quarta-feira, 31 de março de 2021

Globo, que apoiou os golpes de 1964 e 2016, nega apoio a tentativa golpista de Bolsonaro

Jornal O Globo, que apoiou o golpe militar de 1964 e a derrubada de Dilma Roussef em 2016, publicou um editorial pedindo que os generais não “embarquem em qualquer aventura da delirante fantasia bolsonarista”

(Foto: Divulgação)

247 - O jornal O Globo, que apoiou o golpe militar que desaguou na ditadura militar de 64, e o golpe contra Diolma Roussef em 2016, publicou nesta quarta-feira (31) um texto pedindo que os generais não “embarquem em qualquer aventura da delirante fantasia bolsonarista”. Além do apoio à ditadura, o grupo Globo também deu sustentáculo à chegada de Bolsonaro. 

No editorial, o jornal da família Marinho destaca que as Forças Armadas vivem atualmente uma crise “sem paralelo em pelo 40 anos” motivada pela demissão do general Fernando Azevedo e Silva do Ministério da Defesa. Ainda segundo o texto, a saída subsequente dos comandantes do Exército (Edson Pujol), Marinha (Ilques Barbosa) e da Aeronáutica (Antônio Carlos Bermudez), demonstra “que não será fácil ao presidente Jair Bolsonaro usá-las [as FFAA] para fins políticos”.

“Está claro, em que pese a coincidência no calendário, que o cenário institucional hoje é bem diferente. Não há nenhuma indicação de que os militares aceitariam deixar de se submeter à Constituição e ao Estado democrático de direito, para embarcar em qualquer aventura da delirante fantasia bolsonarista”, diz um trecho do editorial.

Desgovernado, Brasil bate recorde com 14,3 milhões de desempregados

Em um ano, total de desempregados cresceu 20%. E o de desalentados aumentou 25%, chegando a 6 milhões

(Foto: ABr)


Rede Brasil Atual - O país iniciou 2021 atingindo número recorde de desempregados. No trimestre encerrado em janeiro, eram 14,272 milhões, 211 mil a mais em relação a outubro, situação considerada de estabilidade, mas com acréscimo de 2,359 milhões em um ano. Crescimento de 19,8%. O total de desalentados se aproximou de 6 milhões. Houve pequeno crescimento da ocupação no trimestre, puxado pelo trabalho informal.

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta quarta-feira (31) pelo IBGE. A taxa média de desemprego (14,2%) ficou praticamente estável no trimestre, mas cresceu três pontos em um ano e é a maior para o período em toda a série.

Quase 6 milhões de desalentados

Com total de 5,902 milhões, o número de desalentados também ficou estável no trimestre. Mas cresceu 25,6% em relação a igual período de 2020: mais 1,204 milhão. Eles representam 5,6% da força de trabalho, ante 4,2% um ano atrás.

Os ocupados somam 86,025 milhões. Pequeno crescimento (2%) no trimestre, com 1,725 milhão de pessoas a mais. E queda de 8,6% em um ano – 8,126 milhões a menos. O nível de ocupação (percentual de ocupados em relação às pessoas em idade de trabalhar) foi a 48,7%, ante 54,8% há um ano.

Excluídos e subutilizados

Já a população fora da força de trabalho, que soma 76,377 milhões, caiu ligeiramente (1,1%) em um trimestre, com 817 mil a menos. E aumentou 16,2% em um ano: 10,644 milhões a mais.

Segundo o IBGE, os subutilizados (pessoas que gostariam de trabalhar mais) agora são 32,380 milhões. O instituto apurou estabilidade em três meses e crescimento de 22,7% em 12, com mais 6 milhões nessa situação. A taxa de subutilização é de 29%, ante 29,5% no trimestre anterior e 23,2% há um ano.

