quinta-feira, 4 de março de 2021

Aprovação do governo Bolsonaro cai pela primeira vez abaixo de 30%; evangélicos são seu apoio principal

 

Pesquisa do IPEC, formado por ex-executivos do Ibope, aponta pela primeira vez entre os institutos que têm pesquisado regularmente o governo Bolsonaro, que a aprovação caiu abaixo de 30% - 28% agora. Evangélicos fundamentalistas sustentam Bolsonaro

(Foto: Divulgação)

247 - Pela primeira vez desde a posse de Jair Bolsonaro, a aprovação a seu governo cai abaixo de 30%. É o que aponta a pesquisa do IPEC (Inteligência, Pesquisa e Consultoria), realizada presencialmente entre 18 e 23 de fevereiro.  28% dos entrevistados consideram a gestão Bolsonaro ótima ou boa, enquanto 39% avaliam como ruim ou péssima. Segundo os dados do IPEC, o eleitorado evangélico é a principal base de apoio a Bolsonaro, que tem avaliação positiva de 38% neste segmento. A margem de erro é de dois pontos.

O IPEC é formado por executivos que deixaram o Ibope após o encerramento das atividades com pesquisas de opinião pública. Apesar da queda da aprovação do governo Bolsonaro, nenhum instituto havia até agora apontado uma taxa abaixo de 30%. Segundo levantamento da Fundação Perseu Abramo, que consolidou as pesquisas dos principais institutos, os índices de aprovação do governo Bolsonaro até agora eram: Datafolha, 31% (campo em 20 e 21 de janeiro); XP/Ipespe, 30% (02 a 04 de fevereiro); PoderData, 30% (01 e 03 de fevereiro); Exame/Ideia, 31% (12 de fevereiro).

A parcela evangélica fundamentalista do eleitorado apresenta, na pesquisa do IPEC, um desenho inverso em relação à avaliação geral do governo. Neste segmento, é o percentual de avaliações como ótimo ou bom que se aproxima da faixa de 40% dos entrevistados. Entre os evangélicos, 27% consideram o governo ruim ou péssimo. É a menor taxa de rejeição registrada em todo o levantamento.

A pesquisa do IPEC, veiculada pelo jornal O Globo,  indica que, para 87% dos brasileiros, há alguma expectativa de pagamento do auxílio emergencial “até a situação econômica voltar ao normal” — o que pressupõe um prazo maior do que os quatro meses do planejamento do governo federal.

No recorte por renda, 93% dos que têm renda mensal de até um salário mínimo — parcela da população à qual o benefício é majoritariamente destinado — concordam, ao menos de forma parcial, que o auxílio deve durar até uma normalidade econômica. 

Para a cientista política Luciana Veiga, professora da Unirio, o cenário atual de baixa aprovação, que aponta um comprometimento de seu projeto de reeleição em 2022, pode estimular Bolsonaro a tentar um prolongamento do benefício, contrariando suas próprias declarações e as projeções da área econômica, comandada pelo ministro Paulo Guedes: “O que Bolsonaro faz com o auxílio não é conquistar eleitores que não gostam dele, mas sim trazer o que está nesse bloco do regular. É um eleitor muito prático, menos apegado a questões ideológicas, e que pode oscilar a depender do impacto do governo federal em sua vida. É aí que entra o auxílio. Por outro lado, este eleitor também é mais pressionado pelo cenário da Saúde, já que depende da rede pública — avaliou Veiga”.

A CEO do IPEC, Márcia Cavalari, afirma que a análise dos resultados deve levar em consideração o contexto à época da realização das pesquisas. O levantamento do IPEC, que ouviu 2.002 pessoas presencialmente em 143 municípios entre 18 e 23 de fevereiro, ocorreu nos dias que se seguiram à primeira ameaça de Bolsonaro de trocar o comando da Petrobras por insatisfação com aumentos nos preços de combustíveis, O anúncio da demissão de Roberto Castelo Branco da presidência da petroleira ocorreu no dia 19, durante a realização da pesquisa. “Esta é uma das possíveis hipóteses para que a rejeição ao governo seja mais alta entre os eleitores com maior remuneração do que entre os mais pobres. Para o segmento de menor renda, a troca pode não ter soado tão ruim, por conta do discurso de baratear o combustível”, afirmou Márcia.

