domingo, 7 de fevereiro de 2021

Dilma: "Os diálogos provam que a Lava Jato atentou contra a soberania e contribuiu para o golpe de 2016"

 

"Os diálogos provam que a Lava Jato manipulou o sistema de justiça, atentou contra a soberania nacional, em acordos ilegais com agentes estrangeiros, corroeu a democracia, contribuiu para o golpe de 2016, prendeu Lula sem provas e, com isto, levou a extrema direita ao poder", afirmou Dilma Rousseff

Sérgio Moro, ex-presidente Lula e Dilma Rousseff (Foto: Abr | Stuckert)


247 - Em uma sequência de tuítes, a ex-presidenta Dilma Rousseff comentou os novos diálogos entre Sergio Moro e os procuradores da Lava Jato, que evidenciaram o conluiu para condenar Lula. 

"Os diálogos provam que a Lava Jato manipulou o sistema de justiça, atentou contra a soberania nacional, em acordos ilegais com agentes estrangeiros, corroeu a democracia, contribuiu para o golpe de 2016, prendeu Lula sem provas e, com isto, levou a extrema direita ao poder", afirmou Dilma.

Para ela, as gravações divulgadas das conversas entre o juiz Sérgio Moro e os procuradores liderados por Deltan Dallagnol "são suficientes para sepultar de vez a suposta imparcialidade da operação Lava Jato".

"O STF pode e deve declarar a suspeição de Moro e, assim, anular os processos contra Lula. Também pode e deve punir as ofensas cometidas por Moro e seus procuradores ao direito de defesa, ao devido processo legal, ao estado democrático de direito e ao próprio Judiciário", defendeu.




Dino ironiza: o problema dos pedidos de impeachment contra Bolsonaro é a falta da palavra “pedaladas”

 

“Acho que o problema dos pedidos de impeachment contra Bolsonaro é a falta da palavra pedaladas”, ironizou o governador do Maranhão, Flávio Dino, ao comentar a falta de iniciativa para a abertura do processo contra Jair Bolsonaro

(Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | Marcos Corrêa/PR)

247 - O governador do Maranhão, Flávio Dino, ironizou neste domingo (7) a falta de iniciativa política para a imediata abertura do processo de impeachment contra Jair Bolsonaro.




Gleisi defende a anulação de todas as sentenças expedidas por Moro contra Lula

A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, ressaltou que todas as sentenças proferidas contra o ex-presidente Lula, no âmbito da operação Lava Jato, devem ser anuladas, incluindo a do sítio de Atibaia

Ex-presidente Lula, Gleisi Hoffmann e Sérgio Moro (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil - Stuckert - Divulgação)


247 - A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, usou suas redes sociais neste domingo (7) defendendo que todas as sentenças proferidas contra o ex-presidente Lula, no âmbito da operação Lava Jato, devem ser anuladas, incluindo a sentença do sítio de Atibaia. 

"Suspeição de Moro contamina todos processos em q ele atuou contra Lula, inclusive Atibaia, assinado pela juíza do copia-e-cola. É o q diz a lei. Querer anular só o caso triplex e manter Lula s/ direitos é chicana grossa. Igualará STF a Moro, lançando + descrédito s/ o Judiciário", disse Gleisi. 

Os ministros da 2ª Turma do STF devem analisar somente o caso da sentença expedida por Moro envolvendo o tríplex do Guarujá. Assim, a condenação de Lula no processo arbitrário do sítio de Atibaia persistirá. 

Calheiros irá apresentar projeto para anistiar hackers que divulgaram diálogos criminosos da Lava Jato

 

O senador Renan Calheiros anunciou neste domingo (7) que irá apresentar projeto para anistiar hackers que divulgaram diálogos criminosos da Lava Jato. “Os diálogos entre Moro, Dallagnol e o Santo Ofício de Curitiba desvendaram um pântano de transgressões”, disse

(Foto: renan/psdb.org, dilma/flick 247)

247 - O senador Renan Calheiros anunciou neste domingo (7) que irá apresentar projeto para anistiar hackers que divulgaram diálogos criminosos da Lava Jato.

“Os diálogos entre Moro, Dallagnol e o Santo Ofício de Curitiba desvendaram um pântano de transgressões. Vou apresentar um projeto para anistiar os hackers que desvendaram a patifaria. A contribuição para democracia justifica tirá-los da cadeia e inclui-los no Panteão da Pátria”, disse. 


