quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

Lobista da Globo disse a Dallagnol que "devido processo legal é doença"

 

Novas declarações revelam o conluio entre a Lava Jato e o conglomerado de mídia da família Marinho. Em 2019, o professor Joaquim Falcão, lobista da emissora, teve um almoço com Deltan Dallagnol e disse ao então procurador que "o excesso do devido processo legal é uma doença. Inchaço. Patologia"

Professor Joaquim Falcão, Deltan Dallagnol e a família Marinho


Por Lenio Luiz Streck, Conjur - A cumplicidade entre o lavajatismo, setores da academia e da grande mídia fica nítida em um dos diálogos periciados que agora vem à tona. Trata-se de um almoço que Dallagnol conta, com orgulho, aos seus companheiros de grupo Telegram

O professor Joaquim Falcão foi anfitrião de almoço com o chefão da Globo e ele, Deltan:

Dallagnol (12h42min) – "Caros, esqueci de contar algo importante... Na correria, passou. Mas tem de ficar restrito. Almocei na quarta com João Roberto Marinho. É ele quem, segundo muitos, manda de fato na Globo. Responsável pela área editorial do grupo. A pessoa que mais manda na área de comunicação no país. Quem marcou foi Joaquim Falcão. Para evitar repercussão negativa, foi na casa do Falcão. Falei do grupo, do trabalho e das 10 medidas. Falei da guerra de comunicação que há no caso. Ele ouviu atentamente e deu seu apoio às dez medidas. Vai abrir espaço de publicidade na Globo gratuitamente."

Andrey Mendonça: (13h04min) - "Parabéns Deltinha! [tinha cinco emojis de palminhas!)"

Januário Paludo: (13h04 min) – "Bah".  (os grifos são meus)

Na aludida reunião ("restrita”, nas palavras de Dallagnol), na casa do professor Falcão, foi montada a estratégia de apoio da Globo ao indigitado projeto que, lembram, criava prova ilícita de boa-fé, fragilizava o Habeas Corpus e outras gritantes inconstitucionalidades.

Isto quer dizer que os participantes da reunião apoiavam os absurdos previstos no Projeto, rejeitadas pelo Congresso Nacional em boa hora.

Tudo se encaixa. Observe-se que,  em  2019, o professor Joaquim Falcão chegou a dizer que “o excesso do devido processo legal é uma doença. Inchaço. Patologia. É o processualismo”.  

A questão é: o que seria excesso de devido processo legal? Uma doença? Permito-me fazer a pergunta ao reverso: o que seria, então, uma deficiência de devido processo legal? Como medir o devido processo? Quem vai dizer "a medida exata do devido processo"?

Martonio Barreto Lima, Marcelo Cattoni e eu escrevemos um artigo no ConJur no último dia 26 contestando um texto do professor Falcão em que ele faz uma ode ao "novo Direito praticado no âmbito da 'lava Jato'". Perguntávamos: "O que é isto 'o novo que pede passagem' do TRF-4 e Joaquim Falcão?"

Sem dúvida, isso pode ajudar a explicar o tal regabofe ocorrido em 2015.  Bom, os participantes poderão até negar a consoada. Mas que Deltinha (sic) contou a história direitinho, ah, isso contou. Como disse o procurador Januário, "bah".  

Bah, digo eu! Leio que Deltan e outros procuradores foram ao STF para impedir a liberação dos referidos diálogos. O ministro Lewandowski liberou uma parte e pôs sigilo em outra parte. Lendo 10% das mensagens já provoca arrepios na República. Imagina o que vem por aí.

Dallagnol não quer que o país saiba que ele, em uma das conversas sobre o vazamento dos diálogos entre Lula e Dilma, chamou o Direito Constitucional de "filigrana" e que a política vale mais do que o Direito. Foi explícito nisso. Com a concordância do procurador Januário Paludo.

Já Moro continua negando a existência das mensagens. No fundo, ele imita o sofista Górgias de Leôncio: as mensagens não existem; se existem, não são minhas; e se são minhas, são ilegais. 

