domingo, 14 de março de 2021

3 anos sem Marielle. 14 perguntas sem resposta

 

Neste domingo, completam-se 3 anos do assassinato da ativista e seu motorista Anderson Gomes. Relembre as irregularidades da investigação e as 14 perguntas que seguem sem resposta

Marielle Franco (Foto: Mídia Ninja)

247 - Neste domingo (14), completam-se 3 anos que a ativista, socióloga e política Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes foram assassinados brutalmente pelas milícias extremistas do Rio de Janeiro.

Até hoje, o PM Ronnie Lessa e o ex-PM Elcio Queiroz, apontados pelas autoridades do Rio de Janeiro como os responsáveis, não foram julgados.

Durante a investigação, testemunhas foram dispensadas, confissões forçadas e "empecilhos técnicos" impediram a análise de imagens.  

No dia do crime, segundo o depoimento de um porteiro, Élcio acessou o condomínio onde moram Lessa e Jair Bolsonaro. Ele iria à casa 58, que pertence ao presidente.

Segundo o Jornal Nacional, o porteiro disse ter reconhecido a voz de quem atendeu como sendo a do "Seu Jair".

O Instituto Marielle Franco fará um tuitaço hoje em memória:


O Instituto lançou um dossiê com todas as informações que se têm do caso e uma linha do tempo. Ele levanta 14 perguntas, que até hoje seguem sem resposta:

  • Quem mandou matar Marielle?
  • Qual a motivação do mandante do crime?
  • Por que ainda não se avançou na investigação sobre a autoria intelectual do crime?
  • Qual é a ligação do responsável pela clonagem do carro com o crime e o grupo de milicianos ligado a Adriano Nóbrega e o Escritório do Crime?
  • Qual é a conclusão das investigações sobre o extravio das munições e armas da Polícia Federal usadas no crime?
  • Quem desligou, como e a mando de quem as câmeras de segurança do trajeto que Marielle e Anderson percorreram?
  • Por que não existe uma atuação coordenada das instâncias em níveis estadual e federal sobre a elucidação do caso de Marielle e Anderson?
  • Por que até agora a Google não entregou os dados solicitados pelo MPRJ e a Polícia Civil para a investigação?
  • Por que houve tantas trocas no comando da Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro, responsável pela investigação do caso Marielle?
  • Houve tentativa de fraude nas investigações? Por quem?
  • Foi aberto um inquérito pela Polícia Federal para apurar as interferências na investigação do caso. Por que em meio a estas investigações, o superintendente regional da Polícia Federal do Rio de Janeiro foi trocado?
  • O presidente Jair Bolsonaro informou que Ronnie Lessa foi ouvido pela polícia federal sobre o caso do porteiro. Este interrogatório foi entregue ao Ministério Público e à Polícia Civil do Rio de Janeiro?
  • Por que o governo brasileiro não forneceu todas as informações demandadas pelo Alto Comissariado de Direitos Humanos das Nações Unidas?
  • Por que as recomendações da Comissão Externa realizada no âmbito do Congresso Nacional no ano de 2018 ainda não foram implementadas?

Apenas 11% dos homicídios no Rio de Janeiro são solucionados, segundo o Instituto Sou da Paz. Mas o crime político vai muito além dos problemas tradicionais. 

O procurador-geral de Justiça do Rio, Luciano Oliveira Mattos de Souza, anunciou a criação de uma força-tarefa para concluir as investigações.

sábado, 13 de março de 2021

Apucarana registra mais três óbitos e 62 novos casos de Covid-19 neste sábado



A Autarquia Municipal de Saúde (AMS) confirmou mais três óbitos e 62 novos casos de Covid-19 neste sábado (13) em Apucarana. São agora 174 mortes provocadas pela doença no município e 7.355 resultados positivos para o novo coronavírus.

O primeiro óbito é de um homem de 69 anos, que sofria de hipertensão arterial. Ele foi internado no último dia 5 no Hospital da Providência e morreu no dia 9. O segundo óbito é de um homem de 79 anos, sem comorbidades. O idoso foi internado no “Providência” no último dia 6 e morreu no dia 10. O terceiro óbito é de um homem de 74 anos, que sofria de hipertensão arterial e diabetes. Ele foi internado no último dia 6 em Apucarana e morreu no dia 11.

