sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

Anvisa autoriza uso emergencial de segundo lote da CoronaVac

 

Por unanimidade, diretores da Anvisa autorizaram o uso emergencial de um segundo lote de 4,8 milhões de doses da vacina Coronavac

Anvisa e CoronaVac (Foto: Divulgação)

247 - Os diretores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizaram nesta sexta-feira (22), por unanimidade, o uso emergencial de mais 4,8 milhões de doses da CoronaVac.

A medida teve os votos favoráveis de Meiruze Sousa Freitas (relatora), Rômison Rodrigues Mota, Alex Machado Campos, Cristiane Rose Jourdan e do presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres.

“Uma vacina segura, capaz de prevenir e reduzir mortalidade causada por essa doença, pode ser autorizada para uso emergencial. Em especial pelo contexto da pandemia, onde não há medicamentos registrados na vacina com indicação para tratamento”, disse a relatora Meiruze Freitas.

No último domingo (17), a Anvisa liberou 6 milhões de doses da CoronaVac, produzidas pelo Instituto Butantan, e mais 2 milhões de doses da vacina de Oxford.

O lote autorizado nesta sexta-feira é mais uma vez de vacinas do Butantan. Elas foram processadas e envasadas pelo instituto no Brasil, diferentemente das anteriores, que já vieram prontas da China. Há também mudança na embalagem. A vacina do Butantan é produzida em parceria com o laboratório chinês Sinovac.

 

Pacheco diz não ver razão para impeachment e Gleisi rebate: "crimes de Bolsonaro saltam aos olhos"

 

"Quem quer dirigir o Senado tem de ter compromisso com o povo e a Constituição Federal e não ficar inerte no caos", disse a presidente do PT repercutindo declaração do candidato a presidente do Congresso

Gleisi Hoffmann e Rodrigo Pacheco (Foto: Divulgação)

247 - Deputada federal e presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann (PR) rebateu declaração do candidato a presidente do Senado Federal Rodrigo Pacheco (DEM-MG) desta sexta-feira (22) na qual o parlamentar afirma não ver motivos para o impeachment de Jair Bolsonaro.

Ao UOL, Pacheco disse que não enxerga ilícitos na gestão do governo federal durante a pandemia. "Não consigo depreender desses fatos [gestão do governo durante a pandemia] um crime de responsabilidade que suscite a necessidade do pedido de impeachment".

Gleisi, por sua vez, afirmou que "crimes de Bolsonaro saltam aos olhos". Ela cobrou que o candidato a presidente do Senado seja fiel à Constituição e ainda provocou a bancada do PT na Casa a pressionar Pacheco, apoiado pelo partido, acerca da declaração. "Péssima fala de Rodrigo Pacheco! Crimes de Bolsonaro saltam aos olhos! Quem quer dirigir o Senado tem de ter compromisso com o povo e a Constituição Federal e não ficar inerte no caos. PT no Senado tem de cobrar! Cabe a Câmara abrir o processo, vamos fazer uma luta sem tréguas", escreveu.

 

Lewandowski encaminha à PGR notícia-crime contra Bolsonaro por crise do oxigênio em Manaus

 

Deputados do PCdoB acusam Bolsonaro e Pazuello de terem se omitido no caso, mesmo sabendo com antecedência que cilindros de oxigênio iriam se esgotar na capital amazonense. Segundo a queixa, o governo federal atuou pelo agravamento da crise


247 - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski encaminhou nesta sexta-feira (22) à Procuradoria-Geral da República (PGR) notícia-crime apresentada por parlamentares do PCdoB contra Jair Bolsonaro e o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.

Deputados acusam Bolsonaro e Pazuello de atuarem pelo agravamento da pandemia de Covid-19 no Amazonas e por terem se omitido diante da iminente crise de abastecimento de oxigênio para pacientes em UTIs de Manaus. Eles afirmam que o governo federal sabia com antecedência que o insumo poderia acabar na região.

O encaminhamento da notícia crime se deve ao fato de que apenas o procurador-geral da República, Augusto Aras, pode oferecer denúncia contra Bolsonaro e Pazuello por crime comum. A PGR deve decidir agora se há elementos suficientes para abrir investigação.

