sábado, 27 de fevereiro de 2021

Reinaldo Azevedo faz autocrítica e diz que impeachment de Dilma foi um erro (vídeo)

 

Jornalista disse considerar ‘inadmissível’ votar em Jair Bolsonaro e explica sua condenação a Lava Jato. "Com dados da época, não consegui ser contra, mas se hoje você me pergunta se foi um erro, digo que foi". Assista

Reinaldo Azevedo e Dilma Rousseff (Foto: Reprodução | Ricardo Stuckert)


Por Camila Alvarenga, do Opera Mundi - Em entrevista a Breno Altman, durante o programa 20 MINUTOS desta sexta-feira (26/02), o jornalista e  apresentador do 'O É da Coisa', da BandNews FM, Reinaldo Azevedo, afirmou que o impeachment da então presidente Dilma Rousseff foi um erro e que a interdição eleitoral de Lula compromete a democracia brasileira.

"Com dados da época, não consegui ser contra, mas se hoje você me pergunta se foi um erro, digo que foi", afirmou. Na época, no entanto, o jornalista apoiou o golpe contra a então presidente. “A posterior é fácil ver o ovo da serpente. Naquela época a gente tinha como referência o impeachment do Collor, que foi bom pro país”, disse.

Hoje, Azevedo avalia o impeachment como sendo consequência do poder e autonomia que obteve a Polícia Federal com a Operação Lava-Jato, “uma entidade disposta a governar a sociedade que atuava o tempo todo para desestabilizar o governo”, contando, ainda, com o apoio do Poder Judiciário e o enfraquecimento político da então mandatária.

“O PT foi perseguido porque era o eixo que estava no poder, mas a Lava-Jato na verdade é uma ação muito mais nefasta, é uma ação contra a política. É o partido da polícia, que não foi votado por ninguém e segue sua agenda. Isso nos levou a Bolsonaro, porque levou à destruição do ambiente político. Acho que todos nós, independentemente de vieses ideológicos, tínhamos que ter repudiado isso como princípio”, defendeu.

Azevedo contra 'recall' presidencial

Azevedo não acredita, entretanto, que o ideal seja eliminar o mecanismo de impeachment e instaurar um “recall” presidencial, um procedimento no qual os cidadãos podem encerrar o mandato de um presidente mediante um plebiscito, por exemplo.

“Se você tem um processo para substituir o presidente, ele ficaria impedido de tomar decisões impopulares, ainda que eficientes. Você tem uma população sempre mobilizada de forma apaixonada ao redor do que acha correto na hora, o que é compreensível, mas há aspectos perigosos. Quando as pessoas acham que algo é bom, elas não questionam os meios para obtê-lo. Por isso acredito na representação e no regime parlamentarista, sem a figura do presidente, porque aí você tem parlamentares eleitos que entendem as necessidades das pessoas, mas que pensam no conjunto da sociedade para fazer boas escolhas”, argumentou.

Sérgio Moro e o sistema judiciário

Para o jornalista, a “simpatia” que o sistema judiciário, incluindo o Supremo Tribunal Federal, tinha em relação à Operação Lava-Jato foi crucial para a perseguição ao PT e, finalmente, para a prisão e interdição de Lula. 

“Era um Supremo com ministros majoritariamente indicados pelo PT e até eles eram favoráveis à operação quando ainda não se conheciam os detalhes”, afirmou. Segundo ele, a atuação do juiz Sérgio Moro contribuiu para que a Lava-Jato ganhasse essa simpatia, principalmente quando o então magistrado vazou a chamada telefônica de Dilma. 

“Ele manipulou aquilo. Não a gravação, mas divulgou uma conversa selecionada, que estava num conjunto de outras conversas, que acabou distorcendo o sentido do que foi dito. Ainda que não tenha sido usado como prova, dava a entender que a nomeação de Lula como ministro tinha o objetivo de livrá-lo de alguma ação da Polícia Federal. Então acho compreensível a posição de Gilmar Mendes [que colheu petição impedindo a posse do ex-presidente como chefe da Casa Civil]”, explicou.