Os 62 resultados positivos vieram do Laboratório Central do Paraná (Lacen). São 34 homens (9, 13, 18, 19, 26, 26, 30, 31, 31, 33, 34, 34, 34, 37, 37, 37, 39, 39, 43, 43, 44, 45, 45, 49, 50, 51, 59, 59, 62, 62, 69, 74, 79 e 79 anos) e 28 mulheres (8, 9, 11, 12, 15, 21, 23, 26, 26, 36, 38, 39, 41, 42, 42, 43, 45, 52, 53, 55, 55, 61, 63, 67, 67, 67, 69 e 70 anos). Todos estão em isolamento domiciliar.

Ainda segundo o boletim da AMS, Apucarana tem mais 371 suspeitas em investigação. O número de recuperados chega a 6.603.

O Pronto Atendimento do Coronavírus soma 25.868 pessoas atendidas presencialmente desde o início da pandemia. O número de monitorados atualmente é de 1.275.

Já foram testadas 30.100 pessoas, sendo 14.846 em testes rápidos, 12.714 pelo Lacen (RT-PCR) e 2.540 por laboratórios particulares (RT-PCR).

São 35 pacientes de Apucarana internados, oito na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 27 em leitos de enfermaria.

O município tem 578 casos ativos da doença.

 

Colunista diz que Globo pode estar sendo vendida para donos da Friboi

 

Segundo o colunista Cláudio Magnavita, no Correio da Manhã, o grupo J&F, dono da empresa Friboi, estaria interessado em adquirir todo o conglomerado do grupo Rede Globo de comunicação. Na mesa, o valor é de R$ 25 bilhões

Os cabrestos eletrônicos do TSE e da Globo. (Foto: Divulgação)

247 - O colunista Cláudio Magnavita, no Correio da Manhã, publicou neste sábado (13) que o grupo J&F, donos da empresa Friboi, estaria interessado em adquirir o conglomerado da Rede Globo.  Na mesa, o valor em negociação é de R$ 25 bilhões.  Segundo fontes do mercado financeiro de São Paulo, o Pactual, depois ter se debruçado sobre a venda da Editora Abril, a maior empresa de comunicação especializada em revistas, está, agora, através de André Esteves, coordenando o processo de diálogo entre as partes interessadas. 

O jornalista explica que o negócio envolve todo o grupo, incluindo televisão, impressos e plataforma de streaming. Segundo as mesmas fontes do mercado financeiro, um dos entraves que pode atrasar o negócio é o desejo de preservar a soberania jornalística até o processo eleitoral de 2022.

O empresário mexicano Carlos Slim também se mantém interessado na compra da Globo. No governo de Michel Temer o assunto esteve bastante adiantado. Os entraves legais que não permitem a um estrangeiro ter o controle de rádio e televisões no Brasil não foram resolvidos.

Ainda, de acordo com a coluna, as concessões da Globo envolvem as emissoras geradoras do Rio, São Paulo, Belo Horizonte, Brasília e Recife, que só podem ser transferidas para brasileiros. Slim, que já possui a Embratel, Net e Claro celular no Brasil, pode se associar em alguns segmentos do negócio com a própria J&F. Já há estudos nesse sentido, especialmente na Globoplay.

Globo nega

“São absolutamente falsas as ilações publicadas hoje pelo jornal Correio da Manhã. Não há nem nunca houve qualquer intenção de venda do Grupo Globo por parte de seus acionistas.”, disse em comunicado a Rede Globo. 

Lula é vacinado em SP: "estaria mais feliz se tivesse vacina para todos" (vídeo)

 

Ex-presidente Lula tomou a primeira dose da vacina Coronavac na manhã deste sábado (13), em São Bernardo do Campo (SP), e lamentou a lentidão do governo na imunização em massa da população contra a Covid-19 . "Estaria mais feliz se tivesse vacina para todos", ressaltou

Lula toma vacina

247 - O ex-presidente Lula tomou a primeira dose da vacina Coronavac na manhã deste sábado (13), em São Bernardo do Campo (SP), e lamentou a lentidão do governo de Jair Bolsonaro em promover a imunização em massa da população contra a Covid-19. Segundo o petista, ele estaria muito mais feliz “se todos os brasileiros tivessem acesso à vacina”. 

