segunda-feira, 10 de maio de 2021

'A imprensa se calou enquanto éramos agredidos. Esse ódio nasceu lá', diz José Dirceu

 “A imprensa se calou entre 2013 e 2018, quando nós éramos agredidos, chutados, cuspidos, nossas bandeiras eram queimadas. Esse ódio, essa violência nasceu lá, com todo o apoio do PSDB e do DEM, grande parte do MDB e principalmente da grande imprensa", diz o ex-ministro José Dirceu

(Foto: Marcelo Camargo/Agencia Brasil)

José Eduardo Bernardes, Brasil de Fato José Dirceu é um dos principais atores políticos e figura proeminente nas lutas democráticas do Brasil desde a resistência contra a ditadura nos anos 1960 e 1970, quando foi preso e exilado no México, até a consolidação do Partido dos Trabalhadores (PT) - do qual é um dos fundadores - como a maior agremiação de massas do país. 

É atribuída ao ex-ministro chefe da Casa Civil as articulações que possibilitaram a chegada do PT à presidência da República em 2002 e a governabilidade política que garantiu o projeto desenvolvimentista dos governos Lula e Dilma. 

Exímio conhecedor da História, Dirceu confessa, em entrevista exclusiva ao Brasil de Fato, que foram os “60 anos vivendo de política, as trocas e os aprendizados com os erros” que  lhe garantiram o rótulo - que não conta com sua simpatia - de estrategista. 

Dirceu foi preso cinco vezes, uma em 1968, durante o Congresso da UNE (União Nacional dos Estudantes), e outras quatro desde 2013, por supostos crimes envolvendo o Mensalão e a operação Lava Jato. Nesse período, escreveu um livro de memórias (Zé Dirceu – Memórias volume 1) e se dedicou aos estudos.

Nesse mesmo período, lembra Dirceu, a democracia brasileira começou a se fragilizar. “A imprensa se calou entre 2013 e 2018, quando nós éramos agredidos, chutados, cuspidos, nossas bandeiras eram queimadas. Esse ódio, essa violência nasceu lá, com todo o apoio do PSDB e do DEM, grande parte do MDB e principalmente da grande imprensa. Derrubaram a Dilma para criminalizar o PT. Lá que nasceu isso que nós estamos vivendo agora e que precisa ser detido”, afirma. 

Aras enterra investigação sobre Bolsonaro a respeito dos cheques de Queiroz para Michelle

 O procurador-geral da República, Augusto Aras, decidiu não dar continuidade às investigações sobre Bolsonaro e os R$ 89 mil depositados por Fabrício Queiroz e pela esposa dele na conta de Michelle Bolsonaro. O ex-assessor de Flávio Bolsonaro já foi denunciado pelo MP por corrupção

Procurador-geral da República, Augusto Aras, Michelle Bolsonaro e Fabrício Queiroz (Foto: Divulgação)

247 - O procurador-geral da República, Augusto Aras, decidiu não dar continuidade às investigações sobre a relação entre Jair Bolsonaro e os depósitos de Fabrício Queiroz na conta da primeira-dama Michelle Bolsonaro. Os valores chegaram a R$ 89 mil, somando os R$ 72 mil depositados por ele com os R$ 17 mil de sua esposa, Márcia Aguiar. 

Em sua decisão, o procurador afirmou ser "notório que as supostas relações espúrias entre o senador Flávio Bolsonaro e Fabrício Queiroz, seu ex-assessor na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, foram objeto de denúncia na primeira instância em desfavor de ambos". "Inexiste notícia, porém, de que tenham surgido, durante a investigação que precedeu a ação penal em curso, indícios do cometimento de infrações penais pelo presidente da República", disse. O teor do documento foi publicado por Veja

General Pazuello contratou defensor de milicianos como advogado na CPI da Covid, escreve jornalista Luciano Martins Costa

 Estratégia do general Pazuello para enfrentar interrogatório na CPI da Covid será preparada por advogado defensor de milicianos

Eduardo Pazuello (Foto: Reprodução)

247 - “O general Eduardo Pazuello contratou o advogado carioca Zoser Plata Bondim Hardman de Araújo, que foi seu assessor no Ministério da Saúde, para preparar sua estratégia no enfrentamento da CPI da Covid”, escreve o  jornalista Luciano Martins Costa no Facebook.

