segunda-feira, 15 de março de 2021

Apucarana cria centro público de promoção da saúde animal

 

Programa da prefeitura vai ofertar castração gratuita a animais tutelados por famílias de baixa renda, repasse permanente de ração a cuidadores independentes e ampliar trato veterinário a animais resgatados da rua ou vítimas de violência 

(Foto/PMA)


O prefeito Júnior da Femac anunciou nesta segunda-feira (15/03) a criação do Centro Municipal de Saúde Animal (Cemsa). Além de alterar a nomenclatura do Canil Municipal Recanto São Francisco de Assis, a iniciativa agrupa o Programa Municipal Mais Vida Animal, ampliando a oferta de castração gratuita de cães e gatos (machos e fêmeas) tutelados por famílias de baixa renda e inscritas no CadÚnico do Governo Federal, repasse periódico de ração a cuidadores independentes e tratamento médico veterinário a animais de rua, vítimas de abandono ou violência, através de clínicas particulares credenciadas.

Os detalhes operacionais do Centro Municipal de Saúde Animal (Cemsa) foram divulgados pelo prefeito Júnior da Femac em evento realizado na sala de imprensa da Casa da Cultura (Edifício Fênix). “Quando se fala em causa animal, falamos em vocação. Em Apucarana temos muitas pessoas vocacionadas e que agora terão um suporte ainda maior do poder público municipal através do Cemsa. O nosso canil, que já era referência, passa agora a ser um centro especializado, gerenciando um novo e ainda mais amplo sistema de saúde animal”, disse o prefeito.

Júnior frisa que o centro, que inicia as atividades oficialmente a partir do dia 5 de abril com um orçamento aprovado para este ano de aproximadamente R$500 mil, foi pensado, planejado e organizado desde o primeiro dia do mandato. “O advento da pandemia reforçou ainda mais a necessidade de ampliarmos as ações públicas dentro da política de cuidado e bem estar animal e chegamos ao “Mais Vida Animal”, que além de toda a atenção aos animais, proporciona um amparo ainda maior aos cuidadores independentes e famílias carentes de nossa cidade”, pontuo o prefeito, assinalando que a iniciativa também engloba a educação ambiental. “No pós-pandemia vamos levar palestras aos nossos alunos, promovendo a conscientização sobre a proteção animal junto às novas gerações”, informou o prefeito, assinalando que tem dedicado 2/3 do tempo ao combate à pandemia. “O tempo restante permaneço cuidando do que é importante para nossa população, da cidade como um todo”, disse Júnior da Femac.

Além da Autarquia Municipal de Saúde (AMS), o Programa Mais Saúde Animal contará com envolvimento das secretarias Municipais de Meio Ambiente, Assistência Social e Gestão Pública, Polícia Militar do Paraná (PM/PR) e Guarda Civil Municipal (GCM). O cadastramento para castração gratuita será feito a partir dos Centros de Referência da Assistência Social (CRAS). “Para ter direito ao benefício a pessoa deverá estar cadastrada no CadÚnico e ter renda familiar mensal de até meio salário-mínimo por pessoa. O número de castração também é limitada a duas ao ano por família”, explica Luan Rafael da Silva Santos, coordenador do Cemsa.

Segundo ele, a iniciativa encabeçada pelo prefeito Júnior da Femac coloca Apucarana na lista dos municípios brasileiros que mais protege a vida animal. “Um centro público de saúde animal era um sonho de todos os protetores de Apucarana”, disse Santos, frisando que o banco de ração para protetores independentes e os cuidados veterinários já eram práticas do canil mais que agora serão ampliados com destinação de mais recursos dentro do orçamento e com aprovação dos vereadores.

O ato de anúncio da criação do Cemsa contou ainda com a presença do vice-prefeito Paulo Sérgio Vital, do vice-presidente da AMS, Emídio Bachiega, dos secretários Municipais Gentil Pereira (Meio Ambiente), Ana Paula Nazarko (Assistência Social), Nicolai Cernescu Júnior (Gestão Pública), dos vereadores Marcos da Vila Reis, Mauro Bertoli e Jossuela Pinheiro, do subcomandante do 10º BPM, Major Marcos José Fácio e do comandante da GCM, Alessandro Pereira Carletti.

“A saúde animal é algo muito importante. No setor de saúde temos uma grande preocupação sobre isto, dentro do controle de zoonoses. Um animal saudável não vai colocar a saúde do seu tutor ou da coletividade em risco, pois há doenças oriundas dos animais que podem levar uma pessoa à morte”, destacou Bachiega.

