domingo, 14 de março de 2021

Covid-19: Arapongas registra novos 34 casos, 66 curados e sete óbitos


Prefeitura de Arapongas, através da Secretaria Municipal de Saúde, informou neste domingo, (14/03), o registro de 34 novos casos, 66 curados e 07 óbitos por COVID-19 registrados no município. Agora o município chega a 11.968 casos dos quais 10.746 já estão curados (89,8%), 989 ainda estão com a doença e 233 infelizmente vieram a óbito. Ao todo, já foram realizados 46.537 testes. 
Sobre os casos, a Secretaria de Saúde informa que:

227º óbito, ocorrido em 13/03: Paciente do sexo masculino, 63 anos, sem comorbidades registradas, realizado coleta do exame em 01/03 com resultado positivo em 01/03, internado em leito de UTI em 03/03, vindo a óbito em 13/03.

228º óbito, ocorrido em 13/03: Paciente do sexo masculino, 75 anos, com comorbidades, realizado coleta do exame em 10/03 com resultado positivo em 10/03, internado em leito de UTI em 10/03, vindo a óbito em 13/03.

229º óbito, ocorrido em 13/03: Paciente do sexo masculino, 67 anos, com comorbidades registradas, realizado coleta do exame em 08/03 com resultado positivo em 08/03, internado em leito de UTI em 09/03, vindo a óbito em 13/03.

230º óbito, ocorrido em 13/03: Paciente do sexo masculino, 76 anos, com comorbidades, realizado coleta do exame em 23/02 com resultado positivo em 23/02, internado em leito de UTI em 08/03, vindo a óbito em 13/03.

231º óbito, ocorrido em 14/03: Paciente do sexo masculino, 72 anos, com comorbidades, realizado coleta do exame em 23/02 com resultado positivo em 23/02, internado em leito de UTI em 25/02, vindo a óbito em 14/03.

232º óbito, ocorrido em 14/03: Paciente do sexo feminino, 73 anos, sem comorbidades registradas, realizado coleta do exame em 19/02 com resultado positivo em 19/02, internado em leito de UTI em 06/03, vindo a óbito em 14/03.

233º óbito, ocorrido em 13/03: Paciente do sexo masculino, 39 anos, sem comorbidades registradas, realizado coleta do exame em 25/02 com resultado positivo em 25/02, internado em leito de UTI em 03/03, vindo a óbito em 14/03.

A Prefeitura de Arapongas por meio da Secretaria Municipal de Saúde se solidariza com os familiares.
Entre os resultados dos testes públicos e privados realizados no município, foram divulgados 46 resultados negativos nesta data.
Os resultados abaixo divulgados, em sua maioria, são provenientes de exames realizados a partir do dia 05/03
Entre os 34 casos confirmados, 14 são do sexo feminino com as respectivas idades: 19, 20, 20, 22, 32, 36, 38, 43, 44, 44, 45, 49, 52 e 55 anos.
Do sexo masculino, foram diagnosticados 20 pacientes com as respectivas idades: 20, 20, 21, 21, 21, 23, 23, 26, 27, 28, 29, 35, 41, 41, 42, 43, 44, 50, 52 e 53 anos.
Referente aos pacientes de Arapongas com COVID-19, os dados de 12/03 afirmavam que o município possuía 35 pacientes internados em leitos de UTI e 20 pacientes internados em leitos de enfermaria.
Referente aos leitos hospitalares SUS em Arapongas, a ocupação informada pelo hospital hoje é de 94% dos 50 leitos de UTI e de 90% dos 40 leitos de enfermaria. 
Referente aos leitos privados, os dados de 12/03 afirmavam que o Hospital possuía 13 pacientes internados em leitos de UTI e 04 pacientes internados em leitos de enfermaria.
Referente aos leitos hospitalares em Arapongas, houve aumento dos leitos exclusivos para COVID-19 do Hospital de referência pela SESA-PR a partir de 08/02/2021. O Hospital conta atualmente com 50 leitos de UTI e 40 leitos de enfermaria.
A Secretaria de Saúde de Arapongas reforça a importância de que a população siga as orientações dos especialistas, mantendo os cuidados de higiene, usando máscaras e evitando aglomerações, inclusive em festas e confraternizações familiares.

