Segundo
dados medidos pela consultoria Quaest, Bolsonaro tem 62,3 pontos de
popularidade digital e Lula tem 55,9, uma diferença de apenas 6,4. “O que fez
Lula voltar? Temas de comparação entre os preços na era Lula e agora”, explica
professor da UFMG
(Foto: Ricardo Stuckert | Reuters)
247 - Para além dos altíssimos preços dos combustíveis e
do desastre na condução da pandemia e da vacinação contra Covid-19, Jair
Bolsonaro tem agora uma nova derrota: enquanto se mantém estagnado no ranking
de popularidade digital medido pela consultoria Quaest, o chefe do governo
federal vê o ex-presidente Lula se aproximar de sua posição.
A Quaest avalia o
desempenho de personalidades políticas brasileiras nas plataformas Facebook,
Instagram, Twitter, YouTube, Wikipedia e Google.
Em uma
escala de 0 a 100, sendo que 100 representa o máximo de popularidade, Bolsonaro
tem 62,3 pontos no ranking, na liderança da lista. Lula, por sua vez,
apresentou crescimento nos últimos meses e, agora, tem 55,9 pontos. Com uma
diferença de 6,4 pontos, Lula é o principal antagonista de Bolsonaro também no
campo digital.
Vale lembrar que
as mídias sociais foram a principal arma utilizada por Bolsonaro em 2018 para
chegar à presidência e, ainda hoje, são usadas pelo governo como forma de
driblar a imprensa.
Segundo
o pesquisador Felipe Nunes, professor de ciência política da UFMG (Universidade
Federal de Minas Gerais) e diretor da Quaest, ouvido pela Folha de S.
Paulo, um outro fator além do péssimo desempenho de Bolsonaro no
governo pode estar contribuindo para a ascensão de Lula. “O que fez Lula
voltar? Objetivamente: ele cresceu em número de seguidores, cresceu em
engajamento e cresceram as procuras por ele no Google. O que causou isso? Temas
de comparação entre os preços na era Lula e agora”, disse.
No mesmo ranking, o apresentador da TV Globo Luciano Huck
apresenta 41,2 pontos, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) 28,1 e o governador de
São Paulo, João Doria (PSDB), 20.
Cuba
anunciou o início do desenvolvimento da quinta vacina contra a covid-19, a
Soberana 01A. Imunizante busca diminuir os riscos de reinfecção
(Foto: Reprodução | Reuters)
Michele de Mello, Brasil de Fato - Cuba anunciou, nesta quarta -feira (3), o início do
desenvolvimento da quinta vacina contra a covid-19, a Soberana 01A. A nova
fórmula busca diminuir os riscos de novo contágio em pacientes que já foram
infectados com a doença.
O país também
possui outros quatro imunizantes em distintas fases: a Soberana 01, já na etapa
II de teses; a Soberana 02, a candidata vacinal mais avançada, com 150 mil
doses produzidas; a Abdala, que iniciará a fase III de provas, na capital
Havana e em Santiago, com aplicação em 42 mil voluntários, a partir da próxima
semana; e a Mambisa, ainda na primeira fase de testes clínicos, que seria o
primeiro medicamento contra a covid-19 com aplicação nasal.
A
Soberana 02 tem duas combinações distintas que estão sendo testadas, ambas baseadas
na proteína RBD (receptor-binding domain, da tradução em português domínio de
união ao receptor), aliada a um toxoide tetânico. Os cientistas cubanos usaram
uma vacina desenvolvida em 2004 contra o vírus Influenza como base para criar o
novo fármaco.
"Em cada um
dos passos estamos cumprindo com todas a regulamentação nacional e
internacional, com o rigor científico necessário", afirmou a diretora do
Centro de Controle Estatal de Medicamentos, Equipamentos e Dispositivos Médicos
(Cecmed), Olga Lidia Jacobo.
O
governo cubano promete produzir 100 milhões de doses até o final do ano para
imunizar toda a população local e os turistas que visitem a ilha. Cuba também
anunciou a criação de um banco de vacinas, junto à Venezuela, para os países da
Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América (Alba-TCP).
Apesar
do bloqueio econômico, imposto pelos Estados Unidos, que gerou um prejuízo
estimado em US$ 114,4 bilhões em quase seis décadas, a biomedicina cubana foi
capaz de desenvolver cinco candidatos de imunizantes, tornando-se o primeiro
país da América Latina em ter uma vacina própria contra o novo coronavírus.
