quarta-feira, 3 de março de 2021

Um dia após marca recorde de mortes diárias, Bolsonaro diz que “criaram o pânico” (vídeo)

 

“O problema está aí, lamentamos, mas você não pode viver em pânico”, desprezou Jair Bolsonaro, em conversa com apoiadores um dia após a marca de 1.726 mortes em 24 horas

Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução)

247 - Um dia depois da marca recorde do número de mortos diárias desde o início da pandemia - 1.726 registradas nesta terça-feira (2) -, Jair Bolsonaro falou com desprezo sobre o assunto e diz que o pânico ‘foi criado’. “Criaram o pânico. O problema está aí, lamentamos, mas você não pode viver em pânico”, disse.

O comentário foi feito na manhã desta quarta-feira (3) em conversa com apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada, em Brasília. O vídeo com o diálogo foi divulgado em redes sociais.

“Que nem a política, de novo, do fique em casa, o pessoal vai morrer de fome, de depressão?”, criticou ainda, em meio a diversas análises de cientistas de que se não houver um lockdown nacional por ao menos 15 dias, o Brasil viverá um cenário de guerra. As previsões foram feitas nessa semana por Margareth Dalcolmo e Miguel Nicolelis, além do ex-ministro da Saúde Arthur Chioro.

Na mesma fala, ele mentiu ao dizer que o Brasil “é o país que mais tem vacinado contra a Covid-19”. “O Brasil, em valores absolutos, é o país que mais está vacinando. Temos 22 milhões de vacina pra este mês. Mês que vem deve ser mais 40 milhões. O país está mais avançado nisso”, disse.

Pronunciamento

Bolsonaro cancelou o pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão que faria nesta terça-feira. Questionado sobre uma nova data e o tema que abordará, respondeu: “O assunto (do pronunciamento), quando tiver, vai ser a pandemia, vacinas”. Quanto à data, não definiu: “vai ficar a dúvida aí”.

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STF concede mensagens da Vaza Jato ao TCU, que vai apurar suspeita de conflito de interesse de Moro

 

Moro é, atualmente, sócio da empresa Alvarez & Marsal, que trabalha na recuperação das empresas do grupo Odebrecht, que o ex-juiz ajudou a quebrar

(Foto: Lula Marques | Reuters)

247 - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski concedeu nesta quarta-feira (3) ao Tribunal de Contas da União (TCU), segundo Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, acesso às mensagens trocadas por membros da Lava Jato e apreendidas na Operação Spoofing.

tribunal solicitou o material para apurar possível conduta de conflito de interesses por parte do ex-juiz da operação Sergio Moro. Atualmente, Moro é sócio da empresa Alvarez & Marsal, que trabalha na recuperação das empresas do grupo Odebrecht, que o ex-juiz ajudou a quebrar.

O ministro do TCU Bruno Dantas, relator do caso, acredita que as mensagens da chamada "Vaza Jato" podem esclarecer se Moro orientou, ou não, a ação de procuradores da força-tarefa em operações contra a Odebrecht.

Em despacho, Dantas escreve que Moro, "como se diz popularmente, teria atuado nos 'dois lados do balcão'". Para o ministro, a contratação do ex-juiz pela Alvarez & Marsal é "no mínimo peculiar e constrangedora".

 

Bolsonaro e Guedes derrubam Brasil para 12ª economia do mundo. Com Lula, país foi a sexta

 

Depois de ser a sexta maior economia do mundo no governo do ex-presidente Lula, o Brasil caiu para a décima segunda posição com Jair Bolsonaro. Além do desastre econômico, a disparada do dólar contribui para o declínio brasileiro

(Foto: 247 Reuters)

Rede Brasil Atual - O Brasil deixou o ranking das 10 maiores economias do mundo e caiu para a 12ª colocação, de acordo com levantamento da agência de classificação de risco Austin Rating, nesta quarta-feira (3). O rebaixamento é motivado pelo tombo do Produto Interno Bruto (PIB), de 4,1% – a maior queda na série histórica do IBGE, iniciada em 1996.

