quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

Presidente da CNI, que apoiou o golpe de 2016, agora lamenta que o Brasil esteja virando a "roça do mundo"

 

"O Brasil se transformaria em uma roça, a fazenda do mundo, exportando apenas commodities e matérias-primas", alerta o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, enquanto Jair Bolsonaro e Paulo Guedes destroem a soberania nacional, os empregos e a renda ao quebrar a indústria brasileira em favor de uma agenda entreguista

O presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, Jair Bolsonaro e Paulo Guedes (Foto: Miguel Ângelo/ CNI | Agência Brasil)

247 - O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, defende em artigo o fortalecimento da setor industrial brasileiro para que o País "seja cada vez mais dinâmico e competitivo". "O Brasil se transformaria em uma roça, a fazenda do mundo, exportando apenas commodities e matérias-primas, assim como empregos de qualidade, para as economias mais desenvolvidas", afirma Robson Andrade. A produção nacional da indústria recuou 1,1% no ano de 2019, primeiro ano de gestão do governo Jair Bolsonaro. Dezesseis das 26 atividades industriais pesquisadas tiveram queda no ano retrasado, de acordo com Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O dirigente disse que "o fato de o Brasil ter hoje os maiores níveis mundiais de produtividade nas lavouras de soja, por exemplo, deve-se a dois fatores principais: o primeiro é que sucessivos governos aportaram recursos suficientes para viabilizar o cultivo em escala desta leguminosa e investiram na inovação do setor, por meio da Embrapa". 

"O segundo fator, também essencial para o sucesso do agronegócio, é a atuação da indústria no desenvolvimento de serviços, insumos e equipamentos de alto valor agregado, tais como pesquisa científica, biotecnologia, logística, fertilizantes e maquinários", diz. "A alta competitividade da agricultura brasileira e a sofisticação dos demais segmentos só são viáveis graças à existência de uma indústria manufatureira moderna operando no país", continua.

Em sua análise, o presidente da CNI afirma ser "urgente e indispensável que sejam implementadas reformas estruturantes, sobretudo a tributária, que viabilizem um ambiente de negócios favorável ao empreendimento privado, desonerem as exportações e os investimentos, reduzam a burocracia, aumentem a segurança jurídica e estimulem investimentos em infraestrutura". 

De acordo com Braga de Andrade, apesar de representar cerca de 21% do PIB nacional, o setor industrial é responsável pelo recolhimento de 33% dos impostos federais e por 31% da arrecadação previdenciária patronal. O empresário também diz que o segmento responde por 70% das exportações brasileiras de bens e serviços e por 69% do investimento empresarial em pesquisa e desenvolvimento, insumo indispensável para a competitividade dos demais segmentos econômicos, inclusive do agronegócio. 

Um levantamento da CNI apontou que apenas a indústria de transformação nacional é responsável por 25% pela arrecadação de tributos federais e por 23% da arrecadação previdenciária patronal. Responde também por 50,6% das exportações brasileiras de bens e serviços e por 65% dos investimentos em pesquisa e desenvolvimento.

"O recente fechamento das fábricas da Ford no Brasil foi uma decisão da empresa a nível mundial. Mas, certamente, o alto custo de se produzir no Brasil foi um dos fatores cruciais para essa decisão. Não será promovendo a desindustrialização, como apregoa o presidente do Ipea, que nosso país conseguirá manter empresas aqui e retomar a trilha do crescimento econômico, vital para gerar mais empregos e renda para a população", complementa o dirigente. 

 

Deputado bolsonarista que destruiu placa de Marielle é expulso de voo por tentar viajar sem máscara

 

O deputado bolsonarista Daniel Silveira (PSL-RJ), o mesmo que quebrou a placa de Marielle Franco, foi retirado de um voo da Gol, em Guarulhos, por se recusar a usar máscara, o que é obrigatório a todos os passageiros

Daniel Silveira (Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados | Reprodução)

247 - O deputado bolsonarista Daniel Silveira (PSL-RJ), o mesmo que quebrou uma placa da vereadora Marilene Franco, causou uma confusão e foi retirado de um voo da Gol em Guarulhos no meio de uma conexão que ia do Rio para Brasília nesta terça-feira (26) por se recusar a usar máscara, o que é obrigatório a todos os passageiros. A reportagem é do portal R7. 

Negacionista, Silveira se apresentou para embarque informando ser deputado federal e alegando que teria dispensa médica para não utilização de máscara fácil. Ele foi informado por um funcionário que teria o embarque negado caso não utilizasse a máscara a bordo.