Além dos
imunizantes, Cuba também desenvolveu o Interferon Alfa 2B, remédio com eficácia
de até 80% no tratamento de pacientes em estado moderado da doença e agora
lança seus respiradores próprios para atender casos graves.
São
cinco modelos de respiradores, criados com impressoras 3D, pela equipe do Grupo
de Indústria, Eletrônica, Informática, Automatização e Comunicações de Cuba
(Gelect).
Os
protótipos começaram a ser produzidos em maio do ano passado e agora estão
prontos para ser analisados pelo Centro de Controle (Cecmed), que deve dar o
aval para o uso em pacientes em estado avançado da infecção causada pelo vírus
sars-cov2.
Segundo a equipe,
somente os sensores e o motor dos respiradores são importados, o restante foi
fabricado por profissionais cubanos.
Depois
de quase um ano do caso zero, Cuba registra 51.587 contaminados com covid-19,
sendo que quase 47 mil já se recuperaram da doença e 328 faleceram.
De
acordo com o Ministério de Saúde Pública da ilha, entre os 4277 casos ativos,
apenas 35 estão em estado grave.
"Estamos cada
vez mais perto do momento em que podemos iniciar a vacinação massiva da
população com segurança", assegurou o presidente Miguel Díaz Canel durante
uma reunião de trabalho com os cientistas responsáveis pelas investigações.
O chefe
de Estado ressaltou que o desenvolvimento de uma vacina própria faz parte do
esforço cubano para garantir sua soberania nacional.
“Tem
idiota que diz 'vai comprar vacina'. Só se for na casa da tua mãe", disse
Bolsonaro mais cedo, em novo ataque à imprensa
Flávio Dino e Jair Bolsonaro (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | Adriano Machado/Reuters)
247 - O governador do Maranhão, Flávio Dino, repercutiu
pelo Twitter o mais novo rompante de Jair Bolsonaro contra a imprensa. Nesta
quinta-feira (4), o chefe do governo federal disse a seguinte frase: “tem
idiota que a gente vê mas mídias sociais, na imprensa né, que diz 'vai comprar
vacina'. Só se for na casa da tua mãe. Não tem para vender no mundo”.
Dino, por sua vez,
pediu respeito e decoro por parte de Bolsonaro. "Esse senhor tem o dever
de respeitar as mães do Brasil, as famílias das vítimas, os pacientes
internados e os profissionais de saúde. Seria prova de decoro mínimo para
exercer o cargo mais elevado da nossa Nação. Chega a ser inacreditável".
Em
entrevista recente à TV 247, o governador maranhense fez um
duro desabafo acerca da declaração de Bolsonaro de que 'não adianta
ficar em casa chorando' pelos mortos pela Covid-19
“Tem
idiota que diz 'vai comprar vacina'. Só se for na casa da tua mãe. Não tem para
vender no mundo”, disparou Bolsonaro, irritado com os questionamentos da
imprensa
(Foto: Reprodução)
247 - Em tom de deboche, Jair Bolsonaro demonstrou irritação
ao ser questionado por um jornalista sobre a compra da vacina.
A principal
preocupação da população brasileira atualmente, a compra da vacina, causou
irritação em Bolsonaro horas antes de cumprir agenda em São Simão (GO), para
inauguração de trecho da Ferrovia Norte-Sul, nesta quinta-feira (4).
Ao
passar por Uberlândia (MG), Bolsonaro foi recebido por apoiadores na chegada ao
aeroporto, em meio a aglomeração e reclamou da pressão pela compra de
vacinas,alegando falta de imunizantes no mercado mundial.
“Tem idiota que
diz 'vai comprar vacina'. Só se for na casa da tua mãe. Não tem para vender no
mundo”, disparou Bolsonaro. “Alguns governadores queriam direito a comprar
vacina e quem iria pagar? Eu! Onde tiver vacina para comprar, nós vamos
comprar”.
“Impuseram
estado de sítio no Brasil via prefeituras. Isso está errado. Estamos
preocupados com mortes, sim, mas sem pânico. A vida continua”, emendou,
atacando governadores. “Os problemas a gente tem que enfrentar, não adianta ir
para baixo da cama. Se todo mundo for ficar em casa, vai morrer todo mundo de
fome”.