Apucarana confirma mais 64 casos de Covid-19 neste domingo



A Autarquia Municipal de Saúde (AMS) confirmou mais 64 casos de Covid-19 neste domingo (14) em Apucarana. São agora 7.419 resultados positivos para o novo coronavírus. Sem nenhum novo óbito, o município segue com 174 mortes provocadas pela doença.

Os novos resultados positivos vieram do Laboratório Central do Paraná (Lacen). São 27 homens (entre 16 e 65 anos) e 37 mulheres (4 e 67 anos). Todos estão em isolamento domiciliar.

Ainda segundo o boletim da AMS, Apucarana tem mais 288 suspeitas em investigação. O número de recuperados chega a 6.636.

O Pronto Atendimento do Coronavírus soma 25.978 pessoas atendidas presencialmente desde o início da pandemia. O número de monitorados atualmente é de 1.357.

Já foram testadas 30.100 pessoas, sendo 14.846 em testes rápidos, 12.714 pelo Lacen (RT-PCR) e 2.540 por laboratórios particulares (RT-PCR).

São 36 pacientes de Apucarana internados, oito na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 28 em leitos de enfermaria.

O município tem 609 casos ativos da doença.

 

Tribunal revoga prisão preventiva do ex-deputado André Vargas

 

A 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), com sede em Porto Alegre,  decidiu revogar a prisão preventiva do ex-deputado federal André Luiz Vargas Ilário (PT) que foi decretada no âmbito da Operação Lava Jato. Por unanimidade, os desembargadores do colegiado entenderam que não há fatos atuais de risco à ordem pública que justifiquem a manutenção da medida.


André Vargas teve a prisão decretada em abril de 2015 pela Justiça Federal do Paraná. Na época, a decisão considerou que, mesmo após ter o mandato cassado, o ex-parlamentar ainda poderia ter influência em órgãos governamentais ou em entidades públicas a ponto de dificultar as investigações.

Condenações na Lava Jato – Segundo o Ministério Público Federal (MPF), o então deputado teria recebido propina de uma agência de publicidade e de uma empresa de tecnologia para que fossem contratadas para prestar serviços ao Ministério da Saúde e à Caixa Econômica Federal.

Vargas respondeu a três ações penais decorrentes dessas investigações e foi condenado em segunda instância pelos crimes de corrupção passiva e de lavagem de dinheiro. Somadas, as penas chegam a 19 anos e 10 meses de prisão. Ele ainda foi absolvido da acusação de suposta declaração subfaturada na aquisição de um imóvel em Londrina (PR) com dinheiro ilícito.

Habeas Corpus – No habeas corpus (HC) impetrado junto ao TRF4, a defesa de André Vargas sustentou excesso de prazo no decreto da prisão preventiva, que já dura seis anos. O ex-deputado recebeu o benefício de liberdade condicional há dois anos e meio, após ter cumprido 53% da pena estabelecida na primeira ação penal em que foi condenado.

Os advogados argumentaram ainda que Vargas não exerce nenhuma atividade pública ou política atualmente e que todo o patrimônio dele foi submetido à constrição cautelar, tendo sido formalizado o parcelamento da multa para reparação de danos.

Decisão – Ao analisar o HC, o desembargador federal João Pedro Gebran Neto, relator da Lava Jato no TRF4, entendeu que estão ausentes os fundamentos para a manutenção do decreto de prisão preventiva.

“Isso porque não foram levantados elementos relevantes e atuais a justificar o risco à ordem pública. O paciente há muito já está afastado do cargo público que exercia, e não há notícia de investigação em tramitação ou ação penal em fase de instrução nem indícios da prática de novos crimes, mesmo estando em livramento condicional desde outubro de 2018”, afirmou Gebran em sua manifestação.

O voto do relator foi acompanhado pelos desembargadores Leandro Paulsen e Thompson Flores que integram a 8ª Turma da Corte.  (Do TRF-4).

Fonte: Contraponto

Casal morre ao cair de cachoeira tentando fazer selfie, em Faxinal




O casal de Londrina foi até um local bastante conhecido na região de Faxinal, a Cachoeira do Chicão. Eles estavam na parte alta e de acordo com informações repassadas por frequentadores do local, a jovem identificada por Any tentou tirar uma foto selfie e se desequilibrou. O namorado identificado por Fernando tentou segura-la, mas ambos acabaram sofrendo uma queda de 40 metros. Eles morreram na hora.

A Polícia Científica e IML estiveram no local e os corpos foram encaminhados para o Instituto Médico Legal de Apucarana.

