terça-feira, 2 de fevereiro de 2021

Líder do governo Bolsonaro, Ricardo Barros diz que prisão em 2ª instância só foi feita para tirar Lula da eleição

 

O deputado bolsonarista Ricardo Barros disse que a medida foi um "casuísmo" e classificou a Lava Jato como "quadrilha". "Nunca teve prisão em segunda instância no Brasil. Só teve para prender o Lula e tirá-lo da eleição”, afirmou

Ricardo Barros e Lula (Foto: Agência Brasil)

247 - O deputado Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo Bolsonaro na Câmara, criticou nesta terça-feira (2) a prisão após condenação em segunda instância.

Em entrevista à Rádio CBN, Barros, que é ex-ministro da Saúde do governo Michel Tetmer, disse que a medida foi criada com a finalidade específica de retirar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva da eleição presidencial de 2018. “Nunca teve prisão em segunda instância no Brasil. Só teve para prender o Lula e tirá-lo da eleição. Foi um casuísmo”, disse Ricardo Barros.

A prisão após condenação em segunda instância foi fortemente defendida pelo ex-juiz Sérgio Moro e pelos procuradores da Lava Jato. Nessa segunda-feira (1), o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), tornou públicas mensagens trocadas entre Moro, Dallagnol e outros procuradores da Lava Jato que mostram o conluio para condenar o ex-presidente. 

Para o líder do governo Bolsonaro, a Lava Jato foi uma "quadrilha". “Não vamos permitir que as conversas do Intercept da Lava-Jato, que foram autenticadas pelo ministro Lewandowski, desapareçam. São crimes cometidos pela quadrilha da Lava-Jato”, afirmou Ricardo Barros. 

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Depois de Alemanha e Áustria, França também não recomenda vacina AstraZeneca-Oxford para maiores de 65 anos

 

Mais um país europeu, a França, recomendou, através do seu sistema de saúde, a não aplicação da vacina da AstraZeneca para idosos com mais de 65 anos

Vacina AstraZeneca (Foto: REUTERS/Dado Ruvic)


247 - Uma Alta Autoridade de Saúde da França não recomenda vacina da AstraZeneca para idosos com mais de 65 anos. A informação foi publicada pelo site RFI nesta terça-feira (2). 

Na última quinta-feira (28), a comissão de vacinação da Alemanha também afirmou que recomenda a vacina contra covid-19 do laboratório britânico AstraZeneca, mas para pessoas com menos de 65 anos por causa da falta de dados para idosos.

A Áustria foi outro país que recomendou a autoridades sanitárias a não aplicação da vacina AstraZeneca em pessoas maiores de 65 anos.

 

Gilmar Mendes: “Lula é digno de julgamento justo”

 

"Eu digo sempre: Lula é digno de um julgamento justo", disse o ministro do STF Gilmar Mendes. "Nós temos que encerrar com essa preocupação midiática de julgar o Lula", afirmou

Gilmar Mendes e o ex-presidente Lula (Foto: ABr | Felipe L. Gonçalves/Brasil247)

247 - O ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes afirmou, nesta terça-feira (2), que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva "merece um julgamento digno". "Nós temos que encerrar com essa preocupação midiática de julgar o Lula tendo em vista esse desiderato: fazê-lo inelegível. Eu digo sempre: Lula é digno de um julgamento justo", disse ele em entrevista ao programa do Datena. 

A declaração veio após especulações de um possível golpe no Brasil, com a hipótese de o Judiciário aceitar a suspeição Moro na condenação de Lula, porém sem devolver os direitos políticos do petista, para não deixá-lo, eventualmente, disputar a eleição de 2022.

Em outra entrevista, à rádio Bandeirantes, Gilmar havia apontado condutas ilegais de Sérgio Moro ao afirmar que o ex-juiz trabalhava na Operação Lava Jato "como se fosse o coordenador do grupo de procuradores".

Em novos diálogos obtidos pela defesa de Lula, no âmbito da Operação Spoofing, Deltan Dallagnol deixou clara a parcialidade da operação. "O material que o Moro nos contou é ótimo. Se for verdade, é a pá de cal no 9 e o Márcio merece uma medalha", disse o então procurador. 