Em 2019, antes mesmo da pandemia, o governo de Jair Bolsonaro já havia deixado o Brasil na 9ª posição. De acordo com o ranking, o Brasil foi superado em 2020 por Canadá, Coreia do Sul e Rússia.

governo Bolsonaro já havia apresentado o chamado “pibinho” no primeiro ano, com resultado revisado de 1,4%. Com uma economia que nunca deslanchou, quadro agravado pela pandemia, veio a retração de 2020. Cujo resultado o ministro Paulo Guedes também errou: ontem, ele declarou em entrevista acreditar que o PIB cairia menos de 4%. Para este ano, ele já prevê alta de 3% a 3,5%.

Diante da falta de uma política econômica eficaz, principalmente durante a crise sanitária, o governo Bolsonaro também tem contribuído para a desvalorização da moeda brasileira. Nesta quarta, a libra, moeda do Reino Unido, chegou aos R$ 8, e o dólar, R$ 5,80.

Retrocesso

A Austin estima uma alta de 3,3% do PIB do Brasil em 2021, abaixo da média de crescimento global esperada de 5,5%. Confirmadas as projeções, o país pode cair para a 14ª posição no ranking das maiores economias do mundo, sendo superado também por Austrália e Espanha.

A queda do Brasil foi criticada por parlamentares. A deputada federal Sâmia Bonfim (Psol-SP) ironizou o ministro da Economia. “Parabéns ao glorioso Paulo Guedes pelos serviços prestados. Duro é saber que há quem dê ‘uma segunda chance’ a Bolsonaro por causa de tamanha competência de seu ministro da economia”, tuitou.

O deputado federal Alessandro Molon (PSB-RJ) lembra que a pandemia prejudicou a economia, mas o governo federal aumentou o buraco. Um “recuo do PIB era esperado por causa pandemia, mas o que acontece no Brasil é uma catástrofe: a maior queda da economia em 30 anos é consequência do governo Bolsonaro, que sabota o combate à covid-19. A retomada do Brasil passa por máscara, vacina e garantia de renda para famílias”, criticou.

Em 2002, quando ex-presidente Lula venceu as eleições, o Brasil ocupava a 13ª posição no ranking global de economias, medido pelo PIB em dólar. Após os mandatos do PT, o país chegou a 6º, em 2011, desbancando a Grã-Bretanha. Até 2014, já no governo Dilma Rousseff, o Brasil se manteve na 7ª posição.

 

Prefeitura repassa 40 mil mudas de café a produtores

 

Produzidas no Horto Municipal, elas são da variedade IPR 100 e possuem tolerância a doenças, como nematóide e ferrugem.

(Foto/PMA)

A Secretaria Municipal de Agricultura iniciou nesta quarta-feira (03/03) a distribuição de 40 mil mudas de café aos produtores. As mudas estão sendo repassadas com valor subsidiado, o que representa apenas um terço do praticado no mercado. Produzidas no Horto Municipal, elas são da variedade IPR 100 e possuem tolerância a doenças, como nematóide e ferrugem.

O prefeito Junior da Femac participou do início da distribuição, ao lado de técnicos da Secretaria da Agricultura. “O café está retomando espaço novamente na economia local, dinamizando essa cultura que faz parte da história de Apucarana e que gera renda para as famílias no campo, especialmente na agricultura familiar”, frisa Junior da Femac.

Com o objetivo de ampliar o incentivo ao cultivo do café, neste ano o prefeito Junior da Femac determinou a redução do preço do milheiro de mudas. “O preço praticado no mercado é de cerca de R$ 800 e, com o subsídio, os produtores pagarão apenas R$ 250, o que representa um terço do preço”, compara Junior da Femac.

Conforme Gerson José Santino Canuto, responsável pela Secretaria Municipal de Agricultura, todas as 40 mil mudas foram adquiridas pelos produtores. “Para o ano que vem, o prefeito já autorizou a produção de 150 mil mudas. Além da variedade IPR 100, buscaremos também disponibilizar mais uma variedade, que é a IPR 106”, reforça Canuto.

O produtor Mauro Andrade Machado, vice-presidente da Associação dos Cafeicultores do Pirapó, afirma que os produtores estão renovando os cafezais, visando a mecanização. “Temos uma plantadeira que foi repassada pelo Município e uma colhedeira entregue pelo governo do Estado. Os produtores estão renovando os cafezais e aderindo ao cultivo mecanizado, que reduz os custos”, reitera Machado.

 

Entrada do “João Paulo” ganha projeto de duplicação

 

O trecho de cerca de 2,5 quilômetros contará ainda com canteiro central, ciclovia e soluções para garantir o fluxo contínuo, como rotatórias e ainda uma passagem de nível. 