A prisão de Lula, portanto, para ele, era claramente política. “Fui o primeiro a ler a sentença do Sérgio Moro contra o Lula e ver que não tinha provas ali. Eu poderia ter ficado quieto, mas as coisas estavam seguindo um curso muito grave e precisavam ser corrigidas”.

Anulação da condenação de Lula

Hoje, ele avalia que a interdição eleitoral do ex-presidente compromete a democracia brasileira. Na entrevista, defendeu que a condenação deveria ser anulada e o processo deveria retornar ao Ministério Público que, então, poderia decidir por recomeçar ou não as investigações.

“Obviamente Moro atuou também no caso do sítio de Atibaia, além do triplex do Guarujá. Quem o condenou foi a juíza Gabriela Hardt, mas ela copiou a sentença totalmente do Moro, se esquecendo até de trocar as palavras. É um absurdo que o TRF4 tenha endossado essa condenação. Então é claro que isso compromete a qualidade da nossa democracia”, defendeu.

O jornalista também refletiu sobre o papel da imprensa durante a Lava-Jato e como contribuiu para o fortalecimento de Moro. “Depois do Petrolão, não tivemos mais jornalismo investigativo, tivemos jornalismo de vazamentos e declarações”. 

“Precisamos nos dar conta de que não podemos publicar que o Ministério Público apresentou uma denúncia e depois deu uma entrevista coletiva, ao lado dos delegados, demonizando a pessoa investigada e destruindo sua reputação, para eventualmente concluir que não havia nada. Muitos não sobrevivem politicamente a isso”, ponderou.

‘Acho inadmissível votar no Bolsonaro’

Para Azevedo, todo esse cenário possibilitou a ascensão de Jair Bolsonaro, que se aproveitou das redes sociais para se fazer ouvir, apresentando soluções erradas, porém de simples compreensão, para problemas complexos. O jornalista é taxativo em sua opinião sobre o atual presidente: “acho o que ele faz abominável”.

“Achavam que por eu ser de direita apoiaria Bolsonaro, mas eu sou um liberal e liberal o Bolsonaro nunca foi. Aqueles que o apoiam dizendo ser liberais na verdade eram e se revelaram reacionários. Já deixei muito claro que nunca votei, jamais votaria e não votarei em Bolsonaro, independente de quem estiver do outro lado. Acho inadmissível para qualquer um que tenha um compromisso com a democracia  e o futuro do Brasil”, declarou.

Para ele, é pior alguém que corrompe aquilo que uma pessoa pensa, do que seu adversário claro. “Com o PT eu consigo conversar, mesmo sem pensar igual. Com ele, não poderia. Foi irresponsável achar que Bolsonaro conduziria o país a algum lugar decente”.

Ele, no entanto, não classificaria o governo como fascista, mas disse usar “sem receios” a palavra “fascistóide”, pois os valores aos quais Bolsonaro estaria vinculado se viram originalmente nos governos fascistas europeus.

‘Precisamos devolver o país ao devido processo legal’

Azevedo reforçou a importância de “devolver o país ao devido processo legal”, inclusive permitindo a candidatura de Lula. Ele não acredita, contudo, na possibilidade de uma aliança entre liberais e a esquerda para derrotar Bolsonaro. 

“Antevejo o PT no segundo turno com Bolsonaro, porque ele tem uma aprovação de 20% que não vai abaixar, e não vejo no centro-direita uma liderança que possa disputar a eleição com ele”, argumentou. Essa previsão, segundo ele, vem dos bons resultados do PT na eleição de 2018. No entanto, ele não acredita que Lula seja o candidato ideal para fazer frente a Bolsonaro.