Com e sem carteira

Em relação a outubro, o número de empregados com carteira assinada no setor privado (29,792 milhões) ficou estável. O de empregados sem carteira (9,809 milhões) cresceu 3,6% e o de trabalhadores por conta própria (23,503 milhões) subiu 4,7%. Na comparação anual, o total de empregados com carteira cai 11,6%, os sem carteira diminuem 16% e os autônomos, 4,4%. Já os trabalhadores domésticos (4,919 milhões) cresceram 4,5% no trimestre, mas caem 21,4% em um ano. Ontem (30), o Ministério da Economia divulgou resultados do emprego formal, mas os dados não são comparáveis.

Entre os setores, no trimestre dois crescem (agropecuária e áreas ligadas a serviços). Em 12 meses, a maioria cai e alguns ficam estáveis. O emprego nos serviços de alojamento e alimentação registra queda de 28,1% (menos 1,585 milhão) e a indústria, de 10,3% (perda de 1,251 milhão de vaga).

Menos R$ 16 bilhões na economia

A taxa de informalidade subiu para 39,7%: 34,1 milhões de informais. Ficou um pouco acima do trimestre imediatamente anterior (38,8%) e abaixo do registrado no início de 2020 (40,7%).

Estimado em R$ 2.521, o rendimento médio subiu 2,9% no trimestre e ficou estável na comparação anual. A massa de rendimentos mostrou estabilidade em três meses e caiu 6,9% em relação a janeiro do ano passado: menos R$ 15,7 bilhões.

Novo auxílio emergencial passa a ser pago no dia 6 de abril

A partir de quinta-feira, 1º, o beneficiário poderá verificar se foi aprovado no site da Dataprev. Jair Bolsonaro, ao anunciar o auxílio, buscou atacar a política de isolamento social

(Foto: ABr)

247 - O novo auxílio emergencial começará a ser pago na próxima terça-feira, 6, segundo anúncio feito pelo governo federal na manhã desta quarta-feira, 31. Serão quatro parcelas de R$ 150, R$ 250 ou R$ 375. A partir de quinta-feira, 1º, o beneficiário poderá verificar se foi aprovado no site da Dataprev.

No ano passado, foram pagas cinco parcelas de R$ 600 e outras quatro de R$ 300.

Cada parcela terá valor padrão de R$ 250. Pessoas que vivem sozinhas receberão R$ 150 por mês. Para mulheres chefes de família, o valor será de R$ 375 - o valor será pago a grupos familiares comandados por mulheres sem cônjuge, com no mínimo uma pessoa menor de 18 anos.

Esvaziadas, celebrações do Golpe Militar de 1964 se provam um fiasco

Com roupas das cores da bandeira nacional, manifestantes em São Paulo pediam "intervenção militar com Bolsonaro no poder". Alguns chegaram a se ajoelhar em frente à sede do Comando Militar do Sudeste, enrolados na bandeira

(Foto: Foto: mundonews.org)

247 - Pequenos atos em celebração do Golpe Militar de 1964 e da ditadura militar foram registrados nesta quarta-feira (31) em algumas capitais do país

Em São Paulo, a Marcha da Família Cristã pela Liberdade, composta por apoiadores de Jair Bolsonaro, convocou os presentes a caminharem até a frente da sede do Comando Militar do Sudeste, no Ibirapuera. 

Com roupas das cores da bandeira nacional, os manifestantes pediam "intervenção militar com Bolsonaro no poder". Alguns chegaram a se ajoelhar em frente ao prédio, enrolados na bandeira.

Manifestações também ocorreram no Rio e em Curitiba, conforme reportado na Folha de S.Paulo.

A presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), convocou para hoje (31) atos contra o Golpe Militar ao redor do país. 

Veja os locais e horários das manifestações do dia 31/3:

Sul

  • Porto Alegre – Esquina Democrática, 13h
  • Florianópolis – Catedral Metropolitana, 16h
  • Curitiba – Praça Santos Andrade, 16h

Sudeste

  • São Paulo – Vão do Masp, 15h
  • Araraquara – Praça Santa Cruz, 15h30
  • Rio de Janeiro – Cinelândia, 15h
  • Volta Redonda – Praça Memorial Zumbi, 13h
  • Belo Horizonte – Praça da Estação, 16h