Em uma das mensagens, trocadas em 16 de fevereiro de 2016 e incluída pela defesa de Lula na ação, Moro perguntou a Dallagnol se os procuradores têm uma "denúncia sólida o suficiente".

De acordo com a Vaza Jato, Moro também chegou a questionar a capacidade de a procuradora Laura Tessler participar de audiências que envolvessem o ex-presidente Lula, condenado sem provas no processo do triplex em Guarujá (SP), após ser acusado de ter recebido um apartamento como propina da OAS. O petista nunca dormiu nem tinha a chave do imóvel. 

Em sua conta no Twitter, o jornalista Leandro Demori destacou que o acervo com a defesa de Lula é bem maior do que a Vaza Jato, que apontou várias irregularidades da operação.

Em dezembro do ano passado foi divulgado um documento da consultoria Alvarez & Marsal (EUA), que contratou Moro, atribuindo o apartamento como sendo da OAS e não de Lula

 

Apucarana inicia cronograma de limpeza de terrenos baldios

 

O serviço está sendo executado por uma empresa terceirizada e os custos deverão ser quitados pelo dono do imóvel.


Após conceder prazo de 15 dias para os proprietários providenciarem a roçagem, a Prefeitura iniciou a limpeza dos imóveis não edificados, os chamados terrenos baldios. O cronograma começou pelo Residencial Interlagos e se estenderá para os bairros desta região da cidade nos próximos dias. O serviço está sendo executado por uma empresa terceirizada e os custos deverão ser quitados pelo dono do imóvel.

De acordo com Antônio César da Silva, coordenador municipal de Serviços Públicos, nos próximos dias a equipe estará atuando também nos jardins Veneza, Menegazzo e Primavera. “Na sequência, a equipe se deslocará para o Jardim Eldorado, nas proximidades do Cemitério Cristo Rei, e no Jardim das Flores”, informa Antônio César.

Antônio César lembra que o Decreto Municipal nº 005/2021, que estabelece a obrigatoriedade dos proprietários manterem limpos os imóveis urbanos não edificados, foi publicado no início deste ano. “O decreto estabeleceu o prazo de 15 dias para a execução dos serviços. Passado este período, iniciamos o cronograma. Para comprovar a limpeza, tiramos uma foto antes e outra após o serviço ser finalizado”, explica o coordenador Serviços Públicos.

Conforme o decreto municipal, os custos são de R$1,47 por metro quadrado roçado e a retirada de entulhos está estipulada em R$199,88 por viagem de caminhão. Em caso da necessidade do uso de pá-carregadeira, o valor cobrado será de R$219,68 por hora trabalhada. Já o serviço de retirada de toco e raiz tem um custo de R$157,80 por unidade.

Lançado o débito, o proprietário do imóvel terá o prazo de 30 dias, após a notificação, para efetuar o recolhimento aos cofres públicos, mediante boleto bancário expedido pela Fazenda Pública Municipal. “Não sendo efetuado o recolhimento dentro do prazo estabelecido, a cobrança será feita diretamente ao proprietário, acrescida dos encargos legais, junto ao Carnê do IPTU do exercício seguinte”, explica Sueli Pereira, secretária Municipal da Fazenda.

 

Haddad lamenta eleição de Lira: “Parabéns, coronéis, vocês venceram outra vez”

 

O ex-prefeito Fernando Haddad citou uma música do grupo Paralamas do Sucesso para lamentar a vitória do bolsonarista Arthur Lira como novo presidente da Câmara

(Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | Michel Jesus/Câmara dos Deputados)

247 - O ex-prefeito Fernando Haddad citou nesta terça-feira (2) em suas redes sociais uma música do grupo Paralamas do Sucesso para lamentar a vitória do bolsonarista Arthur Lira como novo presidente da Câmara. 

“Parabéns, coronéis, vocês venceram outra vez/ O congresso continua a serviço de vocês”. (Paralamas), disse Haddad. 


Depois da vitória, Lira dá festa de arromba para 300 convidados, que ignoram uso de máscara (VÍDEOS)

 

Horas após dizer que colocará em votação medidas de combate à pandemia de covid-19, o novo presidente da Câmara, Arthur Lira promoveu uma grande festa de comemoração de sua vitória. Convidados não usaram máscara no evento

Festa na casa de lira (Foto: Reprodução)


247 - Horas após dizer que colocará em votação medidas de combate à pandemia de covid-19, o novo presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), promoveu uma grande festa de comemoração de sua vitória em uma casa no Lago Sul, área nobre de Brasília. Cerca de 300 pessoas estiveram no local e poucos convidados usavam máscaras, o que incluía ministros do governo de Jair Bolsonaro, fiador da eleição de Lira - que também estavam sem a proteção.

