terça-feira, 30 de março de 2021

“Não há risco de ruptura institucional”, diz Mourão após demissão de comandantes

Com a queda dos chefes do Exército, Marinha e Aeronáutica, o vice-presidente rechaçou qualquer perigo de golpe no país: "pode botar quem quiser. As Forças Armadas vão se pautar pela legalidade, sempre"

Hamilton Mourão (Foto: Reprodução)

247 - Após Jair Bolsonaro demitir nesta terça-feira (30) os três comandantes das Forças Armas, Edson Leal Pujol (Exército), Ilques Barbosa (Marinha) e Antônio Carlos Bermudez (Aeronáutica), o vice-presidente, general Hamilton Mourão, garantiu à Andréia Sadi, do G1, que não há risco de ruptura institucional no Brasil.

"Pode botar quem quiser, não tem ruptura institucional. As Forças Armadas vão se pautar pela legalidade, sempre", cravou Mourão.

Para o vice-presidente, o foco agora deve ser no maior problema que o país enfrenta atualmente: a pandemia de Covid-19.

Bolsonaro abre a maior crise das Forças Armadas com demissão de comandantes

O momento é forte tensão institucional no Brasil após o precedente inédito aberto por Jair Bolsonaro com a demissão de Edson Leal Pujol, comandantes do Exército; Ilques Barbosa, da Marinha; e Antônio Carlos Bermudez, da Aeronáutica, que nñao aceitaram subordinar as Forças Armadas a um autogolpe´

Militares que aderiram ao golpe permanecem no governo para garantir equilíbrio 
(Foto: Marcos Corrêa/PR)

RBA com 247- Após a segunda-feira tempestuosa em que o presidente da República, Jair Bolsonaro, trocou seis ministros, a tarde desta terça começa com a demissão coletiva dos três comandantes das Forças Armadas: Edson Leal Pujol, do Exército; Ilques Barbosa, da Marinha; e Antônio Carlos Bermudez, da Aeronáutica, reagiram à intempestiva “reforma ministerial” do chefe do governo que “queimou” o até então ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, muito respeitado na força que comanda. Os comandantes anunciaram sua decisão após reunião com o novo titular da Defesa, general Braga Netto.

Segundo inúmeras informações de Brasília, a recusa de Azevedo e Silva de apoiar explicitamente a intenção de Bolsonaro de endurecer contra os governadores na decretação de lockdowns motivou a demissão do general. O presidente teria pedido a cabeça de Pujol, por considera-lo fraco,  e ficado furioso com a negativa do ex-ministro da Defesa.

O ato dos três comandantes é inédito na história brasileira. Eles deixam claro, com o gesto, que não têm a menor intenção de ultrapassar as linhas do Estado democrático de direito e violar a Constituição, que é o sonho de Bolsonaro. Em abril de 2016, ao votar pelo impeachment de Dilma Roousseff, o atual presidente da República votou “pela memória do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, o pavor de Dilma Rousseff”, o que foi considerado “estarrecedor” por políticos e ativista dos direitos humanos.

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Braga Netto demite os chefes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica

O novo ministro da Defesa, Braga Netto, demitiu no início da tarde desta terça-feira os três comandantes das Forças Armadas. Edson Leal Pujol (Exército), Ilques Barbosa (Marinha) e Antônio Carlos Bermudez (Aeronáutica). Os militares reafirmaram que não participarão de nenhuma aventura golpista a mando de Jair Bolsonaro

(Foto: ABr)

247 - O novo ministro da Defesa, Walter Braga Netto, demitiu nesta terça-feira (30) os três comandantes das Forças Armadas, Edson Leal Pujol (Exército), Ilques Barbosa (Marinha) e Antônio Carlos Bermudez (Aeronáutica). 

A reunião dos comandantes das Forças Armadas com o novo ministro da Defesa, Walter Braga Netto, na manhã desta terça-feira, teve momentos de alta tensão. Segundo O Estado de S.Paulo, o mais exaltado no encontro foi o almirante Ilques Barbosa, da Marinha, que teve uma altercação com Braga Netto.

