sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

Dados do IBGE indicam recuo da economia

Indicadores de dezembro mostram que a economia brasileira encontra-se em queda e que não são boas as perspectivas para 2021

(Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)

247 - Dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)​ esta semana indicam a desaceleração da economia no fim do ano passado, refletindo as dificuldades criadas pela redução do auxílio emergencial.

Nesta quinta (11), o IBGE mostrou que o setor de serviços parou de crescer em dezembro, fechando o mês com recuo de 0,2%. O setor fechou 2020 com um volume de vendas 3,8% abaixo do verificado antes da pandemia.

O comércio teve queda ainda maior em dezembro, de 6,1%, o pior desempenho em duas décadas. Depois de um esforço para recompor estoques, a indústria também dá sinais de desaceleração.

Para Fábio Bentes, economista da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), ouvido pela Folha de S.Paulo, os resultados acendem uma luz amarela no setor produtivo.

Por sua vez, a economista Margarida Gutierrez, da Coppead/UFRJ, considera que as expectativas são muito ruins para este ano. 

  

Haddad: Bolsonaro produz o caos com a cumplicidade do mercado financeiro

 

Presidenciável criticou a união mercado financeiro e do governo Bolsonaro às custas do sacrifício do povo brasileiro. “Sem auxílio, sem vacina, sem emprego, sem poder de compra, sem presidente, sem nada”, disse

(Foto: Divulgação)

247 - O ex-prefeito de São Paulo e presidenciável Fernando Haddad (PT) criticou nesta sexta-feira (12) a união mercado financeiro e do governo Bolsonaro às custas do sacrifício do povo brasileiro.

“O governo produziu tempestade por pura incompetência: sem auxílio, sem vacina, sem emprego, sem poder de compra, sem presidente, sem nada.  Produziu o caos com a cumplicidade do mercado financeiro”.


Bolsonaro volta a defender a cloroquina e diz que "ninguém está fazendo nada errado ou jogando fora"

Jair Bolsonaro disse em sua live desta quinta-feira (11) que ninguém fez nada errado nem houve desperdício de recursos na produção de comprimidos de cloroquina

(Foto: Reprodução | Reuters)

247 - Recorrendo mais uma vez a uma tergiversação, Bolsonaro disse em live nesta quinta-feira (11),  que, além da Covid-19, doença para a qual o remédio não tem comprovação científica, há outras enfermidades tratadas com a substância, como malária e lúpus. Mas o ato é que Bolsonaro durante toda a pandemia defendeu o uso da cloroquina como parte do "tratamento" contra a Covid-19.

Folha de S.Paulo revelou que o Ministério da Saúde usou a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) para a produção de 4 milhões de comprimidos de cloroquina, com o emprego de recursos públicos emergenciais voltados a ações contra a Covid-19.

"Está uma polêmica muito grande sobre hidroxicloroquina, fabricou a mais, gastou, era dinheiro do Covid, não era. Pessoal, tem a Covid aí, outras doenças continuam. Não é só Covid. A malária continua. O lúpus continua. Nós temos aqui, em média, 200 mil casos de malária no Brasil. Não sei quantos comprimidos a pessoa toma para se cuidar de malária. Mas muita gente, na região amazônica, toma preventiva", disse Bolsonaro. O titular do Executivo disse ainda que "tem muito médico que usa a hidroxicloroquina, a ivermectina para o tratamento precoce" e que a produção de comprimidos é da ordem de 13 milhões, com validade de quatro anos. "Ninguém está fazendo nada errado ou jogando fora", disse Bolsonaro

  

Como avançam as vacinas cubanas contra a Covid-19

 

Durante a "Mesa Redonda", um dos programas de debates de maior audiência da televisão cubana, foram atualizadas informações sobre o andamento das pesquisas para a produção das vacinas cubanas contra a Covid-19

(Foto: Mídia cubana)

247 - As pesquisas para a produção de vacinas contra a Covid-19 em Cuba avançam passo a passo, conforme ficou demonstrado na "Mesa Redonda", um dos programas de debates de maior audiência na ilha, transmitido dia 4 de fevereiro. 

