sábado, 8 de maio de 2021

Primeira semana da CPI da Covid termina com "saldo muito negativo" para Bolsonaro

 Já foram ouvidos pela comissão os ex-ministros da Saúde Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich, além do atual comandante da pasta, Marcelo Queiroga. Semana foi marcada por debates sobre a cloroquina

Randolfe Rodrigues, Omar Aziz e Renan Calheiros (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

Sputnik - A CPI da Covid-19 teve uma semana agitada, na qual foram ouvidos o atual ministro da Saúde e dois de seus antecessores. Em conversa com a Sputnik Brasil, o especialista Theófilo Rodrigues analisa esta primeira semana de depoimentos no Senado.

Após determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 finalmente foi oficialmente instalada no Senado no último dia 27. Esta semana, com a aprovação dos requerimentos com pedidos de informação ao governo e convocação de autoridades, tiveram início os depoimentos das primeiras testemunhas.

Mandetta acusa Bolsonaro de tentar modificar bula da cloroquina

Na última terça-feira (4), o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, foi a primeira testemunha interrogada pelos senadores na comissão. Em um depoimento que durou mais de sete horas, o ex-ministro afirmou que o governo do presidente Jair Bolsonaro ignorou os alertas feitos pela pasta sobre a pandemia de Covid-19, engavetou uma estratégia de testagem e descartou a realização de uma campanha de orientação à população sobre a doença.

Em um momento-chave do depoimento, Mandetta disse ter sido chamado no Palácio do Planalto para discutir a inclusão na bula da cloroquina de recomendação para o tratamento da Covid-19. Segundo o ex-ministro, o presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, teria, no entanto, barrado a ideia.

Mandetta também relatou que não deu qualquer orientação sobre a decisão de aumentar a produção de cloroquina nos laboratórios do Exército, uma medida que foi tomada pelo governo no ano passado, depois que alguns médicos passaram a recomendar o fármaco com base em alguns casos, mas sem embasamento científico.

Em outro ponto, o ex-ministro mencionou a participação dos filhos políticos de Bolsonaro em reuniões ministeriais que tratavam do enfrentamento ao vírus e assinalou que os mesmos atrapalharam a relação com a China, um dos principais fornecedores de insumos para a fabricação de vacinas no Brasil.

Além disso, Mandetta afirmou que a postura de Bolsonaro na pandemia, se posicionando contra o uso de máscaras e o distanciamento social, contribuiu para o agravamento da crise e para o aumento do número de mortes.

Nelson Teich afirma que deixou ministério por não ter autonomia

Já na quarta-feira (5) foi a vez do ex-ministro Nelson Teich ser ouvido pelos senadores. Em seu depoimento, Teich detalhou os motivos que o fizeram pedir demissão após apenas 28 dias no cargo.

Além disso, o ex-ministro afirmou que não teve liberdade nem autonomia para exercer sua função, e acrescentou que houve pressão para que indicasse o uso da cloroquina.

Marcelo Queiroga: defesa do governo em meio a respostas evasivas

Por sua vez, o atual ocupante da pasta de Saúde, Marcelo Queiroga, compareceu à CPI nesta quinta-feira (6) e ficou incumbido de assumir a defesa do governo. Em um depoimento longo, que durou mais de nove horas, o atual ministro foi bastante evasivo em algumas respostas, o que chegou a irritar os senadores em alguns momentos.

Entre essas evasivas, Queiroga se negou a comentar sua posição sobre o uso da cloroquina, ao afirmar que se tratava de um assunto técnico. Além disso, o ministro declarou que o governo está empenhado em combater à pandemia com o uso de vacinas, e ressaltou que as falas do presidente não atrapalham a campanha de vacinação. Contudo, reconheceu que o Ministério da Saúde divulgou um número inflado de doses contratadas da vacina.

Em propagandas oficiais e em falas públicas, o ministério tem divulgado o número de 560 milhões de doses já contratadas. No entanto, ao responder a um requerimento de informações do deputado Gustavo Fruet (PDT-PR), segundo reportagem do Estado de São Paulo, o ministério afirmou que apenas 280 milhões de doses têm contratos fechados.

Ao ser questionado pelo relator da comissão, o senador Renan Calheiros, sobre quantas doses já foram efetivamente compradas, Queiroga insistiu que eram 560 milhões, mas, após receber informações do secretário executivo do ministério, Rodrigo Otávio da Cruz, admitiu que o número era menor e citou a quantidade de 430 milhões de doses. 

