A Autarquia
Municipal de Saúde (AMS) confirmou mais dois óbitos e 80 novos casos de
Covid-19 nesta terça-feira (02) em Apucarana. São agora 158 mortes provocadas
pela doença e 6.561 resultados positivos para o novo coronavírus no município.
O
primeiro óbito é de uma mulher de 69 anos, que tinha hipertensão arterial. Ela
foi internada no Hospital da Providência (HPA) em 24 de fevereiro e morreu no
último domingo (28). O segundo óbito é um homem de 81 anos, que enfrentava
sequelas de um acidente vascular cerebral (AVC). Fo internado na segunda-feira
(1º) e morreu no mesmo dia.
Os 80
novos casos foram confirmados pelo Laboratório Central do Paraná (Lacen). São
40 homens (entre 10 e 73 anos) e 40 mulheres (entre 10 e 71 anos). Todos estão
em isolamento domiciliar. Todos estão em isolamento domiciliar.
Ainda
segundo o boletim da AMS, Apucarana tem mais 259 suspeitas em investigação. O
número de recuperados chega a 5.831.
O
Pronto Atendimento do Coronavírus soma 24.266 pessoas atendidas presencialmente
desde o início da pandemia. O número de monitorados atualmente é de 1.171.
Já
foram testadas 28.180 pessoas, sendo 13.981 em testes rápidos, 11.805 pelo
Lacen (RT-PCR) e 2.394 por laboratórios particulares (RT-PCR).
São 19
pacientes de Apucarana internados, cinco na Unidade de Terapia Intensiva (UTI)
e 14 em leitos de enfermaria.
Em
conversa com procuradores, apresentada ao STF, Deltan Dallagnol admite que não
há prova de que Lula tenha cometido os delitos apontados no caso triplex. “O
problema é que não estamos provando os crimes diversos. Acho capenga”, disse
ele
Deltan Dallagnol (Foto: ABr | Reprodução)
Rede Brasil Atual- A denúncia do Ministério Público Federal (MPF)
contra o ex-presidente Lula, em 2016, no caso do apartamento do Guarujá, era
“capenga”, segundo o procurador Deltan Dallagnol. O integrante da Lava Jato,
inclusive, acreditava que Lula poderia ser absolvido. A afirmação foi retirada
de novas conversas reveladas entre integrantes da investigação, nesta
segunda-feira (1º).
A defesa de Lula
enviou, ontem, ao Supremo Tribunal Federal (STF), uma nova leva
de informações colhidas nas mensagens da Operação Spoofing. Os
materiais já revelados mostram que o ex-juiz federal Sergio Moro articulava a
acusação, enquanto os membros da Lava Jato usavam as denúncias como
instrumentos políticos.
Nas
novas mensagens, publicadas pelo Conjur, os procuradores do MPF em Curitiba se
diziam preocupados com a repercussão da denúncia que seria apresentada à
população, que ficou conhecida como a “coletiva do PowerPoint”. No dia 9 de
setembro, cinco dias antes da apresentação, Deltan explicou aos colegas quais
narrativas deveriam ser adotadas.
A denúncia da Lava
Jato contra Lula era sobre um percentual dos contratos da Petrobras que foi
destinado ao ex-presidente, via OAS, depois que o petista supostamente
favoreceu a construtora. Entretanto, Dallagnol levanta dúvidas sobre a
narrativa, pois embora sustentem que o dinheiro repassado ilegalmente a Lula,
não há prova de que o petista tenha cometido os delitos. “O problema é que não
estamos provando os crimes diversos. Acho capenga”, disse.
“Nossa
tese da conta corrente é: a) o dinheiro vinha para a OAS em função de várias
obras, inclusive Petrobras, e parte disso foi para Lula. b) dinheiro era dado
conforme necessidade, como no caso do JD (José Dirceu), e deduzido do valor de
propinas devidas, em função do ‘saque’ como em sistema de conta corrente. c)
ambas as alternativas estão corretas”, disse Dallagnol.