Centro-oeste

  • Brasília – Biblioteca Nacional, 16h
  • Cuiabá – Praça Alencastro, 17h30

Nordeste

  • Salvador – Praça Piedade, 14h
  • Porto Seguro - Praça da Caixa d’Água, 11h
  • Maceió – Praça Centenário, 15h
  • Recife – Monumento Tortura Nunca Mais, 9h
  • João Pessoa – Parque Solon de Lucena (Lagoa), 15h30
  • Teresina – Av. Frei Serafim, 16h

Norte

  • Rio Branco – Parque da Maternidade (Terminal Urbano), 9h
  • Macapá – Praça Lugar Bonito (Centro), 10h
  • Itacoatiara – Bosque das Seringueiras, 16h
  • Belém – Praça do Operário, 10h

Europa

  • Portugal – Porto – Consulado do Brasil, 10h
  • Alemanha – Berlim – Embaixada Brasileira, 12h30
  • Reino Unido – Birmingham – West Midlands
  • Espanha – Barcelona – Praça de Sant Jaume, 17h
  • Áustria – Viena – Biblioteca Nacional (Em frente à Embaixada do Brasil), 15h30
  • Finlândia – Helsinque – Embaixada do Brasil, 16h

América do Norte

  • EUA - Nova Iorque - Embaixada do Brasil, 14h
  • Canadá - Montreal - Sherbrooke Street, 10h

Prefeitura de Apucarana distribui chocolates aos doze mil alunos da rede municipal de ensino

 

Como as aulas presenciais estão suspensas devido à pandemia de Covid-19, os pais das crianças devem retirar os doces nos CMEIs e Escolas, seguindo o cronograma que foi enviado previamente


A Prefeitura de Apucarana, por meio da Autarquia Municipal de Educação, está promovendo nesta semana a distribuição de caixas de bombons e barras de chocolates aos mais de doze mil alunos da rede municipal de ensino. Como as aulas presenciais estão suspensas devido à pandemia de Covid-19, os pais das crianças devem retirar os doces nos CMEIs e Escolas, seguindo o cronograma que foi enviado previamente.

O prefeito Junior da Femac, o vice-prefeito Paulo Vital e a secretária de educação Marli Fernandes estiveram, na tarde de hoje (31/3), na Escola Municipal João Batista, na Vila Vitória Régia, a fim de acompanhar o início da distribuição dos chocolates. “Alguns pais me relataram que não teriam condições de comprar um presente para seus filhos, porque a pandemia fez com que eles perdessem renda. Fiquei emocionada ao perceber que as guloseimas distribuídas pela administração municipal serão as únicas que muitas crianças vão ganhar nesta Páscoa,” disse a secretária.

“Eu peço às famílias apucaranenses que evitem promover ou participar de aglomerações no feriado prologado. A vacinação contra a Covid-19 segue em ritmo acelerado no nosso município, conforme recebemos as doses da Secretaria de Estado da Saúde, mas precisamos também da colaboração da população para refrear a transmissão do vírus. A Páscoa é a celebração da ressurreição de Jesus Cristo, tempo de renovarmos a fé e a esperança de que dias melhores estão por vir,” acrescentou o prefeito.

Exposição de artista plástica da economia solidária marca fim de março, Mês da Mulher

 

Quadros de artista plástica no saguão do Cine Teatro Fênix ficam à mostra esta quarta-feira


Marcando o fim das celebrações de março, Mês da Mulher, quadros da artista plástica e empreendedora solidária Greici Keli de Lima Jacinto estão expostos no foyer do Cine Teatro Fênix até esta quarta-feira (31 de março). Ela pinta desde criança, levada pela mãe, que também pinta.  “Eu desenhava muito bem. Quando entrei em um ateliê pela primeira vez, tive certeza de que pintar era o que eu queria fazer na vida”, conta.

Cursou Educação Artística em Londrina e começou a dar aulas de arte para crianças, o que faz até hoje, atualmente na Apae de Apucarana. Segundo Greici Keli, a importância da Rede de Mulheres Solidárias, do Programa de Economia Solidária e Protagonismo Feminino, da secretaria da Mulher e Assuntos da Família, foi decisiva na carreira de pintora. “Conheci o programa, fiz a capacitação e comecei a me envolver com a economia solidária em um momento em que estava perdida, desempregada, triste e depressiva”, relembra a pintora.