 

Apucarana confirma mais uma morte e 51 novos casos de Covid-19 nesta sexta-feira



Mais um óbito e 51 novos casos de Covid-19 foram confirmados nesta sexta-feira (22) em Apucarana. Segundo boletim divulgado pela Autarquia Municipal de Saúde (AMS), o município soma agora 118 mortes provocadas pela doença e 5.163 resultados positivos para o novo coronavírus.

O óbito é de um homem de 57 anos, que tinha hipertensão arterial. Ele foi internado no último dia 10 e morreu nesta quinta-feira (21). Das 118 mortes em Apucarana, 71 são de homens (60%) e 47 de mulheres (40%). 

Segundo o boletim divulgado pela AMS, Apucarana tem ainda 163 suspeitas em investigação. O número de recuperados chega a 4.836.

Os novos casos foram confirmados pelo Laboratório Central do Paraná (Lacen). São 24 homens (14, 20, 24, 25, 26, 27, 27, 34, 35, 38, 41, 43, 45, 51, 57, 58, 59, 63, 63, 64, 64, 65, 71 e 75 anos) e 27 mulheres (10, 22, 24, 25, 25, 25, 26, 27, 28, 29, 29, 30, 30, 32, 32, 33, 36, 37, 39, 43, 45, 51, 51, 51, 52, 55 e 77 anos). Todos estão em isolamento domiciliar.

O Pronto Atendimento do Coronavírus chegou a 20.642 pessoas atendidas presencialmente desde o início da pandemia. O número de monitorados atualmente é de 562.

Já foram testadas 23.443 pessoas, sendo 11.589 em testes rápidos, 9.775 pelo Lacen (RT-PCR) e 2.079 por laboratórios particulares (RT-PCR).

São 27 pacientes de Apucarana internados, 7 na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 20 em leitos de enfermaria.

O município tem 209 casos ativos da doença.

 

Comitiva de Piraquara visita ambulatório de dermatologia da AMS

 

Diretores do Hospital de Dermatologia Sanitária do Paraná definiram o atendimento como de referência


Uma comitiva do Hospital de Dermatologia Sanitária do Paraná, de Piraquara, visitou hoje (22) o Ambulatório de Especialidades Dermatológicas – Residência Médica- da Autarquia Municipal de Apucarana (AMS). Diretores do hospital estadual vieram em busca de troca de experiência em reconhecimento ao atendimento de referência prestado nesta especialidade da rede pública de saúde municipal.

O nosso hospital quer ampliar os serviços e ainda implantar uma possível residência e aqui pudemos colher muitos subsídios para concretizar esses objetivos. O trabalho realizado neste ambulatório é fantástico desde a equipe de profissionais aos equipamentos. Não é todo serviço público que têm uma câmara de fototerapia como a que encontrei aqui. Todos estão de parabéns, em especial a coordenadora do ambulatório, Lígia Martin”, disse a diretora geral do Hospital de Dermatologia Sanitária do Paraná, Maristela Zanella.

Lígia Martin destacou o lado positivo da visita. “Estamos realizando nosso trabalho da melhor forma possível, mas a gente precisa de um feedback que possa contribuir para melhorarmos ainda mais a qualidade do atendimento que realizamos”, afirmou Lígia.

Também integrou a comitiva de Piraquara a diretora administrativa do Hospital de Dermatologia, Simone Rodrigues de Carvalho, e o diretor de gestão de saúde do hospital, Marcos Colla.

Para Apucarana é uma honra receber aqui a equipe da saúde pública da cidade de Piraquara, região metropolitana de Curitiba. Estamos à disposição para apresentar e transmitir informações sobre a estrutura e o funcionamento do nosso ambulatório de dermatologia”. A declaração foi dada pelo prefeito Junior da Femac, ao receber os visitantes em seu gabinete. O prefeito também recomendou que o futuro hospital dermatológico de Piraquara também adote um programa de residência médica. “Em Apucarana isso tem assegurado ótimos resultados na dermatologia e outras áreas”, pontuou Junior da Femac.

