Apesar de classificar
como desleal, a cooperativa não criminaliza o trabalho, mas alerta que nem
todos executam a função com responsabilidade ambiental
O crescimento do
número de coletores independentes tem prejudicado a Cooperativa de Catadores de
Materiais Recicláveis de Apucarana (Cocap) que, nos últimos meses, registra
queda progressiva na qualidade e na quantidade do material coletado. “Antes da
pandemia coletávamos entre 200 e 250 toneladas ao mês. Atualmente, o fechamento
do mês está na metade disto, ou seja, tivemos uma queda de 50%”, confirma
Antônio Roberto Nogueira, coordenador da Cocap.
Tonhão,
como é conhecido, diz que a ação de coletores independentes, também chamados de
atravessadores, sempre acompanhou o trabalho da Cocap. “Conhecedores do
itinerário diário do caminhão oficial de coleta, antecipam-se e retiram os
recicláveis de maior valor comercial. Porém, com o advento da pandemia,
percebemos uma crescente no número de pessoas atuando no setor, principalmente
devido ao desemprego, o que tem impactado no nosso resultado final”, conta o
coordenador da Cocap.