(Foto/PMA)


A G2S Engenharia, empresa contratada pela Prefeitura de Apucarana, iniciou nesta quarta-feira (03/03) a elaboração do projeto de duplicação entre a entrada do Núcleo Habitacional João Paulo e as imediações do 10o Batalhão da Polícia Militar. O trecho de cerca de 2,5 quilômetros contará ainda com canteiro central, ciclovia e soluções para garantir o fluxo contínuo, como rotatórias e ainda uma passagem de nível.

O prefeito Junior da Femac percorreu o trecho acompanhado dos técnicos da G2S, os engenheiros civis Gustavo Sangiorgi Nunes e Mateus Galdino da Silva. Também participaram da visita técnica a engenheira Ângela Stoian, secretária municipal de Obras, e o superintendente municipal de Trânsito, Carlos Mendes.

Junior da Femac lembra que o Município realizou uma licitação, com a participação de concorrentes de todo o Brasil, e a G2S foi a empresa vencedora. “Estamos investindo R$ 172 mil de recursos próprios neste projeto de engenharia. A empresa vencedora é de Curitiba e tem prazo de quatro meses para concluir o projeto, que depois deverá ser aprovado pela Viapar e também pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER)”, explica Junior da Femac.

A obra, com custo estimado entre R$ 5 milhões e R$ 6 milhões, deverá ser executada com recursos do Governo do Estado. “Temos o compromisso do governador Ratinho Junior com essa obra, que vai integrar Apucarana com todo o fluxo que vem de Maringá e Vale do Ivaí. Será uma bela entrada e que vai estar em sintonia com o momento de desenvolvimento que Apucarana vive”, frisa Junior da Femac.

De acordo com o engenheiro Mateus Galdino, da G2S, o projeto será elaborado pensando em soluções que contemplem o fluxo de veículos, caminhões, motos, ciclistas e pedestres. “Temos um grande desafio. Além da duplicação para melhorar o fluxo de veículos, também projetar uma entrada bonita da cidade. Inicialmente, estamos pensando em uma grande rotatória, com espaço para eventualmente um monumento e área de lazer. Também deverá integrar o projeto um canteiro central, passagem de nível e uma ciclovia”, cita o engenheiro.

 

New York Yimes: crise de Covid no Brasil é um alerta para todo o planeta

 

Artigo no jornal mais renomado do mundo condena a gestão do governo Bolsonaro da pandemia da Covid-19, e diz que a situação no Brasil serve de alerta para líderes mundiais, que, diante da nova variante brasileira, terão de repensar a suspensão de restrições

(Foto: Divulgação)


247 - O New York Times, jornal de maior renome do mundo, publicou um artigo alertando líderes mundiais sobre a nova variante brasileira e condenando a postura do governo Bolsonaro diante da pandemia da Covid-19.

texto destaca a piora da conjuntura no país, ao mesmo tempo que outras nações começam a voltar à normalidade:

"Nenhuma outra nação que passou por um surto tão grande ainda está lutando contra o número recorde de mortes e um sistema de saúde à beira do colapso. Muitas outras nações duramente atingidas estão, pelo contrário, dando passos provisórios em direção a uma aparência de normalidade", diz. 

Ainda é apontado os riscos para o mundo que a variante brasileira apresenta: 

"Estudos preliminares sugerem que a variante que tomou a cidade de Manaus não só é mais contagiosa, mas também parece capaz de infectar pessoas que já se recuperaram de outras variantes do vírus. E ela já ultrapassou as fronteiras do Brasil, aparecendo em outras duas dezenas de países e em pequeno número nos Estados Unidos. Isso significa que mesmo as pessoas que se recuperaram e pensaram que estavam seguras ainda podem estar em risco, e que os líderes mundiais podem, mais uma vez, ter suspendido as restrições cedo demais".

A postura cética e negacionista do governo Bolsonaro e a lentidão na aquisição de vacinas estão por trás da triste situação brasileira:

"O Brasil começou a vacinar grupos prioritários, incluindo profissionais de saúde e idosos no final de janeiro. Mas o governo não conseguiu garantir um número grande o suficiente de doses. Os países mais ricos abocanharam a maior parte do suprimento disponível, enquanto Bolsonaro tem sido cético quanto ao impacto da doença e das vacinas". 