Prazo para declaração da Defis é prorrogado para 31 de maio

 

A Declaração de Informações Socioeconômicas e Fiscais é um documento obrigatório que as empresas optantes do Simples Nacional devem apresentar anualmente

(Foto/PMA)

Em função dos impactos da pandemia da Covid-19, o Comitê Gestor do Simples Nacional (CGSN) aprovou no início desta semana resolução que prorroga para o dia 31 de maio de 2021 o prazo para apresentação da Declaração de Informações Socioeconômicas e Fiscais (Defis), referente ao ano-calendário 2020.

Além de comunicar a alteração, a Secretaria Municipal da Fazenda relembra que a Defis é um documento obrigatório que as empresas optantes do Simples Nacional devem apresentar anualmente para garantir a regularidade junto ao fisco.

A secretária Municipal da Fazenda, Sueli Pereira, explica que os dados da Defis são utilizados pela Secretaria de Estado da Fazenda do Paraná para definir a composição do índice de participação do município no ICMS, que servirá como parâmetro para as transferências para Apucarana no decorrer do próximo ano.

Roberto Jefferson quer milícia em Juiz de Fora para "dar pau" em policiais e tropa reage: "criminoso não nos intimidará" (VÍDEO)

Roberto Jefferson (PTB) defendeu a “desobediência civil” e “dar um pau” contra guardas municipais de Juiz de Fora que atuam na fiscalização do lockdown estabelecido na cidade. Os agentes de segurança rebateram Jefferson e disseram que : "nenhum criminoso nos intimidará"

(Foto: Reprodução | ABr)


247 - Roberto Jefferson (PTB) defendeu durante uma live com o vereador sargento Mello na última sexta-feira (26), a “desobediência civil” e “dar um pau” contra guardas municipais de Juiz de Fora que atuam na fiscalização do lockdown estabelecido na cidade para conter a propagação da COVID-19. 

 “Está precisando criar umas milícias em Juiz de Fora para dar um pau na Guarda Municipal. Um pau para quebrar.” , disse Jefferson. 

Ele também  defendeu execuções públicas e que a insubordinação popular se volte contra as famílias de guardas municipais.

A Guarda Municipal realizou na última segunda-feira (29) uma manifestação após os ataques do presidente Nacional do PTB. "nenhum criminoso nos intimidará", disse o comandante Leandro Lisboa.

A corporação também anunciou irá tomar as devidas providências, como comunicar o fato para as autoridades e ao Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).

 


Governo Biden acusa Bolsonaro de desrespeitar liberdade de expressão e atacar jornalistas

Num relatório sobre os direitos humanos do Departamento de Estado dos EUA, o governo Biden acusa frontalmente Jair Bolsonaro de atacar jornalistas e a imprensa e desrespeitar a liberdade de expressão no Brasil. É o mais duro ataque do governo Biden a Bolsonaro

Joe Biden e Jair Bolsonaro (Foto: White House | PR)

247 - O governo Joe Biden fez a mais grave acusação a Jair Bolsonaro desde sua posse em janeiro, indicando que a pressão irá aumentar: o Departamento de Estado divulgou nesta terça-feira (30) um relatório sobre os direitos humanos em 2020 que aponta desrespeito do governo brasileiro à liberdade de expressão e registrando os ataques aos jornalistas. No trecho sobre o Brasil, de 49 páginas, o governo dos Estados Unidos menciona que o presidente Jair Bolsonaro criticou verbalmente ou pelas redes sociais a imprensa por 53 vezes, número levantado pela organização Repórteres Sem Fronteiras.

Um dos momentos citados pelo Departamento de Estado como assédio aos jornalistas refere-se ao episódio, no qual, em 2020, Bolsonaro xingou um repórter que o questionou sobre depósitos feitos por Fabricio Queiroz a Michelle Bolsonaro, informa o G1.