 

Senado aprova em primeiro turno PEC Emergencial com auxílio limitado a R$ 44 bi

Essa PEC permite que o auxílio emergencial seja financiado com créditos extraordinários, que não são limitados pelo teto de gastos

Plenário do Senado Federal (Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)

Agência Senado -  O Plenário do Senado aprovou nesta quarta-feira (3), em primeiro turno, o texto-base da PEC Emergencial (PEC 186/2019), que permite ao governo federal pagar o auxílio emergencial em 2021 por fora do teto de gastos do orçamento e do limite de endividamento do governo federal. No entanto, o programa ficará limitado a um custo total de R$ 44 bilhões

A votação em segundo turno, que inicialmente estava prevista para esta mesma quarta-feira, foi adiada para quinta-feira (4), a partir das 11h. Depois disso, se a aprovação for confirmada, a proposta de emenda à Constituição (PEC) seguirá para a Câmara dos Deputados.

Essa PEC permite que o auxílio emergencial seja financiado com créditos extraordinários, que não são limitados pelo teto de gastos. As despesas com o programa não serão contabilizadas para a meta de resultado fiscal primário e também não serão afetadas pela chamada “regra de ouro” — mecanismo que proíbe o governo de fazer dívidas para pagar despesas correntes, de custeio da máquina pública.

O valor, a duração e a abrangência do novo auxílio ainda serão definidos pelo Executivo. A primeira versão do auxílio ultrapassou os R$ 300 bilhões de custo total, tendo chegado a cerca de 68 milhões de pessoas, em duas rodadas: na primeira, que durou cinco meses, foram parcelas de R$ 600 por pessoa; na segunda, chamada de "auxílio residual", foram parcelas de R$ 300 durante quatro meses, e com um público-alvo menor. O novo montante representa menos do que o auxílio residual, que custou cerca de R$ 64 bilhões.

Contrapartida fiscal

Em contrapartida, a proposta impõe medidas de contenção fiscal para compensar o aumento de despesas. A principal delas são dispositivos a serem acionados quando os gastos do poder público atingirem um determinado patamar. Esses “gatilhos” passam a ser permanentes, e não restritos à pandemia de covid-19.

Na esfera federal, todas as vezes em que a relação entre as despesas obrigatórias sujeitas ao teto de gastos e as despesas totais superar 95%, os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário e o Ministério Público deverão vedar aumento de salário para o funcionalismo, realização de concursos públicos, criação de cargos e despesas obrigatórias, concessão de benefícios e incentivos tributários e lançamento de linhas de financiamento ou renegociação de dívidas.

Os estados e municípios estão sujeitos à mesma regra dos 95%, porém apenas de forma facultativa. No caso desses entes da federação, também será possível acionar as medidas de contenção de gastos quando a relação entre as despesas correntes e as receitas correntes (impostos e contribuições) atingir 85%. Nesse caso, a implementação dependerá apenas de atos do Executivo, com vigência imediata.

A PEC também traz a previsão de diminuir incentivos e benefícios tributários existentes. Segundo o texto, o presidente da República deverá apresentar, em até seis meses após a promulgação da emenda constitucional, um plano de redução gradual desse tipo de benefício. São feitas exceções a programas como o Simples, o subsídio a produtos da cesta básica e a Zona Franca de Manaus.

Calamidade pública

A partir da promulgação da PEC Emergencial, a Constituição passará a contar com um regime orçamentário excepcional para situações de calamidade pública — como é o caso da pandemia. Segundo o texto, durante a vigência do estado de calamidade, a União deve adotar regras extraordinárias de política fiscal e financeira e de contratações para atender às necessidades do país, mas somente quando a urgência for incompatível com o regime regular.

As proposições legislativas e os atos do Executivo com propósito exclusivo de enfrentar a calamidade e suas consequências sociais e econômicas ficam dispensados de observar várias limitações legais, desde que não impliquem despesa obrigatória de caráter continuado. Entre as regras que ficam suspensas está a proibição de concessão ou ampliação de benefício tributário que gere renúncia de receita. Também estão suspensos os limites e condições para contratação de operações de crédito. O regime extraordinário também permitirá a adoção de contratação simplificada de pessoal, em caráter temporário e emergencial, e de obras, serviços e compras.