 

PIB despenca 4,1% em 2020, a maior queda desde o confisco de Collor

 

PIB do Brasil fechou o ano passado com uma queda de 4,1%, segundo o IBGE. Resultado representa o maior recuo anual da série iniciada em 1996 e a maior queda desde 1990, quando aconteceu o confisco do governo Collor


247 com Infomoney - O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil registrou alta de 3,2% no quarto trimestre de 2020 na comparação com o terceiro trimestre, totalizando R$ 7,4 trilhões, mas fechou o ano passado com baixa de 4,1%, com o impacto da crise do coronavírus na atividade. Esse foi o maior recuo anual da série iniciada em 1996 e a maior queda desde 1990, quando aconteceu o confisco feito pelo então presidente Fernando Collor de Mello. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (3) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

A expectativa, segundo projeções da Refinitiv, era de que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro tivesse crescimento de 2,8% no quarto trimestre de 2020 na comparação com os três meses anteriores. A mediana das expectativas era de queda de 1,5% na atividade econômica no quarto trimestre de 2020 frente o mesmo período de 2019; a baixa efetiva foi de 1,1%.

A queda do PIB em 2020 interrompeu o crescimento de três anos seguidos, de 2017 a 2019, quando acumulou alta de 4,6%. O PIB per capita alcançou R$ 35.172 no ano passado, recuo recorde de 4,8%.

“O resultado é efeito da pandemia de Covid-19, quando diversas atividades econômicas foram parcial ou totalmente paralisadas para controle da disseminação do vírus. Mesmo quando começou a flexibilização do distanciamento social, muitas pessoas permaneceram receosas de consumir, principalmente os serviços que podem provocar aglomeração”, analisa a coordenadora de Contas Nacionais, Rebeca Palis.

Em 2020, os serviços encolheram 4,5% e a indústria, 3,5%. Somados, esses dois setores representam 95% da economia nacional. Por outro lado, a agropecuária cresceu 2,0%.

Nos serviços, o menor resultado veio de outras atividades de serviços (-12,1%), que são os restaurantes, academias, hotéis. “Os serviços prestados às famílias foram os mais afetados negativamente pelas restrições de funcionamento. A segunda maior queda ocorreu nos transportes, armazenagem e correio (-9,2%), principalmente o transporte de passageiros, atividade econômica também muito afetada pela pandemia”, acrescenta Rebeca.

Caíram ainda, no setor de serviços, as atividades de administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (-4,7%), comércio (-3,1%), informação e comunicação (-0,2%). Já atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (4,0%) e as atividades imobiliárias (2,5%) avançaram em 2020.

Na indústria (-3,5%), o destaque negativo foi o desempenho da construção (-7,0%), que voltou a cair depois da alta de 1,5% em 2019. Também apresentaram queda as indústrias de transformação (-4,3%), influenciadas pelo recuo na fabricação de veículos automotores, outros equipamentos de transporte, confecção de vestuário e metalurgia. Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos caíram 0,4%. As indústrias extrativas, porém, avançaram 1,3%, devido à alta na produção de petróleo e gás que compensou a queda da extração de minério de ferro.

A agropecuária cresceu, no ano, 2,0%, puxada pela soja (7,1%) e o café (24,4%), que alcançaram produções recordes na série histórica. Por outro lado, algumas lavouras registraram variação negativa na estimativa de produção anual, como, por exemplo, laranja (-10,6%) e fumo (-8,4%). “Isso decorreu do crescimento da produção e do ganho de produtividade da agricultura, que suplantou o fraco desempenho da pecuária e da pesca”, afirmou Rebeca Palis.

Pelo lado da demanda, todos os componentes recuaram em 2020, na comparação com o ano anterior. O consumo das famílias teve o menor resultado da série histórica (-5,5%). Isso pode ser explicado, segundo a coordenadora de Contas Nacionais, principalmente pela piora no mercado de trabalho e a necessidade de distanciamento social.

A queda no consumo do governo também foi recorde (-4,7%), e pode ser ilustrada pelo fechamento de escolas, universidades, museus e parques ao longo do ano. Os investimentos (Formação Bruta de Capital Fixo) caíram 0,8%, encerrando uma sequência de dois anos positivos. A balança de bens e serviços registrou queda de 10,0% nas importações e 1,8% nas exportações.