“Zoser Hardman, como é conhecido, tem vasta experiência como defensor de milicianos no Rio de Janeiro, entre eles o PM Daniel Santos Benitez Lopez, condenado por envolvimento no assassinato da juíza Patrícia Acioli, ocorrido em 2011 e o ex-vereador Cristiano Girão, condenado por ligação com a milícia e que já foi apontado como mandante da morte da vereadora Marielle Franco, ocorrido em 2018.

Apucarana confirma mais 85 casos de Covid-19 neste domingo

 

Mais 85 casos de Covid-19 foram confirmados em Apucarana neste domingo (9) pela  Autarquia Municipal de Saúde (AMS). O município tem agora 10.414 diagnósticos positivos do novo coronavírus. Sem nenhum novo óbito, o município segue com 272 mortes provocadas pela doença.

Prefeito emite nota de pesar pelo falecimento de servidora da saúde

 Edna Fernandes de Carvalho integrava o quadro de agente comunitário de saúde da AMS desde 2004


O prefeito Junior da Femac e o diretor presidente da Autarquia Municipal de Saúde (AMS), Roberto Kaneta, manifestam pesar pelo falecimento da servidora pública municipal Edna Fernandes de Carvalho, 54 anos.
Ela integrava o quadro de agente comunitário de saúde da AMS desde 2004 e no momento atuava na Unidade Básica de Saúde Romeu Milani, na área central da cidade. “Lamentamos a perda da servidora Edna que por muitos anos atendeu os apucaranenses na área de saúde. Que Deus conforte seus familiares e amigos nesse momento”, lamentou o prefeito Junior da Femac.
Edna faleceu no início da noite de ontem em decorrência de complicações da Covid e o sepultamento será às 14 horas, no Cemitério Cristo Rei
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Arapongas registra 47 novos casos de coronavírus, 66 curados e nenhum óbito

 

Prefeitura de Arapongas, através da Secretaria Municipal de Saúde, informou neste domingo (08/05), o registro de 47 novos casos, 66 curados COVID-19 e nenhum óbito registrado no município. Neste momento, o município totaliza 15.528 casos, dos quais 14.724 já estão curados (94,8%), 422 ainda estão com a doença e, infelizmente, 382 vieram a óbito. Ao todo, já foram realizados 57.108 testes. 

domingo, 9 de maio de 2021

443 vídeos de canais bolsonaristas sumiram do YouTube desde início da CPI

O comentarista Alexandre Garcia, ainda nos anos de TV Globo: mais de 40% da base de seus vídeos no YouTube sumiram

Desde que a CPI da Covid foi anunciada, no início de abril, canais de apoiadores do bolsonarismo no YouTube têm promovido uma limpa de vídeos sobre tratamento precoce de sua base de vídeos. Levantamento da Novelo Data a pedido do Congresso em Foco identificou que, entre o dia 14 de abril e esta quinta-feira (6/5), 443 vídeos de 34 canais, tratando de tratamento precoce, sumiram do ar.

Alguns dos canais mais relevantes de apoio ao presidente Jair Bolsonaro promoveram grandes operações para apagar conteúdo. O comentarista Alexandre Garcia, por exemplo, escondeu 109 vídeos neste período; a ex-apresentadora de TV Leda Nagle, que hoje comanda um canal com entrevistas, também retirou do ar 23 vídeos nas últimas semanas. Garcia, que também é colunista na CNN, tinha neste domingo 1,89 milhão de inscritos e chegou a sumir com 502 vídeos em uma semana, ou 43% da sua base de videos; Leda Nagle tinha 1,06 milhão.

Veja a lista completa de vídeos que saíram do ar:


Juristas dizem que massacre no Jacarezinho justifica impeachment do governador Cláudio Castro, no Rio

 O jurista Lenio Streck também entende que a operação no Jacarezinho desrespeitou as decisões do Supremo. E opina que o fato pode gerar o impeachment do governador do Rio, Cláudio Castro

(Foto: Reprodução)

Por Sergio Rodas, no Conjur – A operação policial que deixou 28 mortos na favela do Jacarezinho, zona norte do Rio de Janeiro, nesta quinta-feira (6/5), desrespeitou as decisões do Supremo Tribunal Federal que impuseram obrigações a ações de segurança e restringiram incursões em comunidades do estado a casos excepcionais enquanto durar a epidemia de Covid-19.