Lula foi imunizado na fila do “drive thru” e estava ao lado do deputado federal Alexandre Padilha, que também é médico e ex-ministro da Saúde. 

Após tomar a vacina, o petista ressaltou que um país que possui o Instituto Butatan e Fiozcruz deve ser autossuficiente na produção de vacinas. “O Brasil talvez tenha sido o melhor exemplo de vacinação durante muitos anos. Se esse governo talvez não tivesse feito tanta bobagem, já estaríamos muito avançados na vacinação”, disse. 

Ele também fez uma apelo para que o braisleiros se protejam do vírus. “Cuidem-se, para não chorarmos amanhã”. 

Veja: 

 


Prefeitura cria Grupo de Saúde Mental

 

Objetivo é ampliar a abrangência de atendimento neste setor da rede pública de saúde


O prefeito oficializou ontem (12) a criação do Grupo de Saúde Mental de Apucarana, envolvendo uma força tarefa de cinco secretarias municipais. Além da Saúde, o trabalho de ampliar a abrangência de atendimento neste setor, vai contar com a participação de especialistas das secretarias de Esporte, Educação, Assistência Social e da Mulher e Assuntos da Família.
O objetivo do grupo, que será coordenado pela secretária da Mulher e Assuntos da Família, Denise Canesin, é realizar ações para que a rede pública de saúde mental seja acessada por todos que precisem desse tipo de atendimento.
De acordo com o prefeito Junior da Femac, a partir das ações implementadas por esse grupo e da criação de um protocolo que vai conduzir esse trabalho, qualquer serviço da administração municipal, não só da saúde, pode ser a porta de entrada para receber pessoas que necessitam de atendimento na área da saúde mental.
Para isso haverá treinamentos, contratação de mais psicólogos para atendimento em todas as Unidades Básicas de Saúde, bem como criação de um serviço de teleatendimento, entre muitas outras ações que estão sendo estruturadas. “
“Não quero que ninguém que precise de ajuda na área da saúde mental fique sem atendimento em nossa cidade. Toda rede da administração municipal estará envolvida neste propósito, de acolher e dar tratamento para essa pessoa e toda a família”, afirma Junior da Femac.
Para a responsável pelo setor de Saúde Mental da Autarquia Municipal de Saúde (AMS), a terapeuta ocupacional Karla Balan, esse grupo vai tornar o trabalho do setor mais abrangente, não só na identificação de novos casos mas também na oportunidade de tratamento para maior número de pessoas.
Segundo Karla, hoje o Departamento de Saúde Mental da AMS tem 3 mil pessoas cadastradas.

 

Prefeito Junior da Femac manifesta pesar pela morte do ex-vereador Sabão

 

Por muitos anos, ele trabalhou na concessionária  Rodonorte, chegando a ocupar o cargo de presidente do Sindicato dos Funcionários das Concessionárias de Rodovias do Paraná 


O prefeito de Apucarana, Junior da Femac, emitiu hoje nota de pesar pelo falecimento do ex- vereador e ex-presidente da Câmara de Marilândia do Sul, Anderson Luiz Bueno, mais conhecido como “Sabão”, que há alguns anos passou a residir em Apucarana.

Ele estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para Covid-19 do Hospital Norte Paranaense (Honpar) em Arapongas, aonde veio a óbito na manhã deste sábado (13).

De acordo com a família, Anderson Luiz Bueno estava em tratamento médico há duas semanas e, nos últimos dias, devido à gravidade do seu quadro clínico, precisou ser entubado. “Lamentamos profundamente a perda prematura do Sabão. E que nesse momento de muita dor, Deus console a família e amigos”, comentou Junior da Femac.

Sabão exerceu três mandatos como vereador em Marilândia do Sul e foi presidente da Câmara por dez anos. Ele assumiu como vereador pela primeira vez em 2005. Sabão também foi candidato a vereador em Apucarana, por duas vezes, mas não conseguiu se eleger.

Em 2016 Sabão foi candidato a deputado estadual, mas não se elegeu. Por muitos anos, ele trabalhou na concessionária  Rodonorte, chegando a ocupar o cargo de presidente do Sindicato dos Funcionários das Concessionárias de Rodovias do Paraná.