O superávit financeiro apurado em 31 de dezembro do ano anterior poderá ser destinado à cobertura de despesas com medidas de combate à calamidade pública, além do pagamento da dívida pública. Durante a vigência da calamidade pública, ficará também suspensa a proibição de que pessoas jurídicas em débito com o sistema de seguridade social assinem contratos com o poder público.

A PEC prevê, ainda, que uma lei complementar poderá definir outras suspensões, dispensas e afastamentos aplicáveis durante a vigência da calamidade pública.

A decretação do estado de calamidade pública, que vai disparar o regime extraordinário, passa a ser uma atribuição exclusiva do Congresso Nacional, a partir de proposta do Executivo.

Desvinculação de receitas

A PEC também muda regras para vinculação de receitas, liberando fatias do Orçamento que hoje são destinadas exclusivamente a certas áreas. Atualmente, a Constituição proíbe a vinculação de receitas tributárias, com algumas exceções. A proposta mexe nessa estrutura, estendendo a proibição para todos os tipos de receita e expandindo as exceções.

Uma ressalva que desaparece é a que permite a vinculação de receitas para serviços de administração tributária — dessa forma, essa vinculação passa a ser proibida. Por outro lado, uma série de fundos federais são incluídos entre as ressalvas e poderão manter receitas orçamentárias reservadas para eles: Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP), Fundo Penitenciário Nacional (Funpen), Fundo Nacional Antidrogas (Funad), Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) e Fundo para Aparelhamento e Operacionalização das Atividades-Fim da Polícia Federal.

Receitas de interesse da defesa nacional e as destinadas à atuação das Forças Armadas também não terão recursos desvinculados.

Educação e saúde

Originalmente, a PEC Emergencial previa outras medidas imediatas de redução de despesas para compensar o pagamento do ajuste emergencial, como o fim da vinculação orçamentária mínima para a educação e a saúde e a redução salarial de servidores públicos. Esses dispositivos causaram polêmica entre os senadores e foram removidos pelo relator, senador Marcio Bittar (MDB-AC).

Atualmente, a Constituição obriga a União a aplicar, no mínimo, 18%, e os estados e municípios, no mínimo, 25%, da receita resultante de impostos na manutenção e no desenvolvimento do ensino. À saúde, a União deve destinar 15% da sua receita corrente líquida, enquanto estados e Distrito Federal, 12% da arrecadação de impostos, e municípios, 15%, também da arrecadação de impostos. Bittar afirmou ser favorável ao fim desses pisos, mas reconheceu que o debate não está “amadurecido” neste momento.

Outro item retirado do texto da PEC seria o fim dos repasses do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Hoje, um mínimo de 28% da arrecadação do PIS/Pasep, que abastece o FAT, vai para o financiamento de programas do BNDES.

  

Casa comprada por Flávio Bolsonaro vale muito mais do que R$ 6 milhões, diz Eduardo Moreira

"Seria mais um super negócio do ás dos imóveis ou simplesmente mais uma falcatrua", questiona, de forma irônica, o economista

(Foto: ABr | Reprodução)


247 – "Todo mundo sabe que a casa comprada supostamente por 6 milhões vale muito mais do que isso no mercado... Seria mais um super negócio do ás dos imóveis ou simplesmente mais uma falcatrua? PS: pergunta meramente retórica", postou o economista Eduardo Moreira, em suas redes sociais. 