Em entrevista à TV 247, ele explicou seu papel no Congresso, onde ele atua como uma das principais vozes contra os abusos de Bolsonaro. Agora, o senador promete também se mobilizar contra o ex-juiz Sergio Moro e seu bando nefasto.

Apucarana confirma mais dez casos de Covid-19 neste domingo



Mais dez casos de Covid-19 foram confirmados neste domingo (7) em Apucarana pela Autarquia Municipal de Saúde (AMS). O município soma agora 5.652 resultados positivos para o novo coronavírus e segue com 137 mortes provocadas pela doença.

Os novos casos foram confirmados pelo Laboratório Central do Paraná (Lacen). São três homens (36, 37 e 49 anos) e sete mulheres (21, 29, 50, 55, 57, 68 e 79 anos). Todos estão em isolamento domiciliar.

Ainda segundo o boletim da AMS, Apucarana tem mais 120 suspeitas em investigação. O número de recuperados chega a 5.273.

O Pronto Atendimento do Coronavírus chegou a 21.911 pessoas atendidas presencialmente desde o início da pandemia. O número de monitorados atualmente é de 619.

Já foram testadas 24.891 pessoas, sendo 12.219 em testes rápidos, 10.418 pelo Lacen (RT-PCR) e 2.254 por laboratórios particulares (RT-PCR).

São 17 pacientes de Apucarana internados, 7 na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 10 em leitos de enfermaria.

O município tem 242 casos ativos da doença.

 

General Santos Cruz sinaliza apoio a Mourão e diz que não vê problema se Bolsonaro sair

 

"A linha sucessória está prevista em lei, tem gente responsável por tocar para frente. Não vejo problema nenhum se ele ficar, ou se ele sair. O país não vai parar por causa disso. Passa por aquele trauma e vai em frente", disse ele

Santos Cruz e Bolsonaro (Foto: ABr)


247 – O general Carlos Alberto dos Santos Cruz, um dos maiores críticos de Jair Bolsonaro nas Forças Armadas, concedeu uma entrevista neste domingo ao jornalista Ricardo Balthazar, na Folha de S. Paulo, e sinalizou certo apoio ao vice Hamilton Mourão. "O afastamento do presidente seria desejável? Nunca é desejável. Até pode ser, se você tiver uma pessoa desequilibrada no cargo. Aí tem que impedir que prossiga, por uma questão de saúde mental", disse ele.

"A linha sucessória está prevista em lei, tem gente responsável por tocar para frente. Não vejo problema nenhum se ele ficar, ou se ele sair. O país não vai parar por causa disso. Passa por aquele trauma e vai em frente", afirmou ainda.

Santos Cruz também criticou a compra de deputados do centrão feita pelo governo federal. "Na época em que buscava cativar os eleitores, ele falava barbaridades do centrão. Tratava o grupo como uma aglomeração de pessoas que não tinham compromisso nenhum e só se preocupavam em preservar a própria impunidade. Agora, ele faz uma virada como essa aí. Há uma incoerência, e fica difícil estabelecer uma relação de confiança quando você faz esse tipo de coisa", afirma. "Na realidade, o que houve foi uma compra. Vão gastar bilhões de reais com as emendas dos parlamentares. Então não me parece uma coisa consistente, porque a influência do dinheiro é muito pesada. Uma negociação política desse tipo, para gerar confiança, precisa se sustentar em outros princípios, para produzir algo mais sólido."

 

Estadão confirma crimes de Bolsonaro, mas não fala em impeachment

 

Jornal sinaliza que Jair Bolsonaro será um criminoso sem castigo

(Foto: ABR | Alex Pazuello/Semcom)


247 – Em editorial publicado neste domingo, o jornal Estado de S. Paulo confirma os crimes de Jair Bolsonaro, mas não propõe o impeachment. "Há um crescente movimento para obrigar Bolsonaro e seu ministro da Saúde, o intendente Pazuello, a responder por seus atos, mais cedo ou mais tarde – mais cedo será melhor para o País, já que mais de mil brasileiros morrem por dia de covid-19. Parte desses óbitos poderia ser evitada se houvesse uma firme liderança do Ministério da Saúde na coordenação dos esforços contra a pandemia – o que dificilmente ocorrerá enquanto Pazuello estiver no Ministério, e Bolsonaro, na Presidência", aponta o texto.