 

Lula livre fez Jornal Nacional bater seu recorde de audiência no ano

 

Pronunciamento do ex-presidente, em que bateu na própria Globo, atraiu o interesse do público brasileiro

O ex-presidente Lula discursou na última quarta (10), na sede do Sindicado dos Metalúrgicos (Foto: Ricardo Stuckert)


Por Lucas Rocha, na Fórum – O Jornal Nacional da última quarta-feira (12), que deu destaque ao discurso histórico proferido pelo ex-presidente Lula no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, dois dias após ele ter todas as suas condenações anuladas, fez o telejornal da TV Globo bater recorde de audiência.

Segundo informações da colunista Cristina Padiglione, da Folha de S. Paulo, o telejornal atingiu seu maior índice no ano, com 32 pontos de audiência e 46% de televisores ligados na Grande São Paulo. No Rio de Janeiro, também houve recorde: 32 de audiência e 47% de participação nos televisores (leia a íntegra na Fórum).

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Lula celebra os dez anos do 247 e diz que o Brasil só será livre quando tiver uma imprensa plenamente democrática

 

"O 247 significa você ter acesso ao que muitas vezes a imprensa tradicional não informa", disse o ex-presidente, que também exaltou o papel dos assinantes solidários

Ricardo Stuckert (Foto: Ricardo Stuckert)


247 – "Hoje é um dia muito especial, para quem ama a democracia e para quem acredita que um país será totalmente livre quando a gente tiver uma imprensa totalmente democrática", disse o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em vídeo sobre os dez anos do Brasil 247, completados neste dia 13 de março de 2021. Lançado neste dia, há exatos dez anos, o 247 nasceu num ambiente de forte otimismo no Brasil, logo após o segundo mandato do ex-presidente. Enfrentou o golpe contra a ex-presidente Dilma Rousseff e segue lutando por uma democracia plena e verdadeira em nosso país.

Na mensagem, o ex-presidente também exaltou o papel dos assinantes solidários, que garantem a existência e a independência do 247 num ambiente em que a mídia brasileira foi capturada por grandes interesses econômicos e financeiros. "Para a gente ver a importância do 247, peço a você que fechasse os olhos por 10 segundos e imaginasse um Brasil sem o 247. Você descobriria que muitas notícias não chegariam a você", disse ele, que cumprimentou todos os assinantes do 247 e pediu aos que ainda não apoiam que também se tornem assinantes.

Criado pelo jornalista Leonardo Attuch, o 247 reuniu em sua equipe alguns dos maiores nomes do jornalismo brasileiro em sua equipe, montou um time de grandes apresentadores na TV 247 e também o conselho editorial mais qualificado do Brasil, com alguns dos maiores intelectuais brasileiros. A missão do veículo é “empoderar o público por meio da informação e do conhecimento e promover a defesa intransigente de uma democracia plena”.

No 247, o modelo de apoio é o de assinaturas solidárias, em que leitores e telespectadores podem doar regularmente qualquer valor, com a finalidade de que o conteúdo seja aberto para todos, uma vez que a informação é um direito universal – e não um privilégio. Recentemente, o 247 foi também o primeiro veículo de comunicação do Brasil ao lançar as assinaturas por Pix. Confira aqui todas as modalidades de apoio e também o vídeo do ex-presidente Lula:

Attuch conta a história do 247 e fala sobre o futuro: espero que se torne um veículo coletivo, da própria comunidade de leitores

 

Criador do 247, o jornalista Leonardo Attuch conta a história de veículo que é hoje o maior meio de comunicação progressista do Brasil

Flickr 247 (Foto: Leonardo Attuch)


247 – Na segunda metade de 2010, o Brasil vivia o melhor momento econômico da sua história. Com crescimento econômico de 7,5%, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se preparava para deixar o cargo com 87% de aprovação. Foi naquele ambiente de otimismo dos brasileiros em relação ao futuro que Attuch, então redator-chefe da revista Istoé Dinheiro, decidiu criar o Brasil 247, que foi lançado efetivamente no dia 13 de março de 2011, há exatos dez anos. Nesta entrevista, ele conta um pouco da história deste veículo que é hoje o maior meio de comunicação progressista do Brasil.

Como surgiu a ideia de lançar o Brasil 247?