A nota oficial do Ministério da Defesa desmente a versão corrente de que eles teriam colocado seus cargos à disposição,  como é de praxe numa situação dessas. Ao contrário, a nota oficial informou que "os Comandantes da Marinha, do Exército e da  Aeronáutica serão substituídos" e que a "decisão foi comunicada em reunião realizada nesta terça-feira (30), com presença do  Ministro da Defesa nomeado, Braga Netto, do ex-ministro, Fernando Azevedo, e dos  Comandantes das Forças". 

A leitura da nota indica a demissão dos três comandantes, que foram comunicados que serão substituídos por outros

A crise  militar foi gerada pelo anúncio inesperado da saída de Azevedo.O motivo da demissão sumária do ministro foi o que aliados dele chamaram de "ultrapassagem da linha vermelha": Bolsonaro vinha cobrando manifestações políticas favoráveis aos interesses do governo. Tanto Azevedo como o comandante do Exército, Edson Pujol, teriam se recusado a cumprir a orientação de Bolsonaro. 

Jair Bolsonaro demitiu o comandante do Exército, Edson Pujol, pelo fato de o general não se manifestar sobre a decisão do STF que anulou as condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no início do mês. "O presidente esperava um posicionamento e ele não veio", afirmou um assessor palaciano. Bolsonaro considerava Pujol uma "pedra no sapato".

O nome mais cotado nos bastidores para o lugar de Pujol é o do comandante militar do Nordeste, general Marco Antônio Freire Gomes. Segundo militares que acompanham a negociação, no entanto, para nomear Freire Gomes, Bolsonaro teria de “aposentar” seis generais quatro estrelas mais antigos que ele. Isso porque eles passam à reserva se um oficial mais "moderno", com menos tempo de Exército, for alçado ao comando.

Leia a nota do Ministério da Defesa


Fiocruz e Butantan preveem entregar 27 milhões de doses em abril

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) informou que, para os próximos meses, mais três lotes de IFA têm previsão para embarcar em abril

(Foto: Divulgação)

247 - Institutos responsáveis pela fabricação das vacinas coronaVac e Oxford informaram que o País deve receber pelo menos 27 milhões de doses dos imunizantes em abril. De acordo com o portal G1, a estimativa considerou apenas o que pode ser entregue com matéria-prima já importada. 

A entrega dessas doses não depende da chegada de novos lotes do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA).

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) informou que, para os próximos meses, mais três lotes de IFA têm previsão para embarcar em abril. Em maio, serão mais entregues quatro remessas e, em junho, será enviado o último lote.

A instituição estimou entregar 104,4 milhões de doses de vacinas no primeiro semestre e mais 110 milhões no segundo semestre.

Butantan

Na última sexta-feira (26), o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, apresentaram a Butanvac, a vacina contra a Covid-19 que será produzida pelo Instituto Butantan (SP). 

Ao todo, 40 milhões de doses devem ser produzidas em maio e a vacinação deve começar em julho.

Bolsonaro repete discurso sobre medidas de isolamento: 'eu não fecho nada'

 

"Eu não fecho nada, eu não fecho nada. A vida é tão importante quanto a questão do emprego", disse a apoiadores

© Getty Images


O presidente Jair Bolsonaro repetiu, nesta terça-feira, 30, e como tem feito desde o início da pandemia, o discurso de que não é o responsável por políticas de fechamento de setores econômicos adotadas no País para evitar o avanço da covid-19. "Eu não fecho nada, eu não fecho nada. A vida é tão importante quanto a questão do emprego", disse a apoiadores. Na saída do Palácio da Alvorada, o presidente ouviu queixas de um simpatizante sobre os fechamentos praticados em alguns Estados para evitar a disseminação do novo coronavírus.
Ao contrário da retórica de Bolsonaro, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o distanciamento social e medidas de isolamento como forma de prevenir o maior contágio pelo vírus. Bolsonaro, contudo, é crítico a essa estratégia pelo seu impacto na atividade econômica. Por esse motivo, ao longo da pandemia, o chefe do Executivo antagonizou governadores e prefeitos que adotaram medidas de fechamento.

O presidente chegou a entrar com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) contra os governos do Distrito Federal, Bahia e Rio Grande do Sul para derrubar decretos de "toque de recolher" à população adotados pelos governadores. A ação foi rejeitada pelo ministro Marco Aurélio Mello na semana passada.

