milhões.

Parlamentares também chagaram a enviar milhões para compra de máquinas agrícolas para um município a cerca de dois mil quilômetros de seus redutos eleitorais. É o caso dos deputados do Solidariedade Ottaci Nascimento (RR) e Bosco Saraiva (AM). Eles direcionaram R$ 4 milhões para a cidade de Padre Bernardo (GO). De acordo com a tabela do governo, a compra sairia por R$ 2,8 milhões. Saraiva afirmou que atendeu a um pedido de Nascimento, que disse ter aceito um pedido do líder da legenda na Câmara, Lucas Vergílio (GO).

O deputado Vicentinho Junior (PL-TO) afirmou à Codevasf que havia sido "contemplado" com R$ 600 mil para a compra de máquinas. "Dificilmente esse ofício foi redigido no meu gabinete, porque essa linguagem aí, tão coloquial, eu não uso", disse.

Wajngarten será peça central na investigação da CPI sobre o gabinete do ódio bolsonarista

 Ex-secretário será questionado pelos senadores na quarta sobre a difusão de informações falsas relacionadas à Covid-19 e sobre a falta de campanhas de esclarecimento para a população brasileira


247 – "O bloco que une senadores oposicionistas e independentes na CPI da Covid vai avançar sobre dois pontos ainda inexplorados na comissão: o papel do 'gabinete do ódio', estrutura de apoio ao Palácio do Planalto nas redes sociais, na difusão de notícias falsas sobre a pandemia; e o impacto da falta de uma campanha clara de conscientização sobre os riscos do coronavírus no agravamento da doença no Brasil — até a noite de ontem, eram 422.418 mortes e mais de 15 milhões de casos. O depoimento de Fabio Wajngarten, ex-titular da Secretaria de Comunicação Social (Secom) de Jair Bolsonaro, na quarta-feira, é considerado central pelos parlamentares para investigar ambas as frentes", informam as jornalistas Julia Lindner e Natália Portinari, em reportagem publicada no Globo.

"A demora do governo em assinar o contrato para a compra de vacinas da Pfizer também será um assunto, já que Wajngarten atribuiu a falha ao Ministério da Saúde, então comandado por Eduardo Pazuello", completam as jornalistas.

Ernesto Araújo mobilizou diplomacia para garantir cloroquina, medicamento ineficaz para a covid e prejudicial à saúde

 Em telefonema, Bolsonaro disse ao premiê indiano que havia resultados positivos da droga contra Covid no Brasil. Em abril do ano passado, o Itamaraty pediu que a embaixada na Índia fizesse gestões junto ao governo indiano para liberar uma carga de hidroxicloroquina

Ex-ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo (Foto: Divulgação)

247 - O ex-chanceler Ernesto Araújo mobilizou a diplomacia brasileira para pedir a outros países o fornecimento de cloroquina ao país, mesmo depois que a Organização Mundial da Saúde interrompeu testes clínicos com a droga e as associações médicas alertaram para a ineficácia e os efeitos colaterais.

É o que revelam telegramas diplomáticos e informações de pessoas envolvidas nas negociações, publicadas em reportagem na Folha de S.Paulo nesta segunda-feira (10).

Ernesto Araújo, ex-chefe do Itamaraty, irá depor na quinta-feira (13) na CPI da Covid bi Senado. Ele será questionado se o país sofreu prejuízos durante sua gestão na aquisição de insumos e vacinas por causa da política externa do governo Bolsonaro

Vara Federal de Curitiba perdeu 20 ações da Lava Jato em dois anos

 Vara Federal de Curitiba teve ao menos 20 processos contra investigados na Operação Lava Jato redistribuídos para juízes de São Paulo e do Distrito Federal. Processo de esvaziamento começou em 2019

(Foto: Divulgação)

247 - A Vara Federal de Curitiba, responsável pelos casos da Lava Jato, teve ao menos 20 processos contra investigados na operação redistribuídos para juízes de São Paulo e do Distrito Federal, considerados competentes para julgar as ações. De acordo com reportagem da Folha de S. Paulo, o esvaziamento começou na esteira de uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), em 2019, que determinou que os casos de corrupção por meio de financiamento eleitoral deveriam tramitar na Justiça Eleitoral, e não mais na esfera Federal. 