Segundo Portal UOL, ignorando a pandemia, o articulador político do Palácio do Planalto, o ministro Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo, foi um dos presentes na festa na madrugada de hoje. Como revelou o Estadão, seu gabinete se tornou um QG da campanha de Lira na reta final, onde cargos e emendas eram negociados. Fabio Faria (Comunicações), Fabio Wajngarten (Secretaria de Comunicações) e Jorge Seif (Secretaria da Pesca) completavam o time do governo na festa.

A jornalista Nathalia Fruet, repórter do SBT em Brasília, compatilhou o vídeo com as cenas da festa. As imagens deixam claro que a máscara, ítem fundamental de proteção contra o coronavírus, foi descartada na festa. 

Arapongas registra 35 novos casos de Coronavírus, 100 curados e um óbito nesta segunda-feira


Prefeitura de Arapongas, através da Secretaria Municipal de Saúde, informou nesta segunda, (01/02), o registro de 35 novos casos, 100 curados e 01 óbito por COVID-19 no município. Agora o município chega a 9.326 casos dos quais 8.384 já estão curados (89,9%), 774 ainda estão com a doença e 168 infelizmente vieram a óbito. Ao todo, já foram realizados 39.424 testes. 
Sobre os casos, a Secretaria de Saúde informa que:
168º óbito ocorrido em 01/02: Paciente do sexo masculino, 54 anos, com comorbidades, realizado coleta do exame em 13/01 com resultado positivo em 16/01, internado em leito de enfermaria em 16/01, transferido para leito de UTI após piora do quadro, vindo a óbito hoje, 01/02.
A Prefeitura de Arapongas por meio da Secretaria Municipal de Saúde se solidariza com os familiares.
Entre os resultados dos testes públicos e privados realizados no município, foram divulgados 98 resultados negativos nesta data.
Os resultados abaixo divulgados, em sua maioria, são provenientes de exames realizados a partir do dia 28/01.
Entre os 35 casos confirmados, 21 são do sexo feminino com as respectivas idades: 12, 16, 25, 33, 42, 43, 45, 45, 46, 48, 51, 58, 61, 62, 62, 63, 63, 64, 67, 68 e 85 anos.
Do sexo masculino, foram diagnosticados 14 pacientes com as respectivas idades: 18, 21, 24, 29, 36, 37, 56, 56, 62, 64, 64, 68, 71 e 88 anos.
Referente aos pacientes de Arapongas com COVID-19, o município possui 10 pacientes internados em leitos de UTI e 06 pacientes internados em leitos de enfermaria. 
Referente aos leitos hospitalares em Arapongas, a ocupação informada pelo hospital hoje é de 97,5% dos 40 leitos de UTI e de 45% dos 40 leitos de enfermaria. 
Referente aos leitos hospitalares em Arapongas, houve aumento dos leitos exclusivos para COVID-19 do Hospital de referência pela SESA-PR a partir de 01/01/2021. O Hospital conta atualmente com 40 leitos de UTI e 40 leitos de enfermaria.

A Secretaria de Saúde de Arapongas reforça a importância de que a população siga as orientações dos especialistas, mantendo os cuidados de higiene, usando máscaras e evitando aglomerações, inclusive em festas e confraternizações familiares. 

Partidos de oposição a Lira vão ao STF contestar 1º ato de novo presidente da Câmara

 

Onze partidos da Câmara anunciaram na madrugada desta terça-feira (2), que vão ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra o primeiro ato de Arthur Lira como presidente da Casa. Lira anulou um ato de seu antecessor, Rodrigo Maia (DEM-RJ), numa tentativa de esvaziar o poder do grupo de seu adversário

Plenário da Câmara dos Deputados (Foto: REUTERS/Adriano Machado)


247 - O novo presidente da Câmara ignorou a formação do bloco de dez partidos que apoiou Baleia Rossi (MDB-SP). Além de eleger o presidente, os deputados iriam definir a composição da Mesa Diretora. Na prática, a decisão de Lira permite que cinco das seis principais vagas na Mesa Diretora fiquem com parlamentares do seu grupo. Apenas o PT manteria um assento. 