Avaliação da primeira semana de CPI

A CPI da Covid-19 foi instalada no Senado com o objetivo de investigar a atuação da gestão do governo federal e de governos locais ao longo da pandemia do novo coronavírus.

Para a próxima semana, estão previstos os depoimentos do presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres; do ex-secretário de Comunicação, Fábio Wajngarten; do ex-chanceller Ernesto Araújo, além da atual presidente da Pfizer na América Latina, Marta Díez, e seu antecessor, Carlos Murillo.

Em entrevista à Sputnik Brasil, o especialista Theófilo Rodrigues, pesquisador de Pós-Doutorado no Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais (PPCIS) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), afirma que o governo começou a CPI "com um saldo muito negativo".

"A primeira derrota do governo foi a própria instalação da CPI. A segunda foi a composição da CPI. Dos 11 senadores escolhidos para compor a comissão, apenas quatro são governistas. A terceira derrota foi a eleição do senador Omar Aziz como presidente, do senador Randolfe como vice-presidente e do senador Renan Calheiros como relator [...] Ou seja, Bolsonaro não conseguiu emplacar nenhum senador governista nos três principais cargos da CPI", afirma Rodrigues.

Além disso, o pesquisador destaca que o próprio governo fez um gol contra ao deixar vazar uma lista com 23 possíveis denúncias, e também não conseguiu impedir a celeridade do processo, já que o relator Renan Calheiros conseguiu encaminhar depoimentos importantes nesta primeira semana.

Rodrigues também lembra que a CPI tem seguido quatro linhas de investigação sobre as ações do governo federal: "se o governo realmente foi omisso na compra de vacinas em 2020", "se cometeu alguma ilegalidade ao recomendar o uso da cloroquina", "se o presidente agiu contra a saúde pública ao não recomendar o distanciamento social e o uso de máscaras", e "se o estado do Amazonas foi utilizado para uma experiência de imunidade de rebanho".

Na opinião do especialista, há elementos nos depoimentos já realizados que confirmam as suspeitas levantadas nas três primeiras linhas de investigação, mas que a última ainda depende de os senadores ouvirem o ex-ministro Eduardo Pazuello, que ocupava a pasta naquele momento. Seu depoimento também estava marcado para esta semana, mas acabou adiado depois que o ex-ministro, que também é general da ativa do Exército, alegou que não poderia comparecer ao Senado por ter mantido contato com pessoas infectadas com a Covid-19.

Mesmo com esse e outros depoimentos pendentes, Theófilo Rodrigues aponta que "o que se vê até agora é que a gestão da saúde que o governo federal tem feito desde o início da pandemia é um desastre completo".

Contudo, ao ser questionado sobre a capacidade de interferência da CPI no jogo eleitoral, o pesquisador argumenta que isso "vai depender de qual será o relatório final aprovado e de quais serão os seus desdobramentos".

Theófilo acredita que, se o relatório final indicar que "o presidente da República efetivamente cometeu crimes de responsabilidade ao ignorar a compra de vacinas, ao não recomendar o distanciamento social e o uso de máscaras, ao indicar o uso da cloroquina mesmo sem amparo científico ou ao utilizar o estado do Amazonas para uma experiência da imunidade de rebanho, isso poderá fortalecer a ideia de impeachment".

Além disso, o especialista aponta que, mesmo que relatório final "não culmine em um posterior processo de impeachment", ele "pode servir de instrumento da oposição para ampliar a desaprovação do governo junto ao eleitorado".

Porém, o pesquisador também avalia que, "se o relatório final indicar que o único culpado foi o ministro Pazuello, a interferência no jogo eleitoral será menor".  

"Claro, há consequências imprevisíveis. Nesse segundo cenário, [de a culpa cair exclusivamente sobre Pazuello], será que [ele] aceitaria assumir a responsabilidade sozinho ou acabaria por ampliar o rol de denúncias contra o presidente?", questiona Rodrigues.