Lá pela segunda metade de 2010, quando eu comprei um tablet, um iPad, percebi que a informação se tornaria portátil e que isso representaria o fim lento, gradual e seguro da imprensa em papel. Na primeira onda da internet, muitos sites foram criados, mas as notícias eram lidas nos computadores. Com os tablets, veio a segunda onda, arrasadora, com a informação podendo ser consumida em qualquer lugar, a qualquer momento. Com todos lendo notícias o tempo todo nos celulares, a morte da imprensa em papel é uma questão de tempo.

Por que o nome 247?

Porque nossa ideia, desde o começo, era oferecer informação 24 horas por dia, sete dias por semana.

Politicamente, como o veículo pretendia se posicionar?

Naquele momento, não apenas nós, mas toda a mídia brasileira reconhecia os méritos dos governos progressistas. A Editora Três, onde eu trabalhava, fechava o governo Lula com a capa "Nunca fomos tão felizes". Esta era a realidade. Nascemos neste ambiente. O nosso objetivo era oferecer informações relevantes, abrindo espaço para todas as forças políticas, mas evidentemente reconhecendo que o Brasil acabava de viver um período de grande felicidade coletiva e de prosperidade.

Era possível antever a guerra midiática contra os governos progressistas?

Naquele momento, não. Inclusive, a própria ex-presidente Dilma Rousseff viveu anos de grande popularidade e aprovação midiática no início do seu primeiro mandato. Mas já eu imaginava que, em 2014, haveria forte oposição midiática a uma eventual volta do ex-presidente Lula, assim como a imprensa convencional fez com Getúlio Vargas nos anos 50. Guardadas as proporções, eu gostava de imaginar que o 247 poderia ser para Lula o que a Última Hora, de Samuel Wainer, foi para Getúlio Vargas. Lula não foi candidato, mas a guerra foi até mais intensa do que eu previa, e o resultado está aí: um Brasil destruído e aniquilado por uma imprensa golpista.

Como foram os primeiros anos do 247?

Nascemos de forma híbrida. Tínhamos uma edição para tablets, como se faz com um jornal normal, mas também um site de notícias. Fomos o segundo jornal para iPad no mundo. O primeiro, o The Daily, do Rupert Murdoch, morreu porque não lançou seu próprio site. Quando os sites de notícias se tornaram responsivos, ou seja, adaptáveis a qualquer tamanho de tela, o nosso jornal para tablets se tornou desnecessário. E assim viramos um site de notícias, como muitos outros, mas com muitas informações exclusivas sobre o governo Dilma.

Qual foi o impacto do golpe de 2016 para o 247?

Dilma caiu numa quinta-feira, 12 de maio de 2016, quando completei 45 anos, Michel Temer assumiu o poder usurpado numa sexta-feira 13, o que não deve ter sido coincidência. No dia seguinte, no sábado 14, ele já era pressionado a cortar a publicidade oficial dos "sites progressistas". Havia o mito, alimentado pela imprensa corporativa, de que esses veículos de comunicação só existiam porque recebiam publicidade governamental. A realidade provou que todos se mantinham em razão de suas audiências e dos recursos gerados pelas novas plataformas de publicidade programática. Mas algum tempo depois passamos a investir num modelo de assinaturas solidárias.

Como isso funciona?

É diferente do modelo dos jornais tradicionais, que colocam o "paywall", em que a pessoa só pode ler se pagar. No nosso caso, os assinantes são doadores. Fazem pagamentos recorrentes porque querem que o veículo continue existindo e tenha seu conteúdo aberto a todos os leitores e telespectadores. Ou seja: quem assina não paga para si, mas para toda a coletividade. Na nossa visão, a informação é um direito universal, e não uma propriedade.

Como surgiu a TV 247?

A ideia surgiu a partir de um encontro numa padaria com dois grandes jornalistas, o Florestan Fernandes Júnior e o Paulo Moreira Leite. Foram eles que trouxeram a ideia. Paralelamente, eu já vinha observando o Leonardo Stoppa e assistindo alguns vídeos feitos por ele. Consegui convencer o Stoppa a voltar da Inglaterra, montamos um estúdio em São Paulo, e iniciamos uma pequena grade de programas quando o Alex Solnik nos convenceu que teríamos público cativo. Hoje, temos mais de dez horas de programação diária, e fomos transformando grandes jornalistas, como o Mauro Lopes, a Gisele Federicce, o Aquiles Lins e muitos outros, em grandes apresentadores. E com o tempo a equipe foi sendo ampliada com grandes nomes do jornalismo, como a Tereza Cruvinel, o Rodrigo Vianna e mais recentemente o Joaquim de Carvalho.