Partidos de oposição ao novo presidente vão contestar a decisão no STF. O anúncio foi feito após reunião da qual participaram também Baleia Rossi e o agora ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ), informa O Estado de S.Paulo.

A formação dos blocos é importante porque é com base no tamanho de cada um que é definida a distribuição dos demais cargos na Mesa Diretora. Pelos blocos autorizados por Maia, caberia ao PT, dono da maior bancada na Casa, com 54 deputados, a Primeira-Secretaria, responsável por gerir contratos e autorizar obras. O partido já havia indicado a deputada Marília Arraes (PE) para a função.

O depuado Alessandro Molon (PSB-RJ), disse que o ato de Lira foi "autoritário, antiregimental e ilegal". De acordo com o deputado carioca, se Lira continuar assim, a governabilidade da Câmara ficará comprometida.  

O movimento terá a assinatura dos dez partidos que integravam o bloco pró-Baleia Rossi e a eles se juntará o PSOL.

 

"Arthur Lira será um ditador a serviço de Bolsonaro", diz Gleisi Hoffmann

Presidente do Partido dos Trabalhadores criticou a anulação do bloco da oposição pelo novo presidente da Câmara

Deputada Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT (Foto: Stuckert)


247 – "O primeiro ato de Arthur Lira foi dar um golpe na oposição para mandar na mesa da Câmara. Violência contra a democracia. Mostrou que será um ditador a serviço de Bolsonaro", postou a deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR), em protesto contra a primeira decisão do novo presidente da Câmara dos Deputados. Saiba mais:

Recém-eleito presidente da Câmara com 302 votos, Arthur Lira determinou a nulidade do ato de Rodrigo Maia que registrou o bloco de partidos que apoiaram Baleia Rossi, um novo cálculo da proporcionalidade dos partidos na Casa e nova eleição para os demais cargos da Mesa Diretora. 

O bloco de Baleia Rossi, formado pelos partidos PT, PSL, MDB, PSB, PSDB, DEM, PDT, Cidadania, PV, PCdoB e Rede, foi registrado minutos após o fim do prazo determinado, no entanto acabou sendo aceito por Maia. Lira afirmou que isso causou “vício insanável” à eleição da Mesa.

“O então presidente da Câmara reconheceu, de forma monocrática, a formação do bloco apesar da evidente intempestividade, e contaminou de forma insanável atos do pleito como o cálculo da proporcionalidade e a escolha dos cargos da Mesa”, disse Lira. 

Mensagens comprovam que Dallagnol agiu politicamente na Lava Jato

 

A articulação política de Dallagnol, missão avessa às prerrogativas institucionais de um procurador da República, previu que o MPF agiria nos bastidores

Procurador Deltan Dallagnol 10/03/2020 (Foto: REUTERS/Rodolfo Buhrer)

Do Conjur – O procurador Deltan Martinazzo Dallagnol, que coordenou a frente paranaense da autodenominada "lava jato", planejou em 2017 "um grau de renovação política", para que só fossem eleitas em 2018 pessoas "comprometidas com mudanças". O plano, pelo que se viu, deu certo

Já por essa época, na antevéspera da eleição de Jair Bolsonaro, Deltan tratava com Sérgio Moro do uso da "lava jato" para levar o juiz para o Supremo. Na ocasião, a 29 de agosto de 2016, o procurador se esforça para convencer Moro a ir ao último programa do apresentador Jô Soares. Na descrição de Deltan, seria um programa destinado a "humanizar e desmitificar" o juiz — trabalho de imagem que ele vinha fazendo em suas palestras, mas que na TV alcançaria "milhões de lares".

Depois do fracasso da tentativa de aprovar o que chamou de "dez medidas contra a corrupção" — alterações em normas de processo penal que incluíam, por exemplo, o uso de prova ilícita para condenação de réus —, Dallagnol iniciou um "novo projeto". Tratou-se, nas palavras dele, da "vingança das dez medidas".