Fiocruz: média de mortes diárias por covid-19 cai 28% em um mês

 O ápice de mortes por covid foi registrado em 12 de abril. Desde então, os registros têm apresentado uma trajetória de queda, com algumas altas pontuais

(Foto: AFP 2020 / CESAR MANSO)

247- O número de mortes diárias por covid-19 no Brasil recuou 28,3% em um mês, de acordo com a média móvel de sete dias, divulgada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Os dados mostram que ontem (9) a média diária estava em 2.100 óbitos, abaixo dos 2.930 de 9 de abril.A reportagem é do portal Exame.

Em 14 dias, a média móvel de mortes caiu 15,8%, já que, em 25 de abril, o número de óbitos diários estava em 2.495.

O ápice de mortes foi registrado em 12 de abril (3.124). Desde então, os registros têm apresentado uma trajetória de queda, com algumas altas pontuais.

Codevasf é a estatal usada por Bolsonaro no "bolsolão", o esquema de compra de deputados com recursos desviados do orçamento

 Governo desviou R$ 3 bilhões para os parlamentares por meio da compra de tratores em valores superfaturados. Por isso, o esquema é também chamado de "tratoraço"

Jair Bolsonaro (Foto: Reuters/Ueslei Marcelino)

247 – O jornalista Breno Pires, do Estado de S. Paulo, revela nesta segunda-feira mais detalhes sobre o "bolsolão", esquema também conhecido como "tratoraço". que consiste no desvio de verbas do orçamento federal para a compra de deputados federais. A estatal utilizada no esquema é a Codevasf, a Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco.

"O esquema de um orçamento secreto montado pelo presidente Jair Bolsonaro para garantir apoio no Congresso atropela a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e posições assumidas por ele na campanha e já no exercício do mandato. Na liberação sigilosa de R$ 3 bilhões para serviços de obras e compras de tratores e máquinas agrícolas indicados por um grupo escolhido a dedo de deputados e senadores, no final do ano passado, o governo atropelou ao menos três exigências da legislação", informa o jornalista.

'A imprensa se calou enquanto éramos agredidos. Esse ódio nasceu lá', diz José Dirceu

 “A imprensa se calou entre 2013 e 2018, quando nós éramos agredidos, chutados, cuspidos, nossas bandeiras eram queimadas. Esse ódio, essa violência nasceu lá, com todo o apoio do PSDB e do DEM, grande parte do MDB e principalmente da grande imprensa", diz o ex-ministro José Dirceu

(Foto: Marcelo Camargo/Agencia Brasil)

José Eduardo Bernardes, Brasil de Fato José Dirceu é um dos principais atores políticos e figura proeminente nas lutas democráticas do Brasil desde a resistência contra a ditadura nos anos 1960 e 1970, quando foi preso e exilado no México, até a consolidação do Partido dos Trabalhadores (PT) - do qual é um dos fundadores - como a maior agremiação de massas do país. 

É atribuída ao ex-ministro chefe da Casa Civil as articulações que possibilitaram a chegada do PT à presidência da República em 2002 e a governabilidade política que garantiu o projeto desenvolvimentista dos governos Lula e Dilma. 

Exímio conhecedor da História, Dirceu confessa, em entrevista exclusiva ao Brasil de Fato, que foram os “60 anos vivendo de política, as trocas e os aprendizados com os erros” que  lhe garantiram o rótulo - que não conta com sua simpatia - de estrategista. 

Dirceu foi preso cinco vezes, uma em 1968, durante o Congresso da UNE (União Nacional dos Estudantes), e outras quatro desde 2013, por supostos crimes envolvendo o Mensalão e a operação Lava Jato. Nesse período, escreveu um livro de memórias (Zé Dirceu – Memórias volume 1) e se dedicou aos estudos.