O que Moro e os membros da força-tarefa esquecem? Simples. Até nas faculdades de direito que formam reacionários e fascistas se aprende, nos primeiros semestres, uma coisa prosaica: uma prova, mesmo que decorrente de "colheita" (sic) ilícita, pode sempre ser usada em favor do réu.

Portanto, não adianta alguém dizer que as mensagens, porque foram hackeadas, não podem ser usadas. Podem, sim. A doutrina processual, que eu saiba sem exceção, admite o uso desse tipo de prova se for para beneficiar o réu.

O que fica de tudo isso é que fiscais da lei, guardiões da Constituição combinaram com o juiz da causa um conjunto de atitudes e estratégias.

Sendo um pouco jus-sarcástico, acho que as mensagens deveriam ser classificadas como "segredo de Estado". Explico: Imaginemos se os estudantes de Direito lerem todo esse material e lerem também que os protagonistas disseram que tudo isso "era normal". E que gente do Direito defendia esse "normal". A chance de os alunos desistirem do direito é grande. Porque isso tudo é antítese do que os professores escrevem e o que diz na Constituição.

Daí talvez uma tarja no material: O uso desse material pode abalar sua confiança na justiça.

Se tomarem conhecimento do material, os alunos fugirão dos cursos de Direito. Irão fazer cursos de política, coach ou estratégia. Tudo, menos Direito.

 

Gleisi critica conduta de Marília Arraes, que rompe política interna do PT

 

A deputada pernambucana agiu fora das normas do PT e sua conduta será analisada nas instâncias partidárias, afirmou Gleisi Hoffmann, presidente da sigla

Deputada Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT (Foto: Stuckert)

247 - A eleição de Marília Arraes (PT-PE) para um cargo na Mesa Diretora da Câmara dos Deputados desencadeou uma onda de críticas dentro do seu partido. Militantes, dirigentes e parlamentares reagiram à conduta da deputada pernambucana, que agiu à revelia das normas internas.

Marília se lançou de maneira independente (sem a indicação do partido) ao comando da segunda secretaria. O PT decidiu lançar o nome de José Daniel (PT-SE). Marília contou com o apoio do Centrão, grupo liderado pelo novo presidente da Câmara Arthur Lira  saiu vencedora.

A presidente Gleisi Hoffmann (PT-PR) disse ao Painel da Folha de S.Paulo que a conduta afronta a política interna do partido.

“A atitude da deputada Marília rompe procedimento estatutário do PT e isso terá de ser analisado nas instâncias partidárias”, afirmou.

Chega ao Brasil insumo da China que vai permitir fabricação de 8,6 milhões de doses da Coronavac

Chegou ao Brasil, proveniente da China, na noite desta quarta-feira (3), a carga de 5,4 mil litros do Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) que permitirá que a produção pelo Instituto Butantan de 8,6 milhões de doses da vacina Coronavac, desenvolvida em parceria com a Sinovac

(Foto: Reprodução/Twitter/João Doria)


247 - A carga com 5,4 mil litros do Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) para a produção de 8,6 milhões de doses da Coronavac já está no Brasil. Os insumos chegaram na noute desta quarta-feira (3) no Aeroporto de Viracopos, em Campinas, interior de São Paulo.

A chegada foi acompanhada pelo governador de São Paulo, João Doria (PSDB), pelo diretor do Butantan, Dimas Covas, e pelo secretário de Saúde do Estado, Jean Gorinchteyn.

"Estamos no aeroporto de Viracopos, em Campinas, para receber o maior lote da Vacina do Butantan até o momento. A carga com 5,4 mil litros de insumos, capazes de produzir 8,6 milhões de doses da vacina do Butantan, desembarcou há pouco. Mais um importante passo para salvar vidas", escreveu o governador no Twitter. 

Terminam assim, pelo momento os problemas enfrentados para a importação do insumo.   O governo espera um novo carregamento no dia 10 de fevereiro, que será capaz de produzir mais 8,6 milhões de doses. A produção da Coronavac pelo Instituto Butantan foi comprada pelo Ministério da Saúde e está sendo distribuída aos Estados, informa O Estado de S.Paulo

Joice Hasselmann acusa Carla Zambelli de roubar seus vestidos

 

"São as únicas elegantes que ela [Zambelli] usa, inclusive um lindo macacão preto. Já as cafonas são dela mesmo", atacou Joice Hasselmann

(Foto: Agência Câmara)


247 - A deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP) acusou em suas redes sociais a também parlamentar bolsonarista Carla Zambelli (PSL-SP) de roubar seus vestidos.