COVID-19: Arapongas registra 158 novos casos e 76 curados



Prefeitura de Arapongas, através da Secretaria Municipal de Saúde, informou nesta quarta, (03/03), o registro de 158 novos casos, 76 curados de COVID-19 registrados no município. Agora o município chega a 11.105 casos dos quais 9.932 já estão curados (89,4%), 970 ainda estão com a doença e 203 infelizmente vieram a óbito. Ao todo, já foram realizados 44.159 testes. 
Sobre os casos, a Secretaria de Saúde informa que:
Entre os resultados dos testes públicos e privados realizados no município, foram divulgados 255 resultados negativos nesta data.
Os resultados abaixo divulgados, em sua maioria, são provenientes de exames realizados a partir do dia 26/02.
Entre os 158 casos confirmados, 85 são do sexo feminino com as respectivas idades: 14, 14, 16, 18, 19, 20, 20, 21, 21, 21, 22, 24, 24, 25, 25, 25, 25, 25, 26, 26, 26, 26, 26, 28, 28, 29, 29, 29, 29, 29, 30, 31, 32, 32, 33, 34, 35, 35, 35, 35, 38, 39, 39, 39, 40, 42, 42, 42, 42, 42, 42, 43, 43, 44, 44, 44, 44, 44, 45, 45, 46, 46, 48, 48, 49, 50, 51, 52, 52, 53, 55, 55, 61, 62, 67, 69, 70, 72, 72, 72, 73, 76, 77, 79 e 81 anos.
Do sexo masculino, foram diagnosticados 73 pacientes com as respectivas idades: 02 meses, 02, 05, 14, 18, 18, 19, 19, 20, 20, 20, 20, 21, 22, 22, 23, 24, 24, 24, 26, 27, 27, 27, 29, 30, 30, 30, 30, 31, 32, 33, 33, 33, 34, 34, 35, 38, 38, 38, 40, 40, 40, 40, 41, 41, 41, 42, 44, 44, 45, 45, 46, 47, 47, 48, 48, 48, 48, 49, 49, 49, 50, 51, 51, 51, 57, 63, 63, 67, 73, 74, 76 e 84 anos.
Referente aos pacientes de Arapongas com COVID-19, dados do dia 26/02 demonstraram que o município possui 17 pacientes internados em leitos de UTI e 14 pacientes internados em leitos de enfermaria.
Referente aos leitos hospitalares em Arapongas, a ocupação informada pelo hospital hoje é de 100% dos 50 leitos de UTI e de 85% dos 40 leitos de enfermaria. 
Referente aos leitos privados, o Hospital possui 05 pacientes internados em leitos de UTI e 05 pacientes internados em leitos de enfermaria.
Referente aos leitos hospitalares em Arapongas, houve aumento dos leitos exclusivos para COVID-19 do Hospital de referência pela SESA-PR a partir de 08/02/2021. O Hospital conta atualmente com 50 leitos de UTI e 40 leitos de enfermaria.
A Secretaria de Saúde de Arapongas reforça a importância de que a população siga as orientações dos especialistas, mantendo os cuidados de higiene, usando máscaras e evitando aglomerações, inclusive em festas e confraternizações familiares.

quarta-feira, 3 de março de 2021

Técnico do América-MG protesta contra a CBF e a volta do futebol na Copa do Brasil: “o Brasil parou! Estou perdendo amigos!”

 

"Não tem lugar nos hospitais, eu estou perdendo amigos, amigos treinadores. É hora de segurar a vida. Aqui no Mineiro tudo bem, é mais perto, mas como vão levar uma delegação do norte para o Sul", desabafou o técnico do America-MG, Lisca

Lisca (Foto: Reprodução)


247 - O técnico do America-MG, Luiz Carlos Cirne Lima de Lorenzi, o Lisca, protestou contra a CBF pela manutenção da Copa do Brasil. Ele lembrou ainda da situação caótica no país diante da pandemia do novo coronavírus.

"Vou aproveitar para fazer um apelo às autoridades do Brasil, principalmente à CBF. É quase inacreditável que saiu uma tabela da Copa do Brasil hoje com oitenta clubes para o dia 10, dia 17, que vamos levar jogador com delegação de 30 jogadores de um lado para outro do país. Nosso país parou, gente. Não tem lugar nos hospitais, eu estou perdendo amigos, amigos treinadores. É hora de segurar a vida. Aqui no Mineiro tudo bem, é mais perto, mas como vão levar uma delegação do norte para o Sul. Presidente Caboclo, pelo amor de Deus, Juninho Paulista, Tite, Kéber Xavier, autoridades. Nós estamos apavorados", disse.


Nesta quarta-feira, o clube informou três novos casos da doença no elenco. O volante João Gabriel e os atacantes Marcelo Toscano e Kawê testaram positivo nos testes realizados para a partida contra o Athletic.