Na ocasião, Bolsonaro disse: "Minha vontade era de encher a sua boca de porrada"

O relatório critica ainda as agressões a jornalistas que cobrem a pandemia do coronavírus. "Vários jornalistas sofreram assédio verbal, incluindo quando pessoas sem máscaras gritaram em seus rostos no início da Covid-19", diz o texto.

Sobre a cobertura presidencial, o relatório do governo Biden afirma especificamente sobre as entrevistas em frente ao Palácio do Alvorada. “Vários jornalistas foram submetidos a agressões verbais [...] levando uma coalizão de organizações da sociedade civil a abrir um processo civil contra o governo por não proteger os jornalistas naquele local."

Bolsonaro trata Exército como milícia particular, diz Elio Gaspari

Colunista condena a intervenção de Jair Bolsonaro nas Forças Armadas

(Foto: Alice Vergueiro/Abraji)

247 – "Desde que foi criado, em 1999, o Ministério da Defesa teve outros 11 titulares. Todos chegaram e partiram sem ruídos. A demissão do general Azevedo e Silva resultou na saída dos comandantes das três Forças, coisa nunca vista", escreve o jornalista Elio Gaspari, em sua coluna.

"As Forças Armadas não são milícia, e na porta da quitanda há quase 318 mil mortos e 14 milhões de desempregados. Em qualquer país e qualquer época, quem tem problemas desse tamanho não precisa de novas encrencas", afirma.

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Suspeição do ex-juiz Moro para outros réus da Lava Jato será avaliada caso a caso

Esse foi o entendimento da 5ª Turma do Superior Tribunal de Justiça, que julgou recurso em um dos processos sentenciados pelo ex-juiz condenado pelo STF

Sérgio Moro (Foto: Reuters)


Por Danilo Vital, do Conjur – A suspeição do ex-juiz federal Sérgio Moro, reconhecida pela 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal em relação aos processos contra o ex-presidente Lula, só é plenamente válida em relação a esse investigado pela "lava jato" e não se estende automaticamente aos demais. Seu eventual reconhecimento dependerá do caso concreto.

Esse foi o entendimento da 5ª Turma do Superior Tribunal de Justiça, que nesta terça-feira (30/3) julgou recurso em um dos processos movimentados pelo grupo de procuradores de Curitiba e sentenciado pelo ex-juiz e ex-ministro da Justiça, em que se alega a questão da suspeição.

Ela se configuraria porque Moro sentenciou ação penal idêntica e anterior, de fatos conexos, em que foi condenado o ex-deputado federal Eduardo Cunha (MDB-RJ). Depois, julgou e condenou outros quatro — dentre os quais a mulher de Cunha, Cláudia Cruz — por corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

Monocraticamente, o relator, ministro Felix Fischer, afastou a suspeição por entender que o fato de o mesmo juiz julgar casos conexos é circunstância que deu efetividade às regras do artigo 76, inciso I e II, do Código de Processo Penal. Assim, é algo expressamente desejado pelo relator.

A defesa ainda apontou fatos relacionados às mensagens hackeadas de autoridades que demonstraram contatos extraoficiais de Moro com integrantes do MPF em Curitiba, argumento descartado pela 5ª Turma e sequer discutido pelas instâncias ordinárias, o que motivou a aplicação da Súmula 283 do Supremo Tribunal Federal.

Relator, ministro Felix Fischer apontou que reconhecimento da suspeição demanda cuidado redobrado e deve ser alicerçada Gustavo Lima

Ninguém divergiu. Em vez disso, o julgamento serviu de aviso. "O próprio Supremo ainda não resolveu de forma cabal essa questão, porque ela trata em relação a um réu que não é esse que está aqui. Acho que, pelo menos por ora, é mais prudente mantermos na postura adotada pelo relator", disse o ministro Ribeiro Dantas.

"A suspeição reconhecida pelo Supremo é em reação a um determinado réu. Podemos amanhã ou depois chegar à conclusão que este ou aquele juiz seja suspeito, mas terá que ser em razão de caso concreto. Não tem aqui uma suspeição em abstrato, ninguém está suspeito para todas as ações da 'lava jato'", disse o ministro João Otávio de Noronha.