“Acho que Lula deveria ser um grande eleitor, como foi em 2018, preso. Livre, mais ainda. Generosamente permitindo a renovação, facilitando o trânsito nas esferas da elite política sem que ele perca voz junto à população. Acho que é hora de passar adiante essa tarefa, seja com Haddad ou outro qualquer”, disse.

Fazendo um balanço do cenário atual, tendo em conta o recente passado político e o que espera para o futuro, Reinaldo Azevedo disse ter “aprendido muito” e que espera que a esquerda tenha feito o mesmo. Ele reforçou a importância de o país retomar os rumos democráticos por meio do diálogo e de alianças que permitam reconstruir tudo aquilo que vem sendo destruído por Bolsonaro.

 


Não há meia suspeição de Moro nem pode haver meia justiça para Lula

 


A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, critica a Folha de S. Paulo por reconhecer a suspeição de Sérgio Moro contra Lula apenas no caso do triplex. "A reconstrução do país começa, necessariamente, pela anulação dos processos contra Lula que estão na raiz da tragédia brasileira. Todos, sem exceção", afirma

(Foto: Brasil247 | Abr)


É notável que a Folha de S. Paulo, em seu editorial deste sábado, junte-se a outras vozes na imprensa que vêm reconhecendo o insofismável: Lula merece um julgamento justo, diante da parcialidade do ex-juiz Sergio Moro, rigorosamente descrita no habeas corpus apresentado pelos advogados do ex-presidente em 2018, que aguarda conclusão de julgamento no Supremo Tribunal Federal, e escancarada de forma contundente nos diálogos que a defesa vem acostando aos autos.

Mas é também notável que a Folha, assim como outros protagonistas agora envergonhados da cruzada pela prisão de Lula, sustente que a suspeição de Moro seja circunscrita ao caso do tríplex. Como se as outras condenações da Vara de Curitiba – e note-se que Lula foi absolvido por todos os demais juízes que já decidiram em ações contra ele – não estejam contaminadas pelas graves ilegalidades que a Folha trata delicadamente de “extravagâncias” e “heterodoxias”.

Moro comandou a Lava Jato desde antes da apresentação das denúncias que ele viria a instruir e julgar com o objetivo previamente traçado de condenar Lula e exclui-lo do processo eleitoral. Tratou o acusado como inimigo pessoal e político. É isso que a lei define como suspeição e falta de imparcialidade de um juiz, e que vem a somar-se ao imenso rol de ilegalidades cometidas por ele e pelos procuradores para cercear a defesa, forjar provas e manipular a opinião pública contra seu alvo, com a indispensável cumplicidade da mídia.

A parcialidade de Moro contaminou todas as ações da Lava Jato contra Lula, sem exceção. Desde as manobras e chantagens, até mesmo contra ministros de tribunais superiores, para usurpar a competência sobre investigações que não eram da Vara Federal de Curitiba, até o balcão de compra e venda de delações direcionadas unicamente a condenar Lula. As digitais do ex-juiz estão nas escutas ilegais, de advogados e até da presidenta Dilma, nas prisões arbitrárias, nas apreensões ilegais e até na sentença da juíza que o substituiu; na conveniente cegueira dos que confirmaram suas sentenças.

Não sei que espécie de jurista o jornal consulta para difundir a tese – esta sim, extravagante e heterodoxa – de que a suspeição em relação ao réu se aplicaria a determinado processo e não à pessoa do magistrado que neles atua. Não é o que diz a lei nem a doutrina. Não há meia suspeição nem meia justiça. Enveredar por um caminho injurídico, para limitar ao caso tríplex os efeitos do habeas corpus que abrange explicitamente todos os atos de Moro em relação a Lula, seria confirmar a natureza essencialmente política da perseguição judicial ao ex-presidente.

