sexta-feira, 5 de março de 2021

Câmara sofre nova derrota no caso da vacância pós-morte do Pastor Valdir

 


Sob o comando do presidente Franciley Preto Godoi, o Poim (PSD), a Câmara de Apucarana conheceu nova derrota no caso da vacância ocorrida após a morte do vereador Pastor Valdir (PSL).

Antes desta, a Câmara assistiu a decisão de primeira instância com liminar concedida pelo juiz Rogério Tragibo de Campos, da 2ª Vara da Fazenda Pública de Apucarana, determinando a posse do suplente Toninho Garcia do PSL em ação movida pelo partido e pelo próprio suplente.  Descontente com a decisão, a Câmara impetrou recurso no Tribunal de Justiça do Paraná pedindo a suspensão dos efeitos da liminar de primeira instância.

Agora, o Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), por meio da relatora desembargadora Regina Helena Afonso de Oliveira Portes, negou o recurso da Câmara e manteve Toninho Garcia no cargo.

Com esta decisão, Toninho Garcia mantém-se no cargo de vereador até que o colegiado do TJ-PR julgue o recurso impetrado pelo Legislativo Municipal.

Toninho Garcia assumiu a cadeira na Câmara de Apucarana em substituição à suplente de vereadora Eliana Rocha (PP), que havia sido empossada no cargo pela mesa executiva da Câmara no dia 22 de janeiro, um dia após a morte do Pastor. O ato de posse de Eliana Rocha foi suspenso mediante decisão da Justiça Eleitoral e confirmado posteriormente pela Justiça Comum.

Ignorando o parágrafo único do artigo 112 do Código Eleitoral, a Câmara insiste na tese de que a cláusula de barreira, que estabelece que um candidato só pode ser eleito vereador se atingir o índice de 10% do coeficiente eleitoral. No entendimento da assessoria jurídica da Câmara, isso vale também para o suplente de vereador.


quinta-feira, 4 de março de 2021

Com desastre no Brasil, Bolsonaro fica estagnado e vê Lula se aproximar em ranking de popularidade digital

Segundo dados medidos pela consultoria Quaest, Bolsonaro tem 62,3 pontos de popularidade digital e Lula tem 55,9, uma diferença de apenas 6,4. “O que fez Lula voltar? Temas de comparação entre os preços na era Lula e agora”, explica professor da UFMG

(Foto: Ricardo Stuckert | Reuters)


247 - Para além dos altíssimos preços dos combustíveis e do desastre na condução da pandemia e da vacinação contra Covid-19, Jair Bolsonaro tem agora uma nova derrota: enquanto se mantém estagnado no ranking de popularidade digital medido pela consultoria Quaest, o chefe do governo federal vê o ex-presidente Lula se aproximar de sua posição.

A Quaest avalia o desempenho de personalidades políticas brasileiras nas plataformas Facebook, Instagram, Twitter, YouTube, Wikipedia e Google.

Em uma escala de 0 a 100, sendo que 100 representa o máximo de popularidade, Bolsonaro tem 62,3 pontos no ranking, na liderança da lista. Lula, por sua vez, apresentou crescimento nos últimos meses e, agora, tem 55,9 pontos. Com uma diferença de 6,4 pontos, Lula é o principal antagonista de Bolsonaro também no campo digital.

Vale lembrar que as mídias sociais foram a principal arma utilizada por Bolsonaro em 2018 para chegar à presidência e, ainda hoje, são usadas pelo governo como forma de driblar a imprensa.

Segundo o pesquisador Felipe Nunes, professor de ciência política da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e diretor da Quaest, ouvido pela Folha de S. Paulo, um outro fator além do péssimo desempenho de Bolsonaro no governo pode estar contribuindo para a ascensão de Lula. “O que fez Lula voltar? Objetivamente: ele cresceu em número de seguidores, cresceu em engajamento e cresceram as procuras por ele no Google. O que causou isso? Temas de comparação entre os preços na era Lula e agora”, disse.