 "São as únicas elegantes que ela usa, inclusive um lindo macacão preto. Já as cafonas são dela mesmo", alfinetou Joice. 

Segundo a jornalista Mônica Bergamo, em sua coluna no jornal Folha de S.Paulo, tudo começou com um comentário do deputado Alexandre Frota (PSDB-SP) no Twitter em que ele diz que Eduardo Bolsonaro, filho do presidente e também parlamentar, quer colocar Carla Zambelli no lugar de Joice na comunicação da Câmara dos Deputados.

"A Carla sempre quis ser a Joice, a inveja dela só não maior do que a alma podre , ruim e cínica. Joice abre o olho", escreveu Frota.

Joice então comentou: "Isso eu sempre soube @77_frota [Frota]. Antes ela camuflava como “admiração”. Depois q se elegeu com meus votos tirou as garrinhas de fora. É tão cínica q copia até poses de FOTOS e tem a cara de pau de usar roupas MINHAS que emprestei no passado e que ela nunca devolveu. LIXO HUMANO".

Depois, respondeu a um comentário feito pela colunista no próprio Twitter: "Hahahaha. Quer que eu descreva as peças @monicabergamo? São as únicas elegantes que ela usa, inclusive um lindo macacão preto. Já as cafonas são dela mesmo".

Carla Zambelli então respondeu: "Na verdade ela tinha dado de presente. E eu usei no dia que recebi o prêmio por votação popular de melhor deputada do @congressoemfoco, foto abaixo. Mas vou mandar devolver amanhã mesmo, já que voltou a caber nela, deve estar com saudades do macacão, tadinha".​

 

Biden surpreende mais uma vez e retoma operações com portos e aeroportos com Venezuela

Joe Biden continua a surpreender com medidas progressistas e de pacificação. Nesta terça-feira, foi revogada decisão que autoriza transações para a retomada de operações portuárias e aeroportuárias na Venezuela

(Foto: Reuters)


247 - O governo Joe Biden continua a surpreender com um pacote de medidas progressistas de pacificação. Nesta terça-feira (2), foi revogada decisão do governo Trump e emitida uma licença que autoriza a retomada de operações portuárias e aeroportuárias com a Venezuela

O Departamento do Tesouro emitiu a licença 30A, que permite a operação portuária e aeroportuária comum, o que havia sido proibido em agosto de 2019 pelo governo Trump. O documento afirma, no entanto, que a  licença ainda não é geral e não permite transações com qualquer pessoa ou instituição bloqueada por sanções dos EUA.

Outra medidas progressistas de Biden no início de seu mandato foram a volta dos EUA à Organização Mundial da Saúde (OMS), regras para uso de máscaras e distanciamento social em prédios e áreas federais, retorno ao Acordo de Paris, revogação do  “muslim ban”, que proibia a entrada nos Estados Unidos de cidadãos de uma série de países de maioria muçulmana, suspensão da proibição para os transgêneros servirem nas Forças Armadas, revogação da construção do muro na fronteira com o México, entre outras.

Mudança de postura 

Biden segue na contramão de Trump, que foi o primeiro líder a reconhecer o opositor golpista Juan Guaidó como presidente da Venezuela e promover as “Sanções de Caracas”, que inclui embargos econômicos ao país, principalmente na área do petróleo, fonte primária da economia do país vizinho. 

O governo de Jair Bolsonaro ecoou as ordens do republicano e passou a promover diversos ataques diplomáticos à Venezuela, chegando a fechar fronteiras com o país. Agora, com o novo cenário em Washington, o governo extremista brasileiro está deslocado no contexto geopolítico para promover novas ameaças à nação vizinha.