O deputado seguiu adiante pelo finger até a aeronave. Segundo relatório da companhia ao qual a reportagem teve acesso, Silveira teria alegado que o voo só sairia com ele a bordo. A Polícia Federal foi chamada para a retirada do parlamentar.

De acordo com a companhia, o atestado apresentado pelo deputado alegando ter cefaleia crônica não se enquadra para embarque sem máscara.

Somente com a chegada da PF, o bolsonarista deixou a aeronave, atrapalhando a dinâmica do voo.  A companhia remarcou seu embarque para o voo seguinte para Brasília, mediante a utilização de máscara.

 

Portal da Transparência sai do ar após divulgação de gastos com alimentação do governo Bolsonaro

 

Depois que vieram a público as despesas com alimentação do governo Bolsonaro em 2020, como R$ 15 milhões em leite condensado e R$ 2,2 milhões em chicletes, o Portal da Transparência do governo federal ficou inacessível

 

(Foto: Isac Nóbrega/PR)

247 - O Portal da Transparência do governo federal saiu do ar na noite desta terça-feira (26), um dia depois da divulgação dos gastos do Executivo em alimentação, que somaram R$ 1,8 bilhão em 2020.

Há despesas que geraram revolta nas redes sociais, como R$ 15,6 milhões em leite condensado ou R$ 2,2 milhões em chicletes. Em bombons, por exemplo, o governo gastou R$ 8,8 milhões, valor superior ao pago em arroz, de R$ 7,6 milhões. Em batata frita embalada, R$ 16 milhões; R$ 1,2 milhão em pizza e R$ 6,2 milhões em massa de pastel.

Especificamente sobre o leite condensado, foram 7200 latas por dia, que custaram R$ 162 cada uma. A empresa que forneceu o leite condensado fica no subsolo de um prédio comercial em Brasília. 

 



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Arapongas registra 90 novos casos de Coronavírus e 116 curados



Prefeitura de Arapongas, através da Secretaria Municipal de Saúde, informou nesta terça, (26/01), o registro de 90 novos casos e 116 curados de COVID-19 no município. Agora o município chega a 9.056 casos dos quais 7.960 já estão curados (87,9%), 929 ainda estão com a doença e 167 infelizmente vieram a óbito. Ao todo, já foram realizados 38.501 testes. 
Sobre os casos, a Secretaria de Saúde informa que:
Entre os resultados dos testes públicos e privados realizados no município, foram divulgados 114 resultados negativos nesta data.
Os resultados abaixo divulgados, em sua maioria, são provenientes de exames realizados a partir do dia 22/01.
Entre os 90 casos confirmados, 44 são do sexo feminino com as respectivas idades: 16, 17, 19, 20, 21, 22, 23, 23, 23, 25, 26, 26, 27, 28, 29, 30, 30, 31, 32, 32, 34, 34, 36, 40, 41, 44, 45, 45, 45, 48, 50, 53, 54, 54, 55, 56, 57, 63, 64, 64, 65, 65, 66, 69, anos.
Do sexo masculino, foram diagnosticados 46 pacientes com as respectivas idades: 07, 16, 16, 17, 20, 20, 21, 21, 24, 24, 24, 26, 26, 27, 27, 29, 30, 31, 32, 34, 34, 36, 36, 37, 38, 43, 43, 44, 46, 46, 47, 48, 48, 49, 50, 50, 52, 58, 62, 64, 64, 65, 69, 71, 77, 94, anos.
Referente aos pacientes de Arapongas com COVID-19, o município possui 09 pacientes internados em leitos de UTI e 06 pacientes internados em leito de enfermaria. 
Referente aos leitos hospitalares em Arapongas, a ocupação informada pelo hospital hoje é de 82,5% dos 40 leitos de UTI e de 47,5% dos 40 leitos de enfermaria. 
Referente aos leitos hospitalares em Arapongas, houve aumento dos leitos exclusivos para COVID-19 do Hospital de referência pela SESA-PR a partir de 01/01/2021. O Hospital conta atualmente com 40 leitos de UTI e 40 leitos de enfermaria.
A Secretaria de Saúde de Arapongas reforça a importância de que a população siga as orientações dos especialistas, mantendo os cuidados de higiene, usando máscaras e evitando aglomerações, inclusive em festas e confraternizações familiares.

terça-feira, 26 de janeiro de 2021

Apucarana registra mais um óbito e 44 novos casos de Covid-19 nesta terça-feira


A Autarquia Municipal de Saúde (AMS) confirmou mais um óbito e 44 novos casos de Covid-19 nesta terça-feira (26) em Apucarana. Agora, o município soma 123 mortes provocadas pela doença e 5.309 resultados positivos para o novo coronavírus.