Nesse mesmo período, lembra Dirceu, a democracia brasileira começou a se fragilizar. “A imprensa se calou entre 2013 e 2018, quando nós éramos agredidos, chutados, cuspidos, nossas bandeiras eram queimadas. Esse ódio, essa violência nasceu lá, com todo o apoio do PSDB e do DEM, grande parte do MDB e principalmente da grande imprensa. Derrubaram a Dilma para criminalizar o PT. Lá que nasceu isso que nós estamos vivendo agora e que precisa ser detido”, afirma. 

Aras enterra investigação sobre Bolsonaro a respeito dos cheques de Queiroz para Michelle

 O procurador-geral da República, Augusto Aras, decidiu não dar continuidade às investigações sobre Bolsonaro e os R$ 89 mil depositados por Fabrício Queiroz e pela esposa dele na conta de Michelle Bolsonaro. O ex-assessor de Flávio Bolsonaro já foi denunciado pelo MP por corrupção

Procurador-geral da República, Augusto Aras, Michelle Bolsonaro e Fabrício Queiroz (Foto: Divulgação)

247 - O procurador-geral da República, Augusto Aras, decidiu não dar continuidade às investigações sobre a relação entre Jair Bolsonaro e os depósitos de Fabrício Queiroz na conta da primeira-dama Michelle Bolsonaro. Os valores chegaram a R$ 89 mil, somando os R$ 72 mil depositados por ele com os R$ 17 mil de sua esposa, Márcia Aguiar. 

Em sua decisão, o procurador afirmou ser "notório que as supostas relações espúrias entre o senador Flávio Bolsonaro e Fabrício Queiroz, seu ex-assessor na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, foram objeto de denúncia na primeira instância em desfavor de ambos". "Inexiste notícia, porém, de que tenham surgido, durante a investigação que precedeu a ação penal em curso, indícios do cometimento de infrações penais pelo presidente da República", disse. O teor do documento foi publicado por Veja

General Pazuello contratou defensor de milicianos como advogado na CPI da Covid, escreve jornalista Luciano Martins Costa

 Estratégia do general Pazuello para enfrentar interrogatório na CPI da Covid será preparada por advogado defensor de milicianos

Eduardo Pazuello (Foto: Reprodução)

247 - “O general Eduardo Pazuello contratou o advogado carioca Zoser Plata Bondim Hardman de Araújo, que foi seu assessor no Ministério da Saúde, para preparar sua estratégia no enfrentamento da CPI da Covid”, escreve o  jornalista Luciano Martins Costa no Facebook.

“Zoser Hardman, como é conhecido, tem vasta experiência como defensor de milicianos no Rio de Janeiro, entre eles o PM Daniel Santos Benitez Lopez, condenado por envolvimento no assassinato da juíza Patrícia Acioli, ocorrido em 2011 e o ex-vereador Cristiano Girão, condenado por ligação com a milícia e que já foi apontado como mandante da morte da vereadora Marielle Franco, ocorrido em 2018.

Apucarana confirma mais 85 casos de Covid-19 neste domingo

 

Mais 85 casos de Covid-19 foram confirmados em Apucarana neste domingo (9) pela  Autarquia Municipal de Saúde (AMS). O município tem agora 10.414 diagnósticos positivos do novo coronavírus. Sem nenhum novo óbito, o município segue com 272 mortes provocadas pela doença.

Prefeito emite nota de pesar pelo falecimento de servidora da saúde

 Edna Fernandes de Carvalho integrava o quadro de agente comunitário de saúde da AMS desde 2004


O prefeito Junior da Femac e o diretor presidente da Autarquia Municipal de Saúde (AMS), Roberto Kaneta, manifestam pesar pelo falecimento da servidora pública municipal Edna Fernandes de Carvalho, 54 anos.
Ela integrava o quadro de agente comunitário de saúde da AMS desde 2004 e no momento atuava na Unidade Básica de Saúde Romeu Milani, na área central da cidade. “Lamentamos a perda da servidora Edna que por muitos anos atendeu os apucaranenses na área de saúde. Que Deus conforte seus familiares e amigos nesse momento”, lamentou o prefeito Junior da Femac.
Edna faleceu no início da noite de ontem em decorrência de complicações da Covid e o sepultamento será às 14 horas, no Cemitério Cristo Rei
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Arapongas registra 47 novos casos de coronavírus, 66 curados e nenhum óbito

