De acordo
com a publicação, grande parte da culpa pelo caos na capital amazonense "é
dirigida ao governo do presidente Jair Bolsonaro, que banalizou a
Covid-19", e ao "obediente ministro da saúde, Eduardo Pazuello - um
general do exército sem experiência médica"
247 - Maior jornal da Inglaterra, o The Guardian publicou neste domingo (24) reportagem avassaladora
sobre o colapso no sistema de saúde de Manaus com a falta de cilindros de
oxigênio para garantir a respiração de pacientes em UTIs no começo do mês. O
jornal aponta a culpa de Jair Bolsonaro e do ministro da Saúde, Eduardo
Pazuello, que pregam o suposto "tratamento precoce" contra a
Covid-19, mesmo sem comprovação científica para a eficácia de medicamentos
contra o coronavírus.
O The Guardian
reuniu relatos de quem viveu de perto a crise da saúde na capital amazonense,
como a fala de Francisnalva Mendes, chefe de saúde da cidade ribeirinha de
Coari - “hoje foi um dos dias mais difíceis em todos os meus anos de serviço
público. Você se sente tão impotente" - e a de um trabalhador anônimo - “o
que estamos assistindo é um massacre completo, uma situação desesperadora, um
filme de terror”.
Segundo
a publicação, grande parte da culpa pelo ocorrido "é dirigida ao governo
do presidente de extrema direita do Brasil, Jair Bolsonaro, que banalizou a Covid-19,
mesmo quando o número de mortos em seu país disparou para o segundo maior da
terra".
O jornal inglês
chama ainda Pazuello de ministro "obediente". "O obediente
ministro da saúde de Bolsonaro, Eduardo Pazuello - um general do exército sem
experiência médica - visitou Manaus na véspera do colapso da saúde na semana
passada, mas empurrou os falsos 'tratamentos precoces' de Covid-19 promovidos
por seu líder em vez de resolver a crise de oxigênio iminente".
A
reportagem lembra também que em 2020 Manaus sofreu fortemente com a primeira
onda da pandemia, que "forçou as autoridades a cavar valas comuns na terra
avermelhada da cidade".