O óbito é de um homem de 64 anos. Obeso, ele sofria de hipertensão arterial e diabetes. Foi internado no último dia 15 e morreu nesta terça-feira (26).

Ainda segundo o boletim da AMS, Apucarana tem mais 141 suspeitas em investigação. O número de recuperados subiu para 4.904.

Os novos casos foram confirmados pelo Laboratório Central do Paraná (Lacen). São 24 homens (22, 26, 26, 29, 30, 34, 34, 34, 34, 37, 41, 42, 44, 44, 46, 50, 55, 56, 58, 69, 70, 70, 76 e 83 anos) e 20 mulheres, incluindo uma criança (8, 14, 15, 23, 23, 24, 25, 32, 32, 33, 36, 37, 38, 39, 41, 41, 41, 43, 44 e 51 anos). Todos estão em isolamento domiciliar.

O Pronto Atendimento do Coronavírus chegou a 20.990 pessoas atendidas presencialmente desde o início da pandemia. O número de monitorados atualmente é de 736.

Já foram testadas 23.838 pessoas, sendo 11.778 em testes rápidos, 9.966 pelo Lacen (RT-PCR) e 2.094 por laboratórios particulares (RT-PCR).

São 22 pacientes de Apucarana internados, 8 na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 14 em leitos de enfermaria.

O município tem 282 casos ativos da doença.

  

TCU aponta ilegalidade na distribuição de cloroquina com dinheiro do SUS e dá ultimato a Pazuello

 

O tribunal constatou postura contraditória da pasta e também cobrou explicações sobre o aplicativo TrateCov. Pazuello tem cinco dias para dar explicações

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, em entrevista coletiva no Instituto de Traumatologia e Ortopedia (Into) no Rio de Janeiro. (Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

247 - Um despacho do TCU (Tribunal de Contas da União)  expedido na última sexta-feira (22) deu um ultimato de cinco dias para que o ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, dê explicações sobre a distribuição do medicamento hidroxicloroquina, que não possui eficácia comprovada contra a Covid-19, com recursos do SUS (Sistema Único de Saúde). 

O tribunal também cobra explicações sobre quem foi responsável pelo aplicativo TrateCov, que, antes de sair do ar, receitava o medicamento e outros sem comprovação indiscriminadamente. 

Somente em Manaus, durante a crise de esgotamento de oxigênio para pacientes com Covid-19, a pasta distribuiu 120 mil comprimidos de cloroquina.

Segundo o ministro Benjamin Zymler, relator do processo, o ministério exibiu uma postura "contraditória" em relação ao que a própria pasta vinha pregando.

As informações foram reportadas na Folha de S.Paulo.

 

Governo Bolsonaro gastou R$ 1 mi em alfafa, R$ 2 mi com chiclete e R$ 6,6 mi com bombom

 

Itens fazem parte do rol de compras de 2020 tabulados pelo Metrópoles, que incluíram R$ 15,6 milhões em leite condensado e R$ 31,5 milhões em refrigerantes

(Foto: Reprodução)

Revista Fórum - Além do polêmico gasto de R$ 15.641.777,49 em leite condensado feito pelo governo de Jair Bolsonaro (sem partido) em 2020, segundo levantamento feito pelo portal Metrópoles, outros itens chamam a atenção no carrinho de compras do Executivo do ano passado.

A lista de compras do governo Bolsonaro incluiu aquisição de R$ 1.042.974,22 em alfafa em 2020. O chiclete também fez parte da lista: foram gastos R$ 2.203.681,89 com gomas de mascar. E, para adoçar a vida dos integrantes do governo num ano difícil de pandemia, não faltou bombom. Mais precisamente, R$ 8.866.958,69 foram gastos no doce de chocolate.

A comida elaborada pelo governo Bolsonaro ao longo de 2020 também não ficou sem tempero. Os gastos com condimentos ficaram em R$ 49.995.971,95. E, como bebida, R$ 31.545.337,34 de refrigerantes.