Quais serão os próximos passos?

Somos muito cautelosos. Um passo de cada vez. Não assumimos riscos exagerados, não tomamos dívidas e só entramos em novos negócios de forma muito segura. Tínhamos a ideia de vir a ter uma "Academia 247", mas foi muito melhor e mais prudente nos tornarmos parceiros do Instituto Conhecimento Liberta, criado pelos amigos Eduardo Moreira e Jessé Souza. Por ora, estamos pensando numa estratégia de podcasts, para sermos também uma rádio.

E como se vê imagina o 247 no futuro?

Espero que dure pelo menos 300 anos. Para isso, ele terá que ser fiel a sua missão, que é a de “empoderar o público por meio da informação e do conhecimento e promover a defesa intransigente de uma democracia plena”. Também imagino um veículo de comunicação totalmente independente, controlado por sua comunidade de leitores e telespectadores – o que é viável no mundo de hoje, uma vez que não há mais barreiras de entrada na comunicação.

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“Lula de volta é o Brasil de volta”, diz Marcos Coimbra

 

O presidente do Instituto Vox Populi falou do abismo que há entre Lula e outras lideranças brasileiras e criticou a mídia após um longo período de silenciamento que ela impôs ao petista: “essa imprensa que está espantada ouvindo o Lula não estava ouvindo porque não o chamavam para falar”. Assista na TV 247

Marcos Coimbra e Lula (Foto: Reprodução | Ricardo Stuckert)


247 - O sociólogo e presidente do Instituto Vox Populi, Marcos Coimbra, analisou na TV 247 o verdadeiro abismo que há entre o ex-presidente Lula e outras lideranças políticas brasileiras em relação à representatividade do povo e à capacidade de conquistar votos.

Coimbra definiu que “Lula de volta” significa a verdadeira nação brasileira de volta, e o comparou a outros supostos líderes. “Bolsonaro nunca foi liderança nenhuma nesse país, mas como só tinha ele, só se deixava que ele falasse e só se ouvia esse monte de maluco que está com ele, parecia que era maior do que é. Não desmerecendo as outras lideranças políticas no Brasil mas, sinceramente, são muito menores. O João Doria é o quê? Não é nada. Quem é Rodrigo Maia? Um político respeitado no Congresso, nada mais. Tem uma pesquisa em que aparece o Mandetta como a figura com mais votos. Eu não sei de onde eles inventam essas coisas. Então Lula de volta é o Brasil de volta, que sempre esteve presente, só que emudecido”.

Coimbra ironizou e criticou a imprensa tradicional do país por ter, após o discurso do ex-presidente Lula, transparecido espanto com a força e o desempenho do petista em frente aos microfones, sendo que Lula nunca se furtou em conversar com os jornalistas, pelo contrário: os veículos de comunicação que o sabotaram e o silenciaram nos últimos anos. “Nós apenas estávamos sem ouvir a principal liderança política do país, e estávamos sem ouvi-lo não porque não tinha o que falar ou não queria falar, ele não falou nesses últimos tempos porque ele foi silenciado. Qual é o caminho, o lugar onde as pessoas podem se expressar, mesmo na era das redes sociais? É na imprensa. Essa é uma das funções da imprensa: dar voz para as pessoas que têm o que dizer. É através da imprensa que as pessoas falam e são ouvidas por uma proporção grande do país. O Lula estava banido da imprensa brasileira porque ela, na sua grande maioria, estava fazendo parte do projeto de tirar o Lula do ar. Agora, depois da decisão do Supremo, esse quadro começou a mudar e nós temos o homem de volta. Essa imprensa que agora está espantada porque está ouvindo o Lula não estava ouvindo porque não o chamavam para falar, porque ele estava proibido, vetado”.