'Bolsonaro será responsabilizado sim', diz Renan Calheiros

 Em entrevista ao Grupo Prerrogativas, retransmitida pela TV 247, o relator da CPI afirmou que Bolsonaro "será responsabilizado sim" caso fique comprovada sua contribuição para o agravamento do “morticínio no Brasil”. Assista

(Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

247 - Relator da CPI da Covid, o senador Renan Calheiros (MDB-AL), em entrevista ao Grupo Prerrogativas neste sábado (8), retransmitida pela TV 247, afirmou que Jair Bolsonaro será sim responsabilizado caso a investigação comprove que ele contribuiu para o agravamento do "morticínio no Brasil" decorrente da pandemia.

"Em nenhum outro lugar, o chefe de Estado ou de governo falou publicamente esses absurdos para os seus governados, para a sua população. Então não dá. Só tivemos isso no Brasil. Eu espero que o presidente da República não tenha responsabilidade com o agravamento do morticínio no Brasil. Espero que a CPI não chegue a tanto. Mas se a CPI chegar, não tenho nenhuma dúvida que ele será responsabilizado sim", falou.

Mãe de Paulo Gustavo se pronuncia pelo Instagram, agradece orações e carinho e pede: “Usem máscara”

 Déa Lúcia, mãe de Paulo Gustavo, lançou neste sábado um pungente apelo, depois de agradecer orações e carinho: “usem máscara”

Paulo Gustavo e a mãe, Déa Lúcia (Foto: Reprodução)

247 - A mãe do ator e humorista Paulo Gustavo, Déa Lúcia, se pronunciou pela primeira vez após a morte do filho. Num post no Instagram, neste sábado (8), agradeceu “pelas orações e carinho” e fez um pedido: “usem máscara”. Paulo Gustavo morreu na última terça-feira (4), depois de lutar 52 dias contra a Covid-19. 

Leia:

A atriz e apresentadora Tatá Werneck, uma das melhores amigas de Paulo Gustavo fez um apelo em seu Twitter, antes de suspender suas postagens. Foi na quinta-feira (6): “Pelo amor de Deus! Olhem pro que aconteceu c Paulo! Mesmo c os melhores recursos do mundo ele não sobreviveu! Levem a sério! Parem de negar a realidade”

Veja:

 

Bolsonaro manda os 22 ministros gravarem vídeo dizendo que tomaram cloroquina

 Não contente com o descrédito do medicamento como tratamento para a Covid-19, Bolsonaro revelou estar em processo uma campanha para novamente sair em defesa da cloroquina

Bolsonaro mostrando uma caixa de cloroquina (Foto: Reprodução)

247 - Em fala a apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada neste sábado (8), Jair Bolsonaro voltou a defender a cloroquina como tratamento para a Covid-19 e atacou mais uma vez a CPI da Covid, que investiga ações e omissões do governo federal durante a pandemia.

Não contente com o descrédito da cloroquina, Bolsonaro revelou ter ordenado a seus 22 ministros que gravem vídeos admitindo terem tomado o medicamento para tratar a Covid-19. "Ontem [sexta-feira] retornando de Rondônia, no avião tinha alguns ministros, a gente vai fazer um vídeo na semana, os 22 ministros, todos aqueles que tomaram hidroxicloroquina vão falar 'eu tomei'. É a alternativa no momento", afirmou.

A declaração foi transmitida pelas redes sociais de Bolsonaro.

Apucarana confirma mais 87 casos de Covid-19 neste sábado

 

Mais 87 casos de Covid-19 foram confirmados em Apucarana neste sábado (8) pela  Autarquia Municipal de Saúde (AMS). O município tem agora 10.329 diagnósticos positivos do novo coronavírus. Sem nenhum novo óbito, o município segue com 272 mortes provocadas pela doença.

Os resultados positivos vieram do Laboratório Central do Paraná (Lacen). São 41 homens (entre 7 e 66 anos) e 46 mulheres (entre 12 e 69 anos). Todos estão em isolamento domiciliar.

Prefeito manifesta pesar pela morte da professora Maria Onide

 

Ex-chefe do Núcleo Regional de Educação foi mais uma vítima da Covid-19 em Apucarana



O prefeito de Apucarana, Junior da Femac, emitiu nota de pesar na manhã deste sábado (8), comunicando com muita tristeza, o falecimento da professora e ex-chefe do Núcleo Regional de Educação, Maria Onide Balan Sardinha, aos 67 anos de idade.