Deve ser realmente difícil para a Folha e os demais protagonistas desta caçada reconhecer o papel que exerceram na maior farsa judicial da história. Certamente por isso as petições da defesa de Lula ao STF com os indecentes diálogos não estejam nas manchetes, como estiveram os pedalinhos dos netos de Lula, as conversas íntimas de dona Marisa com os filhos, as acusações sem provas de qualquer candidato a delator. Precisam se agarrar a outra farsa, a de que a Lava Jato teria combatido a impunidade, quando de fato corrompeu a justiça e legalizou a corrupção de dezenas de delatores que seguem livres e ricos, depois de traficar com os procuradores um mero pedágio sobre suas fortunas.

Vai demorar ainda para que toda a verdade venha a ser reconhecida e conhecida pelo conjunto do país. A mentira custou a Lula 580 dias de prisão ilegal, que nenhum editorial poderá apagar, e o roubo de seus direitos políticos que ele busca recuperar no habeas corpus que o Supremo Tribunal Federal ainda não acabou de julgar. E custou ao Brasil um dano incalculável, que está sendo cobrado especialmente de milhões de desempregados e famílias destruídas por um governo de destruição nacional, o verdadeiro produto da Lava Jato e dos que sustentaram esta farsa.  

A reconstrução do país, da credibilidade do Judiciário e da esperança no futuro começa, necessariamente, pela anulação dos processos contra Lula que estão na raiz da tragédia brasileira. Todos, sem exceção.


Bolsonaro volta a sabotar isolamento e pede que críticos “venham para o meio do povo”

 

Demonstrando falta de sensibilidade pelas mais de 250 mil mortes decorrentes da Covid-19 no Brasil, Jair Bolsonaro voltou a critica o isolamento social, recomendado por autoridades médicas diante da avalanche de casos de coronavírus. "'O que mais ouvi no meio deles foi: 'que quero trabalhar!'", disse ele no Twitter reproduzindo suposto discurso de seus apoiadores

Nova avalanche da Covid-19 no Brasil preocupa autoridades médicas (Foto: Agência Brasil)

247 - Na contramão das recomendações de autoridades de saúde, Jair Bolsonaro voltou a manifestar posição contrária ao isolamento social. "- 'Os que me criticam, façam como eu: venham para o meio do povo.'  - 'O que mais ouvi no meio deles foi: 'EU QUERO TRABALHAR!'", escreveu ele no Twitter. 

O diretor de operações da Organização Mundial da Saúde (OMS), Mike Ryan, chamou de "tragédia" nessa sexta-feira (26) a nova escalada da Covid-19 no Brasil.


Vários estados brasileiros estão aumentando as restrições devido aos casos de coronavírus. Pelo menos 13 unidades federativas estão com taxas de internação por Covid-19 acima de 80% nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) da rede pública.

Inscreva-se no canal de cortes do 247 e assista a um vídeo em que a presidente do Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (CEBES), Lúcia Souto, fala sobre a necessidade de medidas mais rígidas contra a pandemia:

 


“As vísceras apodrecidas da Lava Jato estão expostas”, diz Dirceu

 

‘O objetivo da Lava Jato não era o combate à corrupção. Era o Lula’, afirmou à TV 247 o ex-ministro José Dirceu. “Eles têm que ser investigados”, cobrou. Assista

José Dirceu e Sérgio Moro (Foto: Lula Marques/Agência PT)

247 - O ex-ministro José Dirceu cobrou na TV 247 a investigação dos agentes da força-tarefa da Lava Jato pelo Supremo Tribunal Federal (STF) - assim como está fazendo o Superior Tribunal de Justiça (STJ) , - e a devolução dos direitos políticos do ex-presidente Lula por meio da declaração de suspeição do ex-juiz Sergio Moro pela Corte.

“A questão do Lula é uma questão da democracia, não é do PT, da esquerda. Quem não defende o direito do Lula ser candidato, a suspeição do Moro e a anulação [da sentença da Lava Jato contra o ex-presidente] não tem argumento para isso. As vísceras apodrecidas da Lava Jato estão expostas, e os tribunais superiores estão tomando providências”, disse.

