"Eu
vejo as conversas desses procuradores vindo a público e penso que Deus existe.
A verdade está vindo à tona", afirmou o ex-presidente Lula, em entrevista
à TV 247, ao comentar a divulgação das conversas do ex-juiz Sérgio Moro, Deltan
Dallagnol e outros procuradores da Lava Jato
247 - Em entrevista à TV nesta quarta-feira
(24), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou a importância dos
diálogos entre membros da Operação Lava Jato que vêm sendo revelados, após
autorização do Supremo Tribunal Federal. "Eu vejo as conversas desses
procuradores vindo a público e penso que Deus existe. A verdade está vindo à
tona", afirmou.
O petista afastou
as acusações de que os diálogos fazem parte de um material clandestino.
"Estamos trabalhando com material fornecido pela Suprema Corte (STF). O
que nós fazemos é que a sociedade conheça", afirmou.
O
ex-presidente criticou Sérgio Moro, que insistiu várias vezes em tirar a
legitimidade da divulgação das trocas de mensagens entre o ex-juiz e
procuradores do Ministério Público Federal (MPF-PR).
"É preciso
acabar com essa história, quando Moro diz 'há eu desconheço'. É como se alguém
assaltasse a tua casa, você encontrasse o que roubaram e você diz 'eu não
reconheço porque não sei quem pôs aqui'", disse Lula.
Sérgio
Moro "era
chefe de uma quadrilha", afirmou o ex-presidente.
Globo
Na
entrevista, Lula aproveitou para criticar a Rede Globo. "Ela era a mãe de
leite dessa turma. Não importava o tamanho da mentira, a Globo dava como se
fosse verdade e não permitia que houvesse a contraparte, não permitia que meus
advogados falassem", continuou.
"A Globo tem
responsabilidade pela criação desse monstro, dessa quadrilha que hoje nós
conhecemos como Lava Jato. É uma pena que não há uma pressão da sociedade para
obrigar a Globo a divulgar (as conversas da Lava Jato). Como é responsável pela
construção do Deus de Barro que é o Moro, ela tem medo de desfazer essa mentira
porque sabe que tem culpa no cartório", acrescentou.
Eleições
O
ex-presidente também afirmou que não brigará para ser candidato ao Palácio do
Planalto em 2022, porém, se a esquerda
quiser, ele pode disputar a próxima eleição.
O
petista manifestou apoio a uma eventual candidatura do ex-prefeito de São Paulo
Fernando Haddad à presidência da República em 2022, como aconteceu na eleição
de 2018.
Forças Armadas
Em sua
análise, o ex-presidente criticou as Forças Armadas, após o ex-comandante do
Exército, o general Eduardo Villas Bôas, admitir que
a instituição militar participou institucionalmente do golpe de 2016, de sua
manutenção na prisão e do processo que levou Jair Bolsonaro à
Presidência.
"Foi
um comportamento fascista, de alguém que não tem nada de nacionalista",
disse Lula, acrescentando que, se o PT voltar à presidência da República, não terá
"espírito vingativo" com Forças Armadas.
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