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Ministério da Saúde apaga post sobre recomendação de cloroquina como "tratamento precoce"

 

O Ministério da Saúde listava substâncias como zinco, azitromicina e hidroxicloroquina como soluções para o enfrentamento à pandemia, citando um artigo da The American Journal of Medicine. Mas o editor da revista desmentiu o governo

Jair Bolsonaro toma cloroquina (Foto: Reprodução | Reuters)

247 - Em meio a uma movimentação pelo impeachment, o governo Jair Bolsonaro tenta reduzir os efeitos da sua política negacionista frente à pandemia. O Ministério da Saúde apagou uma publicação sobre a recomendação de tratamento precoce contra Covid-19 pela revista científica The American Journal of Medicine.

O texto foi publicado no site da Saúde em 2 de janeiro. No título, a matéria afirmava que um artigo divulgado no periódico científico reforçava o poder da medicina preventiva no combate ao coronavírus.

No entanto, o editor da revista científica, Joseph Alpert, disse, em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, que o artigo em questão não tinha objetivo de avaliar a eficácia de tratamentos precoces para a Covid-19.

“O artigo não diz que a cloroquina é uma terapia comprovada. Ele apenas sugere que, baseado em dados in vitro, parecia uma boa ideia”, disse Alpert à Folha.

Além disso, Alpert cita que, na época da publicação do estudo, existiam menos dados sobre o uso de medicamentos contra a Covid-19. Agora, com mais pesquisas publicadas, já se sabe que o remédio não tem eficácia comprovada no combate ao vírus.

“Então, a sugestão de que a cloroquina como prevenção fazia mais sentido naquele momento em comparação com agora, quando temos uma boa quantidade de informações negativas sobre o uso da droga em pacientes com Covid-19”, disse o editor.


Ciro diz que vai entrar na Justiça para apurar 'gastos absurdos' de Bolsonaro

 

"Entrarei na justiça para pedir explicações sobre os gastos absurdos do Bolsonaro! Mais de R$ 15 milhões em Leite Condensado e Chiclete com dinheiro público? Isso é corrupção!", postou o ex-ministro Ciro Gomes no Twitter

Ciro Gomes e Jair Bolsonaro (Foto: Reuters)

247 - O ex-ministro Ciro Gomes usou as redes sociais para anunciar que está entrando com uma ação na Justiça para cobrar “explicações sobre os gastos absurdos do Bolsonaro”. “Mais de R$ 15 milhões em Leite Condensado e Chiclete com dinheiro público? Isso é corrupção!”, escreveu Ciro no Twitter. 

Ação vem na esteira da revelação de que a lista de compras do governo Bolsonaro incluiu gastos da ordem R$ 1.042.974,22 para a compra de alfafa em 2020. Também foram gastos milhões na compra  de bombons (R$ 8.866.958,69)  e refrigerantes (R$ 31.545.337,34), entre outros itens, como leite condensado e chicletes.

Confira a postagem de Ciro Gomes sobre o assunto. 

 


Guedes diz que governo vai agir quando Brasil passar de 1,3 mil mortos por dia

 

"Se a pandemia faz a segunda onda, com mais de 1,5 mil, 1,6 mil, 1,3 mil mortes, saberemos agir com o mesmo tom decisivo, mas temos que observar se é o caso ou não", disse o ministro da Economia, Paulo Guedes, ignorando a falta de coordenação federal para o combate à pandemia em um País onde cidades da Região Norte sofrem até com desabastecimento de oxigênio

Ministro da Economia, Paulo Guedes, (Foto: Marcos Corrêa/PR | Reuters)

247 - O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta terça-feira (26) que o governo Jair Bolsonaro saberá agir com os estímulos necessários caso o Brasil tenha mais de 1,3 mil mortes diárias por coronavírus. O maior número registrado em um dia aconteceu em 4 de agosto do ano passado, quando foram contabilizados 1.394 óbitos por Covid-19. Em 8 de janeiro deste ano, foram documentadas 1.379 mortes. 

"Se a pandemia faz a segunda onda, com mais de 1,5 mil, 1,6 mil, 1,3 mil mortes, saberemos agir com o mesmo tom decisivo, mas temos que observar se é o caso ou não", disse o titular da pasta, após lembrar do auxílio emergencial concedido pelo governo em 2020, durante congresso virtual promovido pelo Credit Suisse. Seu relato foi publicado pelo jornal O Estado de S.Paulo.

De acordo com o consórcio de veículos de imprensa, a média móvel de mortes ficou em 1.055 nessa segunda-feira (25) - tratam-se de registros de oscilações dos últimos sete dias, sendo eliminadas distorções entre uma quantidade alta de meio de semana e baixa de fim de semana.

