Circula
em grupos de WhatsApp um áudio atribuído ao ministro da Infraestrutura,
Tarcísio Freitas, afirmando que, enquanto os caminhoneiros "não desmamarem
do governo, vão ver empresas crescendo e vocês com cada vez mais
dificuldades"
247 - Circula em grupos de WhatsApp um áudio
atribuído ao ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, afirmando, nesse
sábado (30), que os caminhoneiros "precisam desmamar do governo".
Também acrescentou: enquanto "não desmamarem do governo, vão ver empresas
crescendo e vocês com cada vez mais dificuldades". Fontes próximas do
ministro confirmaram que a voz é dele, segundo informações publicadas pela coluna de Chico Alves, no portal Uol. A categoria marcou para esta segunda-feira (1) uma greve por tempo indeterminado.
Entre as
reivindicações categoria está a isenção de impostos nos derivados de petróleo e
menos gastos com combustível, pneus e itens de manutenção. Também pede mais
fiscalização nas estradas para o cumprimento da lei que estabelece o piso
mínimo do frete e gratuidade nos pedágios.
A
suposta conversa teria acontecido entre o ministro e o vice-presidente da
associação de caminhoneiros da cidade gaúcha de Capão da Canoa. Ao
interlocutor, Freitas disse que é "impossível" atender as
reivindicações atuais e fiscalizar o cumprimento dos benefícios obtidos pelos
caminhoneiros na greve de 2018.
O ministro teria
sugerido ao interlocutor que os caminhoneiros precisam pensem como empresários.
Ainda no áudio, Freitas teria atribuído o isolamento social como causa da crise
econômica e apontou motivação política para a greve.
"Achar
que tem que fazer paralisação para conversar… esquece. Na verdade, a
paralisação fecha a portas. Enquanto tiver a paralisação eu não converso com
ninguém", afirmou, de acordo com a gravação.
Outro lado
Em
nota, o Ministério da Infraestrutura disse que o titular da pasta
"conversou, por telefone, com representantes da Associação dos
Caminhoneiros e Condutores de Capão da Canoa/RS".
"Durante
a conversa reafirmou o seu posicionamento em referência às ações setoriais
adotadas pela pasta; a total abertura para o diálogo com todas as entidades que
demonstraram interesse em fazer parte da formulação da política pública; o
posicionamento de não negociar com qualquer indicativo de paralisação ou
locaute; e sua opinião, de amplo conhecimento de todo o setor, sobre temas de
interesse, como a tabela de frete e a necessidade de estimular a economia para
ampliar o mercado do transporte rodoviário de cargas".