A ideia consistia em buscar apoio na sociedade civil — em sociedade com a Transparência Internacional (TI) e a Fundação Getulio Vargas — para expandir a proposta das "dez medidas" em outras áreas, como a de licitações, orçamento e em uma reforma política mais ampla. "FGV e TI já toparam (...), mas estamos começando 'na sombra'", disse Dallagnol. A ideia era encetar um negócio de alcance internacional, como a FGV mostra em seu site.

Para tanto, concebeu uma chamada "fase 1", que resultaria em novas propostas de alterações legislativas. Em uma fase seguinte ("fase 2"), Dallagnol vislumbrou a criação de um selo que seria dado a candidatos no pleito de 2018 sem condenação criminal que se comprometessem com o que ele chamou de "dez medidas plus". "O objetivo é buscar algum grau de renovação política e levar ao congresso pessoas comprometidas com mudanças", escreveu o procurador. "Vou articular com movimentos ou com quem for mais estratégico um selo a ser dado [aos candidatos]", afirmou.

A articulação política de Dallagnol, missão avessa às prerrogativas institucionais de um procurador da República, previu que o MPF agiria nos bastidores, se retirando dessa chamada "fase 2". "Essas polêmicas [referentes à proposta original das "dez medidas contra a corrupção"] ficaram no passado e talvez tenham ajudado a mover um pouco a 'overton window'", concluiu. A "janela de overton", ou "janela do discurso", se refere às ideias que são toleradas no discurso público, mas que não necessariamente fazem parte das preferências individuais dos políticos.

Em primeiro ato na Câmara, Arthur Lira dissolve registro do bloco de Baleia Rossi

 

Usando como pretexto atraso de seis minutos para o registro do bloco de Baleia Rossi, o recém eleito presidente da Câmara, Arthur Lira, anulou toda a organização da eleição da mesa diretora e vai recalcular a distribuição dos cargos


247 - Recém-eleito presidente da Câmara com 302 votos, Arthur Lira determinou a nulidade do ato de Rodrigo Maia que registrou o bloco de partidos que apoiaram Baleia Rossi, um novo cálculo da proporcionalidade dos partidos na Casa e nova eleição para os demais cargos da Mesa Diretora. 

O bloco de Baleia Rossi, formado pelos partidos PT, PSL, MDB, PSB, PSDB, DEM, PDT, Cidadania, PV, PCdoB e Rede, foi registrado minutos após o fim do prazo determinado, no entanto acabou sendo aceito por Maia. Lira afirmou que isso causou “vício insanável” à eleição da Mesa.

“O então presidente da Câmara reconheceu, de forma monocrática, a formação do bloco apesar da evidente intempestividade, e contaminou de forma insanável atos do pleito como o cálculo da proporcionalidade e a escolha dos cargos da Mesa”, disse Lira.

Ele determinou que a Câmara faça novo cálculo da proporcionalidade partidária desconsiderando o bloco de Baleia Rossi e a nova eleição será realizada às 16h. O ato, segundo ele, marca o “respeito ao Regimento”. 

O deputado foi eleito presidente da Câmara dos Deputados em primeiro turno, com 302 votos, para o biênio 2021-2022. Lira foi eleito com o apoio de 11 partidos: PP, PL, PSD, Republicanos, Avante, PROS, Patriota, PSC, PTB, PSL e Podemos.

 

Acuado, Moro tenta negar os crimes revelados nos diálogos com Dallagnol

Em nota, ex-juiz diz que não reconhece a autenticidade das mensagens, mas tenta dizer que as mesmas não provam o evidente conluio para perseguir o ex-presidente Lula

Ministro da Justiça Sérgio Moro (Foto: Lula Marques)

247 - O ex-juiz da Lava Jato e ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro, Sérgio Moro, divulgou nota nesta segunda-feira (1°) sobre as novas conversas ilegais que ele manteve com Deltan Dallagnol e outros procuradores da operação Lava Jato. 

Na nota, publicada no Twitter, Moro não atesta a veracidade das conversas tornadas públicas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), após serem submetidas a perícia pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 

Mesmo não admitindo a veracidade dos diálogos, Sérgio Moro se defende do conteúdo que aparece atribuído a ele. O ex-juiz diz que "interações entre juízes, procuradores e advogados são comuns em nossa praxe jurídica" e que "nenhuma das supostas mensagens retrata fraude processual". 