Pazuello ter seguido ordens de Bolsonaro não o isenta de culpa, diz Celso Amorim

 De acordo com o ex-ministro, o julgamento de Nuremberg mostrou que a hierarquia não serve como justificativa para cometer crimes contra a humanidade: “esse argumento de ‘recebi ordem’ vai até certo ponto”. Assista na TV 247

Eduardo Pazuello e Celso Amorim (Foto: Divulgação)


247 - O ex-ministro Celso Amorim, em entrevista à TV 247, avaliou a possibilidade de o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello utilizar como argumento na CPI da Covid o fato de somente ter obedecido ordens de Jair Bolsonaro no que diz respeito à política de incentivar o uso de cloroquina como medicamento para tratamento precoce da Covid-19.


Segundo Amorim, o julgamento de Nuremberg - tribunal militar internacional que julgou crimes de guerra e contra a humanidade cometidos pelo alto escalão do exército alemão nazista durante a Segunda Guerra Mundial - liquidou a isenção de culpa de militares mediante a argumentação de que estariam apenas seguindo ordens superiores. “Veja bem, ele era ministro. Você pode se demitir do cargo de ministro, você não é obrigado a ficar. Se ele fosse general, em uma guerra, e recebesse a ordem para dar um tiro, seria mais difícil. Mesmo assim, se você achar que é absurdo você não faz. Tanto é assim que ninguém que alegou esse motivo de ter recebido ordem foi isento de culpa no julgamento de Nuremberg. Então esse argumento de ‘recebi ordem’ vai até certo ponto. Crimes contra a humanidade não podem, de jeito nenhum, ser aceitos”. A política de Bolsonaro durante a pandemia, para Amorim, “é um crime contra a humanidade. São milhares e milhares de pessoas que foram mortas por uma orientação errada”.

Além disso, segundo o ex-ministro, Pazuello ocupava no Ministério da Saúde um cargo político e poderia ter deixado o posto quando quisesse. “Uma vez que ele é ministro da Saúde, ele não é militar. Ele está exercendo um cargo político, e ele pode sair, simplesmente. Pode sair dizendo que não pode cumprir aquela determinação ou pode até alegar um outro motivo qualquer, isso é muito comum. As pessoas em situações muito menos dramáticas fazem isso. ‘Ele manda e eu obedeço’ não existe”.

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Saída de multinacionais evidencia fracasso da política econômica de Guedes e Bolsonaro

 Fracasso da política econômica do governo Jair Bolsonaro, sob o comando de Paulo Guedes, associado aos erros no enfrentamento à pandemia, tem feito com que grandes multinacionais deixem o país em ritmo acelerado. O movimento deve continuar nos próximos anos, dizem economistas

Fachada do Ministro da Economia e Bolsonaro com Paulo Guedes (Foto: Geraldo Magela/Agência Senado | Reuters)


247 - A saída acentuada de grandes multinacionais do Brasil revela o fracasso da política econômica do governo Jair Bolsonaro, capitaneada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, e sinaliza que a situação deverá se estender pelos próximos anos. Desde o ano passado, empresas como Ford, Walmart, Sony, além de farmacêuticas e laboratórios como Roche e Eli Lilly deixaram o país e o movimento não dá sinais que irá estancar, dizem os economistas. 

"O Brasil dá sinais de crescimento pífio, com muitos problemas sociais agravados pela pandemia", diz. De 2017 a 2019, por exemplo, o país teve média anual de crescimento de 1,5%”, disse o economista-chefe do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), Rafael Cagnin, ao jornal Folha de S. Paulo

Procuradoria dá dez dias para assessor de Bolsonaro explicar gesto supremacista no Senado

 Procuradoria da República em Brasília concedeu um prazo de dez dias para que o assessor para Assuntos Internacionais do governo Jair Bolsonaro, Filipe Martins, explique o gesto supremacista feito durante uma audiência no Senado

Filipe Martins, assessor para assuntos internacionais da presidência da República (Foto: Reprodução (TV Senado))

247 - A Procuradoria da República em Brasília concedeu um prazo de dez dias para que o assessor para Assuntos Internacionais do governo Jair Bolsonaro, Filipe Martins, explique o gesto supremacista feito no Senado, em março, enquanto o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), falava em uma audiência. A informação é da coluna Painel, da Folha de S. Paulo. 