A secretária Ana Paula Nazarko também enalteceu a criação do centro municipal. “O trabalho com famílias em situação de vulnerabilidade envolve ações que despertem o sentimento de pertencimento. E por vezes, por falta de condição financeira, muitas famílias não conseguem dar o devido atendimento veterinário ao seu animalzinho, que também faz parte da família. Essa iniciativa do prefeito Júnior da Femac é uma grande ação de valorização que está dizendo: você e seu animalzinho são muito importantes e terão todo o cuidado do poder público municipal. A pessoa, por mais humilde que ela seja financeiramente, através desta ação da prefeitura terá para o seu cachorro ou gato acesso ao mesmo cuidado que o animal de seu patrão, em uma grande política pública de promoção do sentimento de pertencimento, de elevação da qualidade de vida da população”, contextualizou Ana Nazarko, secretária Municipal da Assistência Social.

 

Assistência Social reforça estoque de cestas básicas e cria o atendimento itinerante

 

O anúncio foi feito pelo prefeito Junior da Femac nesta segunda-feira (15/03), após reunião com a secretária municipal de Assistência Social, Ana Paula Nazarko

(Foto/PMA)

Com o crescente número de casos do novo coronavírus (Covid-19), que atualmente está na média de 70 confirmações por dia, a Secretaria Municipal de Assistência Social está reforçando o estoque de cestas básicas. O objetivo é que, com o afastamento temporário da atividade produtiva, as pessoas possam ser atendidas com alimento e com itens para higienização pessoal e de ambientes. O atendimento também está sendo reforçado, com a ampliação das equipes itinerantes.

O anúncio foi feito pelo prefeito Junior da Femac nesta segunda-feira (15/03), após reunião com a secretária municipal de Assistência Social, Ana Paula Nazarko. “As pessoas podem ter certeza que ninguém passará fome em Apucarana por conta do coronavírus. Estamos passando por um momento muito difícil da pandemia e nossa atenção está sendo total, especialmente na área de assistência social, para que ninguém sofra com as consequências da pandemia”, reitera Junior da Femac.

O prefeito afirma que o atendimento é feito por agendamento nos quatro Centros de Referência da Assistência Social (CRAS) e ainda por mais três equipes itinerantes que foram implantadas. “Em algumas situações não é possível que a pessoa saia de casa, então nós levamos esse atendimento até as casas através das nossas equipes volantes”, pontua Junior da Femac.

Além das cestas básicas, o Município também distribui um kit com produtos de higiene e limpeza. “É uma cesta para auxiliar as famílias no combate ao Covid-19, contendo álcool gel, água sanitária, sabonete líquido, sabão em pó e em barra, detergente e desinfetante, além de esponjas e amaciante”, cita Ana Paula Nazarko, acrescentando que o kit de higienização é fornecido após avaliação de um profissional da assistência social.

As pessoas que moram próximas ao CRAS I, que fica no Jardim América e abrange os bairros adjacentes, devem agendar o atendimento pelo whatsApp (43) 99967-0335.  Quem mora nas proximidades do Residencial Sumatra, onde fica o CRAS II, deve agendar atendimento pelo whatsApp (43) 99654-8292. A população atendida pelo CRAS III da Vila Reis deve enviar mensagem pelo número (43) 99654-8481. Já no CRAS IV, da Vila Regina, o contato para agendamento deve ser feito pelo número (43) 99654-8467.

 

Advogados de Lula defendem anulação de sentenças e pedem conclusão do julgamento de Moro

 

Por meio de nota, a defesa do ex-presidente reforça a decisão tomada por Fachin sobre a incompetência da Lava Jato, mas pede prosseguimento de outros recursos do ex-presidente no STF, além da conclusão do julgamento da suspeição do ex-juiz Sergio Moro

Lula e fachada do STF (Foto: Ricardo Stuckert | Reuters)


247 - Os advogados do ex-presidente Lula divulgaram nota nesta segunda-feira (15) em defesa da decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin que declarou a incompetência da 13ª Vara Federal de Curitiba para julgar quatro processos que envolvem o petista.

A defesa do ex-presidente, no entanto, pede que outros recursos apresentados à Corte sejam atendidos e, além disso, que o julgamento sobre a suspeição do ex-juiz Sergio Moro seja retomado e concluído.