Se a doença volta, temos um protocolo de crise, que foi aperfeiçoado", afirmou Guedes, dizendo que o protocolo estaria previsto numa cláusula de calamidade pública na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do pacto federativo.

A falta de coordenação para o combate ao coronavírus atrasou a vacinação no Brasil, que teve início em 18 deste mês, em São Paulo. Além das violações de recomendações de autoridades de saúde por Bolsonaro, as críticas ao governo aumentaram neste mês de janeiro depois de ser constatado desabastecimento de oxigênio em Manaus (AM).

Documentos apontaram que o ministério da Saúde, atualmente comandado pelo general Eduardo Pazuello, sabia do cenário crítico sobre o sistema de saúde na capital amazonense oito meses antes da falta de oxigênio em hospitais da cidade. Assessor especial do ministro, Aírton Antônio Soligo aparece na tabela de gastos da pasta com viagem marcada para Manaus entre os dias 3 e 5 de maio de 2020.

A Advocacia-Geral da União (AGU) também havia informado ao Supremo Tribunal Federal que o governo Bolsonaro sabia do iminente colapso do sistema de saúde amazonense 10 dias antes da crise

Em outra manifestação, o procurador da República Igor Spindo disse que a causa principal para a falta de oxigênio e, unidades hospitalares no começo deste mês foi a interrupção do transporte deste insumo pela Força Aérea Brasileira (FAB). Não se sabe por ordem de quem. 

Cidades de outros estados, como o Pará, também enfrentam problemas de desabastecimento de oxigênio

Atualmente, o Brasil ocupa o terceiro lugar no ranking global de casos de coronavírus (8,8 milhões), atrás de Índia (10,6 milhões) e Estados Unidos (25,8 milhões). De acordo com a plataforma Worldomters, o governo brasileiro também contabiliza a segunda maior quantidade de mortes (217 mil) - nesta estatística, os EUA também ficam na primeira posição (431 mil).

"Lamento muita gente passando necessidade", diz Bolsonaro, ao negar auxílio emergencial: "Satisfeito aí?"

 

Jair Bolsonaro voltou a sugerir que não haverá prorrogação do auxílio emergencial e não demonstrou sequer ter uma política para assegurar emprego e renda à população. "Lamento muita gente passando necessidade, mas a nossa capacidade de endividamento está no limite", disse ele a um apoiador. "Satisfeito aí?", encerrou a conversa

Jair Bolsonaro com Paulo Guedes (Foto: Marcos Correa/PR | ABr)

247 - Jair Bolsonaro reafirmou nessa segunda-feira (25) que não haverá prorrogação do auxílio emergencial alegando que o endividamento do País está no limite. "A palavra é emergencial. O que é emergencial? Não é duradouro, não é vitalício, não é aposentadoria. Lamento muita gente passando necessidade, mas a nossa capacidade de endividamento está no limite", disse ele a um apoiador. "Satisfeito aí?", encerrando a conversa.

Durante a conversa, Bolsonaro disse que não conversaria sobre o assunto com seus apoiadores, mas apenas com o ministro da Economia, Paulo Guedes. Aliados de Bolsonaro no Congresso têm defendido uma discussão sobre a retomada do auxílio emergencial, que terminou em dezembro.

O fim do auxílio soma-se à dificuldade do governo em retomar a geração de empregos e o crescimento econômico. No terceiro trimestre do ano passado, a taxa de desemprego chegou a 14,6%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). São mais de 14 milhões de desempregados.

Dados do Ministério da Cidadania atualizados até 18 de dezembro apontaram que 68,2 milhões de pessoas receberam o auxílio emergencial. Foram pagas nove parcelas para cada pessoa: cinco de R$ 600 e quatro de R$ 300, totalizando R$ 230,98 bilhões.

O fim do auxílio, o atraso da vacinação contra a Covid-19, os efeitos do congelamento de investimento público e o alto índice de desemprego formam um cenário de um País ainda sem rumo na maior pandemia global. 

 

Homens representam 60% dos óbitos por Covid-19 em Apucarana



Apucarana chegou a 122 mortes por Covid-19, segundo último boletim divulgado pela Autarquia Municipal de Saúde (AMS) na segunda-feira (25).  São 73 homens (60%) e 49 mulheres (40%) que perderam a luta contra a doença no município.

A faixa etária com mais mortes é a de 60 a 69 anos, com 32 óbitos. O número representa 26,2% do total. A segunda faixa etária mais letal é a de 70 a 79 anos, com 24 registros (22,1%).

No entanto, é preocupante também o número de vítimas mais jovens. Nesta segunda-feira, Apucarana registrou a morte de duas pessoas na faixa dos 30 anos: uma mulher de 35 e um homem de 37. Ela tinha quadro de obesidade, enquanto ele não apresentava nenhuma comorbidade. A faixa etária de 30 a 39 anos já soma 8 óbitos por Covid-19, o que representa 6,6% das mortes provocadas pela doença no município. Veja no gráfico nesta página.

 

Apucarana pede apoio para estruturar circuitos turísticos

 

A intenção é aproveitar os atrativos naturais, aliando com o aspecto histórico e a agricultura familiar.


Apucarana está buscando apoio junto ao governo do Estado para estruturar os circuitos turísticos da Estrada Bela, do Caminho do Café e da Serra de Apucarana. A intenção é aproveitar os atrativos naturais, aliando com o aspecto histórico e a agricultura familiar. O assunto foi debatido nesta terça-feira (26/01) entre o prefeito de Apucarana, Junior da Femac, e a coordenadora estadual de turismo rural, Terezinha Buzanello. Durante o encontro, Apucarana também anunciou a adesão ao Circuito Permanente de Caminhada de Longa Distância.

Participaram ainda da reunião, ocorrida no gabinete municipal, Marco Antônio Casini Sanchez, gerente local do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR), Luiz Marcelo Franzin, representando a gerência regional do IDR, e Adilson Dias Novaes, extensionista do IDR. Representando a Prefeitura de Apucarana, participaram Gerson José Santino Canuto Luis de Faveri, da Secretaria Municipal de Agricultura, Mario Felipe e Andrea Rinaldi, da Promatur, e a secretária municipal da Mulher e Assuntos da Família, Denise Canesin.


No Vale do Ivaí, o circuito terá 515 quilômetros e passará por 17 municípios, entre os quais Apucarana. “Será um circuito circular e cada caminhante poderá decidir de onde começar. Há pessoas que poderiam passar 30 dias fazendo o circuito, enquanto há outras que teriam apenas o final de semana disponível. Por isso, o circuito prevê a possibilidade de optar por trechos bem como fazer o percurso inteiro”, explica Buzanello.

O Circuito Permanente é uma iniciativa do governo do Estado e, de acordo com mapeamento já realizado, abrangerá 50 quilômetros em Apucarana. “O trecho vai desde a divisa com o município de Califórnia até Cambira, passando por estradas rurais nas regiões de Pinhalzinho, Correia de Freitas, Barreiro e Jangadinha, além de pontos turísticos como o Parque da Raposa, Catedral Nossa Senhora de Lourdes e Museu do Café”, cita a coordenadora estadual de turismo rural.

O prefeito Junior da Femac, além de aderir ao projeto, apresentou outros três circuitos que já estão delineados e pediu apoio para estruturá-los. “Temos o Roteiro da Estrada Bela, que inicia no acesso ao Patrimônio do Barreiro, passando pelo Parque da Redenção e segue margeando o Rio Pirapó, atravessando áreas de mata nativa e vales onde existem pesqueiros, viveiro de muda nativa, restaurante, casa de encontro dos josefinos e fazenda colonizada por alemães”, cita Junior da Femac, acrescentando que o circuito termina em um ponto culminante da topografia, de onde o turista terá a visão das cidades de Apucarana, Arapongas e Astorga.

O prefeito também apresentou o Caminho do Café, entre o Distrito de Pirapó e Caixa de São Pedro. “Apucarana existe por causa do café e neste caminho, além da melhor terra do Brasil para o cultivo da bebida, o turista poderá conhecer o Museu do Café e passar por locais belíssimos como a Chácara das Flores que produz 70% dos crisântemos do Paraná, pela Fazenda Ubatura de propriedade do apresentador Ratinho e pelo Bar e Barbearia Zé Rico onde o cantor fez as suas primeiras apresentações.

Junior da Femac afirma que o município possui todas as características para a implantação do Circuito da Serra de Apucarana. “Temos as condições de clima, vegetação, topografia e hidrografia marcantes. Muitas propriedades já estão aproveitando economicamente esse potencial, desenvolvendo o enoturismo com a produção de vinhos e o cultivo de uvas “, frisa Junior o prefeito de Apucarana, afirmando que essa atividade turística já vem atraindo pessoas de várias regiões do Paraná e também de outros estados.