Humberto Costa vai pedir novo depoimento de Queiroga na CPI por portaria que mira governadores

 Senador Humberto Costa vai apresentar um requerimento para reconvocar o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, para que ele explique uma portaria do ministério que trata da fiscalização de recursos transferidos pela pasta a estados e municípios para o combate à Covid-19

(Foto: Pedro França/Agência Senado)

247 - O senador Humberto Costa (PT-PE) vai apresentar um requerimento à CPI da Covid para reconvocar o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. O objetivo, segundo a coluna Painel, da Folha de S. Paulo, é cobrar explicações sobre uma portaria do ministério que trata da fiscalização e cobrança de valores transferidos pela pasta a estados e municípios para o combate à Covid-19.

Cloroquina, um veneno, é o símbolo do governo Bolsonaro, diz Miriam Leitão

 Ela afirma que em cada área do governo pode-se encontrar a solução “cloroquina”, um falso remédio, que é, na verdade, um veneno

(Foto: ABr | Reprodução)


247 – "Cloroquina é o símbolo deste governo que sempre tem falsos remédios com efeitos tóxicos para os problemas do país. O Brasil está diante de um devastador retrocesso na educação por causa da pandemia, e a proposta pela qual o governo Bolsonaro se bate é o homeschooling . O país vive uma grave crise na democracia, em parte criada por este governo, mas Bolsonaro exige a volta do voto impresso e por ele ameaça até a realização das eleições. Em vez de uma política de segurança, o projeto que tem sido posto em prática é a liberação das armas. Para o trânsito, o projeto, felizmente atenuado no Congresso, foi o da menor punição para infratores e o fim da cadeirinha das crianças. Em cada área pode-se encontrar a solução 'cloroquina', um falso remédio, que é, na verdade, um veneno", escreve a jornalista Miriam Leitão, em sua coluna deste domingo no Globo. "Assim é o governo Bolsonaro. Tóxico."

Arapongas registra 136 novos casos de Coronavírus, 35 curados e um óbito

 

Prefeitura de Arapongas, através da Secretaria Municipal de Saúde, informou neste sábado (07/05), o registro de 136 novos casos, 35 curados COVID-19 e 01 óbito registrado no município. Neste momento, o município totaliza 15.481 casos, dos quais 14.658 já estão curados (94,7%), 441 ainda estão com a doença e, infelizmente, 382 vieram a óbito. Ao todo, já foram realizados 56.868 testes. 

sábado, 8 de maio de 2021

Bolsonaro desafia a Constituição brasileira e sugere sessões do STF precedidas por orações evangélicas

 A carta magna determina que o estado brasileiro é laico, mas Bolsonaro finge ignorar as leis

(Foto: ABr | Marcos Corrêa/PR)

247 – Jair Bolsonaro defendeu neste sábado a indicação de um evangélico à próxima vaga de ministro Supremo Tribunal Federal e sugeriu uma violação ao princípio da laicidade do estado, garantida pela Constituição brasileira. "Imaginem, no Supremo Tribunal Federal, as sessões começarem com uma oração por parte desse ministro [que será indicado por mim]?", afirmou. Confira:


Presidente da Anvisa terá que explicar veto à vacina russa Sputnik V, diz Otto Alencar

 "Tenho uma suspeita de que tem um componente político", diz o senador, que integra a CPI da Pandemia

Senador Otto Alencar (Foto: Ag.Senado)

247 – O senador Otto Alencar (PSD-BA), que integra a CPI da Pandemia, disse o presidente da Associação Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), almirante Barra Torres, terá que explicar por que vetou a vacina russa Sputnik V.  "Como foi uma coisa que surgiu no Nordeste, tenho uma suspeita, não tenho uma comprovação, de que tem um componente político aí nessa situação de não dar a condição de liberação da Sputnik, que está em 66 países, inclusive aqui na vizinha Argentina. Essa é uma questão que vamos ter que apurar na oitiva do almirante Barra Torres", disse ele à CNN.

Ele também contestou o uso da cloroquina e disse que Jair Bolsonaro terá que reconhecer seu erro. "Não existe medicamento que possa prevenir uma virose a não ser a vacinação, não há outro caminho para isso. É preciso que o presidente deixe sua vaidade de lado, reconheça que errou. E eu estou falando até como médico, como alguém que está percebendo o que está se passando no meu país", afirmou.

Bolsonaro xinga jornalista Fernando Molica, um dos mais respeitados do país, de “energúmeno” (vídeo)

 Motivo da agressão de Bolsonaro foi comentário do jornalista sobre a chacina da favela do Jacarezinho

O jornalista Fernando Molica (Foto: Reprodução)


247 - Num tuíte no final da tarde deste sábado, Jair Bolsonaro agrediu um dos mais respeitados jornalistas do país, Fernando Molica, xingando-o de “energúmeno”. O motivo foi o comentário de Molica, na CNN, sobre a chacina da favela do Jacarezinho, ocorrida nesta quinta-feira (6), com 29 mortos contados até o momento.

No trecho do comentário de Molica destacado no tuíte de Bolsonaro, o jornalista afirmou: “Quando o bandido sente que ele não terá seus direitos respeitados ele atira até o fim e isso aumenta a letalidade tanto entre bandidos e também entre policiais”.

Bolsonaro escreveu em seu tuíte (veja ao final): “O energúmeno poderia, além de citar os direitos dos bandidos, nos informar onde eles conseguiram porte de arma de fogo”.Fernando Molica, de 60 anos, é comentarista na CNN e tem uma longa carreira: trabalhou nas sucursais cariocas de O Estado de S.Paulo, onde foi repórter entre 1982 e 1985; da Folha de S.Paulo, onde foi repórter e secretário de redação entre 1985 e 1990; e foi chefe de reportagem do jornal O Globo, entre 1990 e 1991), e repórter especial da Folha de S.Paulo entre 1992 e 1996. Em 1996 foi para a Rede Globo e, em 2008, assumiu a coluna "Informe do Dia", do jornal "O Dia". Além de ter apresentado o CBN Rio na Rádio CBN.

Veja:


200 coletivos sociais fazem ato no MASP em protesto contra chacina do Jacarezinho

 Representantes de mais de 200 coletivos sociais ocuparam a avenida Paulista em São Paulo neste sábado em protesto contra a chacina do Jacarezinho que matou 28 pessoas no Rio


247 - Organizado pela Coalização Negra por Direitos, protesto reuniu entidades do movimento negro de todo o país e ocupou faixa central da AV. Paulista, em São Paulo, em frente ao Masp. A manifestação, na tarde deste sábado (8), protestou contra  a chacina do Jacarezinho, no Rio de Janeiro, que matou 27 pessoas e mais um policial. Com representantes de de mais de 200 coletivos sociais, o ato cobrou uma investigação dos assassinatos, reparação às famílias das vítimas, responsabilização da polícia e redução da letalidade da força policial. O ato teve como tema também o impeachment de Bolsonaro. 

"Povo brasileiro precisa perceber que seu inimigo é esta elite", diz Jessé Souza

 A elite, segundo o sociólogo, garante a ignorância do povo, de forma a permitir que ele seja utilizado como massa de manobra, por exemplo, por Jair Bolsonaro, que faz uso de estratégias fascistas para isto

(Foto: Brasil247)


247 - O sociólogo Jessé Souza, autor de "A elite do atraso", disse em entrevista à TV 247 que o povo brasileiro precisa ter a compreensão de quem é seu real inimigo: a elite.

Segundo ele, é a elite que garante a ignorância das grandes massas brasileiras, de forma a permitir que elas sejam utilizadas como meio de manobra por Jair Bolsonaro, por exemplo, em uma tática fascista.

Na visão de Jessé Souza, a eleição presidencial de 2022 pode mudar o atual cenário. "A gente está em um ponto de inflexão histórica. Obviamente que a coisa pode chegar a ficar pior ainda, mas acho que a gente pode também ter um processo de esclarecimento, especificar quem é o inimigo do povo. O povo brasileiro precisa saber que o seu inimigo é essa elite e os racistas da classe média branca. Isso precisa estar claro. Se não você não faz nada. Acho que está em aberto ainda e a próxima eleição vai ser muito importante para isso".

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Brasil registra 2.202 óbitos por covid-19 nas últimas 24h; total soma 421.316


O Ministério da Saúde informou neste sábado, 8, o registro de 2.202 novos óbitos por covid-19 nas últimas 24 horas. O total de mortes pela doença chega a 421.316 mortes no Brasil.

O Estado com maior número absoluto de óbitos é São Paulo (100.649), seguido de Rio de Janeiro (46.374) e Minas Gerais (35.750).

O número de novos casos nas últimas 24 horas foi de 63.430. Com isso, o total de casos já detectados no País chega a 15.145.876, segundo o Ministério da Saúde.

Fonte: Bem Paraná

Primeira semana da CPI da Covid termina com "saldo muito negativo" para Bolsonaro

 Já foram ouvidos pela comissão os ex-ministros da Saúde Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich, além do atual comandante da pasta, Marcelo Queiroga. Semana foi marcada por debates sobre a cloroquina

Randolfe Rodrigues, Omar Aziz e Renan Calheiros (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

Sputnik - A CPI da Covid-19 teve uma semana agitada, na qual foram ouvidos o atual ministro da Saúde e dois de seus antecessores. Em conversa com a Sputnik Brasil, o especialista Theófilo Rodrigues analisa esta primeira semana de depoimentos no Senado.

Após determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 finalmente foi oficialmente instalada no Senado no último dia 27. Esta semana, com a aprovação dos requerimentos com pedidos de informação ao governo e convocação de autoridades, tiveram início os depoimentos das primeiras testemunhas.

Mandetta acusa Bolsonaro de tentar modificar bula da cloroquina

Na última terça-feira (4), o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, foi a primeira testemunha interrogada pelos senadores na comissão. Em um depoimento que durou mais de sete horas, o ex-ministro afirmou que o governo do presidente Jair Bolsonaro ignorou os alertas feitos pela pasta sobre a pandemia de Covid-19, engavetou uma estratégia de testagem e descartou a realização de uma campanha de orientação à população sobre a doença.

Em um momento-chave do depoimento, Mandetta disse ter sido chamado no Palácio do Planalto para discutir a inclusão na bula da cloroquina de recomendação para o tratamento da Covid-19. Segundo o ex-ministro, o presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, teria, no entanto, barrado a ideia.

Mandetta também relatou que não deu qualquer orientação sobre a decisão de aumentar a produção de cloroquina nos laboratórios do Exército, uma medida que foi tomada pelo governo no ano passado, depois que alguns médicos passaram a recomendar o fármaco com base em alguns casos, mas sem embasamento científico.

Em outro ponto, o ex-ministro mencionou a participação dos filhos políticos de Bolsonaro em reuniões ministeriais que tratavam do enfrentamento ao vírus e assinalou que os mesmos atrapalharam a relação com a China, um dos principais fornecedores de insumos para a fabricação de vacinas no Brasil.

Além disso, Mandetta afirmou que a postura de Bolsonaro na pandemia, se posicionando contra o uso de máscaras e o distanciamento social, contribuiu para o agravamento da crise e para o aumento do número de mortes.

Nelson Teich afirma que deixou ministério por não ter autonomia

Já na quarta-feira (5) foi a vez do ex-ministro Nelson Teich ser ouvido pelos senadores. Em seu depoimento, Teich detalhou os motivos que o fizeram pedir demissão após apenas 28 dias no cargo.

Além disso, o ex-ministro afirmou que não teve liberdade nem autonomia para exercer sua função, e acrescentou que houve pressão para que indicasse o uso da cloroquina.

Marcelo Queiroga: defesa do governo em meio a respostas evasivas

Por sua vez, o atual ocupante da pasta de Saúde, Marcelo Queiroga, compareceu à CPI nesta quinta-feira (6) e ficou incumbido de assumir a defesa do governo. Em um depoimento longo, que durou mais de nove horas, o atual ministro foi bastante evasivo em algumas respostas, o que chegou a irritar os senadores em alguns momentos.