Mais um óbito e 80
novos casos de Covid-19 foram confirmados nesta quinta-feira (04) em Apucarana
pela Autarquia Municipal de Saúde (AMS). São agora 159 mortes provocadas
pela doença e 6.726 resultados positivos para o novo coronavírus no município.
O óbito
é de uma mulher de 77 anos, que tinha hipertensão arterial. Ela foi internada
no Hospital da Providência (HPA) em 22 de fevereiro e morreu na quarta-feira
(03).
Os 80
novos casos foram confirmados pelo Laboratório Central do Paraná (Lacen). São
41 homens (entre 8 e 85 anos) e 39 mulheres (entre 14 e 76 anos). Todos estão
em isolamento domiciliar.
Ainda
segundo o boletim da AMS, Apucarana tem mais 267 suspeitas em investigação. O
número de recuperados chega a 5.888.
O
Pronto Atendimento do Coronavírus soma 24.590 pessoas atendidas presencialmente
desde o início da pandemia. O número de monitorados atualmente é de 1.584.
Já
foram testadas 28.620 pessoas, sendo 14.221 em testes rápidos, 11.989 pelo
Lacen (RT-PCR) e 2.410 por laboratórios particulares (RT-PCR).
São 28
pacientes de Apucarana internados, quatro na Unidade de Terapia Intensiva (UTI)
e 24 em leitos de enfermaria.
Áudio
divulgado pela defesa de Lula mostra o procurador Deltan Dallagnol, então
coordenador da Lava Jato, orientando outros membros do Ministério Público sobre
como agir para que a juíza Gabriela Hardt sentenciasse o ex-presidente no caso
do sítio de Atibaia
Deltan Dallagnol e Gabriela Hardt (Foto: ABr | Divulgação)
Do Conjur - Ao copiar parte da sentença que condenou
Lula no caso do tríplex do Guarujá e usá-la na condenação do processo sobre o
sítio de Atibaia, a juíza substituta Gabriela Hardt atendeu a pressão dos
procuradores lavajatistas de Curitiba para apressar o andamento do processo.
Essa é a tese
encampada pela defesa do petista, em petição enviada ao Supremo Tribunal
Federal nesta quinta-feira (4/3), no âmbito do processo que garantiu à defesa
do ex-presidente o acesso à troca de mensagens entre autoridades, apreendida
pela Polícia Federal.
Os
diálogos mostram que o grupo de procuradores tinha receio de que o posto de
titular da 13ª Vara Federal de Curitiba, deixado por Sergio Moro, fosse
assumido por algum juiz não alinhado à causa lavajatista. Assim, buscaram
apressar o trabalho da juíza substituta, Gabriela
Hardt.
Foi nesse contexto que os procuradores prepararam uma planilha de prioridades, que permitiria que ela julgasse primeiro o que mais
interessasse ao grupo, como mostrou a ConJur. As conversas incluem mensagem de áudio em que o
procurador Deltan Dallagnol relata uma visita ao gabinete da juíza que, segundo
a defesa, serviu para pressioná-la Clique abaixo para ouvir.
A visita ocorreu
em 10 de janeiro de 2019, três dias depois de a defesa de Lula entregar 1,6 mil
páginas de alegações finais no processo sobre o sítio de Atibaia — que, por si
só, contava com 110,2 mil folhas.
O caso
do sítio foi apurado pelo grupo de procuradores junto do caso do tríplex do
Guarujá desde o princípio, com instrução simultânea conduzida por Sérgio Moro.
27 dias depois de receber Deltan em seu gabinete, Hardt condenou Lula a 12 anos
e 11 meses em sentença que copiava trechos da condenação do caso do tríplex,
feita ainda por Moro.
Para a defesa de
Lula, que defende no Supremo Tribunal Federal a suspeição do juiz Moro no caso
do tríplex do Guarujá, essas mesmas irregularidades estão presentes no caso do
sítio de Atibaia. Assim, precisam ser compreendidas dentro de um único cenário:
o resultado dos dois processos estava pré-definido, sem a hipótese de
julgamento justo e isento.
Os
procuradores que atuaram na "lava jato" do Paraná na época divulgaram
manifestação (íntegra ao final da notícia) afirmando que é "legítimo e
legal que membros do Ministério Público despachem com juízes, como advogados
fazem". Além disso, destacaram que a força-tarefa se preocupava mais com o
processo sobre o Instituto Lula, que corria risco de prescrição, do que com o
do sítio de Atibaia. Acrescentaram, ainda, que Hardt era a responsável pela
sentença porque tinha atuado na fase de instrução; por isso, apenas cumpriu seu
papel no caso do sítio. Por fim, reafirmam que não reconhecem a autenticidade
do material divulgado.