Cuba poderá produzir em abril, um milhão de doses das vacinas “Soberanas” contra a Covid-19, informou o diretor do Instituto Finlay, Vicente Vérez. A Ilha está preparando as capacidades para essa produção, caso os resultados dos ensaios clínicos sejam positivos, informa o Comitê Carioca de Solidariedade a Cuba.

Ao intervir na "Mesa Redonda", o especialista informou que estão atualmente no processo de fabricação de 100 mil doses, para garantir a realização dos ensaios clínicos das candidatas a vacinas Soberana 01 e Soberana 02.

Vérez destacou que a Soberana 02 deve iniciar sua fase III de ensaios em 1º de março próximo, com 42.600 voluntários, para os quais já estão garantidas as doses necessárias.

A esse respeito, o presidente do Grupo Empresarial da Indústria Biotecnológica e Farmacêutica, Eduardo Martínez, ressaltou que o país tem capacidade para esses processos e que, no futuro, serão criadas mais capacidades, a fim de garantir a produção simultânea das 4 vacinas (Soberana 01, Soberana 02, Mambisa e Abdala), se forem todas aprovadas.

Sobre o esquema de imunização na terceira etapa de ensaios clínicos com a Soberana 02, Vérez assinalou que serão utilizadas duas doses mais uma. Esta última tanto pode ser do mesmo candidato vacinal, como da Soberana 01, como um reforço para induzir resposta imune de neutralização viral.

O especialista explicou que a Soberana 01, pelos resultados dos ensaios, é um possível reforço para a imunidade em pacientes convalescentes da Covid-19, e também para os vacinados com outros produtos biotecnológicos.

Esse primeiro projeto, apresentado pela Ilha em agosto de 2020, já demonstrou alta segurança na fase 1 de seus ensaios, e não teve efeitos adversos em um estudo com 30 convalescentes da enfermidade.

Cuba trabalha atualmente na criação de capacidades para produzir 100 milhões de doses da Soberana 02, com o objetivo de satisfazer a necessidade do país e também de outras nações interessadas em comprar o produto, sempre tendo em conta que os resultados dos ensaios sejam positivos.

Vérez destacou que a estratégia de comercializá-la tem uma combinação de humanismo e de impacto na saúde mundial. Acrescentou que os estrangeiros que cheguem ao país, se quiserem vacinar-se com os candidatos cubanos, poderão fazê-lo.

No final de fevereiro, também se iniciará o ensaio clínico na população pediátrica com ambos os produtos (Soberana 01 e 02), ministradas a pessoas com idades entre 5 e 18 anos.

Sobre a questão de porque Cuba ter apostado em quatro candidatos vacinais para enfrentar a atual pandemia, Eduardo Martínez Díaz, presidente do grupo BioCubaFarma, afirmou que essa decisão deve-se a que o país não podia ter uma única opção, pois, se esta não fosse efetiva, provocaria um atraso nos procedimentos científicos. Em suas palavras, “não podemos apostar em [apenas] uma variante e que depois os estudos não tenham os resultados esperados. Nesse caso, teríamos de começar de novo”.

Além disso, sublinhou que, ante as distintas variantes desse coronavírus, contar com diversas vacinas permitirá dirigi-las a diferentes grupos de pessoas.

Resuminho para entender a situação neste momento:

Cuba tem quatro candidatas a vacinas. Dois deles passarão à fase III de ensaios clínicos em março: Soberana 02, do Instituto Finlay, e Abdala, do Centro de Engenharia Genética e 

Biotecnologia

A vacina Soberana 02, na fase III de ensaios clínicos, poderá ser aplicada a 42.600 voluntários, em duas doses mais uma. A terceira dose poderá ser da mesma fórmula ou da Soberana 01. Para essa fase, já está assegurada a produção de 150 mil doses.

Além disso, Cuba está criando as capacidades para a produção de 100 milhões de doses da Soberana 02, para imunizar toda a população da Ilha e fornecer a outros países que se interessem em comprá-la.

Martínez Díaz afirmou que “março e abril serão meses decisivos para as vacinas cubanas, e temos a confiança de que os resultados serão os que esperamos e que poderemos desfrutar das Soberanas”. Mas lembrou que “as vacinas até agora não protegem cem por cento. Enquanto não se conseguir cortar a circulação do vírus, é preciso manter as medidas e proteger-se."