(Foto/Divulgação Samu)

Fonte: Portal Refugo

Imagens de aglomeração bolsonarista em Copacabana revolta internautas (vídeo)

 

No momento que o Brasil ultrapassa os EUA em número de mortes, Bolsonaristas resolveram se aglomerar em algumas cidades do Brasil. No bairro de Copacabana, eles ignoravam o risco de contágio e muitos não usavam máscara

Bolsonaristas saem ás ruas

247 - No momento que o Brasil ultrapassa os EUA em número de mortes decorrentes da Covid-19, Bolsonaristas resolveram se aglomerar em algumas cidades do Brasil. No bairro de Copacabana, eles ignoravam o risco de contágio e muitos não usavam máscaras. 

Eles saíram às ruas neste domingo (14) para defender Jair Bolsonaro, o uso da cloroquina e também pelo fim do lockdown. Muitos também querem o fechamento do STF e golpe militar. 


As imagens causaram revolta nas redes. Veja:


 


Pazuello nega demissão: "não estou doente e continuo no cargo"

 

Em nota, o ministro da Saúde negou que vá deixar o cargo. "Eu não estou doente, continuo como ministro da Saúde até que o presidente da República peça o cargo”, afirmou Pazuello. Jair Bolsonaro se encontrou com médica Ludhmila Hajjar, costa para a vaga de Pazuello

(Foto: ABr)

247 - O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou na tarde deste domingo (14) que continua no cargo, depois que o jornal O Globo divulgou que ele pediu afastamento alegando problemas de Saúde. 

Em declaração à CNN Brasil por meio da assessoria do Ministério da Saúde, Pazuello disse que não sairá até que o presidente Jair Bolsonaro peça.

"Eu não estou doente, continuo como ministro da Saúde até que o presidente da República peça o cargo. A minha missão é salvar vidas”, afirmou Pazuello. 

Apesar da declaração de Pazuello, Jair Bolsonaro se encontrou na manhã deste domingo com a médica cardiologista Ludhmila Hajjar, que é uma das cotadas para assumir o Ministério da Saúde. 

O nome de Hajjar ganhou força por ter respaldo do presidente da Câmara, Arthur Lira. Ela defende uma vacinação em massa e é contra medicamentos sem eficácia comprovada no tratamento da Covid-19, ao contrário do que defende Jair Bolsonaro. 

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Wadih Damous cobra a imediata prisão de bolsonarista que ameaçou Lula de morte

 

Após o ex-presidente Lula ser ameaçado de morte pelo bolsonarista José Sabatini, empresário da cidade de Artur Nogueira (SP), o ex-deputado federal Wadih Damous cobrou sua imediata prisão. “O que está faltando para que o Ministério Público peça a prisão preventiva desse indivíduo?” questionou

Eleitor de Bolsonaro ameaça de morte o ex-presidente Lula (Foto: Reprodução: Redes Sociais)

247 - Após o ex-presidente Lula ser ameaçado de morte pelo bolsonarista José Sabatini, empresário da cidade de Artur Nogueira (SP), o ex-deputado federal Wadih Damous cobrou sua  imediata prisão. “O que está faltando para que o Ministério Público peça a prisão preventiva desse indivíduo?” questionou.

Sabatini é filmado atirando em alvos em um jardimEle usa a bandeira do Brasil na altura da cintura. No vídeo de pouco mais de um minuto, o homem grisalho dispara cinco vezes sem direção e xinga Lula de vagabundo e filho da puta, antes de mandar um recado. Ele publicou o conteúdo em sua conta no Youtube.

“Se você não devolver os R$ 84 bilhões que você roubou do Fundo de Pensão dos Trabalhador (sic), você vai ter problema, hein, cara […]”, ele diz, apontando a mão para o revólver.


Com UTI´s próximas ao colapso em todo Brasil, bolsonaristas se aglomeram em diversas cidades

 

Apoio a Jair Bolsonaro, defesa da cloroquina, saudosismo pela ditadura militar e pelo fim do lockdown são algumas das pautas dos bolsonaristas que saíram às ruas neste domingo (14), no momento que o Brasil se encontra com sistema de saúde próximo ao colapso

Com UTI´s próximas ao colapso em todo Brasil, bolsonaristas se aglomeram em diversas cidades

247 - Apoio a Jair Bolsonaro, defesa da cloroquina, saudosismo pela ditadura militar e pelo fim do lockdown são algumas das pautas dos bolsonaristas que saíram às ruas neste domingo (14), no momento que o Brasil se encontra com sistema de saúde próximo ao colapso. 