A Residência Médica em Dermatologia iniciou em março de 2018 e um ano depois, em março de 2019, foi inaugurado o novo ambulatório, no primeiro andar da AMS. Num espaço totalmente reformado, o Ambulatório de Dermatologia possui quatro consultórios médicos; duas salas de pequenas cirurgias, com vestiário e sala de espera exclusiva; central de material esterilizado; e sala de fototerapia, com vestiário. A área de funcionários conta com sala de reuniões, copa, WC exclusivo e almoxarifado. Ainda houve o investimento no mobiliário, que é totalmente novo.

 


Depois de deixar país sem vacinas, Bolsonaro diz que Coronavac "não está comprovada cientificamente"

Mais uma vez contrariando a ciência, a Anvisa e as provas obtidas por cientistas, Jair Bolsonaro contestou nesta sexta-feira (23) a eficácia da Coronavac . “Não está nada comprovado cientificamente com essa vacina aí", disse

(Foto: ABr | Reuters)

247 - Jair Bolsonaro disse, nesta sexta-feira (22), que "não há nada comprovado cientificamente sobre essa vacina aí", referindo-se à vacina CoronaVac, único imunizante distribuido no Brasil até o momento. 

"Eu não posso obrigar ninguém a tomar vacina, como um governador um tempo atrás falou que ia obrigar. Eu não sou inconsequente a esse ponto. Ela tem que ser voluntária, afinal de contas, não está nada comprovado cientificamente com essa vacina aí", disse ele, na porta do Palácio da Alvorada, segundo informou o portal G1. 

Sua fala negacionista fere todas as provas apontadas por cientistas e pela própria Anvisa, que divulgou a segurança do imunizante no último domingo. 

A eficácia e a segurança da CoronaVac foram comprovadas em ensaios clínicos conduzidos no Brasil. No país, a vacina é fabricada pelo Instituto Butantan, em São Paulo, instituição pública de pesquisa ligada ao governo do estado, em parceria com a fabricante chinesa Sinovac.  

Presidente de confederação empresarial detona incompetência de Jair Bolsonaro

 

Em um novo sinal da insatisfação dos empresários com a ineficiência de Jair Bolsonaro no combate à pandemia, o presidente da CNT, Vander Costa, responsabilizou o governo pela falta de vacinas no Brasil. "Se o mundo inteiro está vacinando e o Brasil não tem vacina, é falha do nosso governo", disse

(Foto: Divulgação)


247 - O presidente da Confederação Nacional dos Transportes (CNT), Vander Costa, disse que setor está disposto a ajudar gratuitamente na distribuição de vacinas em todo o Brasil. “Estamos prontos para colaborar na distribuição das vacinas contra a Covid-19. Basta o governo solicitar o apoio. As empresas já se colocaram à disposição para fazer o transporte gratuito”, disse Costa ao jornal O Estado de S. Paulo. Ainda segundo ele, “Se o mundo inteiro está vacinando e o Brasil não tem vacina, é falha do nosso governo”. 

De acordo com Costa, o setor está disposto a atuar gratuitamente na logística de distribuição das vacinas “porque, se for trabalhar para o governo, tem de fazer licitação e demora muito tempo. As empresas que já estão contratadas podem cobrar os contratos do SUS; quando não for isso, as empresas estão dispostas a transportar de forma gratuita”. 

“Com o povo vacinado, vai voltar a ter comércio, turismo, a ter deslocamento de pessoas. Isso faz com que as empresas tanto rodoviárias de passageiros e áreas voltem a arrecadar. Fazer transporte de vacina de graça é uma boa ação, mas ação que vai dar retorno para a sociedade brasileira como um todo”, completou.

Costa avalia, ainda, que o atraso na distribuição do primeiro lote de vacinas aconteceu por vaidade política. “Alguém que queria aparecer na foto para tirar retrato, em vez de deixar a logística abastecer os postos de saúde. Houve falhas, sim, podemos melhorar e o que a CNT está propondo para as empresas é afastar todo o viés político, a vaidade pessoal, para dar agilidade”, afirmou. 

“O mais importante é salvar vidas. Daqui a um ano, publica o que foi feito. Não adianta ficar brigando agora. Não vão fazer campanha em cemitério, né? Estamos prontos para poder transportar”, destacou o presidente da CNT na entrevista.