 

Prefeitura de Arapongas, através da Secretaria Municipal de Saúde, informou neste domingo (08/05), o registro de 47 novos casos, 66 curados COVID-19 e nenhum óbito registrado no município. Neste momento, o município totaliza 15.528 casos, dos quais 14.724 já estão curados (94,8%), 422 ainda estão com a doença e, infelizmente, 382 vieram a óbito. Ao todo, já foram realizados 57.108 testes. 

domingo, 9 de maio de 2021

443 vídeos de canais bolsonaristas sumiram do YouTube desde início da CPI

O comentarista Alexandre Garcia, ainda nos anos de TV Globo: mais de 40% da base de seus vídeos no YouTube sumiram

Desde que a CPI da Covid foi anunciada, no início de abril, canais de apoiadores do bolsonarismo no YouTube têm promovido uma limpa de vídeos sobre tratamento precoce de sua base de vídeos. Levantamento da Novelo Data a pedido do Congresso em Foco identificou que, entre o dia 14 de abril e esta quinta-feira (6/5), 443 vídeos de 34 canais, tratando de tratamento precoce, sumiram do ar.

Alguns dos canais mais relevantes de apoio ao presidente Jair Bolsonaro promoveram grandes operações para apagar conteúdo. O comentarista Alexandre Garcia, por exemplo, escondeu 109 vídeos neste período; a ex-apresentadora de TV Leda Nagle, que hoje comanda um canal com entrevistas, também retirou do ar 23 vídeos nas últimas semanas. Garcia, que também é colunista na CNN, tinha neste domingo 1,89 milhão de inscritos e chegou a sumir com 502 vídeos em uma semana, ou 43% da sua base de videos; Leda Nagle tinha 1,06 milhão.

Veja a lista completa de vídeos que saíram do ar:


Juristas dizem que massacre no Jacarezinho justifica impeachment do governador Cláudio Castro, no Rio

 O jurista Lenio Streck também entende que a operação no Jacarezinho desrespeitou as decisões do Supremo. E opina que o fato pode gerar o impeachment do governador do Rio, Cláudio Castro

(Foto: Reprodução)

Por Sergio Rodas, no Conjur – A operação policial que deixou 28 mortos na favela do Jacarezinho, zona norte do Rio de Janeiro, nesta quinta-feira (6/5), desrespeitou as decisões do Supremo Tribunal Federal que impuseram obrigações a ações de segurança e restringiram incursões em comunidades do estado a casos excepcionais enquanto durar a epidemia de Covid-19.

Pazuello ter seguido ordens de Bolsonaro não o isenta de culpa, diz Celso Amorim

 De acordo com o ex-ministro, o julgamento de Nuremberg mostrou que a hierarquia não serve como justificativa para cometer crimes contra a humanidade: “esse argumento de ‘recebi ordem’ vai até certo ponto”. Assista na TV 247

Eduardo Pazuello e Celso Amorim (Foto: Divulgação)


247 - O ex-ministro Celso Amorim, em entrevista à TV 247, avaliou a possibilidade de o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello utilizar como argumento na CPI da Covid o fato de somente ter obedecido ordens de Jair Bolsonaro no que diz respeito à política de incentivar o uso de cloroquina como medicamento para tratamento precoce da Covid-19.