Bolsonaro decidiu afastar Pujol por recusa a criticar STF nas redes sobre caso Lula, como fizera Villas Bôas

Jair Bolsonaro cobrava do comandante do Exército, Edson Pujol, uma iniciativa parecida com a do ex-comandante Eduardo Villas Bôas em 2018, quando o general publicou um tuíte pressionando o STF a barrar a candidatura do ex-presidente Lula

Edson Pujol, ex-presidente Lula e Jair Bolsonaro (Foto: ABr | Ricardo Stuckert)

247 - Jair Bolsonaro quer a demissão do comandante do Exército, Edson Pujol, após o general não se manifestar sobre a decisão judicial que anulou as condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no início do mês. "O presidente esperava um posicionamento e ele não veio", afirmou um assessor palaciano. A informação foi publicada pela jornalista Thaís Oyama, no portal Uol. Bolsonaro já considerou Pujol uma "pedra no sapato".

Bolsonaro cobrava de Pujol uma iniciativa parecida com a do ex-comandante do Exército, Eduardo Villas Bôas, em 2018, quando o general publicou um tuíte pressionando o Supremo Tribunal Federal a barrar a candidatura de Lula na eleição presidencial. Em livro, Villas Bôas chegou a confirmar que a prisão do ex-presidente também foi motivo por causa da pressão de militares em cima da Corte

O superior imediato de Pujol, o agora ex-ministro da Defesa Fernando Azevedo e Silva, disse a Bolsonaro que não poderia obrigar o comandante do Exército a se posicionar publicamente sobre a decisão do Supremo e que as Forças Armadas poderiam ser criticadas com eventual manifestação sobre o caso Lula.

Desenvolvida pela UFPR, Brasil pode ganhar vacina contra Covid 100% paranaense

O Brasil pode ganhar no ano que vem uma vacina contra a Covid-19 integralmente desenvolvida no Paraná. Criado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), o imunizante está sendo desenvolvido por professores e cientistas da instituição e já demonstrou títulos de anticorpos comparáveis e até superiores aos reportados pela vacina AstraZeneca/Oxford. O imunizante está em estudos na fase pré-clínica realizados em camundongos. A previsão é de que a vacina possa estar disponível em 2022. A informação foi revelada na reunião dessa segunda-feira (29) da Frente Parlamentar do Coronavírus da Assembleia Legislativa do Paraná.


Durante o encontro, os deputados membros da Frente aprovaram o envio de um requerimento para Mesa Executiva da Assembleia solicitando a destinação de R$ 2 milhões de recursos do próprio orçamento da Casa para ajudar a financiar o desenvolvimento da vacina paranaense. A importância do apoio para o estudo foi destacada pelo coordenador da Frente Parlamentar, deputado Michele Caputo (PSDB). “A Universidade Federal do Paraná nunca nos falta no trabalho em busca da ciência e da pesquisa”, afirmou Caputo.

Os detalhes da vacina foram apresentados pelo reitor da UFPR, Ricardo Marcelo Fonseca, e por três professores/pesquisadores que encabeçam a pesquisa. Segundo o reitor, a vacina usa insumos nacionais, o que diminui o custo de produção do imunizante. De acordo com a UFPR, a vacina se mostrou eficaz sem o acréscimo de adjuvante, substância utilizada para facilitar a resposta imune normal. As partículas do polímero bacteriano polihidroxibutirato (PHB), utilizadas pelos pesquisadores para inserir partes da proteína viral do Sars-CoV-2 no organismo, já apresentam a atividade de adjuvante, mostrando a resposta imune em camundongos. “Temos hoje no Brasil entre oito e 10 vacinas em desenvolvimento. A nossa vacina está entre as cinco mais avançadas. Nossa previsão é de que em seis meses podemos chegar na fase de testes clínicos”, informou o reitor da universidade.

Ministro da Justiça é ligado à Bancada da Bala e amigo íntimo de Flávio Bolsonaro

Escolhido por Jair Bolsonaro para comandar a pasta da Justiça, o delegado federal Anderson Gustavo Torres assessorou o ex-deputado Fernando Francischini (PSL-PR), um bolsonarista radical. Foi em comissões da Câmara que o novo ministro se aproximou da Bancada da Bala. O delegado também é amigo pessoal de Flávio Bolsonaro e ligado ao clã

Delegado Gustavo Torres e Flávio Bolsonaro (Foto: Lúcio Bernardo Jr/Agência Brasília | ABr)

247 - Escolhido por Jair Bolsonaro para comandar o Ministério da Justiça no lugar de André Mendonça, o delegado da Polícia Federal Anderson Gustavo Torres é identificado com o setor mais extremista do Congresso, a chamada Bancada da Bala. O novo titular da pasta, que deixará a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, atuou durante anos como chefe de gabinete do ex-deputado federal Fernando Francischini (PSL-PR), um dos primeiros parlamentares no Congresso a defender, em 2018, a campanha de Bolsonaro ao Planalto. Francischini é um bolsonarista radical, de extrema-direita.