Para ele, o atraso da vacinação no Brasil se deve a “falhas do governo”. “Se o mundo inteiro está vacinando e o Brasil não tem vacina, é falha do nosso governo. A pior coisa do meu ponto de vista é não reconhecer quando se falha. Quando você erra, e reconhece o erro, toma atitude para corrigir. Mas, quando não quer ver o erro, vai continuar fazendo errado. Querer fazer a mesma coisa do mesmo jeito e esperar resultado diferente é coisa de louco”, afirmou. 

Ataque a indígenas está entre crimes que podem embasar impeachment de Bolsonaro

 

Destruição de fauna e flora e a violação do direito dos indígenas à vida são crimes que justificam o impeachment de Bolsonaro, afirma o advogado e coordenador da Assessoria Jurídica da Apib, Luiz Henrique Eloy Amado, da etnia Terena

(Foto: ABr | Reuters)

Cláudia Motta, Rede Brasil Atual - A situação dos brasileiros é ruim sob o governo Jair Bolsonaro. Desemprego em alta, economia em crise, descaso com a pandemia do novo coronavírus, recordes de mortes, falta de perspectiva. Mas para os cerca de 900 mil indígenas das 305 etnias do Brasil (Censo IBGE 2010) é ainda mais cruel. Desde a eleição de 2018, essas comunidades têm sido alvos de ataques a direitos, de invasões violentas de suas terras e de crimes que expõem esses povos ao genocídio. A demarcação de terras também foi interrompida – único meio de sobrevivência física e cultural para os indígenas.

Soma-se a essas ameaças o abandono do governo federal diante dos perigos da covid-19. De acordo com a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), a taxa de mortalidade entre indígenas é o dobro da registrada para o resto da população brasileira. O site da instituição mantém dados atualizados sobre a incidência da covid-19 sobre os povos indígenas. Em 20 de janeiro, havia 46.190 casos confirmados, atingindo 161 povos e levando à morte 927 indígenas. E segundo estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a taxa de 48% de mortes em pacientes indígenas internados pelo coronavírus é a maior do país. A mortalidade supera as populações parda (40%), negra (36%), amarela (34%) e branca (28%).

Essa situação levou a Apib a ingressar com uma Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental (a ADPF 709) contra o governo Bolsonaro. A ação foi acolhida pelo Supremo Tribunal Federal em agosto de 2020. Assim, o STF determinou que o governo federal adote medidas de proteção aos povos indígenas durante a pandemia. O responsável pela foi o advogado Luiz Henrique Eloy Amado, da etnia Terena. Coordenador da Assessoria Jurídica da Apib, Terena é mais um jurista a defender o impeachment de Jair Bolsonaro.

Violações de Bolsonaro

Doutor pelo Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro, e pós-doutor pela Escola de Autos Estudos em Ciências Sociais de Paris (EHESS), França, Terena afirma que 1.459 pessoas e organizações assinaram pedidos de impeachment do presidente Jair Bolsonaro até meados de agosto. As principais razões são as violações aos direitos humanos; violação de princípios de moralidade administrativa na condução da pandemia; participação em atos antidemocráticos pró-ditadura e em defesa do fechamento do STF. Também os prejuízos causados aos beneficiários do auxílio emergencial em virtude da restrição de parcelas; tentativa de golpe de Estado; atentado à soberania nacional; crimes contra o meio ambiente e os povos indígenas e tradicionais, dentre outros.

Os povos indígenas, ressalta ele, vivem em situação crítica sob Bolsonaro. “E à mercê das violações em demasia do atual presidente e seu governo, que vem negando atendimento aos indígenas que estão em áreas ainda não reconhecidas formalmente pelo governo (não homologadas).” De acordo com o IBGE, as localidades indígenas estão distribuídas em 827 municípios – desse total, 632 são terras oficialmente delimitadas. Há ainda 5.494 agrupamentos indígenas, 4.648 dentro de terras indígenas e 846 fora desses territórios. 

Bolsonaro e seus ministros não estariam respeitando a decisão do STF de proteger os indígenas durante a pandemia. Tampouco o cumprimento de um plano de enfrentamento à covid-19 junto a esses povos.