Entre essas evasivas, Queiroga se negou a comentar sua posição sobre o uso da cloroquina, ao afirmar que se tratava de um assunto técnico. Além disso, o ministro declarou que o governo está empenhado em combater à pandemia com o uso de vacinas, e ressaltou que as falas do presidente não atrapalham a campanha de vacinação. Contudo, reconheceu que o Ministério da Saúde divulgou um número inflado de doses contratadas da vacina.

Em propagandas oficiais e em falas públicas, o ministério tem divulgado o número de 560 milhões de doses já contratadas. No entanto, ao responder a um requerimento de informações do deputado Gustavo Fruet (PDT-PR), segundo reportagem do Estado de São Paulo, o ministério afirmou que apenas 280 milhões de doses têm contratos fechados.

Ao ser questionado pelo relator da comissão, o senador Renan Calheiros, sobre quantas doses já foram efetivamente compradas, Queiroga insistiu que eram 560 milhões, mas, após receber informações do secretário executivo do ministério, Rodrigo Otávio da Cruz, admitiu que o número era menor e citou a quantidade de 430 milhões de doses. 

Avaliação da primeira semana de CPI

A CPI da Covid-19 foi instalada no Senado com o objetivo de investigar a atuação da gestão do governo federal e de governos locais ao longo da pandemia do novo coronavírus.

Para a próxima semana, estão previstos os depoimentos do presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres; do ex-secretário de Comunicação, Fábio Wajngarten; do ex-chanceller Ernesto Araújo, além da atual presidente da Pfizer na América Latina, Marta Díez, e seu antecessor, Carlos Murillo.

Em entrevista à Sputnik Brasil, o especialista Theófilo Rodrigues, pesquisador de Pós-Doutorado no Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais (PPCIS) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), afirma que o governo começou a CPI "com um saldo muito negativo".

"A primeira derrota do governo foi a própria instalação da CPI. A segunda foi a composição da CPI. Dos 11 senadores escolhidos para compor a comissão, apenas quatro são governistas. A terceira derrota foi a eleição do senador Omar Aziz como presidente, do senador Randolfe como vice-presidente e do senador Renan Calheiros como relator [...] Ou seja, Bolsonaro não conseguiu emplacar nenhum senador governista nos três principais cargos da CPI", afirma Rodrigues.

Além disso, o pesquisador destaca que o próprio governo fez um gol contra ao deixar vazar uma lista com 23 possíveis denúncias, e também não conseguiu impedir a celeridade do processo, já que o relator Renan Calheiros conseguiu encaminhar depoimentos importantes nesta primeira semana.

Rodrigues também lembra que a CPI tem seguido quatro linhas de investigação sobre as ações do governo federal: "se o governo realmente foi omisso na compra de vacinas em 2020", "se cometeu alguma ilegalidade ao recomendar o uso da cloroquina", "se o presidente agiu contra a saúde pública ao não recomendar o distanciamento social e o uso de máscaras", e "se o estado do Amazonas foi utilizado para uma experiência de imunidade de rebanho".

Na opinião do especialista, há elementos nos depoimentos já realizados que confirmam as suspeitas levantadas nas três primeiras linhas de investigação, mas que a última ainda depende de os senadores ouvirem o ex-ministro Eduardo Pazuello, que ocupava a pasta naquele momento. Seu depoimento também estava marcado para esta semana, mas acabou adiado depois que o ex-ministro, que também é general da ativa do Exército, alegou que não poderia comparecer ao Senado por ter mantido contato com pessoas infectadas com a Covid-19.

Mesmo com esse e outros depoimentos pendentes, Theófilo Rodrigues aponta que "o que se vê até agora é que a gestão da saúde que o governo federal tem feito desde o início da pandemia é um desastre completo".

Contudo, ao ser questionado sobre a capacidade de interferência da CPI no jogo eleitoral, o pesquisador argumenta que isso "vai depender de qual será o relatório final aprovado e de quais serão os seus desdobramentos".

Theófilo acredita que, se o relatório final indicar que "o presidente da República efetivamente cometeu crimes de responsabilidade ao ignorar a compra de vacinas, ao não recomendar o distanciamento social e o uso de máscaras, ao indicar o uso da cloroquina mesmo sem amparo científico ou ao utilizar o estado do Amazonas para uma experiência da imunidade de rebanho, isso poderá fortalecer a ideia de impeachment".