"A má conduta de Bolsonaro é amplamente documentada. Não é exagero considerar que várias de suas ações podem constituir crimes de responsabilidade. O descalabro da saúde em meio à pandemia deveria bastar para que o presidente fosse pelo menos chamado a se explicar. Se isso vai acontecer ou não, vai depender das condições políticas", escreve ainda o editorialista, que diz que Bolsonaro é irremediável.

José Genoino: 'PT teve ilusões com o compromisso democrático da burguesia'

"Nós achávamos que a democracia era para valer e que a classe dominante não iria romper com as regras do jogo. Ela rasgou a fantasia e fez o que fez com o PT e com o Lula", afirmou o ex-presidente do PT José Genoino

(Foto: Divulgação)

Opera Mundi - O ex-presidente do Partido dos Trabalhadores e ex-deputado federal por São Paulo José Genoino disse nesta quarta-feira (03/02), em entrevista a Breno Altman, durante o programa 20 Minutos, que o PT teve ilusões com o compromisso democrático da burguesia durante os anos de governos petistas no país.

Segundo Genoino, o PT acreditou que a democracia "era para valer" e que seria respeitada pela classe dominante brasileira. No entanto, a burguesia do país "não tem escrúpulos" para salvar o sistema capitalista.

"Nós achávamos que a democracia era para valer e que a classe dominante não iria romper com as regras do jogo. Ela rasgou a fantasia e fez o que fez com o PT e com o Lula. Até mesmo quando aceitavam o Lula e o PT e quando dialogavam conosco diziam que 'esses caras não são do nosso time, do nosso campo', eles têm um lado. Portanto, essas ilusões existiram", afirmou. 

O ex-presidente do partido declarou ainda que o PT acreditou que a correlação de forças estava acima de outras questões do governo. Genoino aponta que a "luta de classes está acima dessa correlação". "O Estado brasileiro foi domesticando nossa presença dentro dele", disse.

Golpe de 2016

Para Genoino, o impeachment de Dilma Rousseff, em 2016, foi anunciado ainda em 2014, quando houve uma "tentativa de rompimento com as regras do jogo". "Nós tivemos uma radicalização que marcou nossa presença no governo. Essa ilusão chegou ao ponto da gente dizer que não teria golpe", declarou. 

De acordo com o ex-deputado, é necessário, agora, novas estratégias para combater as alas conservadoras e de direita do país, sendo preciso "questionar a ordem capitalista neoliberal". 

"Não devemos ter medo de chamar as coisas pelo nome delas. Devemos investir em uma reelaboração à luz das experiências do partido e investir com as esquerdas", afirmou. 

'Fora Bolsonaro'

Ainda na conversa, Altman e Genoino falaram sobre uma possível saída do presidente Jair Bolsonaro do cargo. O ex-deputado disse acreditar em uma frente de esquerda democrática que seja "anti reformas neoliberais". 

"Nós temos que impedir a estabilização desse modelo que vai nos levar à catástrofe. O 'Fora Bolsonaro' é uma bandeira central. Nesse sentido, o desafio é o ano de 2021, que será estratégico", declarou Genoíno afirmando que é necessária ainda a defesa dos direitos políticos de Lula. 

fonte: Brasil 247

  

Para Fux, impeachment de Bolsonaro seria "desastroso"

 

O presidente do STF defendeu que Bolsonaro permaneça como presidente. Para ele, retirá-lo ameaçaria a consolidação da democracia no país. Não ciente de que a maioria dos brasileiros já apoia o impeachment, ele ainda disse que "o Brasil tem de ouvir o povo"

(Foto: Reprodução)


247 - O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, defendeu a permanência de Bolsonaro no poder, dizendo que um impeachment seria "desastroso" para o país. 

Ao Estadão, o ministro também disse que o povo brasileiro não deseja a abertura do processo, não ciente de que pesquisas apontam que a maioria é a favor da medida.

"O impeachment é um processo político que o Supremo não pode nem se intrometer no mérito. Mas, em uma pós-pandemia, em que o País precisa se reerguer economicamente, atrair investidores e consolidar a nossa democracia, eu acho que seria um desastre para o País. O Brasil não aguenta três impeachments. O Brasil tem de ouvir o povo e o povo é ouvido através de seus representantes que estão no Parlamento. Acho que o impeachment seria desastroso", disse.