Juiz coringa
O alerta acendeu para o grupo lavajatista quando Moro deixou a judicatura para
assumir cargo no governo Bolsonaro, em 1º de novembro de 2018. Em 9 de janeiro,
o procurador Antonio Carlos Welter informou aos colegas, em um chat, que havia
se reunido com o presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região para
falar sobre a 13ª Vara Federal de Curitiba.
"Ele não sabe
quem vem na remoção, torce para ser alguém com ‘perfil’ adequado, mas como a
antiguidade é que vai definir, ele não pode fazer nada", relatou Welter.
No dia
seguinte, 10 de janeiro, o grupo fez um mapeamento a partir da antiguidade para
levantar as possibilidades quanto ao novo titular da vara federal. A grande
preocupação era com o 6º mais antigo, Eduardo Vandré, que seria
"péssimo" para as pretensões lavajatistas.
Deltan
então propôs uma saída. "O risco é a posição 6, o Vandré. precisamos de um
coringa, alguém que se disponha a vir até o número 5 e renuncie se o vandré não
se inscrever." Na mesma data, o procurador contou aos colegas o resultado
da visita que fez ao gabinete de Hardt.
O cargo
hoje é ocupado pelo titular Luiz Antônio Bonat.
Leia a transcrição do áudio enviado por
Deltan Dallagnol:
Isabel, falei com a Gabriela. A Gabriela,
é..., perguntei dos casos né, perguntei primeiro do caso do sítio, se ela ia
sentenciar. É, aí ela disse: “Olha, você está vendo isso aqui na minha frente?”
– aí tinha uma pilha de papel grande na frente dela. Eh, eu falei: “Tô”. Ela
falou: “O que você acha que é isso aqui?”. Aí eu sei lá, chutei lá qualquer
coisa. Aí ela falou: “Isso aqui são as alegações finais do Lula”. É, que estão
lá com umas 1.600 páginas. Aí ela falou: “Olha, tô tentando fazer isso aqui, tá
todo mundo esperando que eu faça isso, mas tô aqui eu e o Tiago, e fora isso
aqui - que é uma sentença – eu tenho mais 500 casos conclusos pra decisão. Que
horas eu vou fazer isso aqui? Só se eu vier aqui e trabalhar da meia noite às
seis. Tem todas as operações. Tem as prisões que vocês pediram. Tem isso,
aquilo”. Então ela tá assim bem, bem, ela falou de um modo bem cordial, toda
querida, com boa vontade, querendo fazer o melhor, mas ela tá bem, assim, bem
esticada. Sabe? E aí ela disse que vai sentenciar o caso do sítio, mas o outro
ela não tem a menor condição de sentenciar. E já abriu hoje o edital de
remoção, hoje mesmo dia 10, e vai estar encerrado dia 22. Então isso aí,
certamente vai ficar pro próximo juiz. É, se você tiver alguma ideia, alguma
proposta pra fazer algo diferente, a gente precisaria ir lá conversar com ela,
mas, assim, eu senti as portas bem fechadas pra isso. Parece bem inviável, mas
se tiver alguma sugestão diferente vamos pensar juntos sim. Beijos”
Leia a resposta dos procuradores da
República que integraram a força-tarefa "lava jato":
1. É legítimo e legal que membros do
Ministério Público despachem com Juízes, como advogados fazem. Juízes têm
obrigação de atender as partes e ouvir seus pedidos e argumentos, conforme
previsto no Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil e decidido pelo CNJ no
pedido de providências 1465 e pelo STJ nos RMS 15706/PA, 13262/SC e 1275/RJ.
2. Existiu uma preocupação com a demora do
julgamento dos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo o Instituto
Lula, porque há nesse caso pessoas beneficiadas pela prescrição reduzida em
razão da idade, como o ex-presidente Lula. A apresentação dessa preocupação à
Justiça só demonstra zelo dos procuradores pelo interesse público. Por outro
lado, a juíza Gabriela Hardt não sentenciou esse caso envolvendo o Instituto
Lula. O caso, aliás, não foi sentenciado até hoje, correndo risco concreto de
prescrição. Assim, ainda que o áudio tenha ocorrido da forma como apresentado,
o que não se pode assegurar, só demonstra o zelo do Ministério Público e a
independência e a imparcialidade da juíza.