Segundo Amorim, o julgamento de Nuremberg - tribunal militar internacional que julgou crimes de guerra e contra a humanidade cometidos pelo alto escalão do exército alemão nazista durante a Segunda Guerra Mundial - liquidou a isenção de culpa de militares mediante a argumentação de que estariam apenas seguindo ordens superiores. “Veja bem, ele era ministro. Você pode se demitir do cargo de ministro, você não é obrigado a ficar. Se ele fosse general, em uma guerra, e recebesse a ordem para dar um tiro, seria mais difícil. Mesmo assim, se você achar que é absurdo você não faz. Tanto é assim que ninguém que alegou esse motivo de ter recebido ordem foi isento de culpa no julgamento de Nuremberg. Então esse argumento de ‘recebi ordem’ vai até certo ponto. Crimes contra a humanidade não podem, de jeito nenhum, ser aceitos”. A política de Bolsonaro durante a pandemia, para Amorim, “é um crime contra a humanidade. São milhares e milhares de pessoas que foram mortas por uma orientação errada”.

Além disso, segundo o ex-ministro, Pazuello ocupava no Ministério da Saúde um cargo político e poderia ter deixado o posto quando quisesse. “Uma vez que ele é ministro da Saúde, ele não é militar. Ele está exercendo um cargo político, e ele pode sair, simplesmente. Pode sair dizendo que não pode cumprir aquela determinação ou pode até alegar um outro motivo qualquer, isso é muito comum. As pessoas em situações muito menos dramáticas fazem isso. ‘Ele manda e eu obedeço’ não existe”.

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Saída de multinacionais evidencia fracasso da política econômica de Guedes e Bolsonaro

 Fracasso da política econômica do governo Jair Bolsonaro, sob o comando de Paulo Guedes, associado aos erros no enfrentamento à pandemia, tem feito com que grandes multinacionais deixem o país em ritmo acelerado. O movimento deve continuar nos próximos anos, dizem economistas

Fachada do Ministro da Economia e Bolsonaro com Paulo Guedes (Foto: Geraldo Magela/Agência Senado | Reuters)


247 - A saída acentuada de grandes multinacionais do Brasil revela o fracasso da política econômica do governo Jair Bolsonaro, capitaneada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, e sinaliza que a situação deverá se estender pelos próximos anos. Desde o ano passado, empresas como Ford, Walmart, Sony, além de farmacêuticas e laboratórios como Roche e Eli Lilly deixaram o país e o movimento não dá sinais que irá estancar, dizem os economistas. 

"O Brasil dá sinais de crescimento pífio, com muitos problemas sociais agravados pela pandemia", diz. De 2017 a 2019, por exemplo, o país teve média anual de crescimento de 1,5%”, disse o economista-chefe do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), Rafael Cagnin, ao jornal Folha de S. Paulo

Procuradoria dá dez dias para assessor de Bolsonaro explicar gesto supremacista no Senado

 Procuradoria da República em Brasília concedeu um prazo de dez dias para que o assessor para Assuntos Internacionais do governo Jair Bolsonaro, Filipe Martins, explique o gesto supremacista feito durante uma audiência no Senado

Filipe Martins, assessor para assuntos internacionais da presidência da República (Foto: Reprodução (TV Senado))

247 - A Procuradoria da República em Brasília concedeu um prazo de dez dias para que o assessor para Assuntos Internacionais do governo Jair Bolsonaro, Filipe Martins, explique o gesto supremacista feito no Senado, em março, enquanto o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), falava em uma audiência. A informação é da coluna Painel, da Folha de S. Paulo. 

Humberto Costa vai pedir novo depoimento de Queiroga na CPI por portaria que mira governadores

 Senador Humberto Costa vai apresentar um requerimento para reconvocar o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, para que ele explique uma portaria do ministério que trata da fiscalização de recursos transferidos pela pasta a estados e municípios para o combate à Covid-19

(Foto: Pedro França/Agência Senado)

247 - O senador Humberto Costa (PT-PE) vai apresentar um requerimento à CPI da Covid para reconvocar o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. O objetivo, segundo a coluna Painel, da Folha de S. Paulo, é cobrar explicações sobre uma portaria do ministério que trata da fiscalização e cobrança de valores transferidos pela pasta a estados e municípios para o combate à Covid-19.