Torres assessorou Francischini em comissões da Câmara como a de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado e de Fiscalização Financeira e Controle, além de CPMIs (comissões parlamentares mistas de inquérito), entre elas a da JBS.

De acordo com reportagem do jornal Folha de S.Paulo, foi nas comissões que o novo ministro se aproximou da Bancada da Bala. 

No ano passado, quando aconteceram manifestações de bolsonaristas que pediam o fechamento do Supremo Tribunal Federal e do Congresso, Torres foi acusado por opositores do governo federal de não adotar, enquanto secretário Segurança Pública do DF, medidas mais duras contra os atos antidemocráticos.

Flávio Bolsonaro

O delegado também é amigo pessoal do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), e frequenta a "cozinha" do clã Bolsonaro, de acordo com informação publicada pela coluna de Guilherme Amado

O Ministério Público do Rio (MP-RJ) denunciou o parlamentar, no ano passado, por peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa. O motivo da denúncia foi um esquema de corrupção que acontecia na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), onde Flávio cumpria mandato antes de ser eleito para o Senado. 

STF forma maioria para punir Deltan Dallagnol no CNMP

Corte avaliou que procurador não pode fazer crítica direta a determinado político, pois isso extrapola sua função. O caso envolveu o senador Renan Calheiros (MDB-AL)

Renan Calheiros / Deltan Dallagnol (Foto: Agência Brasil)

Por Sérgio Rodas, no Conjur – Crítica direta e específica de procurador a político é problemática, pois pode passar a impressão de que o Ministério Público tem um "lado" ou que, se fosse processar tal pessoa, seria especialmente rigoroso, quando a entidade tem que ser imparcial.

Com esse entendimento, a 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal formou maioria para negar pedido do procurador Deltan Dallagnol, chefe da finada "lava jato" no Paraná, para anular a pena de censura que lhe foi imposta pelo Conselho Nacional do Ministério Público por criticar o senador Renan Calheiros (MDB-AL).

O relator, Nunes Marques, votou contra o requerimento de Dallagnol. Ele foi seguido pelos ministros Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski. O ministro Edson Fachin divergiu. Ainda falta o voto da ministra Cármen Lucia.

Justiça Federal rejeita denúncia contra Lula e Boulos por ocupação do tríplex

A Primeira Turma Recursal do Juizado Especial Federal da 3ª Região rejeitou a denúncia contra o ex-presidente Lula e Guilherme Boulos sobre a ocupação do Tríplex em Guarujá por integrantes do MTST em 2018

Ex-presidente Lula, Guilherme Boulos e a ocupação do tríplex (Foto: Divulgação)

247 - A Primeira Turma Recursal do Juizado Especial Federal da 3ª Região rejeitou, nessa segunda-feira (29), a denúncia do procurador Ronaldo Ruffo contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos (PSOL), sobre a ocupação do chamado "Triplex do Guarujá" por integrantes do MTST em 2018.

Rejeitaram a denúncia a juíza Flávia de Toledo Cera, relatora do caso, e os juízes Fernando Moreira Gonçalves e Sérgio Henrique Bonachela. 

A 6ª Vara Federal em Santos (SP) havia rejeitado as acusações, mas o Ministério Público Federal recorreu da decisão. 

Recentemente, o Judiciário brasileiro tomou outras decisões favoráveis ao ex-presidente. Na última terça-feira (23), Sérgio Moro foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por causa de sua parcialidade contra Lula

Também na semana passada, o Tribunal de Justiça (TJ-SP) determinou à OAS e à Cooperativa Habitacional dos Bancários (Bancoop) que restituam as parcelas pagas pela ex-primeira-dama Marisa Letícia na compra de tríplex em Guarujá (SP).  