Além disso, o especialista aponta que, mesmo que relatório final "não culmine em um posterior processo de impeachment", ele "pode servir de instrumento da oposição para ampliar a desaprovação do governo junto ao eleitorado".

Porém, o pesquisador também avalia que, "se o relatório final indicar que o único culpado foi o ministro Pazuello, a interferência no jogo eleitoral será menor".  

"Claro, há consequências imprevisíveis. Nesse segundo cenário, [de a culpa cair exclusivamente sobre Pazuello], será que [ele] aceitaria assumir a responsabilidade sozinho ou acabaria por ampliar o rol de denúncias contra o presidente?", questiona Rodrigues.

'Bolsonaro será responsabilizado sim', diz Renan Calheiros

 Em entrevista ao Grupo Prerrogativas, retransmitida pela TV 247, o relator da CPI afirmou que Bolsonaro "será responsabilizado sim" caso fique comprovada sua contribuição para o agravamento do “morticínio no Brasil”. Assista

(Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

247 - Relator da CPI da Covid, o senador Renan Calheiros (MDB-AL), em entrevista ao Grupo Prerrogativas neste sábado (8), retransmitida pela TV 247, afirmou que Jair Bolsonaro será sim responsabilizado caso a investigação comprove que ele contribuiu para o agravamento do "morticínio no Brasil" decorrente da pandemia.

"Em nenhum outro lugar, o chefe de Estado ou de governo falou publicamente esses absurdos para os seus governados, para a sua população. Então não dá. Só tivemos isso no Brasil. Eu espero que o presidente da República não tenha responsabilidade com o agravamento do morticínio no Brasil. Espero que a CPI não chegue a tanto. Mas se a CPI chegar, não tenho nenhuma dúvida que ele será responsabilizado sim", falou.

Mãe de Paulo Gustavo se pronuncia pelo Instagram, agradece orações e carinho e pede: “Usem máscara”

 Déa Lúcia, mãe de Paulo Gustavo, lançou neste sábado um pungente apelo, depois de agradecer orações e carinho: “usem máscara”

Paulo Gustavo e a mãe, Déa Lúcia (Foto: Reprodução)

247 - A mãe do ator e humorista Paulo Gustavo, Déa Lúcia, se pronunciou pela primeira vez após a morte do filho. Num post no Instagram, neste sábado (8), agradeceu “pelas orações e carinho” e fez um pedido: “usem máscara”. Paulo Gustavo morreu na última terça-feira (4), depois de lutar 52 dias contra a Covid-19. 

Leia:

A atriz e apresentadora Tatá Werneck, uma das melhores amigas de Paulo Gustavo fez um apelo em seu Twitter, antes de suspender suas postagens. Foi na quinta-feira (6): “Pelo amor de Deus! Olhem pro que aconteceu c Paulo! Mesmo c os melhores recursos do mundo ele não sobreviveu! Levem a sério! Parem de negar a realidade”

Veja:

 

Bolsonaro manda os 22 ministros gravarem vídeo dizendo que tomaram cloroquina

 Não contente com o descrédito do medicamento como tratamento para a Covid-19, Bolsonaro revelou estar em processo uma campanha para novamente sair em defesa da cloroquina

Bolsonaro mostrando uma caixa de cloroquina (Foto: Reprodução)

247 - Em fala a apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada neste sábado (8), Jair Bolsonaro voltou a defender a cloroquina como tratamento para a Covid-19 e atacou mais uma vez a CPI da Covid, que investiga ações e omissões do governo federal durante a pandemia.

Não contente com o descrédito da cloroquina, Bolsonaro revelou ter ordenado a seus 22 ministros que gravem vídeos admitindo terem tomado o medicamento para tratar a Covid-19. "Ontem [sexta-feira] retornando de Rondônia, no avião tinha alguns ministros, a gente vai fazer um vídeo na semana, os 22 ministros, todos aqueles que tomaram hidroxicloroquina vão falar 'eu tomei'. É a alternativa no momento", afirmou.

A declaração foi transmitida pelas redes sociais de Bolsonaro.