Dados trimestrais

No quarto trimestre de 2020, o PIB avançou 3,2% na comparação com o terceiro trimestre do ano (7,7%), registrando o segundo resultado positivo nessa comparação, depois dos recuos de 2,1% no primeiro trimestre e do recorde negativo de 9,2% no segundo trimestre. Em valores correntes, isso corresponde a R$ 2,0 trilhões. Quando comparado ao quarto trimestre de 2019, o PIB caiu 1,1%.

“Essa desaceleração é esperada porque crescemos sobre uma base muito alta, no terceiro trimestre (7,7%), após um recuo muito profundo no auge da pandemia, o segundo trimestre (-9,2%)”, explica Rebeca Palis.

Os serviços e a indústria tiveram variação positiva de 2,7% e 1,9%, respectivamente. Já agropecuária recuou 0,5%, que segundo Rebeca trata-se de um ajuste da safra.

Pela ótica da despesa, destaque para os investimentos (Formação Bruta de Capital Fixo) com crescimento de 20,0%. Também cresceram o consumo das famílias e o consumo do governo, respectivamente, 3,4% e 1,1%. No que se refere ao setor externo, as exportações caíram 1,4%, enquanto as importações avançaram 22,0% em relação ao terceiro trimestre de 2020.

Cabe destacar que o IBGE revisou os dados do PIB do segundo trimestre. Entre abril e junho, ápice das medidas de controle ao coronavírus, a economia despencou a uma taxa recorde de 9,2%, de um recuo de 9,6% informado antes. Por outro lado, o IBGE revisou para pior o resultado de janeiro a março, quando a economia teve contração de 2,1%, contra queda de 1,5% calculada antes.

 

Bolsonaro diz que não tem nenhuma culpa pelas "200 e tantas mil mortes"

 

No pior dia da pandemia no Brasil, em que o país registrou o número recorde de 1.726 mortes por Covid-19, Jair Bolsonaro disse que não tem culpa pela crise sanitária e pela tragédia que provoca em perda de vidas humanas

(Foto: Reuters)


247 - Apresentando dados sem comprovação para negar os efeitos devastadores da Covid-19 no Brasil e se esquivar de responsabilidade pelas quase 260 mil mortes, Jair Bolsonaro voltou a dizer nesta terça-feira (2), a apoiadores na porta do Palácio da Alvorada que não tem nenhuma culpa pelas cerca de 260 mil mortes por Covid no país.

“Querem me culpar pelas 200 e tantas mil mortes”, afirmou. “O Brasil é o 20º país do mundo em mortes por milhão de habitantes. A gente lamenta? Lamentamos. Mas tem outros países com IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), renda e orçamento melhor que o meu em que morre mais gente”, acrescentou ele. O Brasil já ultrapassa a marca de 257 mil mortes por Covid-19. O número registrado na terça-feira de 1.726 óbitos foi obtido por meio de levantamento do consórcio de veículos de imprensa. O Ministério da Saúde apresentou números menores - 1.641 mortes. 

Na conversa com apoiadores, Bolsonaro retomou a defesa do tratamento precoce de Covid-19 e voltou a criticar o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta. “E por que está morrendo menos gente aqui? Tem que ter uma explicação. Seria o tratamento precoce?”, perguntou. “Se ficar em casa até sentir falta de ar, como dizia o sr. Mandetta, você vai para o hospital para ser intubado. E, se for intubado, você sabe, né? Em torno de 60% a 70% das pessoas infelizmente entra em óbito”, disse o presidente antes de cobrar investimentos em mais Unidades de Terapia Intensiva (UTI). “Devemos investir em UTI, sim. Que salve 1%, mas você tem de investir em UTI”.

Bolsonaro disse que não é culpado pelo fechamento do comércio e repetiu que o Supremo Tribunal Federal (STF) concedeu a Estados e municípios o poder de tomar decisões sobre medidas restritivas. “Segundo o STF, isso cabe a governadores e prefeitos. Lockdown não é culpa minha: é de governadores e alguns prefeitos”, afirmou, informa O Estado de S.Paulo.

 

Folha culpa Bolsonaro por fase mortífera da pandemia, mas evita pedir impeachment

 

Jornal soltou novo editorial que equivale a mais uma nota de repúdio diante do caos

(Foto: ABr | Webysther/Wikimedia)


247 – O jornal Folha de S. Paulo, que apoiou o golpe contra a ex-presidente Dilma Rousseff, a prisão política do ex-presidente Lula e proibiu seus jornalistas de qualificar Jair Bolsonaro como um extremista de direita, hoje protesta mais uma vez contra Jair Bolsonaro, mas não pede seu impeachment.