O ministro Reynaldo Soares de Fonseca, que fez o destaque e apontou a questão da suspeição, concordou. O relator complementou ao avisar que a suspeição é matéria que demanda muito cuidado.

"Não é que se exija uma prova acima de qualquer coisa quanto a suspeição, mas a suspeição tem que estar bem alicerçada. Acaso contrário é uma ofensa ao juiz. Todo e qualquer cidadão se ofende por qualquer coisa. E o juiz é ofendido aqui de uma forma drástica. O cara é pai de família, é chamado de venal, praticamente? Que que é isso? É muito grave isso aí", disse Fischer.

Rosa Weber suspende inquérito do STJ contra procuradores da Lava Jato

A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta terça-feira (30) a suspensão do inquérito aberto no Superior Tribunal de Justiça (STJ) para investigar procuradores que integravam a força-tarefa da Operação Lava Jato.

Ministra Rosa Weber (Foto: Rosinei Coutinho /SCO/STF)

247 - A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta terça-feira (30) a suspensão do inquérito aberto no Superior Tribunal de Justiça (STJ) para investigar procuradores que integravam a força-tarefa da Operação Lava Jato. A investigação apura se a força-tarefa tentou intimidar e investigar ilegalmente ministros do tribunal.

A decisão da ministra Rosa Weber suspende a investigação em relação a todos os investigados. 

Em manifestação enviada ao gabinete de Rosa, a Procuradoria-Geral da República (PGR) havia pedido o trancamento do inquérito. Segundo a PGR, o inquérito está carregado de ‘vícios’ que tornam ‘flagrantemente ilegal e abusiva a atividade persecutória’. 

A instauração do inquérito veio na esteira das mensagens hackeadas da Lava Jato, tornadas públicas depois que a defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu autorização do Supremo para acessar o acervo da Operação Spoofing, deflagrada em meados de 2019 contra o grupo responsável pelo ataque cibernético, informa O Estado de S.Paulo.

Olho no olho, Gleisi pede a saída de Bia Kicis da CCJ da Câmara [vídeo]

 



A deputada (Bia Kicis (PSL-DF), presidente da CCJ da Câmara, está tendo dificuldades para se manter no cargo.

Nesta terça (30/30), por exemplo, a deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR), informou que vai ingressar no Conselho de Ética contra a parlamentar bolsonarista.

Gleisi disse na sessão do colegiado, olho no olho, que Bia ataca a democracia ao açular forças policiais contra o governador da Bahia, Rui Costa (PT), após a morte do policial no domingo.

“A Senhora apagou seu tweet, mas não apagou o que pensa. Não tem condições de dirigir a CCJ”, sentenciou Gleisi Hoffmann, que presidente nacionalmente o PT.

Assista

Fonte: Blog do Esmael

COVID-19: Arapongas registra dois óbitos, 61 casos e 130 curados



Prefeitura de Arapongas, através da Secretaria Municipal de Saúde, informou nesta terça-feira (30/03), o registro de 61 novos casos, 130 curados e 02 óbitos por COVID-19, registrados no município. Neste momento, o município totaliza 13.179 casos, dos quais 12.271 já estão curados (93,1%)616 ainda estão com a doença e, infelizmente, 292 vieram a óbito. Ao todo, já foram realizados 49.948 testes.

terça-feira, 30 de março de 2021

Apucarana reduz a R$3 tarifa do transporte coletivo

 

O impacto nas contas da prefeitura, que vai arcar com o subsídio de R$0,60 até o dia 31 de dezembro, será na ordem de R$2,5 milhões com recursos livres 

(Fotos/PMA)

A partir de abril, a tarifa do transporte coletivo de passageiros de Apucarana passará dos atuais R$3,60 para R$3,00. A redução, que vai atender diretamente a cerca de 20 mil usuários do sistema, foi definida nesta terça-feira (30/03) pelo prefeito Júnior da Femac, em conjunto com os vereadores da base.