No mesmo ranking, o apresentador da TV Globo Luciano Huck apresenta 41,2 pontos, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) 28,1 e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), 20. 

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Cuba inicia desenvolvimento de quinta vacina contra a Covid-19

 

Cuba anunciou o início do desenvolvimento da quinta vacina contra a covid-19, a Soberana 01A. Imunizante busca diminuir os riscos de reinfecção

(Foto: Reprodução | Reuters)

Michele de Mello, Brasil de Fato - Cuba anunciou, nesta quarta -feira (3), o início do desenvolvimento da quinta vacina contra a covid-19, a Soberana 01A. A nova fórmula busca diminuir os riscos de novo contágio em pacientes que já foram infectados com a doença.

O país também possui outros quatro imunizantes em distintas fases: a Soberana 01, já na etapa II de teses; a Soberana 02, a candidata vacinal mais avançada, com 150 mil doses produzidas; a Abdala, que iniciará a fase III de provas, na capital Havana e em Santiago, com aplicação em 42 mil voluntários, a partir da próxima semana; e a Mambisa, ainda na primeira fase de testes clínicos, que seria o primeiro medicamento contra a covid-19 com aplicação nasal.

A Soberana 02 tem duas combinações distintas que estão sendo testadas, ambas baseadas na proteína RBD (receptor-binding domain, da tradução em português domínio de união ao receptor), aliada a um toxoide tetânico. Os cientistas cubanos usaram uma vacina desenvolvida em 2004 contra o vírus Influenza como base para criar o novo fármaco.

"Em cada um dos passos estamos cumprindo com todas a regulamentação nacional e internacional, com o rigor científico necessário", afirmou a diretora do Centro de Controle Estatal de Medicamentos, Equipamentos e Dispositivos Médicos (Cecmed), Olga Lidia Jacobo.

O governo cubano promete produzir 100 milhões de doses até o final do ano para imunizar toda a população local e os turistas que visitem a ilha. Cuba também anunciou a criação de um banco de vacinas, junto à Venezuela, para os países da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América (Alba-TCP).

Apesar do bloqueio econômico, imposto pelos Estados Unidos, que gerou um prejuízo estimado em US$ 114,4 bilhões em quase seis décadas, a biomedicina cubana foi capaz de desenvolver cinco candidatos de imunizantes, tornando-se o primeiro país da América Latina em ter uma vacina própria contra o novo coronavírus.

Além dos imunizantes, Cuba também desenvolveu o Interferon Alfa 2B, remédio com eficácia de até 80% no tratamento de pacientes em estado moderado da doença e agora lança seus respiradores próprios para atender casos graves.

São cinco modelos de respiradores, criados com impressoras 3D, pela equipe do Grupo de Indústria, Eletrônica, Informática, Automatização e Comunicações de Cuba (Gelect).

Os protótipos começaram a ser produzidos em maio do ano passado e agora estão prontos para ser analisados pelo Centro de Controle (Cecmed), que deve dar o aval para o uso em pacientes em estado avançado da infecção causada pelo vírus sars-cov2.

Segundo a equipe, somente os sensores e o motor dos respiradores são importados, o restante foi fabricado por profissionais cubanos. 

Depois de quase um ano do caso zero, Cuba registra 51.587 contaminados com covid-19, sendo que quase 47 mil já se recuperaram da doença e 328 faleceram.

De acordo com o Ministério de Saúde Pública da ilha, entre os 4277 casos ativos, apenas 35 estão em estado grave.


"Estamos cada vez mais perto do momento em que podemos iniciar a vacinação massiva da população com segurança", assegurou o presidente Miguel Díaz Canel durante uma reunião de trabalho com os cientistas responsáveis pelas investigações.

O chefe de Estado ressaltou que o desenvolvimento de uma vacina própria faz parte do esforço cubano para garantir sua soberania nacional.

 

"Esse senhor tem de respeitar as mães do Brasil", afirma Dino após rompante de Bolsonaro

 

“Tem idiota que diz 'vai comprar vacina'. Só se for na casa da tua mãe", disse Bolsonaro mais cedo, em novo ataque à imprensa

Flávio Dino e Jair Bolsonaro (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | Adriano Machado/Reuters)


247 - O governador do Maranhão, Flávio Dino, repercutiu pelo Twitter o mais novo rompante de Jair Bolsonaro contra a imprensa. Nesta quinta-feira (4), o chefe do governo federal disse a seguinte frase: “tem idiota que a gente vê mas mídias sociais, na imprensa né, que diz 'vai comprar vacina'. Só se for na casa da tua mãe. Não tem para vender no mundo”.

Dino, por sua vez, pediu respeito e decoro por parte de Bolsonaro. "Esse senhor tem o dever de respeitar as mães do Brasil, as famílias das vítimas, os pacientes internados e os profissionais de saúde. Seria prova de decoro mínimo para exercer o cargo mais elevado da nossa Nação. Chega a ser inacreditável".

Em entrevista recente à TV 247, o governador maranhense fez um duro desabafo acerca da declaração de Bolsonaro de que 'não adianta ficar em casa chorando' pelos mortos pela Covid-19

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'Vai comprar vacina! Só se for na casa da tua mãe', diz Bolsonaro (vídeo)

 

“Tem idiota que diz 'vai comprar vacina'. Só se for na casa da tua mãe. Não tem para vender no mundo”, disparou Bolsonaro, irritado com os questionamentos da imprensa


(Foto: Reprodução)

247 - Em tom de deboche, Jair Bolsonaro demonstrou irritação ao ser questionado por um jornalista sobre a compra da vacina.

A principal preocupação da população brasileira atualmente, a compra da vacina, causou irritação em Bolsonaro horas antes de cumprir agenda em São Simão (GO), para inauguração de trecho da Ferrovia Norte-Sul, nesta quinta-feira (4).

Ao passar por Uberlândia (MG), Bolsonaro foi recebido por apoiadores na chegada ao aeroporto, em meio a aglomeração e reclamou da pressão pela compra de vacinas,alegando falta de imunizantes no mercado mundial.

“Tem idiota que diz 'vai comprar vacina'. Só se for na casa da tua mãe. Não tem para vender no mundo”, disparou Bolsonaro. “Alguns governadores queriam direito a comprar vacina e quem iria pagar? Eu! Onde tiver vacina para comprar, nós vamos comprar”.

“Impuseram estado de sítio no Brasil via prefeituras. Isso está errado. Estamos preocupados com mortes, sim, mas sem pânico. A vida continua”, emendou, atacando governadores. “Os problemas a gente tem que enfrentar, não adianta ir para baixo da cama. Se todo mundo for ficar em casa, vai morrer todo mundo de fome”.

 


Apucarana confirma mais um óbito e 80 novos casos de Covid-19 nesta quinta-feira

 

Mais um óbito e 80 novos casos de Covid-19 foram confirmados nesta quinta-feira (04) em Apucarana pela Autarquia Municipal de Saúde (AMS). São agora 159 mortes provocadas pela doença e 6.726 resultados positivos para o novo coronavírus no município.




O óbito é de uma mulher de 77 anos, que tinha hipertensão arterial. Ela foi internada no Hospital da Providência (HPA) em 22 de fevereiro e morreu na quarta-feira (03).

Os 80 novos casos foram confirmados pelo Laboratório Central do Paraná (Lacen). São 41 homens (entre 8 e 85 anos) e 39 mulheres (entre 14 e 76 anos). Todos estão em isolamento domiciliar.

Ainda segundo o boletim da AMS, Apucarana tem mais 267 suspeitas em investigação. O número de recuperados chega a 5.888.

O Pronto Atendimento do Coronavírus soma 24.590 pessoas atendidas presencialmente desde o início da pandemia. O número de monitorados atualmente é de 1.584.

Já foram testadas 28.620 pessoas, sendo 14.221 em testes rápidos, 11.989 pelo Lacen (RT-PCR) e 2.410 por laboratórios particulares (RT-PCR).

São 28 pacientes de Apucarana internados, quatro na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 24 em leitos de enfermaria.

O município tem 679 casos ativos da doença.

 

Ouça áudio de Dallagnol relatando a outra procuradora conversa conspiratória com juíza Gabriela Hardt

Áudio divulgado pela defesa de Lula mostra o procurador Deltan Dallagnol, então coordenador da Lava Jato, orientando outros membros do Ministério Público sobre como agir para que a juíza Gabriela Hardt sentenciasse o ex-presidente no caso do sítio de Atibaia

Deltan Dallagnol e Gabriela Hardt (Foto: ABr | Divulgação)

Do Conjur - Ao copiar parte da sentença que condenou Lula no caso do tríplex do Guarujá e usá-la na condenação do processo sobre o sítio de Atibaia, a juíza substituta Gabriela Hardt atendeu a pressão dos procuradores lavajatistas de Curitiba para apressar o andamento do processo.

Essa é a tese encampada pela defesa do petista, em petição enviada ao Supremo Tribunal Federal nesta quinta-feira (4/3), no âmbito do processo que garantiu à defesa do ex-presidente o acesso à troca de mensagens entre autoridades, apreendida pela Polícia Federal.

Os diálogos mostram que o grupo de procuradores tinha receio de que o posto de titular da 13ª Vara Federal de Curitiba, deixado por Sergio Moro, fosse assumido por algum juiz não alinhado à causa lavajatista. Assim, buscaram apressar o trabalho da juíza substituta, Gabriela Hardt.

Foi nesse contexto que os procuradores prepararam uma planilha de prioridades, que permitiria que ela julgasse primeiro o que mais interessasse ao grupo, como mostrou a ConJur. As conversas incluem mensagem de áudio em que o procurador Deltan Dallagnol relata uma visita ao gabinete da juíza que, segundo a defesa, serviu para pressioná-la Clique abaixo para ouvir.


A visita ocorreu em 10 de janeiro de 2019, três dias depois de a defesa de Lula entregar 1,6 mil páginas de alegações finais no processo sobre o sítio de Atibaia — que, por si só, contava com 110,2 mil folhas.

O caso do sítio foi apurado pelo grupo de procuradores junto do caso do tríplex do Guarujá desde o princípio, com instrução simultânea conduzida por Sérgio Moro. 27 dias depois de receber Deltan em seu gabinete, Hardt condenou Lula a 12 anos e 11 meses em sentença que copiava trechos da condenação do caso do tríplex, feita ainda por Moro.

Para a defesa de Lula, que defende no Supremo Tribunal Federal a suspeição do juiz Moro no caso do tríplex do Guarujá, essas mesmas irregularidades estão presentes no caso do sítio de Atibaia. Assim, precisam ser compreendidas dentro de um único cenário: o resultado dos dois processos estava pré-definido, sem a hipótese de julgamento justo e isento.

Os procuradores que atuaram na "lava jato" do Paraná na época divulgaram manifestação (íntegra ao final da notícia) afirmando que é "legítimo e legal que membros do Ministério Público despachem com juízes, como advogados fazem". Além disso, destacaram que a força-tarefa se preocupava mais com o processo sobre o Instituto Lula, que corria risco de prescrição, do que com o do sítio de Atibaia. Acrescentaram, ainda, que Hardt era a responsável pela sentença porque tinha atuado na fase de instrução; por isso, apenas cumpriu seu papel no caso do sítio. Por fim, reafirmam que não reconhecem a autenticidade do material divulgado.

Juiz coringa
O alerta acendeu para o grupo lavajatista quando Moro deixou a judicatura para assumir cargo no governo Bolsonaro, em 1º de novembro de 2018. Em 9 de janeiro, o procurador Antonio Carlos Welter informou aos colegas, em um chat, que havia se reunido com o presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região para falar sobre a 13ª Vara Federal de Curitiba.

"Ele não sabe quem vem na remoção, torce para ser alguém com ‘perfil’ adequado, mas como a antiguidade é que vai definir, ele não pode fazer nada", relatou Welter.

No dia seguinte, 10 de janeiro, o grupo fez um mapeamento a partir da antiguidade para levantar as possibilidades quanto ao novo titular da vara federal. A grande preocupação era com o 6º mais antigo, Eduardo Vandré, que seria "péssimo" para as pretensões lavajatistas.

Deltan então propôs uma saída. "O risco é a posição 6, o Vandré. precisamos de um coringa, alguém que se disponha a vir até o número 5 e renuncie se o vandré não se inscrever." Na mesma data, o procurador contou aos colegas o resultado da visita que fez ao gabinete de Hardt.

O cargo hoje é ocupado pelo titular Luiz Antônio Bonat.

Leia a transcrição do áudio enviado por Deltan Dallagnol:

Isabel, falei com a Gabriela. A Gabriela, é..., perguntei dos casos né, perguntei primeiro do caso do sítio, se ela ia sentenciar. É, aí ela disse: “Olha, você está vendo isso aqui na minha frente?” – aí tinha uma pilha de papel grande na frente dela. Eh, eu falei: “Tô”. Ela falou: “O que você acha que é isso aqui?”. Aí eu sei lá, chutei lá qualquer coisa. Aí ela falou: “Isso aqui são as alegações finais do Lula”. É, que estão lá com umas 1.600 páginas. Aí ela falou: “Olha, tô tentando fazer isso aqui, tá todo mundo esperando que eu faça isso, mas tô aqui eu e o Tiago, e fora isso aqui - que é uma sentença – eu tenho mais 500 casos conclusos pra decisão. Que horas eu vou fazer isso aqui? Só se eu vier aqui e trabalhar da meia noite às seis. Tem todas as operações. Tem as prisões que vocês pediram. Tem isso, aquilo”. Então ela tá assim bem, bem, ela falou de um modo bem cordial, toda querida, com boa vontade, querendo fazer o melhor, mas ela tá bem, assim, bem esticada. Sabe? E aí ela disse que vai sentenciar o caso do sítio, mas o outro ela não tem a menor condição de sentenciar. E já abriu hoje o edital de remoção, hoje mesmo dia 10, e vai estar encerrado dia 22. Então isso aí, certamente vai ficar pro próximo juiz. É, se você tiver alguma ideia, alguma proposta pra fazer algo diferente, a gente precisaria ir lá conversar com ela, mas, assim, eu senti as portas bem fechadas pra isso. Parece bem inviável, mas se tiver alguma sugestão diferente vamos pensar juntos sim. Beijos”

Leia a resposta dos procuradores da República que integraram a força-tarefa "lava jato":
1. É legítimo e legal que membros do Ministério Público despachem com Juízes, como advogados fazem. Juízes têm obrigação de atender as partes e ouvir seus pedidos e argumentos, conforme previsto no Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil e decidido pelo CNJ no pedido de providências 1465 e pelo STJ nos RMS 15706/PA, 13262/SC e 1275/RJ.

2. Existiu uma preocupação com a demora do julgamento dos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo o Instituto Lula, porque há nesse caso pessoas beneficiadas pela prescrição reduzida em razão da idade, como o ex-presidente Lula. A apresentação dessa preocupação à Justiça só demonstra zelo dos procuradores pelo interesse público. Por outro lado, a juíza Gabriela Hardt não sentenciou esse caso envolvendo o Instituto Lula. O caso, aliás, não foi sentenciado até hoje, correndo risco concreto de prescrição. Assim, ainda que o áudio tenha ocorrido da forma como apresentado, o que não se pode assegurar, só demonstra o zelo do Ministério Público e a independência e a imparcialidade da juíza.

3. Em relação ao caso envolvendo o sítio de Atibaia, a juíza Gabriela Hardt foi responsável por audiências de instrução e a lei determinava que ela sentenciasse o caso — de fato, conforme determina o § 2º do art. 399 do Código de Processo Penal, "o juiz que presidiu a instrução deverá proferir sentença". Como reza a lei, ela proferiu sentença. Assim, ainda que o áudio tenha ocorrido da forma como apresentado, o que não se pode assegurar, só demonstra o zelo pela correção do procedimento.

4. Os procuradores da República que integraram a força-tarefa Lava Jato reafirmam que não reconhecem o material criminosamente obtido por hackers que tem sido editado, descontextualizado e deturpado para fazer falsas acusações sem correspondência na realidade, por pessoas movidas por diferentes interesses que incluem a anulação de investigações e condenações.

  

Carmen Lúcia teria mandado TRF4 descumprir HC para que Lula não fosse solto

 

Documentos apresentados ao STF mostram que a ministra da Corte teria buscado impedir o cumprimento de um habeas corpus do TRF4 concedido ao ex-presidente Lula. Com base nisso, Carmen Lúcia se mostra suspeita para atuar em qualquer ação envolvendo o ex-presidente

Cármen Lúcia e Lula (Foto: Rosinei Coutinho/STF | Ricardo Stuckert)

247 - Novos documentos apresentados pela defesa do ex-presidente Lula ao Supremo Tribunal Federal (STF) mostram que a ministra Carmen Lúcia teria atuado para impedir o cumprimento de um habeas corpus proferido pelo desembargador Roberto Favreto, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), concedido a Lula.

Os advogados alegam que o período de prisão ilegal ao qual o ex-presidente foi submetido poderia ter sido abreviado caso a decisão fosse levada a cabo.

Nos documentos constam as mensagens entre procuradores e outros membros da força-tarefa da Operação Lava Jato, que, conforme revelado extensivamente, evidenciam conduta suspeita no processo do ex-presidente. 

No chat do dia 8 de julho de 2018, o procurador Deltan Dallagnol revelou que a ministra telefonou ao então ministro da Justiça Raul Jungmann e ao desembargador federal Thompson Flores, e "mandou não cumprir" a decisão de Favreto.

Confira abaixo as mensagens:

18:13:50 - Deltan: Valeixo [Maurício Valeixo, então chefe da Polícia Federal no Paraná] falou com Thompson que mandou não cumprir até ele decidir

18:13:58 - Deltan: Isso nos dá mais tempo

18:14:18 - Deltan: PGR vai apresentar cautelar de 2p para Laurita [procuradora Laura Tessler] ainda hoje

18:14:35 - Deltan: Carmem Lúcia ligou pra Jungman e mandou não cumprir e teria falado tb com Thompson

18:14:39 - Deltan: Cenário tá bom

Com base nas mensagens, Carmen Lúcia se mostra suspeita para avaliar qualquer eventual ação na Corte relacionada a Lula.

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Rua Tamandaré ganha nova iluminação

 

As antigas lâmpadas vapor de sódio de 70 watts foram substituídas por luminárias de 150 watts vapor metálico 

(Foto/Divulgação)

A Prefeitura de Apucarana está dando continuidade ao Programa de Modernização da Iluminação Pública, que já atendeu diversos bairros, distritos e a área central. Nesta semana, os serviços foram executados em 500 metros lineares da Rua Tamandaré, na região da Barra Funda. Além da substituição das luminárias antigas, o sistema rebaixado foi desativado e em seu lugar foram colocados braços de luz, fixados a uma altura de sete metros.

De acordo com o prefeito Junior da Femac, as antigas lâmpadas vapor de sódio de 70 watts foram substituídas por luminárias de 150 watts vapor metálico. “Os serviços foram realizados em cinco quarteirões, situados entre as ruas Guarapuava e Nicolau Kowalski. O trecho ficou com mais luminosidade e quem passa pelo local logo sente a diferença”, frisa Junior da Femac.

O diretor-presidente do Instituto de Desenvolvimento, Pesquisa e Planejamento de Apucarana (Idepplan), engenheiro eletricista Lafayete Luz, afirma que a elevação na posição das luminárias vai gerar mais eficiência na iluminação. “A mudança garante um melhor posicionamento em relação a rua, além de um melhor direcionamento das luminárias”, reitera Lafayete.

 

Um ano após início da pandemia, Bolsonaro diz ter 'projeto pronto' para colocar em prática, se o STF deixar


Após o Brasil registrar mais de 259 mil mortos pela Covid-19, Jair Bolsonaro transferiu para o STF a responsabilidade da crise sanitária. "Se o STF achar que pode dar o devido comando dessa causa a um poder central, que eu entendo ser legítimo e meu, eu estou pronto para botar o meu plano em prática”, disse

(Foto: Divulgação)


247 - Um ano após o início da pandemia e o número de mortos pela Covid-19 no Brasil ultrapassar a marca dos 259 mil, Jair Bolsonaro disse ter um plano pronto para enfrentar a pandemia, caso o Supremo Tribunal Federal (STF) entenda que o enfrentamento da crise sanitária seja de responsabilidade do governo federal. 

“Se eu tiver poder para decidir, eu tenho o meu programa, o meu projeto, pronto para botar em prática no Brasil. Agora, preciso ter autoridade”, disse Bolsonaro nesta quarta-feira (3), de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo. “Se o Supremo Tribunal Federal achar que pode dar o devido comando dessa causa a um poder central, que eu entendo ser legítimo e meu, eu estou pronto para botar o meu plano em prática”, completou.

No ano passado, em abril, o STF decidiu que Estados e municípios possuem autonomia para atuar no combate à Covid-19, mas não eximiu o governo federal da responsabilidade de combater a crise sanitária. 

“Infelizmente, o poder é deles (Estados e municípios). Eu queria que fosse meu”, disse o presidente ao ser questionado sobre o assunto. 

Ele também ironizou o fato de secretários estaduais de Saúde de todo o Brasil pedirem um lockdown nacional para conter o avanço do coronavírus e o colapso do sistema de atendimento à população. “Agora, um ano depois? Lembraram de mim um ano depois? Estão sendo pressionados pela população que não aguenta mais ficar em casa e que tem que trabalhar por necessidade”, afirmou. 

Horas depois, durante uma conversa com apoiadores, Bolsonaro se posicionou contra o lockdown. “No que depender de mim, nunca teremos lockdown. Nunca”, afirmou. A medida foi adotada por diversos estados e municípios que enfrentam o colapso do sistema de saúde. 

Bolsonarista, Ana Paula Henkel dispara fake news sobre vacina na Jovem Pan

 

Bolsonarista inventou que as vacinas contra covid-19 aplicadas nos Estados Unidos já causaram a morte de 501 pessoas. Canal Jovem Pan, considerado de extrema direita, é conhecido por dar espaço à teorias da conspiração

(Foto: Reprodução)

247 - A ex-jogadora de vôlei Ana Paula Henkel disse, em um programa da Jovem Pan de fevereiro, que as vacinas contra covid-19 aplicadas nos Estados Unidos já causaram a morte de 501 pessoas e mais de 11 mil reações adversas. 

Entretanto, a informação foi distorcida pela comentarista bolsonarista, conhecida por disparar fake news. Isso porque os dados são de uma plataforma na qual qualquer pessoa pode incluí-los e, neste caso, ainda sem investigação por parte dos órgãos responsáveis. Por isso, os números não podem ser creditados à vacinação de forma oficial.

Segundo reportagem do portal UOL, A fonte que Ana Paula utilizou é do site do VAERS (Sistema de Notificação de Eventos Adversos de Vacinas, na tradução), do CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças), agência do departamento de saúde dos EUA. A plataforma, de fato, reportou 501 mortes e 11.249 eventos adversos por conta das vacinas, no final de janeiro, mas ainda não houve nenhuma verificação do CDC.

 

Governadores identificam nova onda de fake news bolsonaristas contra eles

Ataques e fake news foram intensificados após Jair Bolsonaro culpar os governadores pela alta no preço dos combustíveis e divulgar informações distorcidas sobre os recursos federais repassados para os Estados combaterem a Covid-19

Bolsonaro / Fake News/ What's app (Foto: Reuters | Reprodução)

247 - As equipes de comunicação de diversos estados identificaram uma “segunda onda de ataques coordenados” contra os governadores nas redes sociais. Segundo reportagem da Coluna do Estadão, do jornal O Estado de S. Paulo, os ataques e fake news foram intensificados a partir da segunda quinzena de fevereiro, quando Jair Bolsonaro culpou os governadores pela alta no preço dos combustíveis, e ganharam força no último final de semana, após ele divulgar uma tabela com informações distorcidas sobre os recursos federais repassados para os Estados combaterem a Covid-19. 

A maior parte das fake news está ligada às medidas restritivas, como o lockdown, adotadas por diversos governadores para tentar conter o avanço da pandemia e o colapso do sistema de saúde. No Ceará, por exemplo, uma das notícia falsas apontava a existência de um “decreto” baixando a medida por um período de 40 dias. A fake news trazia, ainda, a logomarca do governo estadual. 

No Piauí e no Maranhão, um mesmo texto com supostas medidas de restrição, incluindo o pagamento de multa no valor de R$ 180 para quem desobedece a determinação, circulou nas redes sociais e teve que ser desmentido oficialmente pelos governos locais.  

Para a secretária de Comunicação do Rio Grande do Norte, Maria da Guia Dantas, a situação é considerada “surreal”: “O Brasil com tantas mortes e, desde o final de semana, estamos gastando o precioso tempo da comunicação oficial para esclarecer sobre informações distorcidas”.

Em São Paulo, a Casa Militar vem monitorando as ameaças feitas diretamente contra o governador João Doria (PSDB) que, segundo a reportagem, foram intensificadas após ele anunciar que o Estado estava entrando na fase vermelha para o conter avanço do coronavírus. 

  

Petrobrás suspende negociação e petroleiros retomam greve a partir desta sexta-feira

 

Estão previstas paralisações na Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Amazonas, Pernambuco e São Paulo. Outros sete Sindipetros estão realizando assembleias para decidirem se irão aderir ao movimento

Petroleiros farão greve contra entreguismo de Jair Bolsonaro (Foto: Sindpetro/BA | Saulo Cruz/MME)

247 - Petroleiros de diversos estados retomarão, a partir da meia noite desta sexta-feira, a greve que havia sido interrompida após a Petrobrás anunciar a reabertura de um canal de negociação com a categoria. 

De acordo com o Sindipetro, estão previstas paralisações na Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Amazonas, Pernambuco e São Paulo (Mauá e Campinas). Os sete Sindipetros restantes estão realizando assembleias para decidirem se irão aderir ao movimento.

A decisão pela greve aconteceu após a direção da estatal encerrar o diálogo com os petroleiros . Em nota, a diretoria do Sindipetro Bahia ressaltou “a frustração da boa fé da entidade sindical que suspendeu o início da greve do dia 18/02, para negociar” e lamentou o término das tratativas. 

Entre as principais reivindicações da categoria estão a implementação de uma política de combate ao assédio moral nas unidades da Petrobrás;  fim das dobras de turno e das prorrogações de jornada; revisão do efetivo mínimo do plano de O&M (Organização e Método) em diversos setores da estatal, implantação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) específico da jornada de 12 (doze) horas diárias.

A categoria também questiona a venda da Refinaria Landulpho Alves, na Bahia, para o fundo Árabe Mubadala e pede que a companhia  discuta o cronograma de transição da operação pela Petrobras, além de cobrar a garantia da manutenção dos postos de próprios e terceirizados.