Dirceu afirmou que a Lava Jato precisa ser investigada dentro dos limites da lei, os mesmos que o grupo desrespeitou ao caçar políticos brasileiros. O ex-ministro relembrou alguns episódios em sua trajetória de perseguição da força-tarefa. 

“Eles têm que ser investigados, sem os métodos ilegais, de tortura psicológica inclusive, que eles praticaram. Dentro da lei. Dar a eles o que eles não deram a nós. Eu fui cassado sem relatório da Polícia Federal, sem pedido do Ministério Público, fui cassado na Câmara sem nenhuma prova e depois fui condenado no Supremo pelo domínio de fato porque o ônus cabe ao acusado e porque a literatura jurídica permitia me condenar apesar de não terem provas. Fiquei preso quase quatro anos e meio. Faz sete anos que eu entro e saio de prisão, faz 16 anos que eu estou dia a dia, mês a mês, ano a ano lutando contra isso. Desde 21 de julho de 2005. Eu morri para determinada imprensa, como a Globo. Eu não existo. Não há um fato histórico que eu participei que quando é narrado ou relembrado eu apareça. Na Lava Jato, já está mais do que provado, o objetivo não era combater a corrupção. O objetivo era o Lula”.

Inscreva-se na TV 247, seja membro e compartilhe:


Requião: Brasil começou a perder a Petrobrás quando FHC colocou ações da estatal na bolsa de NY

 

“Nós começamos a perder o domínio do petróleo que nós tínhamos conquistado com lutas duríssimas da sociedade inteira'', afirmou o ex-senador à TV 247. Assista

Roberto Requião e Fernando Henrique Cardoso (Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado | ABr)

247 - Em meio aos recentes acontecimentos em torno da Petrobrás, o ex-senador Roberto Requião disse à TV 247 que o Brasil começou a perder o controle da estatal já no governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB), que colocou as ações da empresa na bolsa de valores de Nova York.

“O Fernando Henrique Cardoso assume a presidência da República e vem com aquela conversa maluca da teoria da dependência, e coloca as ações da Petrobrás na bolsa de Nova York, já submetendo a nossa companhia de petróleo às regras da bolsa. Nós começamos a perder o domínio do petróleo que nós tínhamos conquistado com lutas duríssimas da sociedade inteira”, falou.

Requião afirmou que mais tarde, já no governo Dilma Rousseff, outro forte golpe foi dado contra a estatal. O pré-sal, que segundo o ex-parlamentar “nos garantiria a retomada do crescimento”, foi aberto ao capital internacional por proposta de José Serra, com o aval do governo federal. “Qual era a importância do petróleo lá atrás? Quando os Estados Unidos descobriram o petróleo, paralelamente surgiu o motor a diesel e do motor ciclo [de] Otto, e esses motores foram o motivo principal da arrancada dos Estados Unidos no seu desenvolvimento, e eles queriam negar isso ao Brasil. Descoberto o pré-sal, ele podia financiar a retomada do desenvolvimento do Brasil de uma forma extraordinária. Mas de repente o José Serra apresenta um projeto para abrir o pré-sal para o capital internacional, para os interesses geopolíticos norte-americanos. O nosso governo, o governo da Dilma, através do ministro de Minas e Energia e do líder do governo, o Romero Jucá, apoia o projeto do Serra”.

“A Petrobrás, que na nossa visão era o instrumento de retomada do crescimento brasileiro, se transforma, sem outra opção, em uma empresa a serviço dos acionistas, vinculada às regras da bolsa de Nova York. Nós perdemos a Petrobrás para os acionistas”, concluiu.

Inscreva-se na TV 247, seja membro e compartilhe:


Ciro pede ao Congresso que abra impeachment de Bolsonaro: 'mantê-lo no cargo é condenar o povo à morte'

 

Em recado ao Congresso Nacional, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT-CE) afirmou que deixar Jair Bolsonaro no cargo é "manter nosso povo acuado, sem emprego, sem renda, sem comida e condenado à morte!"