3. Em relação ao caso envolvendo o sítio
de Atibaia, a juíza Gabriela Hardt foi responsável por audiências de instrução
e a lei determinava que ela sentenciasse o caso — de fato, conforme determina o
§ 2º do art. 399 do Código de Processo Penal, "o juiz que presidiu a
instrução deverá proferir sentença". Como reza a lei, ela proferiu
sentença. Assim, ainda que o áudio tenha ocorrido da forma como apresentado, o
que não se pode assegurar, só demonstra o zelo pela correção do procedimento.
4. Os procuradores da República que
integraram a força-tarefa Lava Jato reafirmam que não reconhecem o material
criminosamente obtido por hackers que tem sido editado, descontextualizado e
deturpado para fazer falsas acusações sem correspondência na realidade, por
pessoas movidas por diferentes interesses que incluem a anulação de
investigações e condenações.
Documentos
apresentados ao STF mostram que a ministra da Corte teria buscado impedir o
cumprimento de um habeas corpus do TRF4 concedido ao ex-presidente Lula. Com
base nisso, Carmen Lúcia se mostra suspeita para atuar em qualquer ação
envolvendo o ex-presidente
Cármen Lúcia e Lula (Foto: Rosinei Coutinho/STF | Ricardo Stuckert)
247 - Novos documentos apresentados pela defesa do
ex-presidente Lula ao Supremo Tribunal Federal (STF) mostram que a ministra
Carmen Lúcia teria atuado para impedir o cumprimento de um habeas corpus proferido pelo desembargador Roberto
Favreto, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), concedido a Lula.
Os advogados
alegam que o período de prisão ilegal ao qual o ex-presidente foi submetido
poderia ter sido abreviado caso a decisão fosse levada a cabo.
Nos
documentos constam as mensagens entre procuradores e outros membros da força-tarefa
da Operação Lava Jato, que, conforme
revelado extensivamente, evidenciam conduta suspeita no
processo do ex-presidente.
No chat do dia 8
de julho de 2018, o procurador Deltan Dallagnol revelou que a ministra
telefonou ao então ministro da Justiça Raul Jungmann e ao desembargador federal
Thompson Flores, e "mandou não cumprir" a decisão de Favreto.
Confira
abaixo as mensagens:
18:13:50
- Deltan: Valeixo [Maurício Valeixo, então chefe da Polícia Federal no Paraná]
falou com Thompson que mandou não cumprir até ele decidir
18:13:58 - Deltan:
Isso nos dá mais tempo
18:14:18
- Deltan: PGR vai apresentar cautelar de 2p para Laurita [procuradora Laura
Tessler] ainda hoje
18:14:35
- Deltan: Carmem Lúcia ligou pra Jungman e mandou não cumprir e teria falado tb
com Thompson
18:14:39 - Deltan:
Cenário tá bom
Com
base nas mensagens, Carmen Lúcia se mostra suspeita para avaliar qualquer
eventual ação na Corte relacionada a Lula.
As antigas lâmpadas
vapor de sódio de 70 watts foram substituídas por luminárias de 150 watts vapor
metálico
(Foto/Divulgação)
A Prefeitura de
Apucarana está dando continuidade ao Programa de Modernização da Iluminação
Pública, que já atendeu diversos bairros, distritos e a área central. Nesta
semana, os serviços foram executados em 500 metros lineares da Rua Tamandaré,
na região da Barra Funda. Além da substituição das luminárias antigas, o
sistema rebaixado foi desativado e em seu lugar foram colocados braços de luz,
fixados a uma altura de sete metros.
De
acordo com o prefeito Junior da Femac, as antigas lâmpadas vapor de sódio de 70
watts foram substituídas por luminárias de 150 watts vapor metálico. “Os
serviços foram realizados em cinco quarteirões, situados entre as ruas
Guarapuava e Nicolau Kowalski. O trecho ficou com mais luminosidade e quem
passa pelo local logo sente a diferença”, frisa Junior da Femac.
O
diretor-presidente do Instituto de Desenvolvimento, Pesquisa e Planejamento de
Apucarana (Idepplan), engenheiro eletricista Lafayete Luz, afirma que a
elevação na posição das luminárias vai gerar mais eficiência na iluminação. “A
mudança garante um melhor posicionamento em relação a rua, além de um melhor
direcionamento das luminárias”, reitera Lafayete.