Leia a nota de Sérgio Moro na íntegra:  









Frota diz que Bolsonaro "não tem vergonha na cara"

 

Deputado Alexandre Frota (PSDB-SP) também criticou a falta de coordenação do governo Jair Bolsonaro para implementar medidas de combate à Covid-19 e citou as acusações de interferência na Polícia Federal

Deputado Alexandre Frota (PSDB) confirmou o desconto no salário (Foto: Michel Jesus - Câmara dos Deputados)

247 - O deputado federal Alexandre Frota (PSDB-SP) bateu duro em Jair Bolsonaro, ao afirmar que ele "não tem vergonha nessa cara, mesmo". "O povo de Manaus morrendo e você dizendo que já tinha feito a sua parte. Qual foi a parte que você fez que eu não vi? Você chamou o centrão de corrupto, vagabundo, bandidos, mas se vendeu e se entregou para eles", disse o parlamentar, nessa segunda-feira (1), em discurso na Câmara.

O tucano afirmou que Bolsonaro "passa mais tempo" fazendo articulações para defender o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) das investigações da "rachadinha" do que presidindo o Brasil. 

"É por isso que você quer o controle da Câmara e do Senado. Para afastar o impeachment. O Brasil está doente, ferido, morrendo asfixiado e você nadando, fazendo flexão, andando de jet ski, de moto, para testar a sua popularidade. Mexeu no Coaf, interferiu na Polícia Federal", acrescentou.

 


Orlando Silva denuncia golpe de Arthur Lira e dispara: começou a guerra

"Golpe!" - assim o deputado Orlando Silva qualificou o primeiro ato de Arhur Lira como presidente da Câmara, que dissolveu o bloco reunido ao redor de Baleia Rossi para garantir controle total da Mesa ao bolsonarismo e ao Centrão

Orlando Silva (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado - 10.ago.2017)


247 - O deputado Orlando Silva (PC do B-SP). ex-ministro dos Esportes do governo Dilma Roussef e que integrou a Mesa Diretora da Câmara na gestão Rodrigo Maia, protestou contra o primeiro ato de Arthut Lira (PP-AL) como novo presidente da Casa.

"GOLPE!  O primeiro ato do presidente eleito da Câmara, Arthur Lira, foi cancelar a eleição da Mesa.  Creiam! Vale a eleição dele. E a dos outros não!  Começou a guerra!" - postou o parlamentar no Twitter pouco antes de 6h30 desta terça-feira.

Logo após sua eleição Lira de fato declarou guerra à oposição. Usando como pretexto atraso de seis minutos para o registro do bloco de Baleia Rossi, ele anulou toda a organização da eleição da Mesa Diretora e vai recalcular a distribuição dos cargos. A oposição irá recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Veja:


Depois da eleição da Câmara, DEM passa a ser visto como partido do fisiologismo

Deputados consideram que o DEM virou uma espécie de novo PP, expressão máxima do do fisiologismo

ACM Neto e Rodrigo Maia (Foto: Ascom | Luis Macedo/Câmara dos Deputados)

247 - Depois da traição do DEM ao ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia, o partido agora é visto na Câmara dos deputados, como uma especie de novo PP, uma expressão máxima do fisiologismo. Isto terá repercussões nas composições das forças de direita para as eleições presidenciais de 2022. O DEM tende a apoiar o candidato que tiver mais chances. 

A opinião que se generaliza nos meios políticos é que o DEM escolheu o caminho do pragmatismo pelo poder.Para líderes partidários, o DEM vai ficar esperando de longe a articulação para 2022 e só se movimentará quando souber com qual lado terá mais chance de ganhar. Virou o PP, afirmam dois caciques experientes informa o Painel da Folha de S.Paulo

O DEM é visto agora como a representação máxima do centrão, do fisiologismo, tal como o PP do presidente eleito da Câmara Arthur Lira. 

O presidente do DEM, ACM Neto, está sendo considerado um traidor por ter abandonado o Bloco do Maia na véspera da eleição da Câmara.

  

Apoiado por Bolsonaro, Rodrigo Pacheco é eleito presidente do Senado em 1º turno

 

Senador do DEM venceu a disputa contra Simone Tebet, do MDB-MS, por 57 votos. Pacheco também teve apoio de partidos de oposição, como o PT

Senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG) (Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)


247 - O senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG) foi eleito presidente do Senado e do Congresso Nacional em primeiro turno na noite desta segunda-feira (1º), com 57 votos. 