Ciro Gomes (PDT-CE) (Foto: Reuters)

247 - O ex-ministro Ciro Gomes (PDT-CE) voltou a defender o impeachment de Jair Bolsonaro e pediu "decência" a parlamentares do Congresso Nacional. "Mais uma vez me dirijo ao que resta de decência do Congresso Nacional: manter Bolsonaro como presidente é manter nosso povo acuado, sem emprego, sem renda, sem comida e condenado à morte!", escreveu o pedetista no Twitter. 

De acordo com o ex-ministro, "o Brasil está muito próximo de viver uma tragédia assustadora!". "Governadores e prefeitos estão tentando proteger a população com medidas restritivas, como toque de recolher e lockdown. E Bolsonaro, CRIMINOSAMENTE, promove aglomerações em municípios com graves índices de Covid-19", acrescentou.

"Bolsonaro está condenando a população brasileira a assistir ainda mais mortes. Repito: o que está projetado para os próximos dias é terrível. É o colapso do sistema de saúde!".

 



Lotação em redes de saúde

Pelo menos 13 estados brasileiros estão com taxas de internação por Covid-19 acima de 80% nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) da rede pública.

Ao comentar o cenário nacional, o neurocientista Miguel Nicolelis afirmou que vê "grande chance de um colapso nacional".

Inscreva-se no canal de cortes do 247 e assista a um vídeo em que o cientista  fala sobre a necessidade de lockdown:


Monica Iozzi: ‘Estamos vivendo, com Bolsonaro, o pior momento da nossa história’

 

“Com Bolsonaro estamos vivendo o pior, ou um dos piores momentos da nossa história”, diz a atriz e apresentadora. Em entrevista, ela critica a Lava Jato, conta ter votado em Lula e Dilma, e fala sobre seu primeiro contato profissional com a política, no programa CQC

Monica Iozzi (Foto: Reprodução)

247, com Opera Mundi - A apresentadora e atriz Monica Iozzi defende que o presidente Jair Bolsonaro saia do poder e acredita que com ele, “estamos vivendo o pior”. As declarações foram feitas na edição do programa SUB40 desta quinta-feira (26/02), em entrevista ao jornalista Breno Altman

“Com Bolsonaro estamos vivendo o pior, ou um dos piores momentos da nossa história. Ele e o grupo que o acompanha estão destruindo nossas instituições por dentro e fazendo o que querem. Precisamos que essas pessoas saiam do poder porque, além de tudo, são antidemocráticas. Temos que nos unir para defender a democracia”, afirmou.

Iozzi é conhecida por declarar sua postura política abertamente. Para ela, seria “insuportável” não poder dizer o que pensa. “Você prefere lidar com pessoas que pensam diferente ou ficar quieta e não ter embate nenhum? Eu não tenho medo de embate”, defendeu.

Como Monica Iozzi começou

Iozzi disse que sempre soube que queria ser atriz. “Parece clichê, mas não lembro de querer ser outra coisa. Desde pequena. Quando tinha uns 8 anos fiquei na dúvida entre ser ambientalista do Greenpeace, presidente ou atriz. Mas lembro da minha felicidade quando comecei a ter aulas de teatro na escola. Depois disso, nunca mais quis fazer outra coisa”, afirmou.

Foi em 1996, no entanto, que "virou a chavinha" e definiu seu futuro, após fazer uma oficina de teatro sobre Bertolt Brecht, o que também a aproximaria da política. "Entendi o quanto a política rege as nossas vidas e que toda discussão, de diferentes temas, é sempre política", afirmou. Decidida a seguir na profissão, fez o curso de Artes Cênicas na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). 