"Ocorreu o que estava havia tempos delineado, dada a irresponsabilidade atroz do governo federal e do presidente da República no manejo da maior crise sanitária em um século. O Brasil atravessará agora as semanas mais mortíferas da pandemia de coronavírus. Com vacinados em volume pífio e crescendo devagar, o país colhe o fruto envenenado da desorientação, da ignorância, do desleixo e da imprevidência de suas lideranças. Os óbitos montam a mais de 1.200 por dia, e essa cifra, infelizmente, deve continuar crescendo", aponta o editorial.

"É urgente que passe a apoiar os estados e os municípios, que deixe de divulgar mentiras e diga a verdade à população sobre o que prevenirá milhares de mortes nos próximos meses: vacinas, máscaras, hábitos de higiene e distanciamento", diz ainda o texto.

 

Mansão de R$ 6 milhões foi a 21ª transação imobiliária de Flávio Bolsonaro em 16 anos

Imóveis, que incluem apartamentos e salas comerciais, passaram a ser comprados e revendidos a partir de 2005, quando o hoje senador Flávio Bolsonaro exercia o seu primeiro mandato como deputado estadual pelo Rio de Janeiro

(Foto: ABr | Reprodução)


247 - mansão de R$ 6 milhões adquirida pelo senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) em Brasília foi a 21ª transação imobiliária registrada em seu nome nos últimos 16 anos. De acordo com o jornal O Globo, os imóveis passaram a ser comprados e revendidos a partir de 2005, quando ele estava no exercício de seu primeiro mandato como deputado estadual pelo Rio de Janeiro. 

Flávio Bolsonaro é investigado em um inquérito que apura a existência de um esquema de “rachadinha” quando ocupava um gabinete na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). O parlamentar é suspeito de lavagem de dinheiro por meio de transações imobiliárias. 

Ainda conforme a reportagem, Flávio e a mulher, a dentista Fernanda Antunes Figueira Bolsonaro, teriam comprado e revendido sete apartamentos residenciais, sendo cinco na Zona Sul e um na Zona Oeste da capital fluminense, além de um outro imóvel em Brasília, além de 13 salas comerciais localizadas na Barra da Tijuca e uma loja instalada em um shopping do Rio. 

Segundo o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), parte dos negócios – cerca de R$ 896,2 mil – envolveram dinheiro em espécie. O objetivo, ainda segundo o MP, era lavar o dinheiro originário do esquema de “rachadinha”. 

 

  

Nassif: um crime foi cometido no Palácio do Planalto com ações da Petrobrás e não será possível esconder o cadáver

 

Jornalista denuncia uso de informações privilegiadas com ações da Petrobrás por quem, do círculo de Bolsonaro, que sabia da demissão de Roberto Castello Branco na Petrobrás

Jornalista Luis Nassif (Foto: Editora 247)


Por Luis Nassif, no jornal GGN – Por aqui, já havíamos levantado a suspeita de insider trading (vazamento privilegiado de informações) no episódio da Petrobras, na matéria “O jogo previsível com as ações da Petrobras“. Jair Bolsonaro poderia ter trocado o presidente da Petrobras, poderia defender estratégias para impedir a dolarização dos preços internos. Mas o carnaval que aprontou, justo na véspera do vencimento de opções, não batia com suas extravagâncias habituais. Havia evidentes sinais de tentar interferir no mercado de opções, cujo vencimento se daria no primeiro dia útil.

Para quem não sabe, o mercado de opções é um jogo no qual um vendedor combina vender determinado lote de ações por um preço pré-determinado a um comprador. Ele não precisa possuir as ações. No vencimento, se o preço das ações no mercado à vista for superior ao preço combinado, o vendedor paga a diferença. Se for inferior, o comprador paga a diferença.

Um carnaval, como o de Bolsonaro, na véspera do vencimento de opções, significava algo além da defesa dos caminhoneiros consumidores de diesel.

A matéria de Malu Gaspar mostra a seguinte cronologia:

O preço das opções de Petrobras estava em R$ 26,50.