Perseguição histórica a indígenas

Eloy Terena diz que o relatório de violência do Cimi, de 2020, registrou casos de racismo e discriminação étnico culturais. “As expressões de racismo manifestam-se por diversos meios, especialmente os virtuais, e alimentam hostilidades de populações das cidades, de vizinhos, de professores nas escolas oficiais”, descreve. “O fundamento mais profundo parece ser a negação dos direitos indígenas, sobretudo o direito à terra, à preservação do habitat próprio de cada Terra Indígena e do modo de vida tradicional.”

O jurista considera interessante notar que tanto para diversas autoridades quanto para ladrões de madeira e de outros recursos naturais as ideias são as mesmas. “Indígenas não prestam, são indolentes e malandros e querem criar Estados independentes. Fruto de preconceitos arcaicos, o racismo está ancorado na falta de respeito e na ignorância sobre a diversidade cultural brasileira e sobre a possibilidade de haver modos de vida baseados em sólidos conhecimentos que priorizam o bem-viver de todos”, diz Terena.

“Sob a égide do ódio, as estruturas governamentais sustentam-se ao bel prazer da perseguição histórica aos povos originários e pela tentativa do roubo das narrativas desde a colonização.” 

O Conselho Indigenista Missionário (Cimi) aponta ainda que, ao anunciar o início do plano de vacinação, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, referiu-se apenas aos ‘indígenas aldeados”. O termo “remete ao período da ditadura militar e representa uma discriminação”, como afirma o Conselho, em nota. E, para o pesquisador Gercídio Valeriano, da Articulação Nacional de Indígenas em Contextos Urbanos e Migrantes, também é razão para um impeachment de Bolsonaro.

Ocupação ilegal e violência contra indígenas

O jurista Eloy Terena fala ainda sobre a preocupação com a ocupação ilegal das áreas indígenas. Segundo o advogado, o governo Bolsonaro está facilitando a legalização desse tipo de ocupação ilegal. E cita a Instrução Normativa número 9, publicada pela Funai de Bolsonaro em 22 de abril do ano passado. Nela, a Funai passa a considerar passível de emissão de Declaração de Reconhecimento de Limites (documento que atesta que a propriedade não incide em Terra Indígena (TI) toda posse (sem escritura) ou propriedade que não incida apenas sobre Terra Indígena Homologada; Reserva Indígena; Terras Indígenas Dominiais. “Ou seja, libera para a compra, venda e ocupação todas as Terras Indígenas em estudo, as Terras Indígenas delimitadas pela Funai e as Terras Indígenas declaradas pelo Ministério da Justiça, além das áreas sob portarias de restrição de uso”, explica.

Essa postura mais agressiva do governo Bolsonaro teve consequências perversas para as populações indígenas em seus territórios, conta o advogado. “No Mato Grosso do Sul, estado com o maior número de casos, um trator adaptado foi utilizado por fazendeiros em graves ataques contra comunidades indígenas. Segundo os moradores da TI Dourados, o trator possuía uma perfuração na lateral, através da qual eram disparados tiros em todas as direções. Na denúncia feita pelos indígenas, as investidas contra os Guarani-Kaiowá ocorriam sempre entre as 23h e as 4h.”

O jurista lembra também do “caveirão rural”, assim apelidado pelos indígenas, para retratar o nível das violências e violações a que os povos indígenas estão submetidos no Brasil. “O caveirão é um trator blindado, utilizado por fazendeiros do Mato Grosso do Sul para atacar indígenas Guarani e Kaiowá em retomadas próximas à Reserva de Dourados.”

Desmatamento e mineração

Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) apontam para um aumento de 30% do desmatamento na Amazônia Legal em 2019 em relação a 2018, atingindo os estados de Roraima, Acre, Amazonas e Pará. As treze Terras Indígenas mais desmatadas, destaca Eloy Terena, foram: Ituna/Itatá, Apyterewa, Cachoeira, Trincheira Bacajá, Kayapó, Munduruku; Karipuna, Uru-Eu-Wau-Wau, Manoki, Yanomami, Menkü, Zoró e Sete de Setembro.

“Sem dúvidas o ataque à fauna e à flora já seria motivo para sustentar e engajar um pedido de impeachment, haja vista que o papel do Executivo é justamente o contrário de tudo o que tem sido feito por Bolsonaro”, sentencia Terena.