Ele disputou o cargo com a senadora Simone Tebet (MDB-MS), que recebeu 21 votos. Nas últimas semanas, a senadora foi perdendo apoio dos colegas, inclusive de seu próprio partido.

Pacheco tem apoio de Jair Bolsonaro e recebeu votos também de partidos de oposição, entre eles o PT.

Ao todo, foram 78 votos depositados em urna. Três senadores deixaram de votar. O senador Chico Rodrigues (DEM-RR) está licenciado do mandato e os senadores Jacques Wagner (PT-BA) e Jarbas Vasconcellos (MDB-PE) disseram se ausentar por motivos médicos.

Confira a sessão:

 


Arthur Lira é eleito presidente da Câmara com 302 votos

 

Em discurso de posse, o candidato apoiado por Jair Bolsonaro defendeu "diálogo amplo" e a "independência" do Legislativo. Lira defendeu vacinação contra a Covid e o equilíbrio das contas públicas

Deputado Arthur Lira (Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados)

Agência Câmara com 247 - Com 302 votos, o deputado Arthur Lira (PP-AL) foi eleito presidente da Câmara dos Deputados em primeiro turno para o biênio 2021-2022. Como ele obteve a maioria absoluta (metade mais um) de votos dos presentes, não haverá um segundo turno. 

Lira foi eleito com o apoio de 11 partidos: PP, PL, PSD, Republicanos, Avante, PROS, Patriota, PSC, PTB, PSL e Podemos.

O placar final da votação ficou assim:

  • Arthur Lira (PP-AL): 302 votos
  • Baleia Rossi (MDB-SP): 145 votos
  • Fábio Ramalho (MDB-MG): 21 votos
  • Luiza Erundina (PSOL-SP): 16 votos
  • Marcel Van Hattem (Novo-RS): 13 votos
  • André Janones (Avante-MG): 3 votos
  • Kim Kataguiri (DEM-SP): 2 votos
  • General Peternelli (PSL-SP): 1 voto

No primeiro discurso após ser eleito presidente da Câmara, o Arthur Lira defendeu "diálogo amplo" e a "independência" do Legislativo. Destacou a importância da vacinação contra a Covid e o equilíbrio das contas públicas.

"Temos que examinar como fortalecer nossa rede de proteção social. Temos que vacinar, vacinar, vacinar o nosso povo. Temos que buscar o equilíbrio das nossas contas públicas", disse.

Lira afirmou que “está presidente” e vai atuar com neutralidade. “Prometo respeitar as forças vivas desta Casa legislativa, os colegiados, a proporcionalidade. O Plenário deve ser a voz de todos e não de um. Não me confundo com essa cadeira e jamais irei me confundir”, disse.

Lira pediu um minuto de silêncio em homenagem às vítimas da Covid-19 e afirmou que é preciso atravessar a pandemia com uma atuação harmônica dos poderes sem abrir mão da independência. “Precisamos urgentemente amparar os brasileiros que estão em caso de desespero econômico; analisar como fortalecer nossa rede de proteção social; vacinar, vacinar e vacinar a população; e buscar o equilíbrio das contas públicas”, disse.

Diálogo

O novo presidente da Câmara disse que vai buscar o diálogo com todos os parlamentares e com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, para definir uma pauta emergencial a ser analisada com prioridade pelas duas casas. “Uma pauta emergencial com temas urgentes que exigem decisões imediatas. Quem vai dizer essa pauta? Não sou eu que vou dizer, seremos nós”, disse.

No decorrer de todo o discurso, Lira destacou a necessidade de neutralidade do presidente da Câmara. Destacou que a neutralidade está prevista da arquitetura do Plenário ao Regimento Interno. “O presidente deve dizer apenas o que a maioria desta Casa pensa e não o que ele pensa”, disse.

O parlamentar afirmou que espera deixar a presidência da Câmara sendo o mesmo homem e retornar a um dos 513. “Chego aqui como um nordestino que nunca esqueceu as suas origens e tem compromisso em deixar um brasil melhor como encontrou, mais desenvolvido e mais humanizado”, disse. Ao final do discurso, Lira finalmente ocupou a cadeira de presidente.