Para entrar em vigor, a medida precisa passar por votação na Câmara Municipal. “Apucarana pode ter absoluta certeza de que tem uma prefeitura, e oito vereadores que compõem a nossa base, que pensa na população. Essa proposta de lei foi discutida e idealizada para fazer a diferença na ponta, na mesa das famílias dos trabalhadores que, com a economia que vão obter ao pagar menos pelo transporte diário e poderão adquirir mais alimentos”, disse o prefeito Júnior da Femac, pontuando que R$3,00 era a tarifa praticada no município há 4 anos.

O projeto de lei que regulamenta a concessão do subsídio deve começar a ser apreciado a partir desta quarta-feira (31/03) em sessões extraordinárias. Durante a reunião, Júnior dividiu sua angústia com vereadores e secretários municipais diante do avanço da pandemia e do “empobrecimento” da população. “Vivemos o pior momento da pandemia, com recorde de óbitos, pessoas de diferentes idades adoecendo com a doença que tem nova e mais contagiosa variante circulando entre nós. Tudo está subindo de preço, os alimentos, o combustível. Os governos Federal e Estadual já promoveram suas políticas de auxílio. A força da prefeitura não é muita, mas analisamos juridicamente qual a medida legalmente possível e a redução da tarifa foi o caminho”, pontuou o prefeito Júnior da Femac.


“Pode parecer pouco, mas para uma família que tem duas, três pessoas que usam o transporte diariamente, significa mais R$60 ou R$90 no bolso para ser gasto no comércio local em alimentos, remédios”, disse o prefeito, lembrando que a medida também beneficia indiretamente a economia local. “O mercadinho, a panificadora, o pequeno comércio de bairro onde as pessoas adquirem o alimento, o pão diário. O dinheiro permanece girando na cidade”, comentou.

O impacto nas contas municipais até o dia 31 de dezembro, prazo previsto para durar o subsídio municipal, será na ordem de R$2,5 milhões. “A concessionária VAL vai continuar recebendo R$3,60 por cada tarifa. Os R$0,60 serão arcados pela prefeitura até o final do ano”, esclarece o prefeito Júnior da Femac. De acordo com ele, os recursos serão do caixa próprio. “O dinheiro que será empregado no subsídio da tarifa estava reservado para obras de recape agendadas para este segundo semestre, mas que agora transferimos para o primeiro semestre do próximo ano”, explica Júnior, frisando que em reunião com a empresa concessionária cobrou reforço de veículos nas linhas com maior número de usuários.

O presidente da Câmara de Vereadores, Francisley “Poim”, disse que a proposta vai ter a chancela de todos os vereadores da base. “A redução da tarifa do transporte coletivo é uma medida de grande sensibilidade social do nosso prefeito que conta com total apoio da Câmara Municipal. Sem dúvida é uma ajuda que todo trabalhador que usa ônibus estava precisando. O que ele vai economizar certamente fará a diferença na hora de ir ao mercado, podendo comprar mais”, avaliou Poim.

O vice-prefeito Paulo Sérgio Vital salientou que mesmo sem o subsídio, Apucarana já pratica atualmente a menor tarifa do transporte coletivo em comparação a outras cidades do mesmo porte populacional. “O subsídio é mais uma forma da prefeitura ajudar a população, em especial a mais carente economicamente, e amenizar as dificuldades impostas pela pandemia”, colocou Vital.

Participaram também da reunião os secretários Municipais Nicolai Cernescu Júnior (Gestão Pública), Sueli Pereira (Fazenda), o diretor-presidente do Instituto de Desenvolvimento, Pesquisa e Planejamento de Apucarana (Idepplan), Carlos Mendes, o diretor-administrativo da Câmara, Cecílio Luz, e os vereadores Marcos da Vila Reis, Luciano Molina, Jossuela Pinheiro, Tiago Cordeiro, Rodrigo Liévore (Recife), Luciano Facchiano.