Recorde de mortes no Brasil

O Brasil vive seu pior momento da pandemia da Covid-19. Relatório do Conselho Nacional de Secretários de Saúde divulgado às 18h registra 1.910 por Covid-19 nas últimas 24 horas, fazendo desta quarta o dia mais letal desde o início da pandemia, muito acima da marca registrada ontem. O Ministério da Saúde confirmou o número de mortes.

Os números do Conass informam ainda que o Brasil chegou a 259.271 mil mortos e que tem 10.718.630 milhões de pessoas infectadas com coronavírus. Foram 71.704 mil novos casos no último dia.

Nesta terça, o mesmo Conselho registrou 1.641 mortes em apenas um dia, que havia sido até então o mais letal da pandemia. Pouco depois, o consórcio dos veículos de imprensa divulgou um número ainda maior: 1.726.

 

"Enoja", diz deputado sobre almoço de Bolsonaro com “leitão e gargalhadas”

 

"Não é tanto pelo leitão, mas pela descontração festiva da mesa farta de altas gargalhadas no mesmo dia em que os cemitérios brasileiros mais receberam corpos vitimados pelo vírus. É isto que choca. É isto que afronta. É isto que enoja", disse Fabio Trad (PSD-MS)

(Foto: Alex Ferreira/Câmara dos Deputados)

247 - Crítico do governo Jair Bolsonaro, o deputado Fábio Trad (PSD-MS) usou as redes sociais para comentar o almoço organizado por Bolsonaro, nessa terça-feira (2), no Palácio do Planalto, em meio ao avanço da pandemia do novo coronavírus.

Trad afirmou que a atitude de Bolsonaro "enoja", se referindo ao comportamento de Bolsonaro que, segundo parlamentares que participaram do encontro, era “alegre” e “bem descontraído”.

No dia do almoço, nesta terça, o Brasil registrou 1.726 mortes pela Covid-19, o maior número diário de vidas perdidas de toda a pandemia até agora.

"Não é tanto pelo leitão, mas pela descontração festiva da mesa farta de altas gargalhadas no mesmo dia em que os cemitérios brasileiros mais receberam corpos vitimados pelo vírus. É isto que choca. É isto que afronta. É isto que enoja", escreveu o parlamentar.

O cardápio do almoço preparado pelo deputado Fábio Ramalho (MDB-MG) teve leitão, feijão tropeiro, linguiça e carne moída com quiabo.

O encontro de Bolsonaro aconteceu no mesmo dia em que o Brasil atingiu o pico de mortes por coronavírus, com 1726 mortes.



Apucarana registra mais 85 casos de Covid-19 nesta quarta-feira



A Autarquia Municipal de Saúde (AMS) confirmou mais 85 casos de Covid-19 nesta quarta-feira (03) em Apucarana. São agora 6.646 resultados positivos para o novo coronavírus. Sem nenhum novo óbito, o município segue com 158 mortes provocadas pela doença.

Os novos casos foram confirmados pelo Laboratório Central do Paraná (Lacen). São 45 homens (entre 1 e 83 anos) e 40 mulheres (entre 5 e 79 anos). Todos estão em isolamento domiciliar.

Ainda segundo o boletim da AMS, Apucarana tem mais 283 suspeitas em investigação. O número de recuperados subiu para 5.888.

O Pronto Atendimento do Coronavírus soma 24.429 pessoas atendidas presencialmente desde o início da pandemia. O número de monitorados atualmente é de 1.382.

Já foram testadas 28.397 pessoas, sendo 14.092 em testes rápidos, 11.911 pelo Lacen (RT-PCR) e 2.394 por laboratórios particulares (RT-PCR).

São 24 pacientes de Apucarana internados, cinco na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 19 em leitos de enfermaria.

O município tem 600 casos ativos da doença.

 

Mensagem que divulga “Programa Vale Mercado” da prefeitura é falsa

 

A “fake news” de internet traz um endereço de site para cadastramento, dizendo ser o canal oficial do Programa, e que o auxílio seria de R$121 mensais

(Foto/Reprodução)

A Prefeitura de Apucarana é mais uma administração a sofrer com a ação de golpistas da internet. A divulgação de uma falsa notícia, em grupos de conversas on-line e em diferentes redes sociais, dando conta de que a “Prefeitura Municipal” estaria com inscrições abertas para o Programa Vale Mercado 2021, tem levado inúmeras famílias de baixa renda aos centros de referência da assistência social de Apucarana. As linhas telefônicas também estão congestionadas desde a terça-feira, quando a mensagem começou a ser compartilhada em grupos da cidade, com pessoas querendo “mais detalhes”.