Cloroquina, um veneno, é o símbolo do governo Bolsonaro, diz Miriam Leitão

 Ela afirma que em cada área do governo pode-se encontrar a solução “cloroquina”, um falso remédio, que é, na verdade, um veneno

(Foto: ABr | Reprodução)


247 – "Cloroquina é o símbolo deste governo que sempre tem falsos remédios com efeitos tóxicos para os problemas do país. O Brasil está diante de um devastador retrocesso na educação por causa da pandemia, e a proposta pela qual o governo Bolsonaro se bate é o homeschooling . O país vive uma grave crise na democracia, em parte criada por este governo, mas Bolsonaro exige a volta do voto impresso e por ele ameaça até a realização das eleições. Em vez de uma política de segurança, o projeto que tem sido posto em prática é a liberação das armas. Para o trânsito, o projeto, felizmente atenuado no Congresso, foi o da menor punição para infratores e o fim da cadeirinha das crianças. Em cada área pode-se encontrar a solução 'cloroquina', um falso remédio, que é, na verdade, um veneno", escreve a jornalista Miriam Leitão, em sua coluna deste domingo no Globo. "Assim é o governo Bolsonaro. Tóxico."

Arapongas registra 136 novos casos de Coronavírus, 35 curados e um óbito

 

Prefeitura de Arapongas, através da Secretaria Municipal de Saúde, informou neste sábado (07/05), o registro de 136 novos casos, 35 curados COVID-19 e 01 óbito registrado no município. Neste momento, o município totaliza 15.481 casos, dos quais 14.658 já estão curados (94,7%), 441 ainda estão com a doença e, infelizmente, 382 vieram a óbito. Ao todo, já foram realizados 56.868 testes. 

sábado, 8 de maio de 2021

Bolsonaro desafia a Constituição brasileira e sugere sessões do STF precedidas por orações evangélicas

 A carta magna determina que o estado brasileiro é laico, mas Bolsonaro finge ignorar as leis

(Foto: ABr | Marcos Corrêa/PR)

247 – Jair Bolsonaro defendeu neste sábado a indicação de um evangélico à próxima vaga de ministro Supremo Tribunal Federal e sugeriu uma violação ao princípio da laicidade do estado, garantida pela Constituição brasileira. "Imaginem, no Supremo Tribunal Federal, as sessões começarem com uma oração por parte desse ministro [que será indicado por mim]?", afirmou. Confira:


Presidente da Anvisa terá que explicar veto à vacina russa Sputnik V, diz Otto Alencar

 "Tenho uma suspeita de que tem um componente político", diz o senador, que integra a CPI da Pandemia

Senador Otto Alencar (Foto: Ag.Senado)

247 – O senador Otto Alencar (PSD-BA), que integra a CPI da Pandemia, disse o presidente da Associação Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), almirante Barra Torres, terá que explicar por que vetou a vacina russa Sputnik V.  "Como foi uma coisa que surgiu no Nordeste, tenho uma suspeita, não tenho uma comprovação, de que tem um componente político aí nessa situação de não dar a condição de liberação da Sputnik, que está em 66 países, inclusive aqui na vizinha Argentina. Essa é uma questão que vamos ter que apurar na oitiva do almirante Barra Torres", disse ele à CNN.

Ele também contestou o uso da cloroquina e disse que Jair Bolsonaro terá que reconhecer seu erro. "Não existe medicamento que possa prevenir uma virose a não ser a vacinação, não há outro caminho para isso. É preciso que o presidente deixe sua vaidade de lado, reconheça que errou. E eu estou falando até como médico, como alguém que está percebendo o que está se passando no meu país", afirmou.

Bolsonaro xinga jornalista Fernando Molica, um dos mais respeitados do país, de “energúmeno” (vídeo)

 Motivo da agressão de Bolsonaro foi comentário do jornalista sobre a chacina da favela do Jacarezinho

O jornalista Fernando Molica (Foto: Reprodução)


247 - Num tuíte no final da tarde deste sábado, Jair Bolsonaro agrediu um dos mais respeitados jornalistas do país, Fernando Molica, xingando-o de “energúmeno”. O motivo foi o comentário de Molica, na CNN, sobre a chacina da favela do Jacarezinho, ocorrida nesta quinta-feira (6), com 29 mortos contados até o momento.