Ignorando as medidas restritivas e o isolamento, eles saíram às ruas ignorando o risco de contágio pela Covid-19, muito deles sem o uso de máscara, ítem essencial na não disseminação dos vírus. 

Veja: 
















Pressionado após discurso de Lula, Pazuello alega problemas de saúde e pede para deixar ministério

 

Pazuello comunicou a Jair Bolsonaro estar com problemas de saúde e que, por isso, precisará de mais tempo para se dedicar aos cuidados com o corpo. No entanto, internautas e articulistas apontam que o governo foi obrigado a se movimentar no combate à pandemia temendo a vitória de Lula em 2022

(Foto: Alan Santos/PR)

247 - Jair Bolsonaro vai trocar pela quarta vez o comando do Ministério da Saúde, hoje a cargo do general Eduardo Pazuello, que promoveu a intensificação do caos que o país enfrenta no combate ao vírus. 

Internautas e articulistas apontam que o governo de Jair Bolsonaro é obrigado a se movimentar no combate à pandemia temendo a vitória de Lula em 2022. Desde o discurso histórico do petista, realizado na última quarta, Jair Bolsonaro faz a defesa da vacina e agora demite seu ministro.

 Fontes do Planalto que participam das tratativas disseram à reportagem do jornal O Globo que o atual ministro comunicou a Bolsonaro estar com problemas de saúde e que, por isso, precisará de mais tempo para se dedicar aos cuidados com o corpo. O pedido de afastamento coincide com o auge da pressão de deputados do Centrão, que pleiteiam mudança no comando da pasta, sob pretexto de má gestão durante a pandemia.

Nesta manhã, a jornalista Andreia Sadi disse que “aliados do presidente Bolsonaro defenderam nos últimos ao presidente e a integrantes do Palácio do Planalto que seja feito um “rearranjo” de ministérios — começando pela troca urgente do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, para que o governo consiga se preparar politicamente à oposição do ex-presidente Lula, que voltou ao tabuleiro eleitoral na semana passada.”.

A reportagem ainda acrescenta que interlocutores de Bolsonaro já entraram em contato com dois cardiologistas cotados para substituir Pazuello: Ludhmilla Abrahão Hajjar e Marcelo Queiroga. O primeiro nome, como divlugou o blog de Andreia Sadi, é o preferido do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e de deputados do Centrão para assumir a vaga. Hajjar é professora associada de Cardiologia da USP. Queiroga preside a Associação Brasileira de Cardiologia.

Nesta manhã, Lira falou publicamente sobre a importancia de Pazuello sair do cargo: A avaliação de Lira é de que Pazuello "perdeu o rumo" e não tem mais a "confiança mínima" da sociedade para exercer seu cargo.

Pazuello deixará o ministério com legado de estoques lotados de cloroquina, medicamento que não possui eficácia alguma no combate ao vírus, e também pela ineficiência na aquisição de vacinas contra a Covid-19. 

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Veja a repercussão: 

 






Mortes por Covid-19 explodem em 50 grandes cidades do país

 

Em 50 desses maiores municípios (15% do total), houve uma explosão de óbitos: o pico de agora é pelo menos 80% maior que o do ano passado




SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Esta segunda fase da pandemia da Covid que o Brasil vive é mais letal que a primeira em 40% das grandes cidades do Brasil. Em 50 desses maiores municípios (15% do total), houve uma explosão de óbitos: o pico de agora é pelo menos 80% maior que o do ano passado.

A reportagem comparou a semana com mais mortes nos municípios em dois momentos: março a outubro de 2020 (primeira fase) e o período entre novembro e esta última semana (segunda fase).

Os recordes negativos começaram a ser batidos em dezembro e se estendem até agora. Jaú (SP), Chapecó (SC) e Santa Cruz do Sul (RS) foram os locais com as pioras mais graves, em que o pico atual de mortes foi até 11 vezes maior que o do ano passado.

Foram consideradas na análise as cidades com mais de cem mil habitantes, onde os dados tendem a ser mais confiáveis.
A situação não parece dar mostras de que arrefecerá tão cedo. O monitor do jornal Folha de S.Paulo de aceleração da doença indica que 68% dessas grandes cidades estão em estágio acelerado (crescimento rápido de novos casos) ou estável (estabilização do crescimento, mas num patamar alto).