  

Moro suspendeu sigilo de ação sobre acervo de Lula para impedir sua nomeação como ministro de Dilma

Em mais uma demonstração de parcialidade da Lava Jato, Deltan Dallagnol e Sérgio Moro quebraram o sigilo de uma ação da PF contra Lula para impedir o ex-presidente de ser nomeado para Casa Civil do governo Dilma em março de 2016. O ex-juiz também havia tornado públicos telefonemas entre Dilma e o ex-presidente, em outra conduta ilegal

Sérgio Moro, ex-presidente Lula e Dilma Rousseff (Foto: Abr | Stuckert)

247 - O procurador Deltan Dallagnol e o ex-juiz Sergio Moro debateram em aplicativo de mensagens quebrar o sigilo de uma ação da Polícia Federal envolvendo acervo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Menos de uma hora e meia após a conversa, Moro fez o despacho suspendendo o sigilo. 

O diálogo entre Moro e Dallagnol aconteceu em março de 2016, quando o nome de Lula era cogitado para assumir o Ministério da Casa Civil no governo de Dilma Rousseff. O então procurador disse que ao ex-juiz que temia o impedimento da suspensão do sigilo com a nomeação de Lula, porque o petista passaria a contar com foro privilegiado. Os diálogos foram publicados em reportagem do portal Uol.

Em 11 de março de 2016, por volta das 16h, Moro disse a Dallagnol: "A PF [Polícia Federal] deve juntar relatório preliminar sobre os bens encontrados em depósito no Banco do Brasil. Creio que o melhor é levantar o sigilo dessa medida. Abri para manifestação de vocês [força-tarefa da Lava Jato], mas permanece o sigilo. Algum problema?", questionou. 

Em 8 de março, Moro havia dito: "Como eventualmente podem conter documentos ou provas (...), justifica-se a busca e apreensão".

No despacho, o então juiz afirmou que não caberia "qualquer conclusão deste Juízo acerca do resultado da busca". "Entretanto, ultimada a busca, não mais se faz necessária a manutenção do sigilo".

Também no dia 11 de março, Dallagnol disse a Moro: "Temos receio da nomeação de Lula sair na segunda [14 de março] e não podermos mais levantar o sigilo". "Como a diligência está executada, pense só relatório e já há relatório preliminar, seria conveniente sair a decisão hoje, ainda que a secretaria operacionalize na segunda. Se levantar hoje, avise por favor porque entendemos que seria o caso de dar publicidade logo nesse caso", afirmou.

Moro respondeu dizendo que já havia despachado para levantar o sigilo. "Mas não vou liberar chave [para acesso ao processo no sistema eletrônico] por aqui para não me expor. Fica a responsabilidade de vocês [força-tarefa]." Moro disse ter receio de "novas polêmicas agora" e que isso tivesse impacto negativo. "Mas pode ser que não", ponderou.

"Vamos dar segunda, embora fosse necessária a decisão hoje para caso saia nomeação", disse o procurador. 

Grampo ilegal

Na época, Moro tornou pública a gravação de telefonemas entre o ex-presidente Lula e a então presidente Dilma Rousseff, diante da especulação de que o petista poderia ser nomeado para o governo.

A medida do então juiz foi ilegal, porque um dos participantes da conversa tinha prerrogativa de foro por função (Dilma). Por consequência, a primeira instância jurídica deveria mandar as provas para a Corte indicada. 

Em março daquele ano, Moro pediu desculpas ao STF. "Jamais foi a intenção desse julgador, ao proferir a aludida decisão de 16/03 (vazamento para público do diálogo entre Dilma e Lula), provocar tais efeitos e, por eles, solicito desde logo respeitosas escusas a este Egrégio Supremo Tribunal Federal". 

O ex-juiz, no entanto, não pediu desculpas a Dilma nem a Lula. 

  

Cúmplice da destruição do Brasil, Globo chora, em editorial, o fim da Lava Jato

 

Segundo o jornal da família Marinho, a operação usada para destruir a engenharia nacional, entregar o pré-sal, golpear a democracia e que também engendrou o fascismo fez bem ao País

(Foto: Mídia NINJA | Reprodução | Ricardo Stuckert | Brasil 247)

247 – O jornal O Globo, que usou a Lava Jato como instrumento para golpear a ex-presidente Dilma Rousseff, garantir a prisão política do ex-presidente Lula e fazer lobby pela entrega do pré-sal às petroleiras internacionais, chora, nesta quinta-feira, o fim da operação, em seu editorial. "Sem alarde, foi extinto ontem, depois de sete anos, o grupo que mudou a história do combate à corrupção no Brasil. Não existe mais a força-tarefa da Operação Lava-Jato em Curitiba, onde o trabalho frenético de uma equipe jovem e aguerrida de procuradores desbaratou o maior esquema de corrupção já descoberto no país", diz o texto.