A falsa informação traz um endereço de site para cadastramento dos interessados, dizendo ser o canal oficial do Programa, e que o auxílio seria de R$121 mensais. Com a ação, além de prejudicar o atendimento do serviço público e causar decepção aos que acreditaram na “pegadinha de internet”, os golpistas colhem os dados pessoais daqueles que se cadastram na plataforma e, possivelmente, contaminam os smartphones dos usuários com vírus que abrem brechas para roubo de outros dados.

A secretária Municipal da Assistência Social, Ana Paula Nazarko, lamenta que criminosos se aproveitem da necessidade das pessoas para aplicar golpes. “Infelizmente é um golpe que tem se aproveitado do momento vivenciado por muitas famílias, que em meio a pandemia perderam renda. Contudo, fica o alerta de que o programa não existe e as pessoas não devem fornecer suas informações pessoais na plataforma”, esclarece Ana Paula.

A disseminação de notícias falsas na internet (fake news) cresce proporcionalmente com a popularização das redes sociais e aplicativos de bate-papo. “As pessoas devem ficar mais atentas e cautelosas com o que recebem e compartilham”, pontua o prefeito Júnior da Femac. Ele observa que todas as políticas públicas e programas sociais promovidos pela Prefeitura de Apucarana constam no site oficial – www.apucarana.pr.gov.br. “Antes de qualquer atitude, é importante a pessoa procurar saber da procedência da informação, se ela consta de forma oficial”, orienta o prefeito.

No caso do falso Programa Vale Mercado 2021, o golpe corre há alguns meses e tem prejudicado o atendimento de prefeituras de todo o país. “Uma simples consulta em um site de busca pode esclarecer a dúvida da pessoa e evitar muito transtorno. No caso deste fake news, o golpe já foi revelado por vários sites especializados em desvendar boatos”, frisa Ana Paula Nazarko, secretária da Assistência Social.

 

Brasil registra 1,9 mil mortos por Covid e supera nova marca diária

 

Em relatório divulgado às 18h desta quarta-feira (3), as Secretarias de Saúde dos Estados (CONASS) informaram que o Brasil alcançou 259.271 mil mortos na pandemia, ultrapassando novamente a última marca das 24 horas

Coveiros vestindo roupas de proteção se preparam para enterrar no cemitério Parque Taruma, em Manaus. (Foto: Bruno Kelly/Reuters)

247 - Relatório do Conselho Nacional de Secretários de Saúde divulgado às 18h registra 1.910 por Covid-19 nas últimas 24 horas, fazendo desta quarta-feira (3) o dia mais letal desde o início da pandemia, muito acima da marca registrada ontem. O Ministério da Saúde confirmou o número de mortes.

Os números do Conass informam ainda que o Brasil chegou a 259.271 mil mortos e que tem 10.718.630 milhões de pessoas infectadas com coronavírus. Foram 71.704 mil novos casos no último dia.

Nesta terça, o mesmo Conselho registrou 1.641 mortes em apenas um dia, que havia sido até então o mais letal da pandemia. Pouco depois, o consórcio dos veículos de imprensa divulgou um número ainda maior: 1.726.

 

Nova remessa de 2,5 milhões doses da CoronaVac é enviada aos estados nesta quarta-feira

 

A orientação é que estados e municípios reservem a segunda dose para garantir que o esquema vacinal seja completado no período recomendado de duas a quatro semanas

(Foto: GOVSP)


Agência Brasil - Mais 2.552.820 doses da vacina CoronaVac, contra a covid-19, produzida no Brasil pelo Instituto Butantan, estão sendo enviadas pelo Ministério da Saúde a todos os estados e o Distrito Federal nesta quarta-feira (3). Segundo a pasta, a distribuição das doses está sendo feita de forma proporcional e igualitária e é destinada a vacinar o restante dos trabalhadores da saúde, indígenas do estado do Amazonas e a população brasileira de 80 a 84 anos de idade.