A relação de Fux com Bolsonaro é difícil de se caracterizar, já que ela é tanto apaziguadora como condenatória. 

Por exemplo, na abertura do ano judiciário, ao lado de Bolsonaro, Fux exaltou a ciência, comemorou a chegada da vacina e criticou o "negacionismo" do presidente. 

A fala foi noticiada também no Antagonista.

“Eu saio da lista sucessória no minuto seguinte à anulação do processo contra Lula”, diz Flávio Dino

 

O governador do Maranhão afirmou à TV 247 que não pretende se candidatar à presidência da República caso Lula seja habilitado a fazer o mesmo. Dino afirma que Lula é uma força unificadora, “capaz de repactuar o país”. Assista

(Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247)

247 - Em entrevista à TV 247, o governador do Maranhão, Flávio Dino, analisou o quadro para as eleições presidenciais de 2022, considerando uma possível restauração dos direitos políticos totais do ex-presidente Lula. Caso este cenário se concretize, Dino revelou: “Eu saio da lista sucessória no minuto seguinte, porque eu tenho bom senso, eu jamais seria um fator de divisão e de fragmentação no nosso campo numa hora tão difícil para o Brasil”.

“Pelo contrário, defendo a ampla unidade, principalmente se o ex-presidente Lula puder ser candidato. Caso isso ocorra, ele terá meu apoio, meu voto e minha militância”, acrescentou.

O governador afirmou que Lula é uma força unificadora :“Acho que ele tem condição de repactuar o país. O país está dilacerado, fraturado, destruído, amesquinhado, aviltado, um verdadeiro vexame”, conclui Dino. 

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Brasil fez pedido ousado para que China substituísse embaixador em Brasília

 

O episódio ocorreu em abril do ano passado, após o embaixador chinês Yang Wanming ter respondido às agressões de Eduardo Bolsonaro no Twitter

Yang Wanming, embaixador da China no Brasil (Foto: Romulo Serpa/Agência CNJ/Divulgação)


247 - O Brasil fez um pedido à China em abril do ano passado para que o embaixador em Brasília, Yang Wanming, fosse removido, em ato de extrema ousadia que se deu após agressões do senador Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) no Twitter.

Na ocasião, a embaixada chinesa em Brasília repudiou, de forma humilhante, as calúnias do vereador sobre a China ser culpada pela pandemia da Covid-19: "São absurdas e preconceituosas as suas palavras, além de ser irresponsáveis. Não vale a pena refutá-las. Aconselhamos que busque informações científicas e confiáveis nas fontes sérias como a OMS, úteis para ampliar a sua visão", diz a nota.

O pedido para a remoção do embaixador chinês Yang Wanming foi feito pelo embaixador brasileiro em Pequim, Paulo Estivallet de Mesquita, informa a coluna de Guilherme Amado, na Época.

Logicamente, a China ignorou o pedido.

Último remanescente da cúpula da Lava Jato na PF sai do Brasil

 

O delegado Igor Romário de Paula e Sergio Moro atuaram conjuntos na condução da Operação Lava Jato, tendo se conhecido em Curitiba. Ele deve ir para o Canadá, onde a PF busca estabelecer um posto de audiência

Igor Romário de Paula (Foto: Leonardo Lucena)


247 - Praticamente o último remanescente da cúpula da Lava Jato na Polícia Federal (PF), o delegado Igor Romário de Paula, vai deixar seu cargo de diretor.

O delegado estabeleceu um vínculo forte com Sergio Moro em Curitiba durante a Operação Lava Jato, e passaram a atuar juntos. 

Em 2019, Igor foi escolhido pelo diretor-geral Maurício Valeixo, nomeado por Sergio Moro, na época ministro da Justiça.

Além de Igor, deixaram seus cargos os delegados Márcio Anselmo e Érika Marena, e o chefe da PF no Paraná, Rosalvo Franco. O último foi quem coordenou as buscas na casa do ex-presidente Lula. 

O diretor irá ao Canadá, onde a PF busca estabelecer um posto de audiência.