De acordo com familiares, Maria Onide vinha lutando pela sua vida há cerca de trinta dias, desde que foi diagnosticada com Covid-19. “Infelizmente, a professora Maria Onide não resistiu às complicações da doença. Apucarana perde uma respeitadíssima profissional da educação que era exemplo para a categoria”, lamentou Junior da Femac, manifestando seus sentimentos à família e amigos.

A secretária municipal de Educação, professora Marli Fernandes, também manifestou pesar pela morte de Maria Onide, em nome de todos os trabalhadores da educação em Apucarana.

Maria Onide já acumulava 40 anos de trajetória no magistério, tendo atuado em várias escolas públicas e privadas. Como servidora de carreira do Estado do Paraná, foi guindada à chefia do Núcleo Regional de Educação de Apucarana, cargo que ocupou por mais de dez anos. Com mestrado em educação prestava serviços ao Ministério da Educação, na avaliação de cursos superiores.

A professora deixa esposo, Luiz Alberto Sardinha, e os filhos William, Wellington (ambos residindo na Austrália), e o caçula Vinicius, além de noras e netos, e um vasto círculo de amigos em Apucarana e região. As informações sobre o sepultamento ainda não foram divulgadas pela família.

 

Após decisão judicial, Regina Duarte posta retratação de fake news contra Dona Marisa

 Ex-secretária de Cultura do governo Jair Bolsonaro, a atriz Regina Duarte postou uma nota de retratação em suas redes sociais à dona Marisa Letícia, esposa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, já falecida. Pedido de desculpas foi feito após ela ser condenada judicialmente pela divulgação de fake news

Regina Duarte (Foto: ADRIANO MACHADO/REUTERS)

247 - A atriz Regina Duarte, ex-secretária de Cultura do governo Jair Bolsonaro, postou em suas redes sociais uma nota de retratação e um pedido de desculpas à dona Marisa Letícia, ex-primeira-dama e esposa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que faleceu em 2017. A retratação da atriz vem na esteira de uma condenação judicial pela divulgação de fake news contra Dona Marisa. 

A postagem foi feita em 2019. Na ocasião, Regina Duarte afirmou que Dona Marisa possuía R$ 256 milhões em suas contas bancárias, quando o valor correto era de R$ 26.281,74. Lula e os filhos ajuizaram o processo em 2020. O juiz Manuel Eduardo Pedroso Barros, da 12ª Vara Cível de Brasília, condenou a atriz a se retratar e impôs uma multa que pode variar de R$ 150 a R$ 50 mil em caso de descumprimento da decisão. 

“No dia 11 de April (sic) de 2020, reproduzi no meu Instagram uma informação sobre o inventário do património da falecida D. Marisa Letícia Lula da Silva que apesar de ter sido obtida de fontes oficiais públicas e amplamente divulgada por meios de comunicação, veio posteriormente a revelar-se errada e eventualmente corrigida pelos orgãos (sic) judiciais relevantes”, postou Regina Duarte nesta sexta-feira.

“Nunca foi minha intenção divulgar uma inverdade ou propagar fake news. Infelizmente, neste caso, fui induzida a erro e quero por isso estender, pelo sucedido, um sincero pedido de desculpas à memória de D. Marisa Letícia e a sua familia (sic)”, completou em seguida.

Confira a postagem de Regina Duarte sobre o assunto. 

 

Renan: impeachment de Bolsonaro poderá ser consequência das investigações da CPI

 “O impedimento do presidente será – ou não – uma consequência da própria investigação. Não é a CPI que vai pedir”, disse o relator da CPI da Covid, senador Renan Calheiros

Renan Calheiros (Foto: Pedro França/Agência Senado)

247 - O senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI da Covid, condenou as críticas contra ele feitas por Jair Bolsonaro e disse que um eventual processo de impeachment poderá acontecer em função das investigações do colegiado sobre a atuação do governo federal no enfrentamento à pandemia de Covid-19. “O impedimento do presidente será – ou não – uma consequência da própria investigação. Não é a CPI que vai pedir”, disse Renan ao podcast “A Malu tá ON”, de acordo com reportagem do jornal GGN

“Nós não temos em nenhum outro país um chefe de governo, ou chefe de Estado, que ficou tão contra a vacina como o presidente da República do Brasil. Nós temos isso catalogado na linha do tempo, em frases que apavoraram o mundo”, ressaltou o parlamentar.