Após a Bancoop falir, a OAS assumiu o condomínio e as pessoas que pagaram parcelas poderiam ou ter a devolução de 90% dos valores gastos ou uma unidade no Solaris. O TJ-SP confirmou que a ex-primeira-dama desistiu da aquisição do imóvel.

São Paulo amanhece com bloqueios nas ruas contra Bolsonaro em protesto: Vida, Pão, Vacina e Educação! (vídeo)

Ação do bloqueio de avenidas e intervenções faz parte da “Jornada de Lutas” da UNE, Ubes e ANPG, que reivindica o acesso à vacina, o direito ao auxílio emergencial, acesso à educação e a queda de Jair Bolsonaro

(Foto: Divulgação)


247 - A União Nacional dos Estudantes (UNE), União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) e Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG) interditaram no amanhecer desta terça-feira (30) vias importantes da cidade de São Paulo, exigindo a queda de Jair Bolsonaro. 

Irão ocorrer ao longo do dia protestos em mais oito capitais: Porto Alegre, Recife, Salvador, Fortaleza, Goiânia, Brasília, Belo Horizonte e Cuiabá. O lema dos protestos é “Vida, Pão, Saúde e Educação”. 

Os estudantes reivindicam o acesso à vacina, o direito ao auxílio emergencial e também o acesso à educação. A Radial Leste, via estratégica que liga a região mais populosa de São Paulo ao centro da cidade, amanheceu com barricadas e pneus incendiados, como mostra o vídeo abaixo.

 

 





COVID-19: Arapongas registra 49 novos casos, 75 curados e 05 óbitos



Prefeitura de Arapongas, através da Secretaria Municipal de Saúde, informou nesta segunda-feira, (29/03), o registro de 49 novos casos, 75 curados e 05 óbitos por COVID-19 registrados no município. Agora o município totaliza 13.118 casos dos quais 12.141 já estão curados (92,6%), 687 ainda estão com a doença e 290, infelizmente, vieram a óbito. Ao todo, já foram realizados 49.783 testes. 

segunda-feira, 29 de março de 2021

Após suspeita de negociação com informações privilegiadas, aliado de Castello Branco é demitido da Petrobras

Cláudio da Costa é suspeito de negociar ações da empresa com informações privilegiadas. Ele era um dos principais executivos da estatal e passou a negociar as ações assim que Jair Bolsonaro decidiu demitir Roberto Castello Branco da presidência da empresa


247 - Cláudio da Costa foi demitido da direção da Petrobras com a suspeita de negociar ações da empresa com informações privilegiadas. Costa, que era um dos principais executivos da estatal, passou a negociar as ações assim que Jair Bolsonaro decidiu demitir Roberto Castello Branco da presidência da empresa.

Segundo a Crusoé, “a suspeita surgiu depois que os controles internos da Petrobras identificaram, em checagens de rotina que Costa vendeu as ações da Petrobras que possuía bem no auge da crise ocasionada pela decisão de Bolsonaro de tirar Castello Branco do cargo“.

A decisão de despedir Costa foi tomada no último domingo, 28, pelo próprio Castello Branco, que continua no cargo até o fim do mês - quando dará lugar ao novo presidente indicado por Bolsonaro, general Joaquim Luna e Silva.

Cláudio ocupava o cargo de gerente-executivo de recursos humanos e era considerado uma pessoa de confiança por Castello Branco.

Castello Branco pode ter lucrado R$ 11 milhões com sua demissão

Segundo petroleiros, Castello Branco teria operado com opções de ações da estatal, assim que soube que seria demitido. Ele teria solicitado que suas assessoras Ana Paula Carta Antunes e Ângela Maria Freitas Correia, através de contas de familiares destas, realizassem operações financeiras na corretora Modal no tipo PUT (venda de opções) no papel PETRD249.

A operação em cada CPF foi na casa de de R$ 350 a R$ 400 mil, totalizando um lucro (ainda não realizado) de mais de R$ 11 milhões na cotação atual. O referido presidente teria aproveitado a sua demissão e utilizado o fato em proveito próprio, usando assessoras como laranjas. Jair Bolsonaro decidiu demitir Castello Branco no dia 18 de fevereiro. A partir do dia 19 o valor da opção subiu de US$ 0,80 para cerca de US$ 4,50. 

Detalhe importante: a assessora Ângela Maria foi levada para a Petrobrás pelo próprio Castello Branco, desde que assumiu. Após um ano, a sua sobrinha, Ana Paula Carta, foi contratada como assessora do presidente, sem concurso público. Denúncias já foram feitas na Ouvidoria da Petrobras, na Comissão de Valores Mobiliários, no Tribunal de Contas da União e no Ministério Público.

Bolsonaro confirma mudanças em seis ministérios

Sofreram alterações a Casa Civil, a Secretaria de Governo, a Advocacia-Geral da União (AGU), o Ministério da Defesa, o Ministério da Justiça e Segurança Pública e o Ministério das Relações Exteriores

Esplanada dos Ministérios (Foto: Ana Volpe/Relações Públicas)


247 - No início da noite desta segunda-feira (29), Jair Bolsonaro emitiu nota confirmando mudanças no comando de seis ministérios.

Na Casa Civil, sai o ministro Walter Braga Netto e assume o ministro Luiz Eduardo Ramos, que chefiava a Secretaria de Governo.

No Ministério da Justiça, assume o delegado federal Anderson Torres, substituindo André Mendonça, que volta para a Advocacia Geral da União.

No Ministério da Defesa entra Walter Braga Netto, no lugar de Fernando Azevedo e Silva

O Ministério das Relações Exteriores, será comandado pelo embaixador Carlos Alberto Franco França.

Na Secretaria de Governo entra a deputada federal Flávia Arruda (PL-DF).

Efetivamente, deixam o governo os ex-ministros Ernesto Araújo (Relações Exteriores) e Fernando Azevedo e Silva (Defesa).

Walter Braga Netto, Luiz Eduardo Ramos e André Mendonça foram movidos entre pastas.

O delegado federal Anderson Torres, o embaixador Carlos Alberto Franco França e a deputada federal Flávia Arruda (PL-DF) são os novos integrantes do governo.

158 cidades do Paraná chegaram a 10% dos vacinados com a 1ª dose

 

Nova Laranjeiras, na Região Centro-Sul, é proporcionalmente o município com mais pessoas protegidas: 18,82% da população já recebeu a primeira dose do imunizante contra a Covid-19. Rio Bom (17,67%) e Nova Olímpia (17,41%) completam o pódio da vacinação.

© JONATHAN CAMPOS

Cento e cinquenta e oito municípios do Paraná ultrapassaram a marca de 10% da população imunizada com a primeira dose da vacina contra a Covid-19. A quantidade representa 39,6% das 399 cidades paranaenses. No total, o Estado fez 933.836 aplicações iniciais (8,94%), de acordo com o ranking da vacinação, elaborado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) – o levantamento foi atualizado às 15h05 desta segunda-feira (29) e leva em consideração pessoas com mais de 18 anos.

Nova Laranjeiras, na Região Centro-Sul, é proporcionalmente o município com mais pessoas protegidas: 18,82% da população já recebeu a primeira dose do imunizante. Rio Bom, no Vale do Ivaí, com 17,67%, e Nova Olímpia, no Noroeste, com 17,41%, completam o pódio da vacinação. A média estadual é de 8,94%.

Cidade mais populosa do Paraná com quase 2 milhões de habitantes, Curitiba é a 108ª do ranking, alcançando 10,9% das pessoas. A Capital, porém, lidera em números absolutos, com 190.920 imunizados. Londrina (51.687), Maringá (44.673), Cascavel (31.725) e Ponta Grossa (27.361) aparecem na sequência.

Apucarana confirma mais quatro óbitos e 61 novos casos de Covid-19 nesta segunda-feira



A Autarquia Municipal de Saúde (AMS) registrou mais quatro óbitos e 61 novos casos de Covid-19 nesta segunda-feira (29) em Apucarana. São agora 199 mortes provocadas pela doença no município e 8.235 resultados positivos para o novo coronavírus.

O primeiro óbito é de uma mulher de 69 anos, que tinha hipotireoidismo. Ela foi internada em 7 de março e morreu neste domingo (28). O segundo óbito é de uma mulher de 59 anos, sem comorbidade. Ela foi internada em 24 de março e morreu também no domingo (28). O terceiro óbito é de uma mulher de 58 anos, sem comorbidade. Ela foi internada em 15 de março e morreu no sábado (27). O quarto óbito é de um homem de 60 anos, também sem comorbidade. Ele foi internado em 20 de março e morreu no domingo (28). Todos estavam internados no Hospital da Providência, de Apucarana.