Após o
Brasil registrar mais de 259 mil mortos pela Covid-19, Jair Bolsonaro
transferiu para o STF a responsabilidade da crise sanitária. "Se o STF
achar que pode dar o devido comando dessa causa a um poder central, que eu
entendo ser legítimo e meu, eu estou pronto para botar o meu plano em prática”,
disse
(Foto: Divulgação)
247 - Um ano após o início da pandemia e o número de
mortos pela Covid-19 no Brasil ultrapassar a marca dos 259 mil, Jair Bolsonaro
disse ter um plano pronto para enfrentar a pandemia, caso o Supremo Tribunal
Federal (STF) entenda que o enfrentamento da crise sanitária seja de
responsabilidade do governo federal.
“Se eu tiver poder
para decidir, eu tenho o meu programa, o meu projeto, pronto para botar em
prática no Brasil. Agora, preciso ter autoridade”, disse Bolsonaro nesta
quarta-feira (3), de acordo com o jornal O Estado de
S. Paulo. “Se o Supremo Tribunal Federal achar que pode dar o devido
comando dessa causa a um poder central, que eu entendo ser legítimo e meu, eu
estou pronto para botar o meu plano em prática”, completou.
No ano
passado, em abril, o STF decidiu que Estados e municípios possuem autonomia
para atuar no combate à Covid-19, mas não eximiu o governo federal da
responsabilidade de combater a crise sanitária.
“Infelizmente, o
poder é deles (Estados e municípios). Eu
queria que fosse meu”, disse o presidente ao ser questionado sobre o
assunto.
Ele
também ironizou o fato de secretários estaduais de Saúde de todo o Brasil
pedirem um lockdown nacional para conter o avanço do coronavírus e o colapso do
sistema de atendimento à população. “Agora, um ano depois? Lembraram de mim um
ano depois? Estão sendo pressionados pela população que não aguenta mais ficar
em casa e que tem que trabalhar por necessidade”, afirmou.
Horas depois, durante uma conversa com apoiadores, Bolsonaro
se posicionou contra o lockdown. “No que depender de mim, nunca teremos
lockdown. Nunca”, afirmou. A medida foi adotada por diversos estados e
municípios que enfrentam o colapso do sistema de saúde.
Bolsonarista
inventou que as vacinas contra covid-19 aplicadas nos Estados Unidos já
causaram a morte de 501 pessoas. Canal Jovem Pan, considerado de extrema
direita, é conhecido por dar espaço à teorias da conspiração
(Foto: Reprodução)
247 - A ex-jogadora de vôlei Ana Paula Henkel disse, em
um programa da Jovem Pan de fevereiro, que as vacinas contra covid-19 aplicadas
nos Estados Unidos já causaram a morte de 501 pessoas e mais de 11 mil reações
adversas.
Entretanto, a
informação foi distorcida pela comentarista bolsonarista, conhecida por
disparar fake news. Isso porque os dados são de uma plataforma na qual qualquer
pessoa pode incluí-los e, neste caso, ainda sem investigação por parte dos
órgãos responsáveis. Por isso, os números não podem ser creditados à vacinação de
forma oficial.
Segundo reportagemdo
portal UOL, A fonte que Ana Paula utilizou é do site do VAERS (Sistema de
Notificação de Eventos Adversos de Vacinas, na tradução), do CDC (Centro de
Controle e Prevenção de Doenças), agência do departamento de saúde dos EUA. A
plataforma, de fato, reportou 501 mortes e 11.249 eventos adversos por conta
das vacinas, no final de janeiro, mas ainda não houve nenhuma verificação do
CDC.
Ataques e
fake news foram intensificados após Jair Bolsonaro culpar os governadores pela
alta no preço dos combustíveis e divulgar informações distorcidas sobre os
recursos federais repassados para os Estados combaterem a Covid-19
A maior parte das
fake news está ligada às medidas restritivas, como o lockdown, adotadas por
diversos governadores para tentar conter o avanço da pandemia e o colapso do
sistema de saúde. No Ceará, por exemplo, uma das notícia falsas apontava a
existência de um “decreto” baixando a medida por um período de 40 dias. A fake
news trazia, ainda, a logomarca do governo estadual.