"Não deixa de ser irônico que o fim do principal braço da Lava-Jato aconteça no governo do presidente apoiado pelos que envergavam camisetas e bradavam slogans louvando a 'República de Curitiba'. Jair Bolsonaro trouxe Sergio Moro para seu ministério como símbolo do que os corruptos deveriam esperar. Pois bastou as suspeitas chegarem perto de seus familiares para ele tratar de se livrar de Moro, que tentava impedi-lo de interferir nas investigações", pontua o jornal.

"Mesmo que Moro e os procuradores tenham se excedido na ira missionária, o resultado da Lava-Jato já está nos livros de história. O esquema desbaratado na Petrobras não tem paralelo conhecido no planeta. O Brasil ficou melhor enquanto as investigações prosseguiam. Seu esvaziamento, num momento em que Bolsonaro entrega o governo a políticos conhecidos pela sanha com que se lançam ao patrimônio público, deixa o país pior. Muito pior", finaliza o texto, admitindo o abuso de autoridade.

 

ACM Neto diz que DEM pode apoiar Bolsonaro em 2022 e descarta impeachment

Em entrevista à Folha, o presidente do DEM sinalizou que irá romper a unidade da direita tradicional e que poderá apoiar Bolsonaro em 2022. Ele descartou a possibilidade de um processo de impeachment

ACM Neto e Bolsonaro (Foto: Alan Santos/PR/Divulgação)


247 - O presidente do DEM, ACM Neto decretou o fim da unidade, ainda que precária, das forças da direita tradicional do país, ao sinalizar, em entrevista à Folha de S.Paulo o rompimento com o governador de São Paulo, João Doria, líder do PSDB, e a possibilidade de apoio a Bolsonaro em 2022. Na última semana, ele conduziu seu partido a apoiar o candidato do governo à Presidência da Câmara, Artur Lira (PP-AL), rompendo com Rodrigo Maia (DEM-RJ). ACM Neto descartou a possibilidade de um processo de impeachment de Bolsonaro.

Para o político baiano, Bolsonaro não é extremista, mas teria extremistas ao seu redor. A declaração indica o interesse do presidente do DEM de deslocar os bolsonaristas do governo e abrir espaço para seu partido: “Acho que o presidente tem pessoas no entorno dele que são mais extremistas do que ele”. Ele rejeitou por completo o processo de impeachment: “Não acho que exista clima no país para isso. Não acho que existam questões jurídicas para isso”.

O apoio a Bolsonaro em 2022 é uma das hipóteses para o presidente do DEM, que o inclui no bloco da direita e não o considera mais alguém de extrema direita: “Nós não estaremos com os extremos. Você pergunta se eu descarto inteiramente a possibilidade de estar com Bolsonaro. Neste momento não posso fazer isso. Qual Bolsonaro vai ser? Os dos dois últimos anos que passaram? Não queremos. Agora, haverá um reposicionamento? Para a construção de algo mais amplo, que não fique limitado à direita? Não sei. Então, não posso responder agora. Portanto, seja Doria, Bolsonaro, Huck, Ciro [Gomes], [Luiz Henrique] Mandetta, qualquer um dos nomes, vamos saber com o passar do tempo se vai ter mais ou menos chance”.

Quanto a Doria, o presidente do DEM afirmou: “Não vou dizer isso de maneira alguma. Tenho um respeito muito grande pelo governador João Doria. Acho que ele será um dos atores. Da mesma forma que lhe afirmo que não temos compromisso com Doria, e nunca tivemos, também devo dizer que jamais nós descartamos essa possibilidade. Não é certo dizer que há compromisso, como não é certo dizer que há veto”.