Considerando apenas os 190 municípios em que esta segunda fase está pior do que a primeira, 74% estão em aceleração ou estável.

Embora não haja consenso entre especialistas sobre se o país vive de fato uma segunda onda ou apenas um repique da primeira, entre setembro e outubro do ano passado houve queda no número de casos e mortes por Covid, com alta a partir de novembro.

O impacto do recrudescimento foi maior no Sul, que tem hospitais lotados e sistema de saúde em colapso. Nove em cada 10 municípios grandes da região bateram recorde no número de óbitos em uma única semana, e em 26% deles esse valor é pelo menos o dobro do maior registrado até o ano passado.

Em Chapecó, no oeste de Santa Catarina, o recorde da média móvel na primeira fase havia sido em setembro, com um óbito por dia. Na última semana de fevereiro, porém, a cidade chegou a uma média diária de 13 mortos.

Houve dois casos confirmados da nova variante de Manaus no município, que, mesmo assim, reabriu o comércio na última segunda (8) após duas semanas com restrições.

Considerando os estados, o mais afetado nesta segunda fase foi o Amazonas, que em janeiro foi palco da pior crise no sistema de saúde já vista na pandemia. Com escassez de UTIs, profissionais de saúde e oxigênio para os doentes, o estado passa de 6.000 mortos nestes três meses de 2021, mais que durante todo o ano passado.

Em Manaus, onde estão concentrados todos os leitos de terapia intensiva do Amazonas, a maior média móvel registrada em 2020 havia sido de 43 óbitos, contra 143 no mês passado.

Outras três capitais também passam por explosão de mortos nesta segunda fase: Florianópolis, Curitiba e Porto Velho.

No Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e em Rondônia, o pico de mortes em uma semana é de duas a três vezes maior nesta segunda fase.

Já São Paulo, que nesta sexta-feira (12) bateu recorde na média móvel de óbitos (331), tem 41% das cidades em situação pior agora.

A que teve maior aumento de óbitos foi Jaú –saiu de 1 em outubro para 14 em fevereiro, maior crescimento entre os grandes municípios do país.

Na capital paulista, apesar do aumento no número de casos e mortes desde novembro, a situação ainda está distante da vivenciada na primeira fase. Na pior semana da pandemia, em junho, a cidade registrou média diária de 111 mortes. O recorde da segunda fase, até o momento, é de 69.

Segundo especialistas ouvidos, o impacto da nova fase é parte de uma cadeia complexa de eventos, muitos dos quais provenientes ainda da primeira parte da pandemia no país.

Um dos pontos citados e impossível de ser ignorado a essa altura são as variantes do Sars-CoV-2, como a brasileira P.1 e a britânica B.1.1.7, ambas consideradas com maior potencial de disseminação, o que por si só pode acelerar o alcance da doença. As variantes também preocupam por causa de um possível potencial de fuga vacinal.

A variante B.1.1.7 preocupou e atingiu de tal forma o Reino Unido que o país teve que, mais uma vez, decretar rígidas medidas restritivas, inclusive um lockdown, para reduzir a situação da cepa. Portugal, considerado um caso de sucesso durante a primeira onda, foi atingido por essa variante, o que também pode ter sido um dos motivos do descontrole no país, teve que decretar um lockdown e já vê na queda de casos o efeito da medida.

No Brasil, as variantes do Sars-CoV-2, inclusive a sul-africana B.1.351, já são dominantes em seis estados, além do Amazonas (local de origem da P.1), segundo estudo da Fiocruz.

Mas é incorreto jogar a culpa nas variantes, dizem os especialistas. O relaxamento das pessoas quanto às medidas de proteção também deve ser levado em conta –inclusive porque as variantes têm mais chance de surgir diante da alta circulação do vírus e do descontrole da pandemia.

A fadiga da pandemia e do alongamento das estratégias de distanciamento entram na equação desse relaxamento.

"Não é uma corrida de 100 metros, é uma maratona", afirma Max Igor Banks Ferreira Lopes, infectologista do Hospital Sirio-Libanês, sobre a extensão de tempo das medidas aplicadas no país (sem necessariamente um controle efetivo da doença) e sobre a complexidade de como relaxar adequadamente as medidas aplicadas.