 

Lira avisa que despejo de jornalistas da Câmara começa já nesta sexta

 

Há décadas o espaço é reservado aos jornalistas que fazem a cobertura diária do Poder Legislativo e fica ao lado do Plenário da Casa. No lugar do comitê será instalado o gabinete da presidência, logo, de Lira.

Arthur Lira (Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados)


247 - O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), decidiu ignorar a pressão dde parlamentares e de setores da imprensa, mantendo sua decisão de mudar o local onde fica o comitê de imprensa da Casa. O deputado avisou que o “despejo” deve começar já nesta sexta-feira (12).

Segundo reportagem do portal Congresso em Foco, ainda não está definido onde será o novo comitê. Inicialmente, os jornalistas devem ser ser removidos para o local hoje ocupado pela Secretaria Geral da Mesa. Porém, o espaço é pequeno e dificulta, em meio à pandemia, o distanciamento social e a ventilação necessários. A ida para o espaço onde o comitê deve ficar definitivamente pode demorar meses.

Há décadas o espaço é reservado aos jornalistas que fazem a cobertura diária do Poder Legislativo e fica ao lado do Plenário da Casa. No lugar do comitê será instalado o gabinete da presidência, logo, de Lira.

 

“Não há como fugir da prorrogação do auxílio emergencial”, diz economista

O ministro da Economia, Paulo Guedes, revelou na quarta-feira (10) suas reticências quanto à prorrogação do auxílio emergencial. Para a economista Maria Beatriz Albuquerque, ouvida pela Sputnik Brasil, há muitos jeitos de controlar gastos públicos, mas não há como fugir da política de redistribuição de renda

Aplicativo auxílio emergencial do Governo Federal. (Foto: Marcelo Camargo/Agencia Brasil)


Sputnik Em resposta ao ministro da Economia, Paulo Guedes, que expôs reticências quanto à prorrogação do auxílio emergencial,  a economista Maria Beatriz Albuquerque disse que mas não há como fugir da política de redistribuição de renda.

Desde que foi alçado ao posto de "superministro" da Economia, Paulo Guedes, o posto Ipiranga do presidente da República, fez uma série de promessas aos investidores, banqueiros e empresários brasileiros e estrangeiros. Entre elas, a redução da dívida pública do país.

No ano passado, quando o Brasil foi atingido pela COVID-19, ele reconheceu a inevitabilidade das consequências de uma pandemia mundial para o país. O resultado foi que a Dívida Pública Federal fechou 2020 em R$ 5,01 trilhões, 17,9% maior do que no ano passado.

Na quarta-feira, em meio ao debate sobre a prorrogação do auxílio emergencial, Paulo Guedes disse que os gastos com o enfrentamento à pandemia do novo coronavírus não podem ser empurrados para as gerações futuras. Ele defendeu que as discussões sobre a retomada do auxílio emergencial sejam acompanhadas da responsabilidade fiscal, com a busca de uma fonte de recursos para financiar a recriação do benefício.

Para a economista da UERJ, a professora Maria Beatriz Albuquerque, ouvida com exclusividade por esta reportagem, não há jeito de fugir do auxílio emergencial. "Todos os países estão fazendo enquanto a pandemia durar. E o Brasil tem tentado fugir disso, ou quando o faz, faz de maneira desorganizada".

A volta do auxílio emergencial

Ela criticou a política de redistribuição de renda do governo Bolsonaro no ano passado, porém, reconheceu a importância da medida.

"O último auxílio muita gente não precisava, e recebeu. Houve fraude, todos esses problemas. Mas ele incentivou, muito mais do que qualquer outra medida, a retomada da economia. Quando ele acabou, o varejo, principalmente dos supermercados, caiu muitíssimo", afirmou.

​​"A pandemia tem um impacto claro sobre os mais pobres. Então o mundo inteiro está fazendo isso, e o Brasil não tem como fugir disso. Agora, você pode cortar gastos supérfluos. Temos um monte de gastos supérfluos que podem ser enxugados no orçamento", sentenciou.