De acordo com o quarto Informe Técnico da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) da pasta, divulgado hoje, a nova remessa de vacinas do Butantan corresponde à entrega de duas doses. A orientação é que estados e municípios façam a reserva da segunda dose para garantir que o esquema vacinal seja completado no período recomendado de duas a quatro semanas.

Reforço

Desta vez, mais regiões estão sendo contempladas com o Fundo Estratégico, que destina 5% do total de doses para estados com cenário de maior emergência no momento. A medida está em vigor para estados do Norte desde a segunda pauta de distribuição. Nesta nova remessa, 127.641 mil doses foram divididas entre o Amazonas (30%), Pará (10%), Rondônia (5%), Roraima (5%), Ceará (10%), Paraíba (5%), Sergipe (5%), Paraná (10%), Santa Catarina (10%) e Goiás (10%), para ampliar ainda mais a vacinação dos grupos prioritários de idosos. No total, 60.781 pessoas estão sendo contempladas com a estratégia.

Com esse novo lote, o Ministério da Saúde contabiliza mais de 17 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 desde o dia 18 de janeiro, quando começou a campanha de vacinação, sendo que dessas mais de 7,5 milhões de doses já foram aplicadas. A pasta prevê o envio de mais de 200 milhões de doses até julho, com meta de imunizar 50% da população brasileira vacinável.

Novos lotes

Ao longo de março, segundo o Ministério da Saúde, devem chegar novos lotes de vacinas. Além de remessas do Butantan, mais doses da AstraZeneca/Oxford, já produzidas no Brasil pela Fiocruz (3,8 milhões). Do mesmo laboratório, o Brasil também deve receber ao longo do mês mais 2 milhões de doses importadas da Índia e outras por meio do consórcio Covax Facility.

A pasta informou que assinou o contrato com o laboratório Precisa Medicamentos/Bharat Biotech, responsável pela vacina indiana Covaxin. Das 20 milhões de doses acordadas, 8 milhões já devem estar disponíveis para o Programa Nacional de Imunizações (PNI) ainda este mês.

Um dia após marca recorde de mortes diárias, Bolsonaro diz que “criaram o pânico” (vídeo)

 

“O problema está aí, lamentamos, mas você não pode viver em pânico”, desprezou Jair Bolsonaro, em conversa com apoiadores um dia após a marca de 1.726 mortes em 24 horas

Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução)

247 - Um dia depois da marca recorde do número de mortos diárias desde o início da pandemia - 1.726 registradas nesta terça-feira (2) -, Jair Bolsonaro falou com desprezo sobre o assunto e diz que o pânico ‘foi criado’. “Criaram o pânico. O problema está aí, lamentamos, mas você não pode viver em pânico”, disse.

O comentário foi feito na manhã desta quarta-feira (3) em conversa com apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada, em Brasília. O vídeo com o diálogo foi divulgado em redes sociais.

“Que nem a política, de novo, do fique em casa, o pessoal vai morrer de fome, de depressão?”, criticou ainda, em meio a diversas análises de cientistas de que se não houver um lockdown nacional por ao menos 15 dias, o Brasil viverá um cenário de guerra. As previsões foram feitas nessa semana por Margareth Dalcolmo e Miguel Nicolelis, além do ex-ministro da Saúde Arthur Chioro.

Na mesma fala, ele mentiu ao dizer que o Brasil “é o país que mais tem vacinado contra a Covid-19”. “O Brasil, em valores absolutos, é o país que mais está vacinando. Temos 22 milhões de vacina pra este mês. Mês que vem deve ser mais 40 milhões. O país está mais avançado nisso”, disse.

Pronunciamento

Bolsonaro cancelou o pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão que faria nesta terça-feira. Questionado sobre uma nova data e o tema que abordará, respondeu: “O assunto (do pronunciamento), quando tiver, vai ser a pandemia, vacinas”. Quanto à data, não definiu: “vai ficar a dúvida aí”.