 

Em primeiro ato como ministro da Defesa, Braga Netto diz que golpe de 64 deve ser “celebrado”

Ordem do Dia publicada nesta noite pelo general Braga Netto descreve o golpe militar à época como uma tentativa das Forças Armadas de “pacificar o País”, “reorganizá-lo” e “garantir as liberdades democráticas”. “O movimento de 1964 é parte da trajetória histórica do Brasil. Assim devem ser compreendidos e celebrados os acontecimentos daquele 31 de março”, diz

General Braga Netto (Foto: Anderson Riedel/PR)

247 - Novo ministro da Defesa, o general Walter Braga Netto publicou no início da noite desta terça-feira (30) seu primeiro comunicado desde que assumiu o cargo, a "Ordem do Dia Alusiva ao 31 de março de 1964", e nela, defende a “celebração” do golpe militar de 1964, que culminou em prisões, torturas e repressão por mais de duas décadas no País.

No texto, ele define o papel das Forças Armadas no episódio da seguinte forma: “As Forças Armadas acabaram assumindo a responsabilidade de pacificar o País, enfrentando os desgastes para reorganizá-lo e garantir as liberdades democráticas que hoje desfrutamos”.

E defende que “o movimento de 1964 é parte da trajetória histórica do Brasil. Assim devem ser compreendidos e celebrados os acontecimentos daquele 31 de março”. 

Braga Netto entrou no lugar de Fernando Azevedo, depois que o último bateu de frente com Bolsonaro e impediu a demissão do comandante do Exército, Edson Leal Pujol. Com a troca no ministério da Defesa, foi anunciada a demissão coletiva dos três chefes do Exército, Aeronáutica e Marinha.

Confira a íntegra da Ordem do Dia de Braga Netto nesta terça-feira, véspera de 31 de março, data do golpe militar:

Ordem do Dia Alusiva ao 31 de Março de 1964

Publicado em 30/03/2021 18h29 Atualizado em 30/03/2021 18h36


MINISTÉRIO DA DEFESA

Ordem do Dia Alusiva ao 31 de março de 1964

Brasília, DF, 31 de março de 2021


Eventos ocorridos há 57 anos, assim como todo acontecimento histórico, só podem ser compreendidos a partir do contexto da época.

O século XX foi marcado por dois grandes conflitos bélicos mundiais e pela expansão de ideologias totalitárias, com importantes repercussões em todos os países.

Ao fim da Segunda Guerra Mundial, o mundo, contando com a significativa participação do Brasil, havia derrotado o nazi-fascismo. O mapa geopolítico internacional foi reconfigurado e novos vetores de força disputavam espaço e influência.

A Guerra Fria envolveu a América Latina, trazendo ao Brasil um cenário de inseguranças com grave instabilidade política, social e econômica. Havia ameaça real à paz e à democracia.

Os brasileiros perceberam a emergência e se movimentaram nas ruas, com amplo apoio da imprensa, de lideranças políticas, das igrejas, do segmento empresarial, de diversos setores da sociedade organizada e das Forças Armadas, interrompendo a escalada conflitiva, resultando no chamado movimento de 31 de março de 1964.

As Forças Armadas acabaram assumindo a responsabilidade de pacificar o País, enfrentando os desgastes para reorganizá-lo e garantir as liberdades democráticas que hoje desfrutamos.

Em 1979, a Lei da Anistia, aprovada pelo Congresso Nacional, consolidou um amplo pacto de pacificação a partir das convergências próprias da democracia. Foi uma transição sólida, enriquecida com a maturidade do aprendizado coletivo. O País multiplicou suas capacidades e mudou de estatura.

O cenário geopolítico atual apresenta novos desafios, como questões ambientais, ameaças cibernéticas, segurança alimentar e pandemias. As Forças Armadas estão presentes, na linha de frente, protegendo a população.

A Marinha, o Exército e a Força Aérea acompanham as mudanças, conscientes de sua missão constitucional de defender a Pátria, garantir os Poderes constitucionais, e seguros de que a harmonia e o equilíbrio entre esses Poderes preservarão a paz e a estabilidade em nosso País.

O movimento de 1964 é parte da trajetória histórica do Brasil. Assim devem ser compreendidos e celebrados os acontecimentos daquele 31 de março.


WALTER SOUZA BRAGA NETTO

Ministro de Estado da Defesa