No trecho do comentário de Molica destacado no tuíte de Bolsonaro, o jornalista afirmou: “Quando o bandido sente que ele não terá seus direitos respeitados ele atira até o fim e isso aumenta a letalidade tanto entre bandidos e também entre policiais”.

Bolsonaro escreveu em seu tuíte (veja ao final): “O energúmeno poderia, além de citar os direitos dos bandidos, nos informar onde eles conseguiram porte de arma de fogo”.Fernando Molica, de 60 anos, é comentarista na CNN e tem uma longa carreira: trabalhou nas sucursais cariocas de O Estado de S.Paulo, onde foi repórter entre 1982 e 1985; da Folha de S.Paulo, onde foi repórter e secretário de redação entre 1985 e 1990; e foi chefe de reportagem do jornal O Globo, entre 1990 e 1991), e repórter especial da Folha de S.Paulo entre 1992 e 1996. Em 1996 foi para a Rede Globo e, em 2008, assumiu a coluna "Informe do Dia", do jornal "O Dia". Além de ter apresentado o CBN Rio na Rádio CBN.

Veja:


200 coletivos sociais fazem ato no MASP em protesto contra chacina do Jacarezinho

 Representantes de mais de 200 coletivos sociais ocuparam a avenida Paulista em São Paulo neste sábado em protesto contra a chacina do Jacarezinho que matou 28 pessoas no Rio


247 - Organizado pela Coalização Negra por Direitos, protesto reuniu entidades do movimento negro de todo o país e ocupou faixa central da AV. Paulista, em São Paulo, em frente ao Masp. A manifestação, na tarde deste sábado (8), protestou contra  a chacina do Jacarezinho, no Rio de Janeiro, que matou 27 pessoas e mais um policial. Com representantes de de mais de 200 coletivos sociais, o ato cobrou uma investigação dos assassinatos, reparação às famílias das vítimas, responsabilização da polícia e redução da letalidade da força policial. O ato teve como tema também o impeachment de Bolsonaro. 

"Povo brasileiro precisa perceber que seu inimigo é esta elite", diz Jessé Souza

 A elite, segundo o sociólogo, garante a ignorância do povo, de forma a permitir que ele seja utilizado como massa de manobra, por exemplo, por Jair Bolsonaro, que faz uso de estratégias fascistas para isto

(Foto: Brasil247)


247 - O sociólogo Jessé Souza, autor de "A elite do atraso", disse em entrevista à TV 247 que o povo brasileiro precisa ter a compreensão de quem é seu real inimigo: a elite.

Segundo ele, é a elite que garante a ignorância das grandes massas brasileiras, de forma a permitir que elas sejam utilizadas como meio de manobra por Jair Bolsonaro, por exemplo, em uma tática fascista.

Na visão de Jessé Souza, a eleição presidencial de 2022 pode mudar o atual cenário. "A gente está em um ponto de inflexão histórica. Obviamente que a coisa pode chegar a ficar pior ainda, mas acho que a gente pode também ter um processo de esclarecimento, especificar quem é o inimigo do povo. O povo brasileiro precisa saber que o seu inimigo é essa elite e os racistas da classe média branca. Isso precisa estar claro. Se não você não faz nada. Acho que está em aberto ainda e a próxima eleição vai ser muito importante para isso".

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Brasil registra 2.202 óbitos por covid-19 nas últimas 24h; total soma 421.316


O Ministério da Saúde informou neste sábado, 8, o registro de 2.202 novos óbitos por covid-19 nas últimas 24 horas. O total de mortes pela doença chega a 421.316 mortes no Brasil.

O Estado com maior número absoluto de óbitos é São Paulo (100.649), seguido de Rio de Janeiro (46.374) e Minas Gerais (35.750).

O número de novos casos nas últimas 24 horas foi de 63.430. Com isso, o total de casos já detectados no País chega a 15.145.876, segundo o Ministério da Saúde.

Fonte: Bem Paraná