Leia a nota na íntegra:

Em petição apresentada hoje (15.03.2021) no Habeas Corpus nº 193.726/PR reforçamos a correção da decisão proferida em 08.03.2021 pelo e. Ministro Relator EDSON FACHIN para excluir da “lava jato” as acusações produzidas pela extinta “força tarefa” contra o ex-presidente Lula e para anular os atos processuais realizados pela 13ª. Vara Federal Criminal de Curitiba.

Conforme demonstrado, referida decisão está em absoluta sintonia com os critérios estabelecidos pelo em 23.09.2015 pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal em 23.09.2015, no paradigmático Inq. 4.130/QO, que circunscreveu a competência da 13ª. Vara Federal Criminal de Curitiba exclusivamente para análise de casos que tenham vínculo real e comprovado com desvios ocorridos na Petrobras. Tais critérios vêm sendo reafirmados em diversos precedentes da 2ª. Turma, sendo certo, ainda, que o próprio ex-juiz Sergio Moro, em 18.07.2017, ao analisar um dos recursos (embargos de declaração) que apresentamos, reconheceu não ter identificado qualquer valor proveniente da Petrobras que tenha sido destinado ao ex-presidente: “Este Juízo jamais afirmou, na sentença ou em lugar algum, que os valores obtidos pela Construtora OAS nos contratos com a Petrobrás foram utilizados para pagamento da vantagem indevida para o ex-Presidente. Aliás, já no curso do processo, este Juízo, ao indeferir desnecessárias perícias requeridas pela Defesa para rastrear a origem dos recursos, já havia deixado claro que não havia essa correlação (itens 198-199) (...)”.

Ao final da petição pedimos, na forma regimental (agravo regimental), apenas alguns ajustes em relação aos efeitos colaterais que decorrem da decisão emitida pelo Ministro Edson Fachin nesse habeas corpus. O pedido é “para que a Colenda 2ª. Turma proceda com os ajustes apontados, exclusivamente no tocante aos efeitos colaterais consignados na parte final do decisum arrostado, relativos à declaração da perda de objeto dos processos ali enumerados, de modo que a extinção dos feitos, com exceção dos habeas corpus n.º 164.493/PR — cujo julgamento já foi retomado por deliberação expressa do aludido órgão fracionário —, somente ocorra após o trânsito em julgado da ordem concedida neste writ sobre a incompetência da 13ª. Vara Federal Criminal de Curitiba e seus efeitos ex vi legis”.

Inscreva-se no canal de cortes da TV 247 e saiba mais:


Doria diz que ajudará a levar Bolsonaro a tribunais internacionais: 'está promovendo genocídio'

 

"Daqui a pouco vai faltar oxigênio, daqui a pouco vão faltar condições básicas para o país, que vive a sua maior tragédia, e temos um presidente que sorri, que anda de jet-ski, que come leitãozinho e despreza a vida", disse o governador de São Paulo

Jair Bolsonaro e João Doria (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino | GOVSP)

Sputnik - O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou nesta segunda-feira (15) que pretende auxiliar para que Bolsonaro seja julgado em tribunais internacionais por conta de sua condução das ações de combate à pandemia.

governador paulista participou da reunião de uma comissão de acompanhamento da pandemia no Congresso Nacional e disse que pretende auxiliar para que Bolsonaro "seja julgado por esse genocídio que está cometendo contra os brasileiros". As informações foram publicadas pelo jornal O Estado de S.Paulo.

"Daqui a pouco vai faltar oxigênio, daqui a pouco vão faltar condições básicas para o país, que vive a sua maior tragédia, e temos um presidente que sorri, que anda de jet-ski, que come leitãozinho e despreza a vida. Pois eu desprezo Jair Bolsonaro e desprezo todos que, como ele, são negacionistas", afirmou Doria.

Segundo o tucano, o Butantan entregará, em três dias, "mais vacinas para o Brasil do que todas as outras vacinas que o governo federal prometeu e pouco entregou".

"O que ele [Bolsonaro] está promovendo no Brasil é um genocídio", disse.

João Doria informou que o Instituto Butantan vai entregar mais 5,3 milhões doses da CoronaVac ao Ministério da Saúde nos próximos dias, mas que a pasta comandada por Eduardo Pazuello não cumpre o que promete.

"Até agora, o Ministério da Saúde, que promete, promete, promete e promete, só disponibilizou 4 milhões de doses da vacina de Oxford e da vacina AstraZeneca para os brasileiros", destacou.

O Brasil registrou, até o balanço deste domingo (14), 278.327 óbitos causados pela Covid-19 e 11.483.031 de pessoas infectadas desde o início da pandemia do novo coronavírus.

Inscreva-se no canal de cortes da TV 247 e saiba mais:


'Se você fizer lockdown no Nordeste vai me foder e perco a eleição', disse Bolsonaro a Ludhmila Hajjar

 

Durante a conversa com a cardiologista Ludhmila Hajjar nesta segunda-feira (15), Jair Bolsonaro quis saber a opinião da médica sobre a cloroquina e criticou medidas de restrição social, porque podem levá-lo à perder a reeleição

(Foto: Reuters | ABr)

247 - Jair Bolsonaro deixou claro para a médica cardiologista Ludhmila Hajjar, cotada para assumir o Ministério da Saúde, que ele tem medo de perder as eleições se seguir os procedimentos indicados pela ciência no combate à pandemia de coronavírus. 

Segundo site Poder 360, que divulgou bastidores da reunião de Bolsonaro e Hajjar na manhã desta segunda-feira (15), o presidente quis saber o que a médica achava da cloroquina, que não tem eficácia contra a Covid-19, e também sobre medidas que restringem a circulação da população para frear os contágios pelo coronavírus. 

Ele disse ser contra o fechamento de negócios e a adoção de toque de recolher, casos de São Paulo e Brasília, e dirigiu-se a Ludhmila no seu estilo que mistura franqueza com rispidez: “Você não vai fazer lockdown no Nordeste para me foder e eu depois perder a eleição, né?”.

Em resposta, segundo o Poder 360,  Ludhmila afirmou que as medidas de distanciamento mais restritivas deveriam ser tomadas em situações extremas, em locais em que o número de doentes e de mortes exigisse isso. "Pazuello entrou na conversa. Disse que tinha dados diferentes e que os governadores estavam mentindo sobre a taxa de lotação de UTIs (unidades de terapia intensiva) e outras estatísticas. Ludhmila expressou descrença sobre  isso", diz o site. 

Após reunião nesta segunda-feira (15) com Jair Bolsonaro, a cardiologista Ludhmila Hajjar recusou o convite para assumir o Ministério da Saúde e ressaltou que se “pauta pela ciência” ao criticar medidas defendidas pelo governo como uso da cloroquina e pregação contra o lockdown.

Inscreva-se na TV 247, seja membro, e compartilhe:


Apucarana confirma mais dois óbitos e 78 novos casos de Covid-19 nesta segunda-feira


A Autarquia Municipal de Saúde (AMS) confirmou mais dois óbitos e 78 novos casos de Covid-19 nesta segunda-feira (15) em Apucarana. São agora 176 mortes provocadas pela doença no município e 7.497 resultados positivos para o novo coronavírus.

O primeiro óbito é de uma mulher de 47 anos, sem comorbidades. Ela foi internada no Hospital da Providência no último dia 11 e morreu no domingo (14). O segundo óbito é de um idoso de 93 anos. Ele tinha hipertensão arterial e insuficiência cardíaca. Foi internado no último sábado (13) no “Providência” e morreu no domingo (14).

Os 78 resultados positivos vieram do Laboratório Central do Paraná (Lacen). São 26 homens (entre 16 e 65 anos) e 52 mulheres (entre 10 e 93 anos). Todos estão em isolamento domiciliar.

Ainda segundo o boletim da AMS, Apucarana tem mais 358 suspeitas em investigação. O número de recuperados chega a 6.636.

O Pronto Atendimento do Coronavírus soma 26.061 pessoas atendidas presencialmente desde o início da pandemia. O número de monitorados atualmente é de 1.502.

Já foram testadas 30.491 pessoas, sendo 15.137 em testes rápidos, 12.784 pelo Lacen (RT-PCR) e 2.570 por laboratórios particulares (RT-PCR).

São 31 pacientes de Apucarana internados, seis na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 25 em leitos de enfermaria.

O município tem 685 casos ativos da doença.

  

Moro teve acesso a conversas de Gilmar Mendes e pediu para procuradores da Lava Jato analisarem material

 

Não é possível confirmar se o ex-juiz grampeou o ministro do STF ou se foram escutadas conversas de Gilmar Mendes com algum investigado que teve sigilo telefônico quebrado

Gilmar Mendes e Sergio Moro (Foto: STF | Senado)


Conjur O ex-juiz Sergio Moro teve acesso a conversas do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, e pediu para que os procuradores da autointitulada "força-tarefa" da "lava jato" analisassem o material. É o que indicam os novos diálogos enviados pela defesa do ex-presidente Lula ao STF

O trecho não deixa claro se Gilmar foi diretamente grampeado ou se foram escutadas conversas do ministro com algum investigado que teve o seu sigilo telefônico quebrado. 

Em 31 de agosto de 2018, Deltan Dallagnol, ex-coordenador da "lava jato", encaminhou a colegas uma mensagem de Moro. "Prezado, amanhã de manhã de uma olhada por gentileza no 50279064720184047000. Há algo estranho nos diálogos." Não é possível encontrar o processo citado, que, ao que tudo indica, não existe formalmente.

Julio Noronha terceiriza o trabalho a Laura Tessler: "CF [possivelmente o ex-procurador Carlos Fernando dos Santos Lima] me mandou msg falando q a Rússia disse haver algo estranho nos diálogos do GM [Gilmar Mendes]. CF disse ser urgente, para ver agora pela manhã. Será que você consegue ver?"

"Russo" e "Rússia" são como os procuradores se referem a Moro e à 13ª Vara Federal de Curitiba, que foi chefiada pelo ex-magistrado até o final de 2018, quando assumiu o Ministério da Justiça.

O ministro Dias Toffoli também é citado. Em uma passagem, quando comentam sobre conversas interceptadas envolvendo investigados da Odebrecht, Noronha diz que um advogado identificado como "M" seria próximo de "Peruca". "Hummmm. Peruca pode ser o Toffoli. Foda heim", responde Dallagnol. 

Gilmar e Toffoli

Já é vasto o material apontando que os procuradores tinham uma obsessão pelo ministro Gilmar Mendes. Conforme mostrou a ConJur, os lavajatistas criaram um grupo no Telegram com o único objetivo de articular medidas contra o ministro; bolaram um manifesto contra ele; e disseram que era necessário "fazer algo com relação" ao magistrado do Supremo. 

O complô, quase sempre liderado por Dallagnol, não incluía apenas a "força-tarefa" de Curitiba, mas também os consórcios formados em São Paulo e no Rio de Janeiro. Até membros da Procuradoria-Geral da República participavam das movimentações articuladas no Paraná. 

Já reportagem do El País, em parceria com o Intercept Brasil, revelou que os procuradores planejaram buscar na Suíça provas contra Gilmar. Segundo a notícia, os membros do MPF pretendiam usar o caso de Paulo Preto, operador do PSDB preso em um desdobramento da "lava jato", para reunir munições contra o ministro. 

A agitação não fica por menos quanto a Toffoli. Em entrevista concedida à CNN Brasil em dezembro do ano passado, o hacker Walter Delgatti Neto, responsável por invadir os celulares dos procuradores, disse que o plano do MPF em Curitiba era prender Gilmar e Toffoli

"Eles queriam. Eu não acho, eles queriam. Inclusive Gilmar Mendes e Dias Toffoli. Eles tentaram de tudo para conseguir chegar ao Gilmar Mendes e ao Toffoli, eles tentaram falar que o Toffoli tentou reformar o apartamento e queriam que a OAS delatasse o Toffoli", afirmou o hacker. 

Uma conversa divulgada pela ConJur em fevereiro deste ano respalda a narrativa de Delgatti Neto. Em 13 de julho de 2016, Dallagnol disse que "Toffoli e Gilmar todo mundo quer pegar"

 

Novas mensagens comprovam conluio entre Moro e juízes do TRF4 contra Lula

"Tanto o ex-juiz Sergio Moro como os procuradores da 'força-tarefa' tinham prévia ciência de que os atos ilegais por eles praticados não seriam revertidos pelo tribunal local, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região", afirma a defesa do ex-presidente em petição ao STF

Sérgio Moro (Foto: Divulgação)

Conjur - Mensagens em grupo de procuradores que atuavam na “lava jato” no Paraná indicam que o ex-juiz Sergio Moro articulou medidas favoráveis à operação com o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (PR, SC e RS), segundo a defesa do ex-presidente Lula

As mensagens constam de petição apresentada pelos advogados do petista, nesta segunda-feira (15/3), ao Supremo Tribunal Federal. O diálogo faz parte do material apreendido pela Polícia Federal no curso de investigação contra hackers responsáveis por invadir celulares de autoridades.

Em 17 de abril de 2017, o procurador Júlio Noronha enviou, no grupo de mensagens, notícia sobre a decisão pela qual Sergio Moro obrigou Lula a acompanhar presencialmente os depoimentos das 87 testemunhas que sua defesa havia indicado.

"Divertido!!!", comentou a procuradora Laura Tessler. Mas o procurador Orlando Martello demonstrou preocupação: "Vai dar merda! Ou as testemunhas são ou não são pertinentes. Se deferiu é pq são. Logo, não é legal exigir q o réu acompanhe todas pessoalmente". "Com certeza! Não tem previsão legal nenhuma... Mas não dá pra negar que moro é criativo, hahahah", respondeu Laura.

O líder dos procuradores de Curitiba, Deltan Dallagnol, não ficou preocupado com a decisão de Moro. "Não acho que vai dar merda. Qualquer desembargador ou ministor vai entender isso rs".

"A Russia já teve ter conversado com a sua Russia", apostou o procurador Roberson Pozzobon. Dallagnol então informou: "Kremelin a par rs". Sergio Moro era chamado de “Russo” pelos integrantes do Ministério Público Federal, e Kremlin é a sede do governo federal em Moscou, na Rússia.

De acordo com a defesa de Lula, esse trecho indica que Moro articulava medidas favoráveis à "lava jato" com o TRF-4. "Outrossim, os novos diálogos também reforçam que tanto o ex-juiz Sergio Moro como os procuradores da 'força-tarefa' tinham prévia ciência de que os atos ilegais por eles praticados não seriam revertidos pelo tribunal local, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região, porque tudo era antes 'conversado' entre a 'Russia' e a 'sua Russia'".

O perito Claudio Wagner, contratado pela defesa de Lula para analisar as conversas no Telegram, afirmou que "existe também, mensagem sugerindo que o TRF-4 era referenciado com o codinome Kremelin, e o relator dos processos da lava jato naquele tribunal [desembargador federal João Pedro Gebran Neto] como sendo a Russia do Russo ('a sua Russia')".

Laura Tessler manifestou dúvida sobre a manutenção da decisão de Moro. "Não sei não...mas Stj é STF não vão concordar". "Pq? Pq na sibéria não tem nada disso!!!", respondeu Pozzobon.

Porém, a ordem do então juiz da 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba foi revertida pelo TRF-4, em decisão monocrática do juiz convocado Nival Brunoni — que não integrava a 8ª Turma da corte, responsável por julgar os recursos da "lava jato".

O ex-presidente Lula é defendido por Cristiano ZaninValeska MartinsEliakin Tatsuo e Maria de Lourdes Lopes.

Inscreva-se no canal de cortes da TV 247 e saiba mais:


Médica que disse 'não' a Bolsonaro foi ameaçada de morte por bolsonaristas

“Tive meu celular publicado em grupos de WhatsApp e [sofri] duas tentativas de entrada em quarto de hotel. Coisas absurdas”, afirmou a cardiologista Ludhmila Hajjar. "Eu fiquei honrada com o convite, mas pautei minha vida toda na ciência”, disse ainda

Ludhmila Hajjar (Foto: reprodução | reuters)


247 - A médica cardiologista Ludhmila Hajjar, que nesta segunda-feira (15) recusou o convite de Jair Bolsonaro para assumir o Ministério da Saúde, disse ter sido ameaçada de morte após ter seu nome cogitado para a chefia da pasta. “Tive meu celular publicado em grupos de WhatsApp e [sofri] duas tentativas de entrada em quarto de hotel. Coisas absurdas”, disse em entrevista à CNN Brasil. 

Segundo ela, as ameaças não foram o motivo de ter recusado o convite do governo. “Eu não tenho medo. São pessoas radicais, que estão polarizando o Brasil”, disse. “A prioridade do presidente é a questão social e a questão econômica”, ressaltou a cardiologista. 

Ludhmila disse, ainda, que se “pauta pela ciência” e criticou a defesa feita por Bolsonaro sobre o uso da cloroquina e os ataques feitos por ele contra as medidas de distanciamento social adotadas por governadores e prefeitos no enfrentamento à Covid-19. 

“Infelizmente, acho que esse não é o momento para que eu assuma a pasta, principalmente por motivos técnicos. Eu sou médica, cientista, tenho todas as minhas expectativa em relação à pandemia. Eu acho que isto está acima de qualquer ideologia, essa é a minha posição. Eu fiquei honrada com o convite, mas pautei minha vida toda na ciência”, afirmou.  

Idosos entre 90 e 94 anos recebem 2ª dose da vacina hoje e amanhã no Lagoão

 

Na sexta-feira (12), sábado (13) e domingo (14) o atendimento no local concentrou-se na faixa etária de 78 e 79 anos. Nos três dias foram imunizadas 841 pessoas com a 1ª dose da vacina


A vacinação contra a Covid-19 pelo sistema drive-thru segue hoje (15) até as 17 horas no estacionamento do Ginásio de Esportes Lagoão aplicando a 2ª dose da vacina para os idosos entre 90 e 94 anos. O atendimento para esse público prossegue amanhã (16) entre 8h30 e 17 horas.
De acordo com o diretor presidente da Autarquia Municipal de Saúde (AMS), Roberto Kaneta, 250 apucaranenses entre 90 e 94 anos receberam a 1ª dose da vacina e agora devem realizar o reforço da 2ª dose. É necessário apresentar a carteirinha onde está registrado o recebimento da 1ª dose do imunizante, além de um documento com foto.
O prefeito Junior da Femac lembra que na sexta-feira (12), sábado (13) e domingo (14) o atendimento no local concentrou-se na faixa etária de 78 e 79 anos. “Nos três dias foram imunizadas 841 pessoas com a 1ª dose da vacina”, informa o prefeito.

Pronto Atendimento do Coronavírus chega a 26 mil atendimentos

 

O serviço implantando pela Prefeitura completa um ano e se consolida como ação decisiva para o enfrentamento da Covid no município


Com quase 26 mil (25.978) pessoas atendidas presencialmente e mais de 25 mil (25.162) monitoradas, o Pronto Atendimento do Coronavírus da Autarquia Municipal de Saúde(AMS) de Apucarana completa nesta semana um ano de funcionamento. O município foi um dos primeiros do Paraná a montar uma estrutura de atendimento exclusiva para receber pessoas com sintomas da Covid-19 e a ação é avaliada como decisiva para a cidade manter os números da doença em patamar inferior a municípios do mesmo porte.
Funcionado no andar térreo da AMS, todos os dias da semana, das 7 horas as 23 horas, o Pronto Atendimento do Coronavírus (PAC), conforme informa o prefeito Junior da Femac, “dispõe de toda estrutura (médicos e enfermeiros, exames, oxigênio) para acolher, dar suporte e começar o tratamento das pessoas com sintomas da Covid.”
Além do atendimento presencial, o PAC desenvolve um trabalho de monitoramento através dos profissionais da residência multiprofissional, através dos telefones e ainda dos agentes de endemias que fazem visita presencial nas residências. “Isso tudo tem sido fundamental. É um trabalho sério, feito com muito profissionalismo”, afirma Junior da Femac.
A diretora geral do Hospital da Providência, irmã Geovana Ramos, destaca que Apucarana saiu na frente de todas as cidades da regional ao implantar o Pronto Atendimento do Coronavírus. “Esse atendimento aliviou muito o atendimento dos pacientes que viriam para o hospital. Lá são atendidos pacientes menos graves, sendo recebidos por equipes de enfermagem, encaminhados para consulta médica, fazem exames e ainda são medicados. Dessa forma, o hospital fica com os casos mais graves. Assim se explica, ao lado das lives diárias dos nossos gestores, o sucesso do enfrentamento da Covid em nossa cidade”, avalia irmã Geovana.
Uma das milhares de pessoas atendidas no Pronto Atendimento do Coronavírus, Neuza Vieira Fernandes, 68 anos, manifesta seu agradecimento pelo atendimento recebido quando procurou o local com sintomas da Covid há 4 meses. “Isso que foi criado em Apucarana ajudou muito a população. A gente sabe onde ir nesse momento difícil. Meu atendimento foi ótimo tanto pelos enfermeiros como pelos médicos. Fiz todos os exames no mesmo dia e fiquei em isolamento por 14 dias. Graças a Deus me recuperei”, relata.

Agricultores têm até sexta-feira para regularizar nota fiscal

 

A segunda via do documento que foi emitido no ano passado deve ser entregue no setor de Nota Fiscal do Produtor Rural, que funciona lado da Prefeitura de Apucarana.


Cerca de 400 agricultores ainda não fizeram a regularização das notas fiscais do produtor. A segunda via do documento que foi emitido no ano passado deve ser entregue até esta sexta-feira (19/03). Os agricultores que ainda estão com a situação pendente devem procurar o setor de Nota Fiscal do Produtor Rural, que funciona na Rua Corifeu de Azevedo Marques, em prédio localizado ao lado da Prefeitura de Apucarana.