Na entrevista à jornalista Camila Mattoso, ACM Neto afirmou que o DEM não é da base do governo e nem da oposição: “Não somos oposição e não temos intenção de aderir à base do governo”.

  

Requião diz que Bolsonaro ‘apenas alugou’ o Congresso Nacional: ‘não houve compra’

 


O ex-senador Roberto Requião (MDB-PR), enquanto se prepara para voltar ao governo do Paraná, em 2022, entre uma tuitada e outra, comenta a movimentação nos bastidores da política brasileira.

Após a eleição no Congresso Nacional, Requião contestou a versão segunda qual o presidente Jair Bolsonaro comprou as presidências e diretorias da Câmara e do Senado.

Analistas políticos afirmam que Bolsonaro não comprou a presidência da Câmara, apenas alugou”, escreveu no Twitter o emedebista paranaense.

Na segunda-feira (1º), o Senado elegeu Rodrigo Pacheco (DEM-MG) e a Câmara escolheu Arthur Lira (PP-AL). Ambos são aliados do inquilino do Palácio do Planalto.

Requião acredita que o aluguel pode custar muito mais caro que a compra efetiva do parlamento.

“Notem que o aluguel pode ser corrigido a cada momento, e em determinadas circunstâncias o preço pode ser impagável”, concluiu.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021

Lula lembra ataques da Lava Jato a Marisa Letícia no 4º aniversário de sua morte

 

“A dona Marisa morreu por conta do que fizeram com ela e com os filhos dela. Agora, não pense que por causa disso eu vou ficar com meu coração cheio de ódio”, lembrou o ex-presidente Lula

Marisa Letícia e Lula (Foto: Reprodução)

247 - No aniversário de quatro anos da morte de Marisa Letícia, nesta quarta-feira, 3, o ex-presidente Lula relembrou os deboches dos integrantes da Operação Lava Jato contra sua ex-mulher.

“Foi com extrema indignação, com repulsa mesmo, que tomei conhecimento dos diálogos em que procuradores da Lava Jato referem-se de forma debochada e até desumana às perdas de entes queridos que sofri nos anos recentes”, disse Lula em 2019.

“A dona Marisa morreu por conta do que fizeram com ela e com os filhos dela. Agora, não pense que por causa disso eu vou ficar com meu coração cheio de ódio. Aqui tem muito lugar para amor. O ódio eu vou colocando num cantinho bem escondido”, completa o ex-presidente.

Veja a mensagem completa abaixo:

Há 4 anos perdemos dona Marisa Letícia. Companheira de todas as horas, Marisa sofreu na pele os horrores de uma perseguição injusta e cruel.

As mensagens trocadas entre integrantes da Lava Jato, tornadas públicas recentemente, mostram procuradores da operação desconfiando do real estado de saúde da ex-primeira-dama, ironizando sua morte e debochando do luto vivido por @LulaOficial.

“Foi com extrema indignação, com repulsa mesmo, que tomei conhecimento dos diálogos em que procuradores da Lava Jato referem-se de forma debochada e até desumana às perdas de entes queridos que sofri nos anos recentes”, disse Lula em 2019.

“A dona Marisa morreu por conta do que fizeram com ela e com os filhos dela. Agora, não pense que por causa disso eu vou ficar com meu coração cheio de ódio. Aqui tem muito lugar para amor. O ódio eu vou colocando num cantinho bem escondido.”

Dona Marisa Presente!

Moro fala em “supostas mensagens”, mas se justifica sobre diálogo com Dallagnol: foi para ‘proteger Lula’

 

Em seu recurso ao STF, o ex-juiz da Lava Jato admitiu ser o personagem em um dos diálogos que ele nunca havia reconhecido como verdadeiros

(Foto: ABr)

247 - No recurso que apresentou ao ministro Edson Fachin, do STF, contestando a liberação das conversas da Lava Jato à defesa do ex-presidente Lula, o ex-juiz finalmente reconheceu ter participado de um dos diálogos que vieram à tona.

Moro, que sempre tratou as mensagens do Telegram vazadas pelo site The Intercept como “supostas mensagens”, termo usado também no recurso apresentado nesta quarta-feira (3), em certo momento se contradisse e tentou justificar uma de suas mensagens.