De acordo com o jurista, as Terras Indígenas ocupam 13% do território nacional, 98% delas ficam na Amazônia Legal e um terço dessas terras é alvo de cobiça das mineradoras. “Ao todo, existem 4.777 processos incidentes em Territórios Indígenas na Amazônia Legal. Só no Pará registraram-se 2.357 títulos minerários concedidos pelo poder público, abrangendo desde autorizações de pesquisa a concessões de lavra”, critica Eloy Terena.

“Alguns territórios como as Terras indígenas Sawré Muybu, Xikrin do Rio Caeté, Kayapó e Arara têm sua área praticamente coberta por interesses minerários. O território mais afetado é o dos Yanomami, onde algumas aldeias já contam com cerca de 92% das pessoas contaminadas por mercúrio, usado na mineração de ouro”, conta. “Ademais, cerca de 56 TIs têm mais de 60% de sua área requerida por processos. Em áreas indígenas menores, esses processos ocupam facilmente mais de dois terços de seus territórios e oito terras indígenas terão mais de 90% de sua área comprometida. Além da mineração, outra ameaça são os projetos de hidrelétricas nas terras indígenas, que estão sendo implementadas sem consulta e consentimento prévio, livre e informado, conforme dispõe a Convenção 169 da OIT.”

Capitão reforça equipe dos Bombeiros em Apucarana


Com a elevação do Corpo de Bombeiros de Apucarana para Grupamento, a unidade continua o processo de estruturação. A equipe recebeu o reforço do capitão Xisto André Frazatto dos Santos, que cuidará exclusivamente do subgrupamento de Apucarana. O capitão Xisto foi transferido de Paranaguá, onde integrava o comando do 8o Grupamento de Bombeiros.

O profissional foi apresentado nesta sexta-feira (22/01) ao prefeito Junior da Femac e ao vice, Paulo Sérgio Vital. “Recentemente, Apucarana foi elevado a Grupamento, uma unidade que abrange 23 municípios e que é comandada pelo tenente-coronel Fábio Roberto de Azevedo Thereza e tem como subcomandante o major Leandro José Callegari. Agora, Apucarana ganhou o reforço do capitão Xisto, designado para cuidar dentro da estrutura dos Bombeiros do subgrupamento de Apucarana”, explica Junior da Femac.

Durante o encontro o prefeito aproveitou para tratar de outros assuntos com o major Callegari e o capitão Xisto. “Temos duas obras que estão sendo tocadas no prédio central do Corpo de Bombeiros em Apucarana – uma com recursos do governo do Estado e outra com recursos da Prefeitura – e ambas estão em fase final”, informa Junior da Femac.

Outro assunto abordado foi quanto ao Curso de Formação de Soldado Bombeiro Militar. “Apucarana receberá neste ano a escola que formará dois pelotões, o que significa cerca de 60 novos soldados”, reitera o major Callegari.

 

Prefeito manifesta pesar pela morte de João Elias Dubas

 

João Elias Dubas tinha 57 anos e morreu em decorrência de complicações causadas pela Covid-19.


O prefeito de Apucarana, Junior da Femac, manifesta profundo pesar pelo falecimento de João Elias Dubas, aos 57 anos, que morreu em decorrência de complicações causadas pela Covid-19.

Dubas foi internado no Hospital da Providência no dia 10 de janeiro e acabou não resistindo à doença. Dubas era casado com Roseli de Fátima da Fonseca e deixa os fihos Rodrigo da Fonseca Dubas e Valeska da Fonseca Dubas, além dos netos Mateus e Laura.

O Dubas foi sargento temporário do Exército e atualmente mantinha uma empresa de uniformes profissionais. Infelizmente, é mais um apucaranense que perdeu a luta contra o coronavírus. Que Deus conforte a família e dê forças neste momento difícil”, manifesta Junior da Femac.

O sepultamento de João Elias Dubas será hoje (22/01), às 15 horas, no Cemitério Cristo Rei.

 

Prefeitura renova comodato com o Apucarana Sports

 

Clube está se estruturando para a Divisão de Acesso, mandando seus jogos no Estádio Municipal Olímpio Barreto 

(Foto/Divulgação)

Em reunião realizada ontem (quarta-feira – 20/01), no gabinete municipal, o prefeito Junior da Femac anunciou a renovação do contrato de comodato do Estádio Municipal Olímpio Barreto com o Apucarana Sports. Participaram o diretor de futebol do clube, Airton Junior, representando o presidente Douglas Rodrigues de Lima, o secretário de esportes, José Marcelino da Silva “Grilo”, e seu assessor Tom Barros.

No encontro o dirigente do Apucarana Sports apresentou o planejamento do clube para este ano. “Vamos disputar o Paranaense Sub-17 a partir de fevereiro e, na sequência, o Sub-19 e o Paranaense da Divisão de Acesso”, informou Airton Junior, lembrando que em 2020 faltou muito pouco para que o Apucarana Sports conquistasse vaga na elite do futebol paranaense.

Segundo o diretor de futebol do Apucarana Sports a equipe terá um foco especial na formação das categorias de base. Atualmente, segundo ele, o clube já agrega diversos jogadores de Apucarana, Borrazópolis, Manoel Ribas e outras cidades do Vale do Ivaí.

O secretário Grilo anunciou que a equipe de Apucarana que irá disputar os Jogos Abertos do Paraná (fase A), em novembro, terá como base os jogadores do sub-17 e sub-19 do Apucarana Sports.

O prefeito Junior da Femac disse que a decisão de renovar o contrato de comodato com o Apucarana Sports, se deve ao nível de organização do clube, que tem garantido uma boa visibilidade para a cidade nas mídias. “Conclamamos os empresários de Apucarana a apoiarem o Apucarana Sports, colocando suas marcas no uniforme do clube”, defendeu Junior da Femac.

 

Folha lista 23 crimes de responsabilidade já cometidos por Bolsonaro

 

Jornal também começa a aderir ao Fora Bolsonaro, depois de ter uma das peças usadas no golpe de 2016 contra a ex-presidente Dilma Rousseff

(Foto: Marcos Corrêa/PR)

247 – Além do jornal Estado de S. Paulo, que passou a pedir o impeachment de Jair Bolsonaro, a Folha também aderiu a esta tese. Nesta sexta-feira, a manchete principal do jornal impresso estampa que o "colapso em Manaus e a derrapada na vacinação fortalecem base jurídica para impeachment de Bolsonaro". Mais do que isso, o jornal afirma que a "pandemia da Covid soma-se a outras 22 situações em que atos do presidente são passíveis de enquadramento como crime de responsabilidade". Ou seja: Jair Bolsonaro cometeu nada menos do que 23 crimes de responsabilidade – o que chega a ser constrangedor para uma publicação que defendeu a derrubada da ex-presidente Dilma Rousseff sem que ela tivesse cometido qualquer delito.

"A Folha compilou ao menos 23 situações em que Bolsonaro, em seus dois anos de governo até aqui, promoveu atitudes que podem ser enquadradas como crime de responsabilidade, e que vão da publicação de um vídeo pornográfico em suas redes sociais no Carnaval de 2019 aos reiterados apoios a manifestações de cunho antidemocrático", aponta a reportagem desta sexta-feira.

"No caso da pandemia, dos oito especialistas ouvidos pela reportagem, sete apontam a garantia social da saúde da população como a principal regra violada pelo governo. A Constituição lista em seu artigo 85 os atos do presidente que configuram crime de responsabilidade. Entre eles está os que atentam contra o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais —a saúde estando no último grupo", diz ainda o texto.

 

Bolsonaro paga à Índia o dobro do que pagam os europeus pelas vacinas

O governo brasileiro irá pagar ao Instituto Serum, da Índia, um valor mais de duas vezes superior ao que os países ricos da União Europeia destinaram para garantir as vacinas da AstraZeneca

(Foto: Abr)


247 - O jornalista Jamil Chade em sua coluna no portal UOl, informa que "o governo brasileiro irá pagar ao Instituto Serum, da Índia, um valor mais de duas vezes superior ao que os países ricos da União Europeia destinaram para garantir as vacinas da AstraZeneca. Enquanto o Banco Mundial aponta que a o PIB médio por pessoa da UE é de US$ 34 mil, no Brasil a taxa é de apenas US$ 8,7 mil".