Os 61 novos resultados positivos vieram do Laboratório Central do Paraná (Lacen). São 30 homens (entre 8 e 63 anos) e 31 mulheres (entre 3 e 83 anos). Todos estão em isolamento domiciliar.

Ainda segundo o boletim da AMS, Apucarana tem mais 115 suspeitas em investigação. O número de recuperados se mantém em 7.317.

O Pronto Atendimento do Coronavírus soma 27.739 pessoas atendidas presencialmente desde o início da pandemia. O número de monitorados atualmente é de 1.214.

Já foram testadas 33.454 pessoas, sendo 16.993 em testes rápidos, 13.746 pelo Lacen (RT-PCR) e 2.715 por laboratórios particulares (RT-PCR).

São 30 pacientes de Apucarana internados, sete na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 23 em leitos de enfermaria.

O município tem 668 casos ativos da doença. 

Adriano da Nóbrega tinha celular exclusivo para falar com assessores de Flávio Bolsonaro

O método de contato, o chamado ponto-a-ponto, que visa dificultar interceptação da polícia, já havia sido identificado pela investigação sobre as “rachadinhas” conduzida pelo MP-RJ

Flávio Bolsonaro e Adriano Mendonça da Nóbrega 
(Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado | Reprodução)

Revista Fórum - Investigação que cobre o período de fuga do miliciano Adriano da Nóbrega aponta que seus familiares tinham celulares exclusivos para manter contato com ele. Isso confirma o método de contato apontado (ponto-a-ponto) pelo Ministério Público do Rio de Janeiro entre pessoas ligadas ao senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) e o miliciano.

As interceptações telefônicas revelam que Adriano exigiu que todos seguissem o método de ponto-a-ponto, na qual os seus comparsas mantinham aparelhos exclusivos para entrar em contato com ele. O objetivo deste método é evitar que o telefone usado para essas conversas fosse identificado em contato com outro membro da quadrilha. Além disso, a troca do número de celular era feita de maneira constante por todos, para assim fugir do monitoramento das autoridades.

De acordo com a investigação sobre o caso das “rachadinhas”, Márcia Aguiar, esposa de Fabrício Queiroz e ex-assessora de Flávio, e Luiz Botto Maia, advogado e também ex-assessor do senador, foram até o interior de Minas Gerais se encontrar com Raimunda Veras Magalhães, mãe de Adriano e também ex-funcionária de Flávio, filho do presidente Jair Bolsonaro.

Leia mais na Fórum.

Vacinação em Apucarana chega aos idosos 68 anos

Amanhã e quarta-feira a imunização é destinada também às pessoas de 80 a 84 anos com a segunda dose


A Autarquia Municipal de Saúde (AMS) anunciou hoje o cronograma de vacinação contra a Covid-19 para os próximos dois dias. Serão imunizados amanhã (30) e quarta (31) idosos de 68 anos com a primeira dose e a faixa etária de 80 a 84 anos com a segunda dose. Na quarta-feira a vacinação também será destinada a profissionais de saúde de 40 a 44 anos.

A vacinação dos idosos de 68 anos e de 80 a 84 anos vai acontecer tanto na terça-feira como na quarta-feira, de 8h30 às 17 horas, pelo sistema drive-thru no Complexo Esportivo Lagoão e dentro do ginásio para quem chega a pé, e ainda em 4 Unidades Básicas de Saúde: UBSs Maria do Café, no Jardim Ponta Grossa; UBS Antonio Sachelli, no Jardim Colonial; UBS Walter Lazarini, no distrito do Pirapó; UBS Pedro Barreto, e no distrito da Vila Reis, entre 8h30 e 15h30.

A imunização dos profissionais de saúde de 40 e 44 anos será apenas na quarta-feira (31) com atendimento unicamente no Lagoão, tanto no drive-thru como dentro de ginásio.“Estamos trabalhando com muita prudência para não faltar vacina para os grupos anunciados para cada data. Esses três grupos que serão atendidos entre terça-feira e quarta-feira somam cerca de 3 mil pessoas e temos segurança de que há vacina para atender todos”, afirma o prefeito Junior da Femac.
O diretor presidente da AMS, Roberta Kaneta, reforça a orientação sobre a documentação que deve ser apresentada no momento da vacinação. Quem vai receber a primeira dose precisa levar cartão do SUS ou CPF e um documento com foto. Os idosos de 80 a 84 anos além dessa documentação e essencial que apresente a carteirinha onde consta o recebimento da primeira dose da vacina.
Os profissionais de saúde também devem levar cartão do SUS ou CPF e um documento com foto e ainda a carteirinha do seu conselho de classe que pode ser substituída pela carteira de trabalho juntamente com o holerite.

Polícia identifica homem que ameaçou de morte prefeito de Araraquara

Luthier Deivid Vieira é comerciante. Ele alega estar "de cabeça quente", ser "pai de família" e que "jamais faria o que disse"

Luthier Deivid Vieira é comerciante e alegou estar "de cabeça quente" (Foto: Reprodução)

Do Metrópoles - A polícia identificou o homem que ameaçou de morte o prefeito de Araraquara, Edinho Silva (PT), neste fim de semana. O responsável pelo perfil que disse que iria esfaquear o prefeito “de baixo pra cima” é o luthier Deivid Vieira. A ameaça foi uma resposta ao lockdown rígido na cidade anunciado pelo prefeito.

À EPTV, afiliada da TV Globo, Deivid Vieira mudou o discurso. Alegou ser pai de família e que não teria coragem de fazer o que disse. “Foi um momento desesperador. A gente tem um comércio, precisa trabalhar. Eu não sou o único pai desesperado querendo trabalhar e colocar comida na mesa”, disse Deivid.

Continue lendo no Metrópoles

Ministro da Defesa foi demitido por Bolsonaro, e não pediu para sair, dizem fontes do ministério

Apesar de Fernando Azevedo e Silva, em nota, não ter deixado claro de quem partiu a iniciativa para a troca no comando da pasta, apuração da jornalista Andréia Sadi dá conta de que a decisão foi de Bolsonaro

Jair Bolsonaro e o ministro da Defesa, Fernando Azevedo 
(Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

247 - Ainda que o ex-ministro da Defesa Fernando Azevedo e Silva tenha publicado nota nesta segunda-feira (29) anunciando sua saída do governo, não ficou claro quais foram os motivos para a troca no ministério e nem de quem partiu a iniciativa.

Segundo a jornalista Andréia Sadi, do G1, a decisão foi de Jair Bolsonaro, que quer fazer um rearranjo ministerial.

Aliados afirmam que outro militar pode assumir o cargo, talvez um ministro palaciano

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Bomba: petroleiros descobrem que Castello Branco pode ter operado com ação da Petrobrás e lucrado R$ 11 milhões com sua demissão

O presidente da Petrobrás, Roberto Castello Branco, teria orientado duas assessoras a operar no mercado de opções assim que soube que seria demitido

Roberto Castello Branco (Foto: Agência Brasil)


247 - Uma informação bombástica acaba de circular entre os petroleiros. O atual presidente da Petrobrás, Roberto Castello Branco, teria operado com opções de ações da estatal, assim que soube que seria demitido. Ele teria solicitado que suas assessoras Ana Paula Carta Antunes e Ângela Maria Freitas Correia, através de contas de familiares destas, realizassem operações financeiras na corretora Modal no tipo PUT (venda de opções) no papel PETRD249.

A operação em cada CPF foi na casa de de R$ 350 a R$ 400 mil, totalizando um lucro (ainda não realizado) de mais de R$ 11 milhões na cotação atual. O referido presidente teria aproveitado a sua demissão e utilizado o fato em proveito próprio, usando assessoras como laranjas. Jair Bolsonaro decidiu demitir Castello Branco no dia 18 de fevereiro. A partir do dia 19 o valor da opção subiu de US$ 0,80 para cerca de US$ 4,50. 

Detalhe importante: a assessora Ângela Maria foi levada para a Petrobrás pelo próprio Castello Branco, desde que assumiu. Após um ano, a sua sobrinha, Ana Paula Carta, foi contratada como assessora do presidente, sem concurso público. Denúncias já foram feitas na Ouvidoria da Petrobras, na Comissão de Valores Mobiliários, no Tribunal de Contas da União e no Ministério Público.