Segundo Moro, o diálogo em que ele consulta o procurador Deltan Dallagnol sobre se os procuradores já tinham uma “denúncia sólida o suficiente” contra Lula tinha o intuito de “proteger” o ex-presidente de eventuais “acusações levianas” do Ministério Público Federal. 

Como resposta, Dallagnol explicou em linhas gerais o conteúdo da acusação a ser feita contra o petista e Moro concluiu: “Ok. Grato pela descrição”. A conversa aconteceu em 23 de fevereiro de 2016 e foi revelada nesta semana pela revista Veja.

“Ora, o juiz perguntar ao procurador se ele tem elementos para denunciar é meramente um cuidado retórico para advertir ao Ministério Público de que não deve oferecer acusações levianas, isso para proteger o acusado e não para prejudicá-lo”, alega o documento da defesa de Moro, representada por sua esposa, a advogada Rosângela Moro.

 

Após acabar com Lava Jato, Aras diz que 'procuradores não são estrelas'

 

Segundo o procurador-geral da República (PGR), Augusto Aras, as forças-tarefas “não tinham nenhuma institucionalidade”

Augusto Aras (Foto: Marcelo Camargo/Agencia Brasil)

247 - Ao sair do Congresso, onde participou da sessão de abertura do ano legislativo, o procurador-geral da República (PGR), Augusto Aras, defendeu o encerramento da força-tarefa da Operação Lava Jato: “procuradores não são estrelas”.

Segundo ele, as forças-tarefas “não tinham nenhuma institucionalidade”.

A Operação Lava Jato deixou de existir no Paraná e passou a integrar, desde segunda-feira, 1, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público Federal.

Encurralado, Moro recorre ao STF contra liberação de mensagens da Lava Jato a Lula

 

Defesa do ex-juiz Sergio Moro alega que o ministro Ricardo Lewandowski, do STF, usurpou a competência de Edson Fachin ao liberar as conversas entre ele e procuradores aos advogados do ex-presidente

Sergio Moro e STF (Supremo Tribunal Federal) (Foto: Agência Brasil)

247 - Na defensiva depois da divulgação das novas conversas da Lava Jato, o ex-juiz Sergio Moro recorreu ao ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, contra a decisão de Ricardo Lewandowski que entregou a Lula as mensagens roubadas por hackers de autoridades da Lava Jato.

O recurso foi assinado por Rosângela Moro, esposa do ex-magistrado. No documento, ele argumenta que houve violação do princípio do juiz natural, segundo o site O Antagonista

Edson Fachin já havia negado pedido semelhante apresentado pela defesa de Lula, que chegou a encaminhar o caso ao plenário do Supremo para análise. Lewandowski liberou os diálogos aos advogados do ex-presidente e nesta semana retirou o sigilo das conversas.

Após a divulgação das mensagens, Moro divulgou nota tentando negar os crimes revelados em seus diálogos com o procurador Deltan Dallagnol.

 

COVID-19: Arapongas registra 30 novos casos e 142 curados nesta quarta-feira



Prefeitura de Arapongas, através da Secretaria Municipal de Saúde, informou nesta quarta, (03/02), o registro de 30 novos casos, 142 curados por COVID-19 no município. Agora o município chega a 9.445 casos dos quais 8.705 já estão curados (92,2%), 569 ainda estão com a doença e 171 infelizmente vieram a óbito. Ao todo, já foram realizados 39.738 testes. 
Sobre os casos, a Secretaria de Saúde informa que:
Entre os resultados dos testes públicos e privados realizados no município, foram divulgados 84 resultados negativos nesta data.
Os resultados abaixo divulgados, em sua maioria, são provenientes de exames realizados a partir do dia 30/01.
Entre os 30 casos confirmados, 12 são do sexo feminino com as respectivas idades: 19, 28, 29, 30, 36, 38, 43, 45, 45, 57, 85 e 88 anos.
Do sexo masculino, foram diagnosticados 18 pacientes com as respectivas idades: 05, 19, 21, 22, 24, 26, 26, 31, 36, 37, 39, 40, 45, 46, 51, 55, 58 e 62 anos.
Referente aos pacientes de Arapongas com COVID-19, o município possui 10 pacientes internados em leitos de UTI e 09 pacientes internados em leitos de enfermaria. 
Referente aos leitos hospitalares em Arapongas, a ocupação informada pelo hospital hoje é de 102,5% dos 40 leitos de UTI e de 35% dos 40 leitos de enfermaria. 
Referente aos leitos hospitalares em Arapongas, houve aumento dos leitos exclusivos para COVID-19 do Hospital de referência pela SESA-PR a partir de 01/01/2021. O Hospital conta atualmente com 40 leitos de UTI e 40 leitos de enfermaria.
A Secretaria de Saúde de Arapongas reforça a importância de que a população siga as orientações dos especialistas, mantendo os cuidados de higiene, usando máscaras e evitando aglomerações, inclusive em festas e confraternizações familiares.