"Depois de um desencontro entre os governos do Brasil e da Índia, os dois países anunciaram que um carregamento de 2 milhões de doses da vacina chegará ao país. O Instituto Serum é um dos centros capacitados pela AstraZeneca para produzir sua vacina", acrescenta Chade. 

Segundo o jornalista, "num comunicado do início de janeiro, a Fiocruz confirmou a negociação e indicou que o 'Instituto oferecerá as vacinas prontas ao mercado pelo valor de US$ 5,25 cada'".

"Nas últimas semanas, um suposto erro de um ministro belga permitiu que os preços das diferentes doses de vacinas fossem revelados ao público europeu. De acordo com uma mensagem em suas redes sociais, o político belga indicou que a UE teria negociado um preço de US$ 2,16 (1,78 euros) por dose da vacina da AstraZeneca. Questionado, o bloco se recusou a comentar, alegando que os acordos eram confidenciais", informa o jornalista.  

“O Brasil precisa do impeachment para respirar”, diz o jurista Silvio Almeida

 

“Impeachment sem crime de responsabilidade é golpe. Crime de responsabilidade sem processo de impeachment é omissão com o povo brasileiro e claro descumprimento dos deveres funcionais”, aponta

(Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247)

247 - O professor e jurista Silvio Almeida explicou, de forma didática, por que o Brasil precisa encaminhar o impeachment de Jair Bolsonaro, quatro anos depois do golpe contra a ex-presidente Dilma Rousseff. “Todo processo de impeachment é traumático. Impeachment sem crime de responsabilidade é golpe. Crime de responsabilidade sem processo de impeachment é omissão com o povo brasileiro e claro descumprimento dos deveres funcionais. O Brasil precisa do impeachment para respirar”, anotou ele, em coluna publicada na Folha de S. Paulo.

“É preciso interromper um ciclo de morte e destruição. No caso do governo de plantão, estão presentes todas as condições exigidas para a abertura de um processo de impeachment, sem o apelo a invencionices e oportunismos. Trata-se de um presidente que abusa do poder, atenta contra a segurança do país, viola direitos fundamentais ao expor os cidadãos à morte pelo coronavírus, procede de modo incompatível com o decoro e a dignidade, estimula ataques contra a ordem democrática, hostiliza nações estrangeiras e tantas outras ações que se enquadrariam com facilidade, sem contorcionismos retóricos, no que a lei chama de crimes de responsabilidade”, diz ele.

Bolsonaro cloroquina derrete: em uma semana, saltam de 37% para 45% os que consideram seu governo ruim ou péssimo

 

A imagem de Bolsonaro e seu governo está derretendo na pandemia. Em apenas uma semana, segundo pesquisa Ideia, o percentual de pessoas que reprovam atuação de Bolsonaro saltou oito pontos percentuais; o percentual dos que consideram o governo ruim ou péssimo saltou 11 pontos

(Foto: ABr)

247 - Uma pesquisa do Instituto Ideia divulgada nesta sexta-feira (22) pela revista Exame mostra que Bolsonaro está derretendo na opinião pública e sua ação na pandemia parece ser decisiva. Em apenas uma semana, o percentual das pessoas que reprovam a atuação de Bolsonaro saltou de 37% para 45%. Quanto ao governo, o cenário é igualmente devastador: o percentual dos que avaliam a gestão bolsonarista como ruim ou péssima subiu de 34% para 45%.

O levantamento foi realizado por telefone, em todas as regiões do país, entre os dias 18 e 21 de janeiro. A margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos

A aprovação à performance de Bolsonaro caiu de 37% para 26%, a maior queda semanal desde o início de seu governo. Agora, está no mesmo nível de junho de 2020, um dos momentos mais críticos da pandemia. Os que consideram seu governo bom ou ótimo despencou de 38% para 27%, também em uma semana.

A pesquisa também perguntou se a crise de saúde pública em Manaus poderia influenciar a avaliação do governo. Para 60% dos entrevistados, o quadro atual na capital amazonense deve impactar o modo como analisam o trabalho do presidente. Para outros 22%, não deve fazer diferença.