“A dúvida
é o quanto a tese A vale a pena ser abraçada, porque me parece que ela está na
introdução da lavagem. Se estamos dizendo que o dinheiro vinha de outros crimes
antecedentes também, ou provamos minimamente, ou em parte seria caso de
absolvição. Ou seja, seria caso de condenação apenas em relação à parte dos
imóveis que veio da Petrobras, o que seria uma ‘cota ideal’. A tese ‘A’ é
verdadeira, mas não sei se podemos assumi-la como discurso oficial como está na
peça”, acrescentou Deltan.
Sem provas
Às
vésperas da denúncia, Deltan Dallagnol reconheceu não ser possível provar qual
percentual dos contratos da Petrobras foi destinado ao ex-presidente Lula. A
solução dada pelo procurador foi dizer que todo o desvio foi repassado ao
ex-presidente.
“O
problema é que não temos como definir que % de X que vem da Petrobras, e a
dúvida não nos beneficia, pelo contrário. De outro modo, se dissermos que todo
o X, 100%, vem da Petrobras, a defesa não alegará que tem um percentual que vem
de outras obras”, planejou o procurador.
Uma reportagem do
ConJur, também nesta segunda-feira, mostra novas revelações nas conversas.
Mensagens comprovam que os procuradores também ocultaram uma conversa
envolvendo uma testemunha do caso do apartamento do Guarujá, temendo que a fala
pudesse “encaixar na tese de Lula” de que ele não quis o imóvel.
Apesar
da denúncia considerada “capenga”, Lula foi condenado por Moro a 12 anos e um
mês de prisão. Somente depois da sentença condenatória é que o então juiz,
analisando um recurso do ex-presidente, reconheceu não ter identificado nenhum
valor da Petrobras enviado a Lula.
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Senador
Flávio Bolsonaro divulgou nota afirmando que vendeu um apartamento para bancar
parte dos R$ 6 milhões gastos na compra de uma mansão em Brasília. Os dois
imóveis que o parlamentar possui na capital fluminense, porém, seguem
registrados em seu nome e no da esposa
Na nota, divulgada
por sua assessoria, Flávio Bolsonaro afirma que a mansão “foi comprada com
recursos próprios, em especial oriundos da venda de seu imóvel no Rio de
Janeiro". Questionado sobre o fato, o parlamentar, que é investigado por
lavagem de dinheiro, disse ter sido feito um instrumento particular de compra e
venda e as certidões para a transferência estão sendo elaboradas.
Ainda
segundo a reportagem, o principal apartamento em nome do senador registrado na
capital fluminense fica localizado “de frente para a praia da Barra da Tijuca,
a cerca de 600 metros do condomínio onde o presidente Jair
Bolsonaro e seu irmão, Carlos, possuem residência”.
A última anotação do 9º ofício de registro de imóveis foi
feita em 2014, quando ele a mulher financiaram o imóvel, adquirido por R$ 2,55
milhões. O outro imóvel em nome do senador é uma sala comercial no Shopping Via
Parque, na Zona Oeste do Rio.
A presidente
nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, apontou que a compra da nova
mansão de Flávio Bolsonaro, avaliada em seis milhões de reais, foi feita
através de ações escusas. “Flavio Bolsonaro diz que mansão de R$6 milhões foi
comprada c/ venda de imóvel no Rio. Q certamente foi comprado com dinheiro das
rachadinhas”, diz ela
(Foto: ABr | Reprodução)
247 - A presidente nacional do PT, deputada
federal Gleisi Hoffmann, apontou em suas redes sociais nesta terça-feira (2)
que a compra da nova mansão de Flávio Bolsonaro, avaliada em seis milhões de
reais, foi feita através de ações escusas.
“Flavio Bolsonaro diz q mansão de R$6 milhões foi comprada c/
venda de imóvel no Rio. Q certamente foi comprado c/ dinheiro das rachadinhas.Q
desfaçatez! Filho d presidente da República, senador, investigado, continuar
seus negócios imobiliários, desprezando a crise q passa o povo”, disse Gleisi.
Saiba mais
O
deputado Paulo Teixeira (PT-SP) pretende iniciar um movimento na Câmara dos
Deputados para investigar a origem do dinheiro do senador Flávio Bolsonaro, que
é investigado no esquema de corrupção da rachadinha, que consiste em desviar
salários de servidores, e está comprando uma mansão nababesca de no mínimo 6
milhões de reais, num terreno de 2,2 mil metros quadrados e 1,1 mil metros
quadrados de área construída numa área nobre de Brasília.
"O salário de deputado e de senador não dá para
comprar uma casa de R$ 6 milhões, como fez o Senador Flávio Bolsonaro. É
preciso investigar a origem do seu patrimônio", diz o parlamentar.
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Senador,
filho de Jair Bolsonaro, que comprou uma mansão em Brasília no valor de R$ 6,1
milhões, diz que a imprensa faz uma “narrativa criminosa” por conta de uma
“simples compra e venda de imóveis”
Flávio Bolsonaro (Foto: Reprodução)
247 - Em um vídeo postado em suas redes sociais, o
senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) voltou a tentar explicar a compra de
uma mansão de R$ 6,1 milhões (valor muito acima de seu patrimônio) em Brasília
e se disse perseguido pela imprensa. Segundo ele, a mídia faz uma “narrativa
criminosa” por conta de uma “simples compra e venda de imóveis”.
O filho do
presidente afirma também ter recorrido mais uma vez ao GSI (Gabinete de
Segurança Institucional da Presidência da República), comandado pelo general
Heleno, para pedir mais segurança no entorno de sua mansão.
A outra
vez que Flávio recorreu ao órgão foi em outubro, através de suas advogadas, que
pediram ajuda e relataram supostas irregularidades que funcionários da Receita
Federal teriam cometido contra o parlamentar.
Flávio já havia divulgado uma nota para tentar explicar o alto valor da casa -
disse ter vendido um imóvel no Rio de Janeiro e também uma franquia. Apesar dos
argumentos, não há registro de transação imobiliária, como registrou reportagem do UOL.
Deputado
Arthur Lira foi acusado de corrupção passiva pelo suposto recebimento de
propina de R$ 1,6 milhões da Queiroz Galvão pelas obras da empreiteira na
Petrobras
Arthur Lira (Foto: Najara Araujo/Câmara dos Deputados)
Danilo Vital, Conjur- O fato de o Ministério Público Federal oferecer
denúncia contra um deputado federal e, posteriormente, concordar com a tese
defensiva de que a mesma deve ser rejeitada não tem relevância tamanha para
afastar do Plenário do Supremo Tribunal Federal a decisão de seu recebimento ou
não.
Com esse
entendimento, o ministro Luiz Edson Fachin negou o pedido de rejeição da
denúncia feito pelo deputado federal Arthur Lira (PP-AL), por corrupção
passiva, corrupção ativa, evasão de divisas e lavagem de capitais, caso
investigado no âmbito lavajatista.
Segundo
a denúncia inicialmente ofertada, Lira teria recebido indiretamente cerca de R$
1,5 milhão em valores desviados de obras da Petrobras pela Queiroz Galvão. O
esquema foi viabilizado pela atuação de Francisco Ranulfo, diretor operacional
da construtora, e o empresário Leonardo Meirelles.
Já os operadores
Alberto Youssef e Henry Hoyer teriam sido os responsáveis por fracionar e
transferir esses valores para contas situadas em Hong Kong e, depois,
devolvê-los ao Brasil em operações dólar-cabo. Foi só após essa etapa que o
dinheiro teria chegado ao atual presidente da Câmara dos Deputados.
Na
denúncia, a Procuradoria Geral da República destacou que as práticas estariam
comprovadas "para muito além de meras palavras de colaboradores". Em
petição ao STF, a defesa de Lira disse que a pretensão acusatória se baseia
exclusivamente na delação de Alberto Youssef e que ele nem sequer havia sido
eleito deputado federal no período em que a lhe imputam a liderança na
articulação dos pagamentos indevidos.
Com
isso, a defesa pediu a rejeição da denúncia com fundamento na ausência de justa
causa. Fachin então pediu manifestação da PGR, que em novo parecer concordou
com a tese da defesa. Disse que não há elementos nos autos que comprovem o elo
entre o parlamentar e a Queiroz Galvão e registrou a existência de contradição
entre as narrativas apresentadas pelos colaboradores.
Mesmo com a
concordância da PGR quanto à rejeição da denúncia, Fachin decidiu que não é o
momento de atuação imediata e unipessoal do relator no sentido de subtrair do
Plenário desta Suprema Corte o exame da denúncia ofertada.
"As
pretensões e teses defensivas dos denunciados devem ser suscitadas a tempo e
modo, nas respostas escritas à peça acusatória ora processada e ora reiteradas,
após o que incumbirá o julgamento pelo Órgão Colegiado competente",
concluiu.
Investigação arquivada
Na mesma decisão,
Fachin acolhe pedido expresso da PGR para arquivar as investigações em relação
a outros três parlamentares do partido de Lira: o senador Ciro Nogueira (PP-PI)
e os deputados Federais Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) e Eduardo da Fonte (PP-PE).
Segundo
o MPF, o acervo indiciário não confirmou a hipótese acusatória cogitada em relação
a esses suspeitos “com o mesmo nível de horizontalidade e profundidade de prova
dessa participação”.
O
arquivamento é deferido porque, segundo a jurisprudência do STF, ele é
obrigatório, independentemente de análise das razões invocadas. “Trata-se de
decorrência da atribuição constitucional ao órgão da titularidade exclusiva da
opinio delicti (convencimento) a ser apresentada perante o Supremo Tribunal
Federal.
Esse
entendimento tem duas exceções: quando o pedido de arquivamento de Inquérito
sob o fundamento de atipicidade da conduta ou de extinção da punibilidade.
Sem desmembramento
Ao
oferecer a denúncia, a PGR não solicitou o desmembramento do caso, embora
apenas Arthur Lira detentenha de foro de prerrogativa a atrair a competência do
Supremo Tribunal Federal.
Ainda
assim, Francisco Ranulfo, Alberto Youssef, Leonardo Meirelle e Henry Hoyer
também serão processados na corte porque existe indicação de liame probatório
entre as condutas atribuídas ao detentor de foro por prerrogativa de função e
aos outros quatro codenunciados.
Investigado
no esquema de corrupção das rachadinhas e com patrimônio declarado de R$ 1,7
milhão, o senador comprou uma das casas mais caras de Brasília e deixou claro
que a família lida com dinheiro não declarado
A avaliação de
auxiliares do Planalto é de que a compra da propriedade de luxo expõe não
somente o senador, investigado no esquema das 'rachadinhas', mas também o
próprio presidente.
Aliados
do governo dizem que Flávio escolheu o "pior momento" para comprar a
propriedade, já que, na semana passada, o parlamentar conseguiu anular no
Supremo Tribunal de Justiça (STJ) as quebras de sigilo bancário e fiscal
impostas pela investigação.
Levando em
consideração que Flávio tem um patrimônio de R$ 1.7 milhão, fica evidente que o
valor da mansão será pago com fundos ilícitos, escancarando a corrupção do clã
Bolsonaro.
Inscreva-se
no canal de cortes do 247 e assista a um vídeo em que a equipe do Boa Noite 247
comenta o escândalo da mansão de R$ 6 milhões
"Taxa
é taxa de mercado. Operação normal. A gente é líder aqui no Distrito
Federal", disse o presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, sobre o
financiamento feito pela instituição que resultou na compra de uma mansão de R$
6 milhões pelo senador Flávio Bolsonaro
Presidente do BRB, Paulo Henrique Costa
247 - O presidente do Banco Regional de Brasília (BRB),
Paulo Henrique Costa, negou que o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ),
investigado pelos crimes de lavagem de dinheiro, peculato e organização
criminosa, tenha sido beneficiado com algum tipo de vantagem no financiamento
utilizado na compra de uma mansão de 5,97 milhões. “Taxa é taxa de mercado.
Operação normal. A gente é líder aqui no Distrito Federal”, disse Costa em
entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo.
No contrato do
financiamento de R$ 3,1 milhões, registrado no dia 2 de fevereiro deste ano no
1º Ofício de Registro de Imóveis do Distrito Federal, o senador pagará 360
parcelas com taxa de juros efetivos anuais de 4,85% e uma taxa de juros
reduzida de 3,71% ao ano, além da variação do Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA)
Pelo
simulador no site da instituição, um financiamento em condições semelhantes só
é possível caso o interessado possua uma renda mínima mensal de R$ 46,4 mil.
Neste caso, as parcelas variam entre R$ 18.738,94 e R$ 18.574,47, dependendo da
seguradora escolhida pelo tomador do financiamento. O salário bruto do senador
é de R$ 33,7 mil, com vencimento líquido de R$ 24,9 mil. Desta maneira,
Flávio Bolsonaro terá que desembolsar 70% do salário para quitar os
parcelamentos. O valor do é três vezes maior que a soma total de bens
declarados por Flávio à Justiça Eleitoral em 2018.
O BRB é um órgão do governo do Distrito Federal, que tem
Ibaneis Rocha como governador. Ibaneis é aliado de Jair Bolsonaro. Já Paulo
Henrique tem o nome cotado para substituir André Beltrão na presidência do
Banco do Brasil.
Compra de
uma mansão, no valor de R$ 6 milhões, pelo senador Flávio Bolsonaro levanta
suspeita da possibilidade de fraude no BRB, responsável por financiar R$ 3,1
milhões em condições mais vantajosas do que para o público em geral
Em uma série de
postagens no Twitter, o jornalista André Shalders destaca que “o simulador
imobiliário do BRB *parece* (atenção, parece) mostrar que a instituição
ofereceu condições mais vantajosas a Flávio Bolsonaro do que ao público em
geral ao comprar a mansão no lago sul”.
“Segundo
o simulador do banco, um financiamento no valor daquele obtido pelo senador,
com o mesmo prazo de pagamento, exigiria uma renda líquida mínima de R$ 46,8
mil -- bem mais q o salário de Flávio no Senado”, diz em outro post. Como
senador, Flávio recebe um salário bruto no valor de R$ 33.763,00, que após os
descontos é reduzido para R$ 24,9 mil.
O parcelamento
obtido por Flávio Bolsonaro junto ao BRB, porém, foi feito em condições mais
vantajosas que oferecidas ao cidadão comum. Segundoreportagem do
site O Antagonista, o valor de R$ 3,1 milhões foi parcelado em 360 meses, com
“taxa de juros nominal reduzida de 3,65% ao ano”, abaixo da inflação do ano
passado, que foi da ordem de 4,52%.
O BRB é
presidido pelo executivo Paulo Henrique, que tem o nome cotado para assumir a
presidência do Banco do Brasil. Ele também ligado ao governador Ibaneis Rocha,
aliado do clã Bolsonaro.
Confira
as postagens do jornalista André Shalders sobre o assunto.
A
política econômica de Jair Bolsonaro e seu ministro, Paulo Guedes, afunda o
Brasil ainda mais na crise. Nesta terça-feira (2), o dólar disparou mais uma
vez e a moeda americana atingiu R$ 5,73
(Foto: Reuters | Carolina Antunes/PR)
Infomoney - Após zerar as perdas na reta final do pregão de ontem e
fechar estável, o dólar comercial inicia esta terça-feira (2) com forte
valorização contra o real, chegando a atingir
a marca de R$ 5,73
O movimento
acontece com investidores reagindo à decisão do presidente Jair Bolsonaro de
reduzir a zero as alíquotas do PIS/Cofins incidentes sobre a comercialização e
a importação do óleo diesel, por dois meses, e do gás de cozinha, sem um prazo
definido.
As
novas alíquotas do diesel e do GLP residencial entrarão em vigor imediatamente,
por serem definidas em decreto, sem necessidade de aprovação pelo Congresso.
Parte da
compensação pela redução dos tributos, estimada pelo governo em R$ 3,67 bilhões
para este ano, virá do aumento da CSLL de instituições financeiras como os
bancos.
Com
isso, às 10h45 (horário de Brasília), o dólar comercial operava com ganhos de
1,45%, cotado a R$ 5,6805 na compra e R$ 5,6815 na venda.
Ainda
nesta manhã, o Banco Central realizou uma atuação extraordinária no mercado de
câmbio, com uma operação de venda de dólares à vista, no valor total de US$ 1
bilhão. O anuncio chegou a amenizar os ganhos da moeda, mas ela logo retomou a
forte alta.
O BC já havia
anunciado para este pregão um leilão de swap tradicional para rolagem de até 16
mil contratos com vencimento em junho e dezembro de 2021.
Em
relatório, os economistas da Renascença avaliam que, no atual cenário, o dólar
pode escalar para novos patamares, enquanto a curva de juros ficará mais
pressionada.
“A
expectativa é de que os bancos repassarão parte considerável desse aumento de
custos ao tomador, o que encarecerá o crédito e prejudicará a já combalida
dinâmica da atividade econômica. Ademais, não custa ressaltar que o quadro
pandêmico mostra-se extremamente difícil no Brasil, enquanto o mercado continua
no aguardo de avanço da PEC Emergencial”, disseram.
Já José Faria
Júnior, diretor da Wagner Investimentos, destaca que as incertezas têm levado o
real a se descolar muito de seus pares internacionais.
“Nunca
tivemos tão descorrelacionados das moedas de países emergentes ou dos preços
das commodities. Nossa moeda não deveria estar acima de R$4,50. Temos que
aguardar a votação da PEC Emergencial, que corre o risco de ser fatiada”,
avalia. “Será muito ruim este fatiamento, já que colocará sérias dúvidas na
aprovação de medidas de contenção de gastos”, diz Faria apontando que o BC deve
começar o processo de alta de juros no próximo Comitê de Política Monetária
(Copom) daqui 15 dias, de preferência com um aumento de 50 pontos-base na
Selic.
Jornalista
Fernando Barros e Silva provocou o ex-bolsonarista Sérgio Moro, perguntando o
que ele achou do "casebre do 01". ""Não parece casa de
traficante da Netflix? Menino Moro, parabéns! É bom ver que sua luta contra a
corrupção gerou tantos frutos", afirmou
Pelo Twitter,
Barros e Silva provocou Moro, perguntando se não parecia "casa de
traficante da Netflix" a nova morada do senador acusado pelo Ministério
Público do Rio de Janeiro de liderar uma organização criminosa no caso das
rachadinhas.
"Com
as devidas escusas, @SF_Moro: o sr. que durante tanto tempo foi agregado de
luxo da família, o que achou do novo casebre do 01? Não parece casa de
traficante da Netflix? Menino Moro (vou chamá-lo assim), parabéns! É bom ver
que sua luta contra a corrupção gerou tantos frutos!", disse o
jornalista.
A compra foi
confirmada em 2 de fevereiro, no 1º Ofício de Registro de Imóveis do Distrito,
de acordo com o Estadão. A mansão de Flávio Bolsonaro, filho do presidente da
República, está localizada no setor de Mansões Dom Bosco, no Lago Sul, vendida
como “a melhor vista de Brasília da suíte master”.
Flávio
Bolsonaro é investigado pelo esquema de desvios de recursos dos salários de
seus assessores, as “rachadinhas“, quando era deputado estadual da Assembleia
Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Na investigação, o filho do presidente é
suspeito de realizar a lavagem de dinheiro por meio da venda e compra de
imóveis.
A
denúncia do MP relata que 12 funcionários fantasmas lotados no gabinete de
Flávio na Alerj teriam desviado R$ 6,1 milhões dos cofres públicos. O caso foi
revelado após relatório do Coaf apontar movimentação atípica de R$ 1,2 milhão,
durante um ano, na conta de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio e amigo de
Jair Bolsonaro.
Confira o tweet de Fernando Barros e Silva:
Flávio Bolsonaro adquiriu a mansão por meio de um
financiamento no Banco de Brasília. O senador conseguiu uma taxa de juros de
4,85% ao ano, por 30 anos. O Estadão calcula que o valor mensal das parcelas
será de R$ 16.162,50 – sem contar os seguros e as taxas.
Porém, o salário
bruto de um senador da República é de R$ 33.763,00, que após os descontos cai
para R$ 24,9 mil. Os R$ 6 milhões da mansão correspondem ao triplo do total de
bens declarados por Flávio Bolsonaro à Justiça Eleitoral, em 2018, quando disputou
uma vaga no Senado pelo Estado do Rio de Janeiro.
Dois
anos atrás, Flávio disse que tinha um total de bens de R$ 1,74 milhão,
incluindo um apartamento residencial na Barra da Tijuca, no Rio (R$ 917 mil),
uma sala comercial no mesmo bairro (R$ 150 mil), 50% de participação da empresa
Bolsotini Chocolates (uma franquia da Kopenhagen, de R$ 50 mil), um veículo
Volvo XC de R$ 66,5 mil e aplicações e investimentos que somavam R$ 558,2 mil.