Vale lembrar que o Brasil permaneceu em um platô de, aproximadamente, 400 a 600 mortes por dia nos quatro últimos meses de 2020, segundo os dados de média móvel do consórcio de veículos de imprensa. Há mais de 50 dias essa métrica ultrapassa os mil óbitos.

"Não temos uma maturidade política e técnica para discutir isso", diz o infectologista, sobre medidas restritivas para conter a pandemia.

E aí entra a falta de políticas públicas para controle da pandemia. O Brasil não implementou políticas de testagem em massa e posterior tentativa de rastreamento de contatos, o que permite um olhar mais localizado e pode facilitar medidas de isolamento.

Até hoje, para conseguir testes PCR (considerado o padrão-ouro para detecção) são necessários alguns dias, mesmo para quem tem convênio, diz Ferreira Lopes.

O monitoramento por mortes e casos é falho, segundo o infectologista, porque está sempre olhando no retrovisor, para o que aconteceu há semanas. Ou seja, é limitado o conhecimento imediato sobre o que é necessário naquele momento.

Segundo a epidemiologista Ethel Maciel, professora da Ufes (Universidade Federal do Espírito Santo), os governantes em diversas esferas se limitaram à preocupação com vagas de UTI e, com isso, "investiram na doença".

"Estamos esperando as pessoas adoecerem para dar a elas [com UTI] uma forma mais digna de morrer. Se tivéssemos um medicamento maravilhoso contra Covid seria uma coisa, mas não temos", diz Maciel. "A angústia é saber que muitas coisas poderiam ser feitas, e o Brasil não está fazendo nada. Não é só o governo federal, é todo mundo."

Para o epidemiologista e professor da USP Paulo Lotufo, as variantes foram usadas politicamente. "Elas serviram para governos colocarem a culpa do descontrole atual no vírus", diz.

Na primeira onda, grandes metrópoles de forma geral, como São Paulo e Rio de Janeiro, concentraram casos e mortes e, com suas medidas de restrição, conseguiram pelo menos diminuir um pouco a marcha do Sars-CoV-2 território adentro. Agora, o vírus se encontra muito mais alastrado.

Em meio às mortes da pandemia e à falta de políticas públicas, houve ainda a minimização da situação. "Você tem um presidente que usou máscara poucas vezes. Você tem uma narrativa política de que 'não tem problema, que as pessoas têm que sair, que é mimimi'", afirma Maciel.

Aliado a tudo isso, vieram feriados do segundo semestre, eleições, festas de final de ano e Carnaval. A união dessas variáveis –e outras tantas– desembocou em grande pressão no sistema de saúde do país todo ao mesmo tempo e nos profissionais já cansados. E, finalmente, na explosão de

Covid à qual o Brasil assiste, sem ação.
"Não dá para fingir normalidade. Não está dando", afirma Ferreira Lopes, com barulhos de UTI ao fundo.
*
50 CIDADES ONDE AS MORTES EXPLODIRAM NA SEGUNDA FASE DA PANDEMIA

Angra Dos Reis (RJ)
Apucarana (PR)
Araraquara (SP)
Ariquemes (RO)
Assis (SP)
Bagé (RS)
Barbacena (MG)
Barra Do Piraí (RJ)
Cabo Frio (RJ)
Camaçari (BA)
Caraguatatuba (SP)
Cascavel (PR)
Catalão (GO)]
Caxias Do Sul (RS)
Chapecó (SC)
Criciúma (SC)
Curitiba (PR)
Divinópolis (MG)
Erechim (RS)
Florianópolis (SC)
Gravataí (RS)
Guarapuava (PR)
Guaratinguetá (SP)
Itacoatiara (AM)
Jaú (SP)
Ji-Paraná (RO)
Juiz De Fora (MG)
Londrina (PR)
Manaus (AM)
Marília (SP)
Maringá (PR)
Mauá (SP)
Niterói (RJ)
Ourinhos (SP)
Passos (MG)
Petrolina (PE)
Petrópolis (RJ)
Poços De Caldas (MG)
Ponta Grossa (PR)
Porto Velho (RO)
Resende (RJ)
Santa Cruz Do Sul (RS)
Santarém (PA)
Santo André (SP)
São Carlos (SP)
Sapucaia Do Sul (RS)
Teresópolis (RJ)
Umuarama (PR)
Uruguaiana (RS)
Varginha (MG)

Fonte: Noticias ao Minuto