Hackers que invadiram portal do Ministério da Saúde deixaram recado: "este site está um lixo!"

 

Ao invadir o portal, os hackers deixaram dicas para melhorar o site. Confira:

(Foto: Geraldo Magela/Agência Senado)

247 - Hackers que invadiram o portal do Ministério da Saúde na semana passada, na ocasião deixaram a mensagem: “Este site está um lixo!”. O texto foi escrito no FormSUS, um serviço do DataSUS para a criação de formulários, segundo o jornal O Globo.

A pasta, que confirmou o ataque nesta quarta-feira, 3, diz não ter havido vazamento de informações e que a situação foi controlada pela equipe de segurança da informação.

O jornal Estado de S.Paulo, afirmou que, ao invadir o portal, os hackers deixaram dicas para melhorar o site: 

"A solução é muito simples de ser implementada, com 1 semana de trabalho de uma empresa séria + custo de aproximadamente R$15 mil é possível fazer um site com a melhor tecnologia disponível no mercado e trazer segurança e agilidade a todos os usuários da plataforma no Brasil, não é caro é? (sic)."

“Favor levar a sério os assuntos de segurança da informação. Bolsonaro!, dá um jeito aí! (sic)”, ressaltou.

 

No dia da condução coercitiva, procuradores da Lava Jato zombaram de Lula e receberam elogios de Raquel Dodge

 

O procurador da Lava Jato Januário Paludo escreveu que o sítio do Atibaia é “sem dúvida” do ex-presidente “porque a roupa de mulher era muito brega. Decoração horrorosa. Muitos tipos de aguardente. Vinhos de boa qualidade, mas mal conservados”

Raquel Dodge (Foto: Adriano Machado/Reuters)


247 - No dia em que Lula foi levado para depor coercitivamente, em 4 de março de 2016, e no seguinte, os procuradores da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba trocaram mensagens no Telegram e insultaram o ex-presidente, segundo novas mensagens da Vaza Jato.

Segundo o jornalista Luis Adorno, no UOL, além dos ataques a Lula, as conversas mostram elogios aos procuradores feitos pela então procuradora-geral da República, Raquel Dodge.

O procurador da Lava Jato Januário Paludo escreveu que o sítio do Atibaia é “sem dúvida” do ex-presidente “porque a roupa de mulher era muito brega. Decoração horrorosa. Muitos tipos de aguardente. Vinhos de boa qualidade, mas mal conservados. Achei o sítio deprimente. Local para pouso de helicóptero confirmado à esquerda da entrada em campo de futebol, para helicóptero pequeno”.

Dallagnol teria ligado para Dodge, que teria respondido: “Liguei para cumprimentá-lo e a todos os excepcionais colegas desta equipe pelo primoroso trabalho. Vocês transformaram a justiça penal e a tornaram melhor. Estão mudando o Brasil. Muito obrigada!", divulgou o procurador para os outros membros da força-tarefa.

No dia seguinte à operação, sobre o sítio de Atibaia, o procurador Paludo escreveu: "Não me deixaram ficar na adega com medo que eu pegasse um Brunello, botasse um chapéu do MST no patinho e saísse pedalando!!!".

A procuradora Laura Tessler riu e acrescentou: "O sítio é mesmo do Lula: a 1ª foto mostra uma 51!!! Essas fotos da adega deveriam ser divulgadas".