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STF concede mensagens da Vaza Jato ao TCU, que vai apurar suspeita de conflito de interesse de Moro

 

Moro é, atualmente, sócio da empresa Alvarez & Marsal, que trabalha na recuperação das empresas do grupo Odebrecht, que o ex-juiz ajudou a quebrar

(Foto: Lula Marques | Reuters)

247 - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski concedeu nesta quarta-feira (3) ao Tribunal de Contas da União (TCU), segundo Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, acesso às mensagens trocadas por membros da Lava Jato e apreendidas na Operação Spoofing.

tribunal solicitou o material para apurar possível conduta de conflito de interesses por parte do ex-juiz da operação Sergio Moro. Atualmente, Moro é sócio da empresa Alvarez & Marsal, que trabalha na recuperação das empresas do grupo Odebrecht, que o ex-juiz ajudou a quebrar.

O ministro do TCU Bruno Dantas, relator do caso, acredita que as mensagens da chamada "Vaza Jato" podem esclarecer se Moro orientou, ou não, a ação de procuradores da força-tarefa em operações contra a Odebrecht.

Em despacho, Dantas escreve que Moro, "como se diz popularmente, teria atuado nos 'dois lados do balcão'". Para o ministro, a contratação do ex-juiz pela Alvarez & Marsal é "no mínimo peculiar e constrangedora".

 

Bolsonaro e Guedes derrubam Brasil para 12ª economia do mundo. Com Lula, país foi a sexta

 

Depois de ser a sexta maior economia do mundo no governo do ex-presidente Lula, o Brasil caiu para a décima segunda posição com Jair Bolsonaro. Além do desastre econômico, a disparada do dólar contribui para o declínio brasileiro

(Foto: 247 Reuters)

Rede Brasil Atual - O Brasil deixou o ranking das 10 maiores economias do mundo e caiu para a 12ª colocação, de acordo com levantamento da agência de classificação de risco Austin Rating, nesta quarta-feira (3). O rebaixamento é motivado pelo tombo do Produto Interno Bruto (PIB), de 4,1% – a maior queda na série histórica do IBGE, iniciada em 1996.

Em 2019, antes mesmo da pandemia, o governo de Jair Bolsonaro já havia deixado o Brasil na 9ª posição. De acordo com o ranking, o Brasil foi superado em 2020 por Canadá, Coreia do Sul e Rússia.

governo Bolsonaro já havia apresentado o chamado “pibinho” no primeiro ano, com resultado revisado de 1,4%. Com uma economia que nunca deslanchou, quadro agravado pela pandemia, veio a retração de 2020. Cujo resultado o ministro Paulo Guedes também errou: ontem, ele declarou em entrevista acreditar que o PIB cairia menos de 4%. Para este ano, ele já prevê alta de 3% a 3,5%.

Diante da falta de uma política econômica eficaz, principalmente durante a crise sanitária, o governo Bolsonaro também tem contribuído para a desvalorização da moeda brasileira. Nesta quarta, a libra, moeda do Reino Unido, chegou aos R$ 8, e o dólar, R$ 5,80.

Retrocesso

A Austin estima uma alta de 3,3% do PIB do Brasil em 2021, abaixo da média de crescimento global esperada de 5,5%. Confirmadas as projeções, o país pode cair para a 14ª posição no ranking das maiores economias do mundo, sendo superado também por Austrália e Espanha.

A queda do Brasil foi criticada por parlamentares. A deputada federal Sâmia Bonfim (Psol-SP) ironizou o ministro da Economia. “Parabéns ao glorioso Paulo Guedes pelos serviços prestados. Duro é saber que há quem dê ‘uma segunda chance’ a Bolsonaro por causa de tamanha competência de seu ministro da economia”, tuitou.

O deputado federal Alessandro Molon (PSB-RJ) lembra que a pandemia prejudicou a economia, mas o governo federal aumentou o buraco. Um “recuo do PIB era esperado por causa pandemia, mas o que acontece no Brasil é uma catástrofe: a maior queda da economia em 30 anos é consequência do governo Bolsonaro, que sabota o combate à covid-19. A retomada do Brasil passa por máscara, vacina e garantia de renda para famílias”, criticou.

Em 2002, quando ex-presidente Lula venceu as eleições, o Brasil ocupava a 13ª posição no ranking global de economias, medido pelo PIB em dólar. Após os mandatos do PT, o país chegou a 6º, em 2011, desbancando a Grã-Bretanha. Até 2014, já no governo Dilma Rousseff, o Brasil se manteve na 7ª posição.