De acordo com líderes partidários, a Casa não tem mais como
votar de forma a contrariar uma decisão unânime da Corte, que votou pela prisão
do deputado bolsonarista Daniel Silveira (PSL-RJ)
247 - Após a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de manter, por 11 votos a 0, o
deputado Daniel Silveira (PSL-RJ) preso e a denúncia contra ele feita pela Procuradoria-Geral da República, deputados aliados ao governo Jair Bolsonaro e ao
presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) já estão revendo a estratégia de
tentar livrar o parlamentar da prisão. De acordo com líderes partidários, a
Casa não tem mais como votar de forma a contrariar uma decisão unânime da
Corte. Nem o ministro indicado por Bolsonaro, Kassio Nunes Marques, votou a
favor do deputado governista. Com a ofensiva da PGR, a situação ficou ainda
mais complicada.
Um das opções é
adiar ao máximo a votação no caso do plenário para que o deputado passe, ao
menos, o final de semana preso, de acordo com reportagem publicada pelo jornal O
Estado de S.Paulo.
A
prisão seria analisada nessa quarta-feira (17), mas depois ficou para esta
quinta-feira (18). O caso só seria analisado após a audiência de custódia,
marcada para as 14h30, por meio virtual. Até lá, a defesa de Silveira
ingressará com pedidos de relaxamento de prisão e, se conseguir questionar o
“flagrante”, a Câmara não precisaria deliberar sobre a prisão.
O líder do
governo, Ricardo Barros (Progressistas-PR), anunciou que votará pela libertação
de Silveira, mas disse que a prisão não é “assunto de governo”, uma tentativa
de isolar sua posição do Palácio do Planalto.
Até
mesmo a eleição de Bi Kicis (PSL-DF) para a presidência da Comissão de
Constituição e Justiça (CCJ) ficou prejudicada porque a parlamentar é do mesmo
grupo de Silveira.