'CQC não era jornalismo'

O primeiro contato a nível profissional que Iozzi teve com a política foi quando trabalhou no CQC, programa da TV Bandeirantes, no qual cobria o Congresso Nacional - uma experiência que ela definiu como empolgante, porém, difícil.

“Por mais que fosse uma cobertura dos fatos, o CQC não era jornalismo. Existia a preocupação de não passar a mão na cabeça de ninguém e eu procurava falar com todos os lados. Mas o que presenciei enquanto trabalhava em Brasília me fazia mal. Era muito cansativo. Acabei saindo do CQC porque não aguentava mais trabalhar no Congresso Nacional”, contou.

Da Band, Iozzi foi para a Globo, até para deixar para trás o mundo do humor. “Por mais que me interessasse por política, eu era atriz. Queria ser atriz e não queria mais fazer humor. Adoro, mas acho a coisa mais difícil do mundo”. Na emissora, ela acabou participando de novelas como “Babilônia” e a minissérie “Vade Retro”. Saiu, porém, com a insistência em querer escalá-la para papéis cômicos.

Depois de quase cinco anos seguindo o que considera ser sua vocação, Iozzi agora volta para a política, além de outros planos na dramaturgia.  Desta vez, como apresentadora de um novo programa do Canal Brasil, cujo objetivo, segundo ela, é aproximar as pessoas da política. 

“O CQC me aproximou da política de um jeito profundo, mas o que quero com esse novo programa é uma coisa distinta. No CQC a gente queria colocar o dedo na ferida. A ideia do meu programa é explicar a política, não de um jeito prepotente, mas simples, para que qualquer um se sinta confortável”, relatou. 

'Sou de esquerda'

Por mais que seu primeiro contato formal com a política tenha sido por meio do CQC, Iozzi afirmou que sempre acompanhou os acontecimentos do país e do mundo. Assistia ao telejornal com o seu pai, via debates políticos e queria entender tudo aquilo melhor. Declara-se de esquerda.

Durante a entrevista, contou ter votado em Lula e Dilma. Nas últimas eleições presidenciais, no primeiro turno apoiou Ciro Gomes. "Fiz campanha para o Boulos, mas à medida que fui me convencendo da ida de Bolsonaro para o segundo turno, decidi votar no Ciro", contou. "Pensei que, se fosse PT contra Bolsonaro no segundo turno, ele levaria".

A apresentadora também disse ser crítica à Operação Lava-Jato e condenou o julgamento do ex-presidente Lula.

“Eu acho que a estrutura toda da Lava-Jato já era um negócio muito esquisito, desde como a coisa toda começou. Mas depois ficou claro. Fazendo uma análise mesmo que pouco profunda já se via que tinha muita coisa errada”, ponderou.

Além de ser de esquerda, ela reforça que é feminista e que luta não só apenas pela igualdade dos gêneros, mas pela vida das mulheres.

"A discrepância é muito grande. E eu não digo apenas de salários, cargos de poder...é mais básico que isso. O machismo mata mulheres todos os dias e o feminismo tenta salvá-las. Feminismo não é o contrário do machismo. Se auto-proclamar feminista é olhar para a desigualdade entre os gêneros, assumir que ela é absurda e que precisamos mudar para ontem", refletiu.

Inscreva-se na TV 247, seja membro e assista à entrevista:


Bolsonaro não corrige tabela e obriga 10,5 milhões a pagar Imposto de Renda

 

De acordo com o Sindifisco Nacional, 10,5 milhões de brasileiros estariam isentos do imposto se houvesse a correção da tabela. Na campanha eleitoral, Bolsonaro prometeu isentar que ganhasse até cinco salários mínimos Devido à ausência de reajustes ou às correções abaixo da inflação oficial, a tabela do IR acumula uma defasagem de 113,09% desde 1996 até o ano passado

Quem já paga o Imposto de Renda terá que desembolsar mais dinheiro (Foto: ABR)


247 - Jair Bolsonaro adiou novamente o cumprimento de sua promessa de campanha, de corrigir a tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF), o que representa um novo aumento dos impostos. A cada ano, mais brasileiros são obrigados a pagar IR. E quem já paga terá que desembolsar mais dinheiro.