 

Mensageiro das elites, FHC nega o impeachment e pede que os brasileiros sofram com Bolsonaro

 

Satisfeito com o desmonte do estado brasileiro, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso diz, em seu artigo mensal que "do poder ninguém escapa, seja exercendo-o, seja sofrendo-o"

(Foto: Reuters | PR)

247 – O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que tramou o golpe contra a ex-presidente Dilma Rousseff e a prisão política do ex-presidente Lula, e que atua como mensageiro das elites em seu artigo mensal, diz, em seu texto de fevereiro, que os brasileiros devem se contentar em sofrer com o degradante Bolsonaro. No artigo, ele não menciona a palavra impeachment, sinalizando que está satisfeito com o desmonte do estado brasileiro. Confira abaixo:

As difíceis escolhas

Além da pandemia, temos de vivenciar o jogo degradante de sempre de quem manda

Fernando Henrique Cardoso – Dias difíceis estes pelos quais passamos. Além da pandemia, o jogo do poder. Eu não me posso queixar: fique em casa, dizem os que mais sabem sobre os contágios. Isso é possível... para quem tem casa, como eu. E os que não a têm, ou a têm precária, e são muitos, na casa dos milhões? E os que estão no poder e, diferentemente de minha situação atual, precisam meter-se no dia a dia da política?

O bichinho persistente, o novo coronavírus, mata indiscriminadamente, é verdade, jovens ou velhos, ricos e poderosos tanto quanto pobres e sem alavancas de poder nas mãos. Mesmo assim, na minha faixa de idade, quando os 90 anos se aproximam celeremente, é triste viver dentro de casa, por mais confortável que seja, e ver a cidade murchando. E é tristeza para todos.

Mas não desanimemos. Se algo o tempo ensina, é como diz o velho ditado: não há mal que sempre dure nem bem que nunca acabe.

Às vezes, raramente, sinto certo desânimo. Olho em volta e vejo: meu Deus, outra vez! É o Congresso em seu ritmo habitual: dá cá, toma lá. Certa vez perguntei a Bill Clinton, então presidente dos Estados Unidos: mas é sempre assim? Tratava-se da prática de pegar no telefone e falar com cada um dos deputados que o apoiavam, para pedir: é preciso votar a favor, ou contra, tal ou qual projeto.

Era o habitual. Mas vale a pena. Sem democracia é pior: a barganha, quando existe, não é vista nem comentada. Mas existe. Melhor que se a faça às claras.

Digo isso não para referendar o que está acontecendo (nem sei de fato), e sim para dizer que é melhor suportar tanto horror perante os céus do que amargar a falta de liberdade. Mas é preciso lutar. Por mais que se “entenda o jogo”, é necessário repudiá-lo do fundo da alma. Se for indispensável jogar, que se limite a barganha ao máximo. Fácil dizer, difícil fazer. 

Ainda assim, com o peso dos anos e a experiência de haver passado pelos altos e baixos do poder, não deixa de ser triste ver isso a que estamos assistindo: o poder, nu e cru, com suas mazelas expostas. Ainda que se dê o desconto e se imagine que “a mídia” exagera (pobre dela, paga o preço), a cada episódio de mudança de comando no Congresso vê-se pouco uma luta de ideais, e se vê, a perder de vista, um jogo de interesses. Eu sei que a tessitura da política não é feita só com valores e que os interesses contam; mas a cada vez que tudo isso aparece dá vontade de fechar-se na vida pessoal e ponto.

Só que ninguém é de ferro e no dia seguinte, novamente, volta o “interesse público”. Sejamos francos: mesmo entre os que barganham, nem por isso o interesse público desaparece ou deixa de contar. A realidade cobra o seu preço, os fatos falam mais alto, as urgências se impõem. O que parece ser diferente em nossas plagas, comparando com outras (que talvez tenhamos a sorte de conhecer menos), é que nas democracias, imagina-se, existem mais valores do que interesses. Será? Espero, mas não sou ingênuo (gostaria de o ser). Acho melhor olhar para o que, apesar dos procedimentos criticados, se pode fazer em liberdade, em contraposição ao que é feito em regimes autoritários, por mais “fazedores” que sejam.

Espero, apesar de tudo, que os novos dirigentes do poder parlamentar não se esqueçam de que, além de colaborar com o que lhes pareça positivo no governo federal, continuem fazendo o que dizem ser necessário: as reformas (dependendo sempre de quais e para quê) e, sobretudo, projetos para a volta dos empregos, com uma nova onda de crescimento da economia. E, por favor, sem esquecer que a tão falada redistribuição de renda não ocorre sem que haja (perdoem-me a má palavra) vontade política.

E isso – a tal vontade política – é necessário em qualquer forma de poder. A diferença entre elas é que, quando são democráticas, o cidadão comum fica sabendo o que acontece, pois a mídia anuncia e denuncia. Eventualmente, ele pode reagir nas eleições futuras. Enquanto, sem liberdade, os donos do poder mandam mais “à vontade”, ou seja, fazem das suas e ninguém toma conhecimento.

Não convém, portanto, apenas se recolher. Ao contrário, já que pelo menos temos liberdade, não compactuemos com erros e exerçamos, dentro da lei, o poder de escolha. Se errarmos, pagaremos o preço. Pior, quem escolhe é a maioria, que nem sempre acerta. Se é que acertar quer dizer estar de acordo com o ponto de vista de quem hoje reclama. Mais do que nunca, precisamos de lideranças. Na política não adianta o sentimento sem ter quem o expresse. Líder é quem simboliza um sentimento.

Não escrevo para me consolar, nem para consolar os leitores. Creio que é assim mesmo: a democracia é sempre imperfeita, embora melhor que as outras maneiras de governar. Verdade simples e fácil de ser enunciada. Mas difícil, reconheço, de ser vivida. Pior ainda, como agora, quando, além da pandemia, temos de vivenciar o jogo degradante de sempre, sejam quais forem, tenham sido ou vierem a ser “los que mandan”.

Livremo-nos ao menos do vírus (se possível), já que do poder ninguém escapa, seja exercendo-o, seja sofrendo-o.

 

sábado, 6 de fevereiro de 2021

Arapongas registra 26 novos casos de Coronavírus e 22 curados neste sábado



Prefeitura de Arapongas, através da Secretaria Municipal de Saúde, informou neste sábado, (06/02), o registro de 26 novos casos e 22 curados por COVID-19 no município. Agora o município chega a 9.553 casos dos quais 8.882 já estão curados (93%), 497 ainda estão com a doença e 174 infelizmente vieram a óbito. Ao todo, já foram realizados 40.022 testes. 
Sobre os casos, a Secretaria de Saúde informa que:
Entre os resultados dos testes públicos e privados realizados no município, foram divulgados 67 resultados negativos nesta data.
Os resultados abaixo divulgados, em sua maioria, são provenientes de exames realizados a partir do dia 02/02.
Entre os 26 casos confirmados, 15 são do sexo feminino com as respectivas idades: 02, 28, 29, 29, 32, 34, 34, 37, 41, 41, 45, 48, 61, 67 e 68 anos.
Do sexo masculino, foram diagnosticados 11 pacientes com as respectivas idades: 16, 24, 24, 30, 32, 35, 41, 43, 49, 70 e 84 anos.
Os dados hospitalares são referentes ao dia de ontem uma vez que o hospital de referência não atualizou estes dados.
Referente aos pacientes de Arapongas com COVID-19, o município possui 08 pacientes internados em leitos de UTI e 13 pacientes internados em leitos de enfermaria. 
Referente aos leitos hospitalares em Arapongas, a ocupação informada pelo hospital hoje é de 90% dos 40 leitos de UTI e de 52,5% dos 40 leitos de enfermaria. 
Referente aos leitos hospitalares em Arapongas, houve aumento dos leitos exclusivos para COVID-19 do Hospital de referência pela SESA-PR a partir de 01/01/2021. O Hospital conta atualmente com 40 leitos de UTI e 40 leitos de enfermaria.
A Secretaria de Saúde de Arapongas reforça a importância de que a população siga as orientações dos especialistas, mantendo os cuidados de higiene, usando máscaras e evitando aglomerações, inclusive em festas e confraternizações familiares.

 

“Não há qualquer dúvida de que Bolsonaro praticou crime de genocídio”, diz André Barros

 

O advogado André Barros avalia que configura crime de genocídio por parte de Jair Bolsonaro o não cumprimento da obrigação de fornecimento de leitos e água potável a povos indígenas. Para ele, o argumento do governo de que não há orçamento para tal é totalmente inválido. Assista

(Foto: bolsonaro/reuters)


247 - Em entrevista à TV 247, o advogado André Barros condenou o veto de Jair Bolsonaro, em julho do ano passado, à obrigação do governo de fornecer água potável e leitos a povos indígenas, medida que ele caracteriza como “crime de genocídio”.

“Bolsonaro coloca em escrito nas razões do veto, assim como o procurador-geral da República, que não há previsão financeira e orçamentária para o acesso universal à água potável, como se isso fosse necessário”, diz Barros.

O advogado explica que a justificativa do governo, além de não condizer com a ampliação do teto de gastos, não se aplica à questão: “Estas são leis que o próprio presidente sancionou, uma delas sendo o orçamento emergencial. Mas mesmo que não houvesse este orçamento, não é necessária uma previsão financeira e orçamentária para socorrer povos em extrema vulnerabilidade”.

“Então não há qualquer dúvida de que Bolsonaro praticou crime de genocídio”, conclui Barros. 

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Câmara Municipal de Apucarana anuncia suspensão do ponto facultativo no Carnaval

Haverá expediente normal nos dias 15, 16 e 17 de fevereiro


O presidente da Câmara Municipal de Apucarana, Franciley Preto Godoi, Poim, acompanhando o Decreto nº 6.766, de 02 de fevereiro de 2.021, do Governo do Estado do Paraná, bem como o Decreto nº 76/2021 do Executivo Municipal, que suspende festas ou eventos comemorativos de carnaval, em todo o território do Estado, assinou na quinta-feira (04/02), à tarde, a Portaria nº 12/2021, que determina a abertura da Câmara Municipal para atendimento ao público, com expediente normal nos dias 15, 16 e 17 de fevereiro (segunda, terça e quarta-feira), das 08 às 18 horas.

“Esse atendimento será feito, no mesmo horário na quinta e sexta-feira (18 e 19/02). A medida é necessária, importante e tem como objetivo evitar aglomerações, festas, encontros e ao mesmo tempo evitar viagens neste período de pandemia que estamos enfrentando. Temos que nos manter vigilantes para combater a propagação do Coronavírus. Temos que nos unir no enfrentamento a esta doença. É nossa obrigação, como órgão público e como cidadão, seguir e manter os cuidados necessários”, disse o presidente Poim.

Ele lembra que as medidas já tomadas devem continuar, como o uso de mascaras, a higienização das mãos, evitar aglomerações, manter o distanciamento. “E se possível, quem puder, fique em casa”, alerta o presidente.

FERIADO DA PADROEIRA

Já na quinta e sexta-feira (11 e 12/02) a Câmara Municipal estará fechada para celebrar o Dia de Nossa Senhora de Lourdes, padroeira do município. O feriado, comemorado no dia 11/02, é estabelecido por lei municipal e, sempre que a data acontece em uma terça ou quinta-feira, a administração municipal fixa ponto facultativo em dia anterior ou posterior à celebração e o legislativo irá acompanhar a determinação.

O ponto facultativo foi confirmado pelo presidente Poim através da Portaria nº 11/2021. “Nestes dias não teremos atendimento na Câmara. Retornaremos na segunda-feira (15/02). Neste mesmo dia será realizada, às 16 horas, nossa Sessão Ordinária”, finalizou o presidente.

Fonte: Portal de Notícias da Câmara

 

  

Em decisão histórica, Papa nomeia freira como subsecretária do Sínodo

 

A nomeada foi a freira Nathalie Becquart, das Vocações da Conferência dos Bispos de França, que será acompanhada no cargo pelo padre Luis Marín de San Martín, da ordem de Santo Agostinho

(Foto: Vaticano)

247 - O Papa Francisco nomeou uma mulher como subsecretária do Sínodo dos Bispos. A medida inédita na história da Igreja Católica representa uma abertura do Pontífice a uma maior participação das mulheres na vida da Igreja.

A nomeada foi a freira Nathalie Becquart, das Vocações da Conferência dos Bispos de França, que será acompanhada no cargo pelo padre Luis Marín de San Martín, da ordem de Santo Agostinho.    

Para o cardeal Mario Gregh, secretário-geral do Sínodo, a decisão "é um passo importante para fortalecer o secretariado geral, além de dar um impulso ao compromisso por uma Igreja sinodal e missionária".    

"A nomeação ajuda-nos a recordar de forma concreta que nas viagens sinodais a voz do povo de Deus tem um lugar especifico e que é fundamental encontrar caminhos e promover uma participação efetiva de todos os batizados", afirmou Grech à agência ANSA."Veremos que outros passos podem ser dados no futuro".