Renan também criticou os ataques que Bolsonaro fez à China, maior parceiro comercial do Brasil e também o maior fornecedor de insumos para a produção de vacinas contra a Covid. Nesta semana, o ex-capitão insinuou que o país asiático teria criado o coronavírus em laboratório para uso em uma “guerra química, bacteriológica e radiológica”. 

“Isso é estilo próprio do presidente da República, mas assim, ele não faria um depoimento daquele, repetindo depoimentos catastróficos que tem feito ao longo dessa pandemia se nos ouvisse”, afirmou o senador. 

PSDB refuta declaração de Bolsonaro de que Aécio teria vencido a eleição de 2014

 A declaração de Jair Bolsonaro - de que teria que teria vencido a eleição de 2018 no primeiro turno e que Aécio Neves teria ganho a eleição de 2014 - foi rechaçada pelo PSDB. "Reconhecemos todos os resultados eleitorais e a segurança das urnas eletrônicas”, disse o presidente da legenda, Bruno Araújo

Presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo (Foto: RENATO ARAUJO/ABR)

247 - A radicalização do discurso de Jair Bolsonaro sobre fraudes eleitorais e em defesa do voto impresso –  ele já chegou a afirmar que teria vencido a eleição de 2018 no primeiro turno e que Aécio Neves (PSDB) teria ganho a eleição de 2014 contra Dilma Rousseff - foi rechaçada pelo PSDB.  “Reconhecemos todos os resultados eleitorais e a segurança das urnas eletrônicas”, disse o presidente da legenda tucana, Bruno Araújo (PE), de acordo com a coluna da jornalista Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo.  

“Não há a menor contestação. Participamos da sessão do Congresso Nacional que deu posse a ela [Dilma Rousseff] sem qualquer protesto”, completou Araújo. Em 2014, o PSDB pediu uma auditoria nas urnas eletrônicas. “Ela foi feita. E o resultado foi reconhecido”, ressaltou. 

A avaliação é que, caso perca a eleição de 2022, Jair Bolsonaro vem sinalizando que poderá agir como o ex-presidente Donald Trump, que não reconheceu a vitória de Joe Biden no pleito presidencial dos Estados Unidos. Trump não reconheceu a derrota e o país vivenciou uma crise que resultou na invasão do Capitólio. 

Argentina adia eleições por cinco semanas por causa da Covid-19

 Governo do presidente Alberto Fernández e a oposição concordaram em adiar as eleições primárias e as eleições legislativas de meio de mandato por cinco semanas devido à pandemia. As eleições primárias foram remarcadas para 12 de setembro e a geral para 14 de novembro


Sputnik - O governo da Argentina e a oposição concordaram em adiar as eleições primárias dos partidos e as eleições legislativas de meio de mandato por cinco semanas devido à pandemia de COVID-19.

A informação foi confirmada pelo Ministério do Interior do país em um comunicado de imprensa.

"O Ministro do Interior, Wado de Pedro, e o presidente da Câmara dos Deputados, Sergio Massa, se reuniram hoje a pedido do presidente Alberto Fernández com os diferentes chefes de blocos, com os quais concordaram em adiar as eleições primárias para 12 de setembro e geral para 14 de novembro, tendo em conta o contexto atual da pandemia", comunicou o ministério.


A reunião foi realizada virtualmente em um momento em que a Argentina vive um novo pico de casos e mortes por doenças respiratórias.

De Pedro disse que ter conseguido o adiamento "é poder ganhar um mês em cada um dos órgãos eleitorais para que mais argentinos possam ser vacinados. A cada dia que ganhamos para vacinar mais vidas são salvas", segundo o comunicado.

Até esta sexta-feira (7), a Argentina tinha 3.118.134 casos desde que a pandemia foi declarada em março de 2020 e 66.872 mortes, enquanto vacinou 8.951.821 pessoas.

Pazuello avalia ir ao STF para reivindicar o direito de ficar em silêncio na CPI

 Ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, que deverá prestar depoimento à CPI da Covid no próximo dia 19, estaria avaliando "reivindicar no STF o direito constitucional de ficar calado para não se autoincriminar", diz o jornalista Josias de Souza

Foto: Reprodução | Pedro França/Agência Senado)

247 - O jornalista Josias de Souza diz, em sua coluna no UOL deste sábado (8), que o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello estaria avaliando “reivindicar no Supremo Tribunal Federal o direito constitucional de ficar calado para não se autoincriminar”, no depoimento que terá que prestar à CPI da Covid, marcado para o dia 19 de maio. 