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Criador do Zé Gotinha se revolta com versão miliciana criada pelo clã Bolsonaro

 

“O Zé Gotinha é um personagem do bem, criado com fins educativos. Colocá-lo com uma arma na mão é um péssimo exemplo que se pode dar a uma criança. Apologia de arma é coisa séria”, disse Darlan Rosa (confira na imagem a resposta de Latuff ao desenho divulgado por bolsonaristas)



Por Cynara Menezes, na Fórum Darlan Rosa, o artista plástico que criou o Zé Gotinha em 1986, durante o governo José Sarney, se disse “indignado e assustado” com o desenho divulgado pelo filho do presidente, Eduardo Bolsonaro, em que o simpático personagem empunha uma metralhadora em forma de seringa. “O Zé Gotinha é um personagem do bem, criado com fins educativos. Colocá-lo com uma arma na mão é um péssimo exemplo que se pode dar a uma criança. Apologia de arma é coisa séria”, lamentou Darlan, que tem 74 anos e mora em Brasília. Ele contou que recebeu a primeira dose da vacina contra o coronavírus ontem (leia a íntegra na Fórum).

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Golpista, Jeanine Áñez tem prisão confirmada por ministro do governo boliviano

 

A ex-presidente interina é acusada de terrorismo, conspiração e sedição devido aos eventos que sucederam à renúncia do ex-presidente boliviano Evo Morales em 2019. Os ex-ministros que apoiaram seu governo provisório de um ano também foram detidos pelas autoridades

Jeanine Áñez (Foto: Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

Sputnik Brasil - A ex-presidente interina da Bolívia, Jeanine Áñez, foi presa neste sábado (13). Áñez é acusada de terrorismo, conspiração e sedição devido aos eventos que sucederam à renúncia do ex-presidente boliviano Evo Morales, ainda em novembro de 2019. A informação foi confirmada pelo Ministro do Interior, Eduardo del Castillo

"​Informo ao povo boliviano que a senhora Jeanine Áñez já foi detida e atualmente está nas mãos da polícia", diz uma postagem do ministro que você pode conferir abaixo:

O local e a hora exata da prisão não foram divulgados e a promotoria não anunciou publicamente o mandado. Os ex-ministros que apoiaram seu governo provisório de um ano também foram detidos pelas autoridades, reporta a agência AFP.

Áñez, por sua vez, também utilizou o Twitter para "denunciar" a "perseguição política" que está sofrendo.

"Denuncio à Bolívia e ao mundo que, em um ato de abuso e perseguição política, o governo do MAS ordenou que eu fosse prensa. Acusam-me de ter participado de um golpe que nunca aconteceu. Minhas orações pela Bolívia e por todos os bolivianos", diz a postagem.

Ascensão e queda de Añez

Evo Morales deixou o poder após acusações de fraude eleitoral contra sua reeleição, em primeiro turno, para um terceiro mandato, em 2019. À época o alto escalão das Forças Armadas exigiu a saída do ex-presidente do poder, abrindo caminho para o golpe que levou Áñez à Presidência.

Añez deixou o cargo no início de novembro, quando Luis Arce, do Movimento pelo Socialismo (MAS), assumiu o cargo, tendo vencido uma eleição esmagadora em 18 de outubro. A votação foi adiada várias vezes, gerando protestos e alimentando temores de uma quinada para ainda mais longe da democracia.

A denúncia contra Añez partiu de um bloco de deputados e ex-deputados do MAS. A Justiça boliviana responsabiliza parte dos acusados pela morte de mais de 30 pessoas durante a repressão aos protestos contra a saída de Evo do poder.

 

COVID-19 tira a vida do ex-vereador “Sabão”



Vítima de COVID-19, faleceu na manhã deste sábado (13), no HONPAR - Hospital Norte Paranaense, em Arapongas, o ex-vereador e ex-presidente da Câmara de Marilândia do Sul, por três mandatos, Anderson Luiz Bueno, o popular “Sabão”.

O prefeito Aquiles Takeda, primo dele lamentou a morte e decretou luto oficial por três dias.

Em 2014 Sabão disputou as eleições para Deputado Estadual pela coligação PV/PPL e não foi eleito. Depois ele mudou para Apucarana onde constituiu família e também concorreu a uma vaga na Câmara Municipal nas duas últimas eleições, mas não conseguiu votos suficientes. Na primeira concorreu pelo DEM e fez 1.062 votos e no ano passado teve a candidatura “barrada” na justiça e ficou fora da disputa.

Sabão é bastante conhecido em Apucarana e região, trabalhou por muitos anos na concessionária Rodonorte e foi Presidente do Sindicato dos Funcionários das Concessionárias de Rodovias do Paraná.

O sepultamento, sem velório, acontece hoje, em Marilândia do Sul.