Conforme Cláudia Paton Barroso, coordenadora do serviço em Apucarana, o setor de Notas Fiscais do Produtor da Prefeitura autorizou no ano passado 53.437 notas fiscais. “Destas, 51.362 já retornaram para a prestação de contas.  Restam ainda 2.075 notas nas mãos dos produtores, que têm prazo até esta sexta-feira para fazerem a devolução”, frisa Paton.

De acordo com ela, o Município precisa dos documentos para fazer a prestação de contas junto à Receita Estadual. “Cada produtor rural tem a sua Inscrição Estadual que é chamada de Cadastro do Produtor Rural (CAD/PRO) , ou seja, cada produtor funciona como uma empresa, emitindo nota fiscal e  deve realizar a prestação de contas destas notas regularmente”, explica Cláudia Paton.

O produtor que não regularizar a situação não poderá retirar novas notas em 2021. “A  condição para receber novas notas é manter o CAD/PRO ativo. Assim, o produtor não poderá ter pendências na entrega das notas recebidas anteriormente”, reitera Paton, acrescentando que o produtor estará sujeito também ao cancelamento do CAD/PRO, o que impedirá a utilização da inscrição na comercialização dos seus produtos.

 

Procuradores reconheciam autoritarismo da Lava Jato e a comparavam com os “Processos de Moscou”

 

Novas mensagens entregues ao STF pela defesa de Lula revelam que os procuradores se gabavam de suas atitudes autoritárias, chamando o ex-juiz Sergio Moro de “russo”. Defesa de Lula aponta semelhanças da operação com as arbitrariedades cometidas pela Justiça russa nos “Processos de Moscou”

(Foto: Brasil 247)


247 - Novos diálogos de integrantes da Operação Lava Jato entregues ao Supremo Tribunal Federal nesta segunda-feira (15) pelos advogados de defesa do ex-presidente Lula revelam que os procuradores da força-tarefa se gabavam de suas atitudes autoritárias e chamavam o ex-juiz Sergio Moro de “russo”.

A defesa de Lula argumentou à Suprema Corte que “o ‘Russo’ - codinome que adaptam a seus sucessores e à própria Vara Criminal -, conscientemente ou não, remetem a Lava Jato e seu chefe às condutas autoritárias dos célebres Processos de Moscou, ocorridos no final da década de 1930”.

Os advogados de Lula também explicaram que os “Processos de Moscou, ocorridos no final da década de 1930 (na União Soviética) sob a condução do Procurador-Geral Andrey Vichinsky, é tristemente conhecido pela frase ‘Entregue-me um homem e lhe encontrarei um crime’”. 

"Como demonstrado no anexo relatório pericial, 'amostras de mensagens que comprovam que a alcunha ‘RUSSO’ não era a única utilizada para referenciar Sergio Moro. Também eram utilizadas as expressões ‘RUSSIA’, ‘RUSSA’, ‘NEW RUSSIAN’ e ‘OLD RUSSIAN’ para fazer referência de forma ‘oculta’ aos magistrados da 13ª Vara Criminal de Curitiba'", acrescentou a defesa. 

Esta é a primeira revelação de mensagens escusas envolvendo membros da força tarefa de Curitiba após o ministro do STF, Edson Fachin, anular os processos arbitrários contra Lula expedidos no âmbito da Lava Jato. 

Confira a íntegra das mensagens:



Bolsonaro quer anunciar nesta manhã substituição de Pazuello no Ministério da Saúde

 

Depois de avaliar que o fracasso na gestão da pandemia, com quase 280 mil mortos e colapso no sistema de saúde, compromete os planos de reeleição, Jair Bolsonaro tem pressa de anunciar a substituição do general Eduardo Pazuello no comando do Ministério

General Eduardo Pazuello (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

247 - A cúpula do Congresso e ministros de outras áreas atuam para que Bolsonaro escolha a cardiologista Ludhmila Hajjar, que já é alvo de ataques por parte da base bolsonarista. Em diversas entrevistas durante a pandemia, Hajjar defendeu posições contrárias às de Bolsonaro e avaliou que seu governo estava fazendo tudo errado.  

A médica já se declarou a favor de medidas restritivas na pandemia, o que deve ser o ponto principal de divergência com Bolsonaro.

Ao Painel da Folha de S.Paulo, Ludhmila afirmou não ter vínculo partidário. "Não tenho vínculo partidário. Não sou ligada politicamente a ninguém. Sou médica", disse.

O presidente Bolsonaro informou a aliados que ainda não tinha tomado sua decisão a respeito da substituição de Eduardo Pazuello por Ludhmila, mas que pretendia definir a questão na manhã desta segunda-feira (15).