No
Piauí e no Maranhão, um mesmo texto com supostas medidas de restrição,
incluindo o pagamento de multa no valor de R$ 180 para quem desobedece a
determinação, circulou nas redes sociais e teve que ser desmentido oficialmente
pelos governos locais.
Para a secretária
de Comunicação do Rio Grande do Norte, Maria da Guia Dantas, a situação é
considerada “surreal”: “O Brasil com tantas mortes e, desde o final de semana,
estamos gastando o precioso tempo da comunicação oficial para esclarecer sobre
informações distorcidas”.
Em São
Paulo, a Casa Militar vem monitorando as ameaças feitas diretamente contra o
governador João Doria (PSDB) que, segundo a reportagem, foram intensificadas
após ele anunciar que o Estado estava entrando na fase vermelha para o conter
avanço do coronavírus.
Estão
previstas paralisações na Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Amazonas, Pernambuco
e São Paulo. Outros sete Sindipetros estão realizando assembleias para
decidirem se irão aderir ao movimento
Petroleiros farão greve contra entreguismo de Jair Bolsonaro (Foto: Sindpetro/BA | Saulo Cruz/MME)
247 - Petroleiros de diversos estados retomarão, a
partir da meia noite desta sexta-feira, a greve que havia sido interrompida
após a Petrobrás anunciar a reabertura de um canal de negociação com a
categoria.
De acordo com o Sindipetro,
estão previstas paralisações na Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Amazonas,
Pernambuco e São Paulo (Mauá e Campinas). Os sete Sindipetros restantes estão
realizando assembleias para decidirem se irão aderir ao movimento.
A
decisão pela greve aconteceu após a direção da estatal encerrar o diálogo com
os petroleiros . Em nota, a diretoria do Sindipetro Bahia ressaltou “a
frustração da boa fé da entidade sindical que suspendeu o início da greve do
dia 18/02, para negociar” e lamentou o término das tratativas.
Entre as
principais reivindicações da categoria estão a implementação de uma política de
combate ao assédio moral nas unidades da Petrobrás; fim das dobras de
turno e das prorrogações de jornada; revisão do efetivo mínimo do plano de
O&M (Organização e Método) em diversos setores da estatal, implantação do
Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) específico da jornada de 12 (doze) horas
diárias.
A
categoria também questiona a venda da Refinaria Landulpho Alves, na Bahia, para
o fundo Árabe Mubadala e pede que a companhia discuta o cronograma de
transição da operação pela Petrobras, além de cobrar a garantia da manutenção
dos postos de próprios e terceirizados.
OMS
anunciou na manhã desta quinta-feira que o Brasil registrou o maior número de
novas infecções no mundo em 24 horas, superando os EUA e aprofundando sua
posição de um dos palcos mais dramáticos da expansão da Covid-19 no mundo. De
cada quatro casos novos registrados de Covid no mundo, um aconteceu no Brasil
nas últimas 24 horas
Ato da ONG Rio de Paz para lembrar as mortes pela Covid-19. 11/06/2020 (Foto: REUTERS/Pilar Olivares)
247 - O jornalista Jamil Chade, em sua coluna no
portal UOL, informou que, segundo a OMS, o Brasil registrou o maior número de
novas infecções no mundo em 24 horas, superando os EUA e "aprofundando sua
posição de um dos palcos mais dramáticos da expansão da covid-19 no
mundo". De cada quatro casos novos registrados de Covid no mundo, um
aconteceu no Brasil nas últimas 24 horas
Os dados foram
publicados na manhã desta quinta-feira (4) pela Organização Mundial da
Saúde (OMS) e apontam que 59,9 mil foram registrados no Brasil no período de 24
horas e submetidos para a agência. No caso dos EUA, foram 57,8 mil.
Chade
explica que "as informações são divulgadas pela agência com base aos
números oficiais submetidos por cada um dos países. Por conta do trabalho de
reunir dados de mais de 190 países, o cálculo da OMS conta com um atraso em
comparação a outros mapeamentos do vírus por entidades privadas ou institutos
de pesquisa".
"Numa contagem semanal, o Brasil também caminha para
superar os EUA. Foram 389 mil novas infecções no Brasil em sete dias, contra
448 mil nas cidades americanas. Em dezembro, os americanos registravam 1,6
milhão de novos casos. Nos números totais da pandemia, o Brasil continua em
terceiro lugar, com 10,6 milhões de casos, contra 11,1 milhões na Índia e 28,4
milhões nos EUA", acrescenta.