Ainda abordando a questão dos gastos públicos, a economista disse que: 

"Agora, gastos de saúde, e gastos com questões sociais no momento da pandemia, são insustentáveis. E dizer que as gerações futuras não podem pagar, ora, toda dívida pública será paga pelas gerações atuais e futuras".

Em seguida, ela emendou seu argumento com uma pergunta retórica. "O que estão fazendo os outros países? Eles estão renegociando a dívida. A Europa está fazendo isso. Outros países estão fazendo igual. E os EUA acabam de lançar um grande programa de incentivo à economia e de combate às causas da pandemia".

O orçamento de Paulo Guedes

Até onde se sabe, o auxílio pode ser prorrogado por um tempo entre três e quatro meses. Conforme o ministro Paulo Guedes disse ontem (10), o dinheiro para bancar uma nova rodada virá do próprio Orçamento deste ano, em vez de ser financiado pelo aumento da dívida pública.

Confrontada com esta declaração, a economista entende que "o ministro Guedes, desde a primeira vez, tentou fugir da ideia que estamos vivendo uma crise".

Segundo ela, "claro que temos uma situação fiscal complicadíssima e é muito difícil que os parlamentares abram mão das emendas parlamentares, que os governos abram mão dos cargos comissionados, ou dos gastos em coisas supérfluas, como determinaram as compras presidenciais, que demonstram que há gastos que podem ser evitados. Quer dizer, há muitos jeitos de controlar gastos públicos", sentenciou.

CPMF para bancar o auxílio?

Paulo Guedes sempre se revelou contrário à ideia da volta de uma possível CPMF. Maria Beatriz partilha deste sentimento, e fez ressalvas quanto à possível volta deste imposto.

"É imprescindível que se continue fazendo política ativa durante a pandemia. O grande problema é dizer que não vai aumentar impostos, e ao mesmo tempo dizer que vai fazer auxílio. Botar a CPMF, ela tem impacto sobre os investidores também, porque aumenta o custo dos investimentos, então não é um imposto neutro. Vai impactar as decisões de investimento", afirmou.

Questionada sobre uma possível segunda solução, ela disse que "o melhor é procurar fontes de financiamento que tenham menos impactos redistributivos negativos e que também não desestimulem os investimentos", afirmou.

Ela entende que não é uma tarefa simples, "mas essa coisa de dizer que as gerações futuras não podem pagar, todos nós vamos pagar. Isso é correr do problema".

A economista ainda apontou outra variante desta equação. "Outro fato mais importante ainda é que já estamos na metade de fevereiro e não há orçamento. Sem orçamento, como fazer as despesas dos próximos meses? Então a gente tem um problema do déficit de gastos, e a pandemia está longe de estar controlada. Os problemas do ano passado continuam existindo", alertou.

O auxílio e a Covid-19

Maria Beatriz criticou o modo como o ministro da economia vem abordando a questão da prorrogação do auxílio emergencial. "Tem que ter seriedade para enfrentar os problemas não com discursos vazios, mas com eficácia e preservando a situação social e econômica, e principalmente de saúde".

"O Brasil é um dos países mais atrasados em disponibilidade de vacinas. Isso é o principal freio para o andamento da nossa economia. Não adianta dizer que vai gerar emprego, que vai vir investimento, que basta dar autonomia ao Banco Central, isso são alguns indicativos quando você está bem, e não é o nosso caso", ela disse.

"Falta fazer muita coisa para se ter uma retomada da economia. Esse negócio de retomada em V é uma intenção, uma vontade, uma esperança, mas nada disso está ocorrendo de fato", concluiu.

  

Em livro, general diz que mensagem ao STF em 2018 era alerta

 

O ex-comandante do Exercito Brasileiro general Eduardo Villas Bôas revelou nesta semana que as postagens feitas por ele em 2018 no Twitter, na véspera do julgamento de um habeas corpus do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pelo Supremo Tribunal Federal (STF), foram elaboradas em conjunto pelo alto comando das forças armadas como parte de uma articulação para evitar que o petista pudesse recorrer em liberdade da condenação no caso do triplex e disputar as eleições naquele ano. O militar fez as revelações numa entrevista ao pesquisador Celso de Castro para o livro “General Villas Bôas: conversa com o comandante”, lançado pela editora FGV.


Na véspera da audiência no STF, o então comandante do Exército dos governos Dilma Roussef (PT) e Michel Temer (MDB) disse, no Twitter, que a instituição prezava pelo respeito à constituição, paz social e democracia — e compartilhava dos anseios dos cidadãos de bem e que repudiam à impunidade. Na época a postagem foi interpretada, especialmente pelo PT, como uma pressão sobre o STF. Ministro do STF na época, Celso de Mello, disse que um comentário feito por uma “altíssima fonte” violou o princípio da separação de poderes. Villas Bôas afirmou que duas motivações moveram o alto comando do Exército a adotar a ofensiva: uma delas era evitar uma possível convulsão social, diante do aumento das demandas, por uma intervenção militar.

Para ele, a mensagem endereçada à Suprema Corte se tratava de um alerta, muito antes do que uma ameaça. A postura de Villas Bôas nas rede sociais também funcionou como uma espécie de estratégia para que o exército voltasse a ser ouvido com naturalidade. Com isso, os militares falariam mais com a imprensa — ocupando os espaços de debate. A partir do episódio, muitos militares foram para o Twitter e outros passaram a atuar nos bastidores na tentativa de influenciar a narrativa política. Villas Bôas também afirmou, no livro, que se Fernando Haddad (PT) tivesse derrotado em 2028 Jair Bolsonaro , assumiria normalmente e a postura do Exército seria de cumprimento à Constituição. (Da Jovem Pan).

Fonte: Contraponto

 

Covid-19 mata uma pessoa por minuto no Brasil

 

O consórcio de imprensa, que faz levantamento do número de casos e mortes por Covid-19 no Brasil, informa que ocorre um óbito por minuto no país, que teve mais de 53 mil casos da doença nas últimas 24 h. O total de óbitos passa de 236 mil e o de casos supera 9,7 milhões

(Foto: REUTERS/Amanda Perobelli)

247 - O Brasil teve nesta quinta-feira (11), um dos dias com maior número de mortes de toda a pandemia. O país registrou 1.452 óbitos, o maior número de 2021 e o terceiro maior de toda a pandemia. Além disso, foram registrados 53.993 casos da doença, de acordo com o consórcio de imprensa. O total de óbitos chegou a 236.397, além de 9.716.298 pessoas infectadas pelo novo coronavírus desde o início da pandemia. 

De acordo com a Folha de S.Paulo, os dados coletados até as 20h desta quinta-feira (11), a média de mortes nos últimos sete dias é de 1.073. Houve um aumento de 1% da média em relação ao dado de 14 dias atrás. Portanto, a situação é de estabilidade.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021

O voto dos paranaenses para autonomia do Banco Central

 

 A maioria dos integrantes da bancada do Paraná na Câmara dos Deputados votou a favor da autonomia do Banco Central. Foram 23 votos a favor e apenas quatro contra (três deputados não votaram), de acordo com o blog de Roseli Abrão.


O projeto de lei que dá autonomia ao Banco Central, e que tramitava há 30 anos no Congresso Nacional, foi aprovado ontem por 339 votos contra 114. O texto agora segue para sanção do presidente Jair Bolsonaro.

A favor – Christiane Yared, Leandre, Pedro Lupion, Rubens Bueno, Sargento Fahur, Sérgio Souza, Toninho Wandscheer, Boca Aberta, Aline Sleutjes, Diego Garcia, Felipe Francischini, Fernando Giacobo, Hermes Parcianello, Luciano Ducci, Luisa Canziani, Luizão Goulart, Paulo Martins, Reinhold Stephanes Junior, Vermelho, Aroldo Martins, Ricardo Barros e Roman.

Contra – Enio Verri, Gleisi Hoffmann, Gustavo Fruet e Aliel Machado.

Não votaram: Felipe Barros, Luis Nishimori e Schavinato.

Fonte: Contraponto

 

 

Haddad, Dino e Requião fazem conferência “privada” neste sábado

 


Próceres da esquerda brasileira se reunião neste sábado (13) em conferência privada para discutir 2022. O encontro já estava marcado desde o fim do ano passado.

Flávio Dino (PCdoB), Fernando Haddad (PT) e Roberto Requião (MDB) debatem um programa comum para derrotar o presidente Jair Bolsonaro no ano que vem.

Dentro das propostas que eles irão discutir está o referendo revogatório das estultices de Bolsonaro e Paulo Guedes, a exemplo da autonomia do Banco Central, reformas trabalhista e previdenciária, privatizações, dentre outras.

A ideia do trio –Dino, Haddad e Requião— consiste em definir um programa comum e o candidato único da frente de esquerda somente seria escolhido no ano que vem.

A mesa da conferência será mediada pelo ex-ministro Tarso Genro.

PS: erroneamente, tínhamos nominado Ciro Gomes nessa conferência.

Fonte: Blog do Esmael

 

Arapongas registra 22 novos casos de Coronavírus, 81 curados e dois óbitos nesta quinta-feira



Prefeitura de Arapongas, através da Secretaria Municipal de Saúde, informou nesta quinta, (11/02), o registro de 22 novos casos e 81 curados e 02 óbitos por COVID-19 no município. Agora o município chega a 9.793 casos dos quais 9.220 já estão curados (94,1%), 394 ainda estão com a doença e 179 infelizmente vieram a óbito. Ao todo, já foram realizados 40.948 testes. 
Sobre os casos, a Secretaria de Saúde informa que:
178º óbito, ocorrido em 10/02: paciente do sexo masculino, 68 anos, com comorbidades, realizado coleta do exame em 23/01 com resultado positivo em 23/01, internado em leito de UTI em 08/02, vindo a óbito em 10/02.
179º óbito, ocorrido em 11/02: paciente do sexo masculino, 78 anos, com comorbidades, realizado coleta do exame em 26/01 com resultado positivo em 26/01 internado em leito de UTI em 31/01, vindo a óbito em 11/02.
A Prefeitura de Arapongas por meio da Secretaria Municipal de Saúde se solidariza com os familiares.
Entre os resultados dos testes públicos e privados realizados no município, foram divulgados 39 resultados negativos nesta data.
Os resultados abaixo divulgados, em sua maioria, são provenientes de exames realizados a partir do dia 04/02.
Entre os 22 casos confirmados, 12 são do sexo feminino com as respectivas idades: 26, 27, 30, 30, 36, 36, 39, 44, 50, 52, 62 e 66 anos.
Do sexo masculino, foram diagnosticados 10 pacientes com as respectivas idades: 21, 24, 25, 25, 32, 39, 60, 63, 68 e 80 anos.
Referente aos pacientes de Arapongas com COVID-19, o município possui 12 pacientes internados em leitos de UTI e 05 pacientes internados em leitos de enfermaria.
Referente aos leitos hospitalares em Arapongas, a ocupação informada pelo hospital hoje é de 56% dos 50 leitos de UTI e de 42,5% dos 40 leitos de enfermaria. 
Referente aos leitos hospitalares em Arapongas, houve aumento dos leitos exclusivos para COVID-19 do Hospital de referência pela SESA-PR a partir de 08/02/2021. O Hospital conta atualmente com 50 leitos de UTI e 40 leitos de enfermaria.
A Secretaria de Saúde de Arapongas reforça a importância de que a população siga as orientações dos especialistas, mantendo os cuidados de higiene, usando máscaras e evitando aglomerações, inclusive em festas e confraternizações familiares.

 

MPF pede que STJ mantenha condenação de Bolsonaro por homofobia

 

O subprocurador-geral da República Antônio Bigonha pediu que o STJ rejeite um recurso de Jair Bolsonaro numa condenação por danos morais após declarações homofóbicas no CQC em 2011

Jair Bolsonaro (Foto: Marcos Nóbrega - PR)

247 - O Ministério Público Federal (MPF) pediu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) que rejeite um recurso de Jair Bolsonaro numa condenação por danos morais após declarações homofóbicas. O pedido foi feito pelo subprocurador-geral da República Antônio Bigonha, na quarta-feira, 10.

É a Terceira Turma do STJ, sob a relatoria do ministro Ricardo Villas Bôas Cueva, que vai julgar o caso.

Em 2017, Bolsonaro, então deputado federal, foi condenado pela Justiça do Rio de Janeiro a pagar R$ 150 mil ao Fundo de Defesa dos Direitos Difusos por danos morais, após declarações homofóbicas feitas ao programa CQC, da TV Bandeirantes, em 2011.

Perguntado o que faria caso descobrisse que um de seus filhos é gay, ele respondeu: "Isso nem passa pela minha cabeça porque tiveram uma boa educação, eu fui um pai presente, então não corro esse risco”.

"Eu não tenho qualquer informação que um filho meu tenha um comportamento homossexual com quem quer que seja, até porque tudo o que esses bichas tem para oferecer, as mulheres têm e é melhor", declarou também.

A ação foi movida pelas entidades Grupo Diversidade Niterói, Grupo Cabo Free de Conscientização Homossexual e Combate à Homofobia e Grupo Arco-Íris de Conscientização.

Audiência em Londrina confirma rejeição a modelo de pedágio com taxa de outorga


Audiência em Londrina: participantes criticaram proposta do governo federal e defenderam leilão por menor tarifa (Foto: Dálie Felberg/Alep)

Audiência pública realizada pela Frente Parlamentar do Pedágio da Assembleia Legislativa, hoje, em Londrina (região Norte), confirmou a rejeição praticamente unânime de lideranças políticas, empresariais e da sociedade civil ao modelo de concessão proposto pelo Ministério da Infraestrutura, de menor preço com desconto limitado, seguido de cobrança de taxa de outorga como critério de desempate para as rodovias do Paraná. Deputados, representantes de entidades do setor produtivo e demais participantes defenderam a licitação por menor tarifa. O encontro contou também com a presença de representantes de sindicatos e federações do setor produtivo, além de mais de 20 deputados estaduais que compõe a Frente, três deputados federais e o senador Flávio Arns (Pode). As primeiras audiências, em Cascavel e Foz do Iguaçu, no último final de semana, já havia mostrado posição contrária à proposta do governo federal. 

Leia mais no blog Política em Debate

 

Morre o criminalista René Ariel Dotti, aos 86 anos, em Curitiba

(Foto: Blog do Dotti)

Morreu nesta manhã de quinta-feira, 11 de fevereiro, o advogado René Ariel Dotti. Ele tinha 86 anos e era um dos profissionais da área criminalista mais respeitados do Brasil. Dotti foi vítima de uma parada cardiorespiratoria em sua casa. A morte foi confirmada por meio de nota, emitida pelo escritório Dotti e Advogados.

Nascido em Curitiba no Dia da República, a 15 de novembro de 1934, Dotti formou-se em Direito pela Universidade Federal dao Paraná (UFPR) em 1958, década em que começou a atuar na advocacia.

Destacou-se na luta contra a ditadura militar, defendendo jornalistas, sindicalistas, professores, estudantes e tantos quantos foram perseguidos pelo regime. Por quase seis décadas, Dotti contribuiu com o ensino jurídico, com diversos livros e pareceres.

Dotti deixa a esposa Rosarita, as filhas Rogéria e Cláudia, e os netos Gabriel, Pedro, Lucas e Henrique, além de uma legião de admiradores na área do Direito e em todas as esferas da sociedade.

Dotti participou casos polêmicos, como a defesa da Petrobras nos julgamentos envolvendo a Operação Lava Jato. Defendeu o ex-deputado Carli Filho no polêmico caso envolvendo o acidente que vitimou Gilmar Yared e Carlos Murilo de Souza, em 2009. Na época da ditadura militar, defendeu senadores e ex-deputados.

Dotti integrou o corpo docente de várias universitárias, bem como diversos conselhos e comissões, inclusive nos governos municipal, estadual e federal, além da Ordem dos Advogados do Brasil.

Autor de pelo menos 10 livros e centenas de artigos, era referência para os alunos de direito de todo o país.

Fonte: Bem Paraná

  

Procurador da Lava Jato diz que mensagens divulgadas são ‘conversa de botequim’

 

"Sem dúvida, podemos ter extrapolado muitas vezes. Eram (ou são) os nossos ‘nudes’, uma área em que os pensamentos são externados livremente e sem censura entre amigos", disse o procurador Orlando Martello (à direita) sobre as mensagens que mostram o conluio de procuradores com Sérgio Moro

Os procuradores Deltan Dallagnol (esq.), Eduardo Pellela e Orlando Martello (dir.) na Suíça (Foto: Reprodução/TV Globo)

Conjur - O procurador regional Orlando Martello, ex-integrante da autointitulada "força-tarefa da lava jato", enviou um e-mail aos seus colegas de Ministério Público Federal desabafando sobre a divulgação dos diálogos hackeados apreendidos na operação "spoofing". A informação é de Aguirre Talento, do jornal O Globo. 

No texto, ele diz que o Telegram, local em que ocorreram as conversas, era uma "área livre, uma área de descarrego em que expressamos emoção, indignação, protesto, brincadeiras… muitas vezes infantis" e que, por isso, os procuradores podem "ter extrapolado muitas vezes". Essa é a primeira vez que um integrante da "lava jato" comenta o teor das mensagens admitindo a autenticidade dos diálogos. 

"Sinceramente, não me recordo da grande maioria das mensagens… e digo isso com sinceridade mesmo! Foram tantas mensagens, muitas em finais de semana, em dias festivos, de madrugada [...] Mas não estou aqui para negar as mensagens, mas para dar satisfação", afirma o e-mail.

Segundo o procurador, os grupos de Telegram se assemelhavam a um "ambiente de botequim". "Eram (ou são) os nossos 'nudes', uma área em que os pensamentos são externados livremente e sem censura, entre amigos, alguns de mais de décadas. Expostos a terceiros, causa vergonha."

"Quanto a eventuais comentários que alguém possa se sentir ofendido ou entender inapropriado, favor relevar, pois dito em ambiente que se assemelha ao de um botequim, onde se fala em um monte de bobeiras", prossegue. 

O procurador disse, por fim, que ainda que as mensagens possam sugerir uma atuação "inapropriada" por parte do MPF, a "lava jato" sempre se pautou pela lealdade processual e tomou decisões baseadas na razão. 

"O que sempre prevaleceu, e isso deve-se ao esforço coletivo, foi a razão e não a emoção. Do ponto de vista jurídico, tudo o que era relevante foi para os processos, sem qualquer omissão, fraude, seguindo a lealdade processual”. E lá (nos autos), penso, que nossas atuações devem ser analisadas e contestadas; jamais nos pensamentos, o que são externados livremente e sem censura entre amigos em uma rede informal de comunicação."

Diálogos

Martello é figura carimbada nos diálogos revelados pelo The Intercept e, mais recentemente, levados pela defesa do ex-presidente Lula aos autos da Reclamação 43.007, que tramita no Supremo Tribunal Federal. 

Em uma das mensagens ele sugere, por exemplo, que áudios de Lula sejam vazados para a imprensa se a escalada contra a "lava jato" continuasse a ganhar força. 

"Se a escalada continuar, a solução é soltar os áudios, cf sugerido por CF [provavelmente Carlos Fernando dos Santos Lima]. Aí jogamos problema no colo deles, com algumas maldades (pq lula usa cel de terceiros!; proximidade de lula e JW [Jaques Wagner, então ministro da Casa Civil], bem como JW responsável pela nomeação do novo ministro; convocação de deputados; movimentos sociais, etc."

Martello incentivou que autoridades norte-americanos fizessem entrevistas com delatores diretamente nos Estados Unidos, driblando as restrições brasileiras que colocam o Ministério da Justiça como autoridade central de colaboração entre os dois países.

Ele também integra o grupo de oito procuradores que tentou barrar o acesso de Lula às mensagens apreendidas na "spoofing". No pedido, ao contrário do e-mail enviado aos colegas, os integrantes do MPF negaram a autenticidade dos diálogos ao mesmo tempo em que afirmaram que estão tendo suas vidas expostas. 

A solicitação dos procuradores, entre eles Deltan Dallagnol, foi negada pelo Supremo.

Fonte: Brasil 247