“Em tese, o general seria obrigado a responder a todas as interrogações dos senadores, pois falará à CPI como testemunha, não como investigado. Mas foi alertado por um advogado amigo sobre a possibilidade de alegar na Suprema Corte que, na prática, recebe tratamento de investigado”, observa o jornalista. 

Paulo Coelho diz que governo Bolsonaro vai passar "como uma pedra nos rins"

 "Resistam", disse ainda o escritor brasileiro mais popular no mundo

(Foto: @paulocoelho/Instagram)

247 – O escritor Paulo Coelho, o mais popular do Brasil no mundo, disse que o governo de Jair Bolsonaro, que representa violência, ódio, preconceito e exclusão social "vai passar". O processo, diz ele, será dolorido, como o de expelir uma pedra no rim. Ele pediu ainda que os brasileiros resistam ao fascismo bolsonarista. Confira:


PGR cobra do governo do Rio explicações sobre o massacre no Jacarezinho

 Massacre policial, autorizado pelo governador Cláudio Castro, desafiou ordem do Supremo Tribunal Federal e assassinou 28 pessoas

Protesto Jacarezinho (Foto: Protesto Jacarezinho)

Sputnik – O procurador-geral da República, Augusto Aras, solicitou ao governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PSC), explicações sobre as circunstâncias da operação no Jacarezinho, que terminou com 28 mortos. 

A PGR também pediu esclarecimentos ao procurador-geral de Justiça do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, Luciano Mattos, assim como a outras autoridades e órgãos estaduais.

Também foram solicitadas informações às Polícias Civil e Militar do Rio de Janeiro, ao Tribunal de Justiça e à Defensoria Pública do estado. O prazo para envio das informações é de cinco dias úteis.

Governador do Rio, Cláudio Castro, deu "ok" para execuções no Jacarezinho e tem que ser afastado

 Informação sobre o aval do governador ao massacre, que desafiou determinação expressa do Supremo Tribunal Federal, foi confirmada pelo colunista Ascânio Seleme, do jornal O Globo

(Foto: Reprodução)

247 – O jornalista Ascânio Seleme, colunista do jornal O Globo, confirmou que o novo governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, que era vice de Wilson Witzel, afastado por impeachment, deu aval às execuções no Jacarezinho, que deixaram 28 mortos. A operação da polícia civil desafiou determinação expressa do Supremo Tribunal Federal – o que, segundo o jornalista, constitui crime de responsabilidade. Por isso mesmo, Seleme defende que, assim como Witzel, Castro, que caiu de paraquedas no governo do Rio, também seja afastado.

Preço da cesta básica sobe em 15 capitais e salário mínimo deveria ser R$ 5.330, diz Dieese

 O custo médio da cesta básica subiu em 15 cidades em abril, segundo a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada mensalmente pelo Dieese. As maiores altas foram em Campo Grande (6,02%), no Mato Grosso; João Pessoa (2,41%), na Paraíba; Vitória (2,36%), no Espírito Santo; e Recife (2,21%), em Pernambuco

Economia (Foto: Marcos Santos / USP Imagens)

247 - O custo médio da cesta básica subiu em 15 cidades em abril, segundo a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada mensalmente pelo Dieese. As maiores altas foram em Campo Grande (6,02%), no Mato Grosso; João Pessoa (2,41%), na Paraíba; Vitória (2,36%), no Espírito Santo; e Recife (2,21%), em Pernambuco.

Nas capitais, as quedas ocorreram em Belém (-1,92%), no Pará, e Salvador (-0,81%), na Bahia.

A cesta básica mais cara é a de Florianópolis (R$ 634,53), que é seguida pelas de São Paulo (R$ 632,61), Porto Alegre (R$ 626,11) e o Rio de Janeiro (R$ 622,04). A cesta com menor custo foi a de Salvador (R$ 457,56).

"Mourão é a cara da política de ódio de Bolsonaro", diz Gleisi

 "O caminho da humanização é longo", afirmou ainda a presidente do Partido dos Trabalhadores

(Foto: Divulgação)

247 – "Mourão acha que todo morador de comunidade é bandido. É a cara da política de ódio de Bolsonaro, a criminalização da pobreza e racismo. O caminho da humanização é longo. Não é só nas periferias que se combate o tráfico de drogas. Vidas pobres e negras importam, e muito!", postou a deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR), presidente do Partido dos Trabalhadores. Mesmo sem saber quem eram as vítimas das execuções no Jacarezinho, Hamilton Mourão disse "é tudo bandido".

Nova remessa da Coronavac com 57,8 mil doses chega neste sábado

 

Todas as doses são D2, a de reforço, garantindo proteção completa contra as formas mais graves da doença. Essa remessa se soma às 242 mil doses da vacina Covishield, da parceria AstraZeneca/Oxford, entregues nesta quinta-feira (6), e às 67.774 doses do imunizante Pfizer/Comirnaty/BioNtech.

© Américo Antonio/SESA

O Ministério da Saúde confirmou na manhã desta sexta-feira (7) o quantitativo de doses da Coronavac (parceria Sinovac/Butantan) da 18ª pauta de distribuição de imunizantes contra a Covid-19. Serão mais 57.800 doses, todas da chamada D2, a de reforço, garantindo proteção completa contra as formas mais graves da doença.

As doses chegam no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, às 10h05 deste sábado (8). Logo em seguida serão encaminhadas para o Centro de Medicamentos do Paraná (Cemepar) para separação e armazenamento.

São 15.919 doses para pessoas de 60 a 64 anos (referentes às pautas 13 e 15), 2.747 para forças de segurança e salvamento (inclusive Forças Armadas) e 33.377 para ajustar a imunização em segunda dose no público prioritário já vacinado com a primeira, como trabalhadores de saúde e idosos, dependendo da necessidade dos municípios. A diferença para o quantitativo total é a reserva técnica. O lote nacional é composto por 999.900 doses.

Arapongas registra quatro óbitos e 102 novos casos de coronavírus

 

Prefeitura de Arapongas, através da Secretaria Municipal de Saúde, informou nesta sexta (07/05), o registro de 102 novos casos, 67 curados COVID-19 e 04 óbitos registrados no município. Neste momento, o município totaliza 15.345 casos, dos quais 14.623 já estão curados (95,3%), 341 ainda estão com a doença e, infelizmente, 381 vieram a óbito. Ao todo, já foram realizados 56.347 testes. 

sexta-feira, 7 de maio de 2021

China pisa no freio na entrega de insumos para vacinas ao Brasil

Embaixador chinês, Yang Wanming, se reuniu com ministros do governo Bolsonaro e citou a forte demanda internacional pelo IFA e a necessidade do país asiático intensificar a vacinação de sua própria população

Fábrica de vacinas da Sinovac em Pequim (Foto: REUTERS/Tingshu Wang | REUTERS/Thomas Peter)

247 - Depois que foi atacada por Jair Bolsonaro com uma insinuação de que teria criado o coronavírus, a China agora evita falar em prazos para a entrega de insumos e imunizantes ao Brasil. 

O aviso foi dado pelo embaixador chinês em Brasília, Yang Wanming, durante reunião nesta sexta-feira (7) com os ministros da Economia, Paulo Guedes; das Relações Exteriores, Carlos França; e da Saúde, Marcelo Queiroga, além de representantes do Butantan e da Fiocruz. 

Oficialmente, a China atribui a decisão à forte demanda internacional pelo Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) e argumenta que é preciso dar um ritmo mais rápido à vacinação da sua própria população, segundo Globo

O Brasil espera o fornecimento de IFAs para fabricar 60 milhões de doses da vacina Oxford-AstraZeneca, além de outras 30 milhões de doses do imunizante da Sinopharm. A expectativa é que os produtos sejam entregues ainda neste semestre.

Bolsonaro ataca a China

Jair Bolsonaro voltou a atacar a China ao insinuar que o coronavírus teria sido criado em laboratório para uso em uma “guerra química”. “É um vírus novo, ninguém sabe se nasceu em laboratório ou nasceu porque um ser humano ingeriu um animal inadequado. Mas está aí. Os militares sabem que é guerra química, bacteriológica e radiológica. Será que não estamos enfrentando uma nova guerra? Qual o país que mais cresceu seu PIB? Não vou dizer para vocês”, disse Bolsonaro nesta quarta-feira (5), durante um evento realizado no Palácio do Planalto.

"Foi um sucesso", diz Lula sobre agendas em Brasília

 O ex-presidente, que se encontrou com políticos e embaixadores na capital federal, relatou ter tratado de "vacina com urgência para todo mundo, auxílio emergencial de 600 reais, crédito emergencial para salvar pequenas e médias empresas e uma política de investimento para gerar empregos”

Gleisi Hoffmann e Lula (Foto: Reprodução)

247 - O ex-presidente Lula (PT), que se encontrou com políticos e embaixadores em Brasília nesta semana, afirmou que sua viagem política “foi um sucesso”. O petista relatou ter tratado de "vacina com urgência para todo mundo, auxílio emergencial de 600 reais, crédito emergencial para salvar pequenas e médias empresas e uma política de investimento para gerar empregos”.

“Foi muito importante para mim pessoalmente. Acho que para o PT é muito importante a gente restabelecer as conversações com as forças políticas deste país. Fazia tempo que eu não tinha reuniões com partidos políticos”, declarou em vídeo ao lado da presidente do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann.

Ele ainda destacou a desastrosa política internacional do governo Jair Bolsonaro. “Ninguém convoca o Brasil para reunião. Todo mundo está preocupado com o desgoverno, o desmatamento, a despreocupação do governo com a Covid-19, as vacinas e o cuidado do povo”, afirmou.

Segundo Lula, as conversas com diplomatas foram importantes “porque estas pessoas sabem que o Brasil tinha virado protagonista internacional e era levado muito a sério, sobretudo quando se discutia o combate à pobreza, à miséria e à fome, mas também na questão do meio ambiente, porque o Brasil ganhou muita respeitabilidade com a política que nós fizemos de reduzir o desmatamento em 80%”.

Acossado pela CPI, Bolsonaro diz que decreto contra medidas de restrição está pronto

 Durante evento em Rondônia, Jair Bolsonaro voltou a atacar as medidas de contenção do contágio pela Covid. "Se baixar o decreto, que já está pronto, todos cumprirão. Não se justifica, daqui para frente, fechar qualquer ponto do nosso Brasil", afirmou

                                                                (Foto: Carolina Antunes/PR)


247 - Jair Bolsonaro voltou a ameaçar publicar um decreto contra as medidas de isolamento para reduzir o contágio do coronavírus adotadas pelos estados. 

Durante evento que liberou o tráfego na ponte sobre o Rio Madeira, na BR-364, no Distrito de Abunã, em Rondônia, Bolsonaro disse que lamenta as mortes da pandemia, mas que isso não pode justificar o fechamento da economia.

“Se baixar o decreto, que já está pronto, todos cumprirão. Não se justifica, daqui para frente, fechar qualquer ponto do nosso Brasil. Quem abre mão de parte de sua liberdade em troca de segurança acaba, no futuro, sem liberdade e segurança”, disse. 

Em tom de convocação, Bolsonaro afirmou ainda que a população é o “grande Exército brasileiro” e garantiu que seus apoiadores “darão a vida pela liberdade”.

"Me arrependo até o último fio de cabelo", diz Rosangela Moro sobre voto em Bolsonaro

 Em fevereiro de 2020, no entanto, Rosangela afirmou que Bolsonaro e seu marido, o ex-juiz Sergio Moro, declarado parcial e suspeito pelo STF, eram "uma coisa só"

Rosangela Moro (Foto: Reprodução/Instagram)

247 - Rosangela Moro, esposa do ex-juiz Sergio Moro, declarado parcial e suspeito pelo Supremo Tribunal Federal (STF), publicou foto no Instagram na noite desta quinta-feira (6) em frente à Fontana di Trevi, em janeiro de 2020.

Na legenda, Rosangela escreveu: "se soubéssemos que o mundo ia passar por essa pandemia horrível, eu teria feito outro pedido quando lancei minha moedinha na fonte". De acordo com a tradição, joga-se uma moeda na Fontana di Trevi para garantir uma nova visita a Roma, na Itália. Para se apaixonar na cidade, joga-se duas e, para casar, três.

Nos comentários, uma usuária rebateu Rosangela: "bastava não ter votado em Jair Bolsonaro". "Me arrependo até o último fio de cabelo!", respondeu então a esposa do ex-juiz. Em fevereiro de 2020, no entanto, Rosangela disse ser "pró-governo federal" e afirmou que seu marido e Bolsonaro eram "uma coisa só".