Na 5a feira, a ação valia R$ 29,27 no mercado à vista. Só compraria a opção quem acreditasse que o papel cairia pelo menos 8% na 6a feira.

Na 5a feira, às 16:45 hs, segundo a agenda oficial do Plabnalto, segundo Malu Gaspar, Jair Bolsonaro se reuniu com os Ministros Bento Albuquerque, das Minas e Energia, Paulo guedes, da Economia, Tarcísio Freitas, da Infraestrutura, além de Luiz Eduardo Ramos, Walter Braga e Augusto Heleno. Lá, decidiu pela saída intempestiva do presidente da Petrobras.

20 minutos depois, às 17:37, um investidor adquiriu 2,6 milhões de PETRBN265 (a opção da Petrobras). Nove minutos depois, comprou mais 1,4 milhão. Os 4 milhões de opções custaram R$ 160 mil. Até aquele momento, o maior lote vendido foi de 86,3 mil PETR265.

Às 19 horas, em sua live semanal, Bolsonaro anunciou que “alguma coisa vai acontecer nos próximos dias”, preparando o terreno para o desastre. Na 6a, as ações caíram 3%. Fechado o pregão, Bolsonaro anunciou a substituição de Roberto Castello Branco pelo general Joaquim da Silva e Lima.

Na 2a feira, as ações caíram 20,1%, de R$ 27,33 para R$ 21,77. Os R$ 160 mil aplicados em opções podem ter rendido R$ 18 milhões.

O crime de informação privilegiada é punido com pena de um a cinco anos e multa de até três vezes o valor conseguido. Foi a condenação imputada a Eike Baptista. Todos os indícios apontam que foi cometido dentro do Palácio do Planalto. Se o criminoso não confessar, a sombra da suspeição irá pairar sobre todos as pessoas presentes à reunião.

Não haverá tapete que permita esconder debaixo o cadáver.

Será fácil para a CVM apurar quem se beneficiou do insider.

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MP vê ligação entre 'rachadinhas' de Flávio e compra de apartamento na Barra, vendido para dar entrada na mansão do Lago Sul

 

O MP apontou à Justiça que a natureza dos depósitos feitos na conta de Flávio e sua esposa para financiar o apartamento na Barra da Tijuca indica irregularidades. Os depósitos eram feitos em dinheiro vivo e caíam próximos às datas de pagamento das parcelas. Imóvel foi vendido para dar entrada na mansão do Lago Sul, avaliada em R$ 6 milhões

(Foto: Reprodução | ABr)


247 - O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) levantou suspeitas de que o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) e sua esposa, Fernanda Antunes Figueira Bolsonaro, utilizaram recursos ilícitos para adquirir um apartamento na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. 

Segundo o parlamentar, o imóvel foi vendido para dar entrada na compra da mansão no Lago Sul, bairro nobre de Brasília, avaliada em R$ 6 milhões.

Segundo a denúncia do MP-RJ, apresentada à Justiça em outubro do ano passado, Flávio e Fernanda utilizaram os recursos desviados da Alerj para pagar o sinal de R$ 50 mil do apartamento na capital fluminense. Segundo a promotoria, também o financiamento para quitá-lo e o pagamento de impostos sobre a propriedade foram pagos com os recursos ilícitos.

Após a quebra do sigilo bancário do casal, que foi anulada pela Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) no último dia 23, o órgão constatou que, em maio de 2014, Fernanda não tinha saldo suficiente para pagar o sinal. No entanto, em um único dia de abril daquele ano, ela recebeu depósitos fracionados de R$ 20 mil, feitos em dinheiro vivo. 

A partir de junho de 2014, Flávio também passou a receber diversos depósitos em datas próximas aos pagamentos das parcelas do financiamento.

O documento do MP aponta que a natureza dos depósitos tinha o "fim de ocultar a origem dos recursos" e que eles podem ter sido arrecadados através do esquema das 'rachadinhas'.

Conforme admitido por Flávio, a entrada na mansão foi possível através da venda do apartamento na Barra: "Vendi o imóvel que eu tinha no Rio de Janeiro, vendi uma franquia que eu possuía, também no Rio de Janeiro. Dei uma entrada numa casa aqui em Brasília e a maior parte dessa casa tá sendo financiada no banco, numa taxa que foi aprovada conforme o meu rendimento familiar, como qualquer pessoa pode fazer no Brasil", afirmou.

As informações foram reportadas no Globo.

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