De acordo com estudo do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco Nacional), 10,5 milhões de brasileiros estariam isentos do imposto se houvesse a correção da tabela. Os dados mostraram que, devido à ausência de reajustes ou às correções abaixo da inflação oficial (medida pelo IPCA), a tabela do IR acumula uma defasagem de 113,09% desde 1996 até o ano passado. As estatísticas foram publicadas pelo portal Uol

Atualmente, a isenção do imposto vale para quem ganha até R$ 1.903,98 por mês (menos de dois salários mínimos). Se a tabela fosse corrigida ao menos pela inflação, a isenção deveria valer para todos que ganham até R$ 4.022,89.

Na campanha eleitoral de 2018, Bolsonaro prometeu isentar todos os brasileiros que ganhassem até cinco salários mínimos (pouco menos de R$ 5.000 na época). No fim de 2019, ele prometeu reduzir o valor para R$ 3.000. 

Com a pandemia e o rombo nas contas do governo, Bolsonaro disse que tentará "pelo menos em 2022 passar para R$ 3.000". Também admitiu que não conseguirá atingir o piso de isenção de R$ 5.000 até o fim do seu mandato.

A partir de segunda-feira (1), cerca de 32,6 milhões de brasileiros terão que apresentar a declaração anual do IR. Destes, quase 3 milhões de pessoas poderão ter que devolver o auxílio emergencial recebido para enfrentar a pandemia de Covid-19 porque acumularam outras rendas acima de R$ 22.847,76 no ano passado.

Folha abandona Moro e diz pela primeira vez que o ex-juiz é suspeito no caso Lula

 

Jornal, que fala pelas elites, defende que o STF declare Sérgio Moro suspeito, depois das mensagens reveladas por Walter Delgatti

(Foto: ABr)


247 – O jornal Folha de S. Paulo, que representa os interesses da classe dominante no Brasil, decidiu abandonar o ex-ministro Sérgio Moro e, pela primeira vez, apoiar a sua suspeição no caso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O motivo: as estarrecedoras revelações sobre a Lava Jato feitas por Walter Delgatti.
"Desde que vieram a público, em junho de 2019, os primeiros vazamentos de conversas entre investigadores da Lava Jato e o então juiz Sergio Moro, ficou evidente que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não teve um julgamento imparcial no caso do famigerado apartamento de Guarujá (SP). As gravações mostraram uma proximidade inaceitável entre magistrado e acusadores, o que é razão suficiente para a suspeição", aponta o editorial deste sábado.

O jornal também condena as posturas de Deltan Dallagnol e Érika Marena. "Por decisão do ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, colocou-se o material à disposição dos advogados de Lula. À medida que mais mensagens vão sendo examinadas, mais heterodoxias vão sendo descobertas. É particularmente chocante o diálogo entre dois procuradores debatendo o que devem fazer diante da informação de que uma delegada da Polícia Federal havia lavrado termo de depoimento de testemunha que não fora ouvida", aponta o texto.

Requião diz que Moro e Dallagnol transformaram o Judiciário e o Ministério Público em "merda"

 

O trabalho da dupla também permitiu a entrega do petróleo brasileiro ao capital internacional – o que provocou explosão de preços no Brasil

Roberto Requião (Foto: Divulgação)

247 – "Eu não festejo a desgraça do Sérgio Moro e do Dallagnol , mas me entristeço pelo fato de terem transformado a imagem e a prática do MP e do Judiciário, na merda em que transformaram", postou o ex-governador e o ex-senador Roberto Requião.

Requião também critica o fato de a Lava Jato ter contribuído para a entrega do petróleo brasileiro.

Inscreva-se no canal de cortes da TV 247 e saiba mais sobre o caso: