sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

Ataque a indígenas está entre crimes que podem embasar impeachment de Bolsonaro

 

Destruição de fauna e flora e a violação do direito dos indígenas à vida são crimes que justificam o impeachment de Bolsonaro, afirma o advogado e coordenador da Assessoria Jurídica da Apib, Luiz Henrique Eloy Amado, da etnia Terena

(Foto: ABr | Reuters)

Cláudia Motta, Rede Brasil Atual - A situação dos brasileiros é ruim sob o governo Jair Bolsonaro. Desemprego em alta, economia em crise, descaso com a pandemia do novo coronavírus, recordes de mortes, falta de perspectiva. Mas para os cerca de 900 mil indígenas das 305 etnias do Brasil (Censo IBGE 2010) é ainda mais cruel. Desde a eleição de 2018, essas comunidades têm sido alvos de ataques a direitos, de invasões violentas de suas terras e de crimes que expõem esses povos ao genocídio. A demarcação de terras também foi interrompida – único meio de sobrevivência física e cultural para os indígenas.

Soma-se a essas ameaças o abandono do governo federal diante dos perigos da covid-19. De acordo com a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), a taxa de mortalidade entre indígenas é o dobro da registrada para o resto da população brasileira. O site da instituição mantém dados atualizados sobre a incidência da covid-19 sobre os povos indígenas. Em 20 de janeiro, havia 46.190 casos confirmados, atingindo 161 povos e levando à morte 927 indígenas. E segundo estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a taxa de 48% de mortes em pacientes indígenas internados pelo coronavírus é a maior do país. A mortalidade supera as populações parda (40%), negra (36%), amarela (34%) e branca (28%).

Essa situação levou a Apib a ingressar com uma Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental (a ADPF 709) contra o governo Bolsonaro. A ação foi acolhida pelo Supremo Tribunal Federal em agosto de 2020. Assim, o STF determinou que o governo federal adote medidas de proteção aos povos indígenas durante a pandemia. O responsável pela foi o advogado Luiz Henrique Eloy Amado, da etnia Terena. Coordenador da Assessoria Jurídica da Apib, Terena é mais um jurista a defender o impeachment de Jair Bolsonaro.

Violações de Bolsonaro

Doutor pelo Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro, e pós-doutor pela Escola de Autos Estudos em Ciências Sociais de Paris (EHESS), França, Terena afirma que 1.459 pessoas e organizações assinaram pedidos de impeachment do presidente Jair Bolsonaro até meados de agosto. As principais razões são as violações aos direitos humanos; violação de princípios de moralidade administrativa na condução da pandemia; participação em atos antidemocráticos pró-ditadura e em defesa do fechamento do STF. Também os prejuízos causados aos beneficiários do auxílio emergencial em virtude da restrição de parcelas; tentativa de golpe de Estado; atentado à soberania nacional; crimes contra o meio ambiente e os povos indígenas e tradicionais, dentre outros.

Os povos indígenas, ressalta ele, vivem em situação crítica sob Bolsonaro. “E à mercê das violações em demasia do atual presidente e seu governo, que vem negando atendimento aos indígenas que estão em áreas ainda não reconhecidas formalmente pelo governo (não homologadas).” De acordo com o IBGE, as localidades indígenas estão distribuídas em 827 municípios – desse total, 632 são terras oficialmente delimitadas. Há ainda 5.494 agrupamentos indígenas, 4.648 dentro de terras indígenas e 846 fora desses territórios. 

Bolsonaro e seus ministros não estariam respeitando a decisão do STF de proteger os indígenas durante a pandemia. Tampouco o cumprimento de um plano de enfrentamento à covid-19 junto a esses povos.

Perseguição histórica a indígenas

Eloy Terena diz que o relatório de violência do Cimi, de 2020, registrou casos de racismo e discriminação étnico culturais. “As expressões de racismo manifestam-se por diversos meios, especialmente os virtuais, e alimentam hostilidades de populações das cidades, de vizinhos, de professores nas escolas oficiais”, descreve. “O fundamento mais profundo parece ser a negação dos direitos indígenas, sobretudo o direito à terra, à preservação do habitat próprio de cada Terra Indígena e do modo de vida tradicional.”

O jurista considera interessante notar que tanto para diversas autoridades quanto para ladrões de madeira e de outros recursos naturais as ideias são as mesmas. “Indígenas não prestam, são indolentes e malandros e querem criar Estados independentes. Fruto de preconceitos arcaicos, o racismo está ancorado na falta de respeito e na ignorância sobre a diversidade cultural brasileira e sobre a possibilidade de haver modos de vida baseados em sólidos conhecimentos que priorizam o bem-viver de todos”, diz Terena.

“Sob a égide do ódio, as estruturas governamentais sustentam-se ao bel prazer da perseguição histórica aos povos originários e pela tentativa do roubo das narrativas desde a colonização.” 

O Conselho Indigenista Missionário (Cimi) aponta ainda que, ao anunciar o início do plano de vacinação, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, referiu-se apenas aos ‘indígenas aldeados”. O termo “remete ao período da ditadura militar e representa uma discriminação”, como afirma o Conselho, em nota. E, para o pesquisador Gercídio Valeriano, da Articulação Nacional de Indígenas em Contextos Urbanos e Migrantes, também é razão para um impeachment de Bolsonaro.

Ocupação ilegal e violência contra indígenas

O jurista Eloy Terena fala ainda sobre a preocupação com a ocupação ilegal das áreas indígenas. Segundo o advogado, o governo Bolsonaro está facilitando a legalização desse tipo de ocupação ilegal. E cita a Instrução Normativa número 9, publicada pela Funai de Bolsonaro em 22 de abril do ano passado. Nela, a Funai passa a considerar passível de emissão de Declaração de Reconhecimento de Limites (documento que atesta que a propriedade não incide em Terra Indígena (TI) toda posse (sem escritura) ou propriedade que não incida apenas sobre Terra Indígena Homologada; Reserva Indígena; Terras Indígenas Dominiais. “Ou seja, libera para a compra, venda e ocupação todas as Terras Indígenas em estudo, as Terras Indígenas delimitadas pela Funai e as Terras Indígenas declaradas pelo Ministério da Justiça, além das áreas sob portarias de restrição de uso”, explica.

Essa postura mais agressiva do governo Bolsonaro teve consequências perversas para as populações indígenas em seus territórios, conta o advogado. “No Mato Grosso do Sul, estado com o maior número de casos, um trator adaptado foi utilizado por fazendeiros em graves ataques contra comunidades indígenas. Segundo os moradores da TI Dourados, o trator possuía uma perfuração na lateral, através da qual eram disparados tiros em todas as direções. Na denúncia feita pelos indígenas, as investidas contra os Guarani-Kaiowá ocorriam sempre entre as 23h e as 4h.”

O jurista lembra também do “caveirão rural”, assim apelidado pelos indígenas, para retratar o nível das violências e violações a que os povos indígenas estão submetidos no Brasil. “O caveirão é um trator blindado, utilizado por fazendeiros do Mato Grosso do Sul para atacar indígenas Guarani e Kaiowá em retomadas próximas à Reserva de Dourados.”

Desmatamento e mineração

Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) apontam para um aumento de 30% do desmatamento na Amazônia Legal em 2019 em relação a 2018, atingindo os estados de Roraima, Acre, Amazonas e Pará. As treze Terras Indígenas mais desmatadas, destaca Eloy Terena, foram: Ituna/Itatá, Apyterewa, Cachoeira, Trincheira Bacajá, Kayapó, Munduruku; Karipuna, Uru-Eu-Wau-Wau, Manoki, Yanomami, Menkü, Zoró e Sete de Setembro.

“Sem dúvidas o ataque à fauna e à flora já seria motivo para sustentar e engajar um pedido de impeachment, haja vista que o papel do Executivo é justamente o contrário de tudo o que tem sido feito por Bolsonaro”, sentencia Terena.

De acordo com o jurista, as Terras Indígenas ocupam 13% do território nacional, 98% delas ficam na Amazônia Legal e um terço dessas terras é alvo de cobiça das mineradoras. “Ao todo, existem 4.777 processos incidentes em Territórios Indígenas na Amazônia Legal. Só no Pará registraram-se 2.357 títulos minerários concedidos pelo poder público, abrangendo desde autorizações de pesquisa a concessões de lavra”, critica Eloy Terena.

“Alguns territórios como as Terras indígenas Sawré Muybu, Xikrin do Rio Caeté, Kayapó e Arara têm sua área praticamente coberta por interesses minerários. O território mais afetado é o dos Yanomami, onde algumas aldeias já contam com cerca de 92% das pessoas contaminadas por mercúrio, usado na mineração de ouro”, conta. “Ademais, cerca de 56 TIs têm mais de 60% de sua área requerida por processos. Em áreas indígenas menores, esses processos ocupam facilmente mais de dois terços de seus territórios e oito terras indígenas terão mais de 90% de sua área comprometida. Além da mineração, outra ameaça são os projetos de hidrelétricas nas terras indígenas, que estão sendo implementadas sem consulta e consentimento prévio, livre e informado, conforme dispõe a Convenção 169 da OIT.”

Capitão reforça equipe dos Bombeiros em Apucarana


Com a elevação do Corpo de Bombeiros de Apucarana para Grupamento, a unidade continua o processo de estruturação. A equipe recebeu o reforço do capitão Xisto André Frazatto dos Santos, que cuidará exclusivamente do subgrupamento de Apucarana. O capitão Xisto foi transferido de Paranaguá, onde integrava o comando do 8o Grupamento de Bombeiros.

O profissional foi apresentado nesta sexta-feira (22/01) ao prefeito Junior da Femac e ao vice, Paulo Sérgio Vital. “Recentemente, Apucarana foi elevado a Grupamento, uma unidade que abrange 23 municípios e que é comandada pelo tenente-coronel Fábio Roberto de Azevedo Thereza e tem como subcomandante o major Leandro José Callegari. Agora, Apucarana ganhou o reforço do capitão Xisto, designado para cuidar dentro da estrutura dos Bombeiros do subgrupamento de Apucarana”, explica Junior da Femac.

Durante o encontro o prefeito aproveitou para tratar de outros assuntos com o major Callegari e o capitão Xisto. “Temos duas obras que estão sendo tocadas no prédio central do Corpo de Bombeiros em Apucarana – uma com recursos do governo do Estado e outra com recursos da Prefeitura – e ambas estão em fase final”, informa Junior da Femac.

Outro assunto abordado foi quanto ao Curso de Formação de Soldado Bombeiro Militar. “Apucarana receberá neste ano a escola que formará dois pelotões, o que significa cerca de 60 novos soldados”, reitera o major Callegari.

 

Prefeito manifesta pesar pela morte de João Elias Dubas

 

João Elias Dubas tinha 57 anos e morreu em decorrência de complicações causadas pela Covid-19.


O prefeito de Apucarana, Junior da Femac, manifesta profundo pesar pelo falecimento de João Elias Dubas, aos 57 anos, que morreu em decorrência de complicações causadas pela Covid-19.

Dubas foi internado no Hospital da Providência no dia 10 de janeiro e acabou não resistindo à doença. Dubas era casado com Roseli de Fátima da Fonseca e deixa os fihos Rodrigo da Fonseca Dubas e Valeska da Fonseca Dubas, além dos netos Mateus e Laura.

O Dubas foi sargento temporário do Exército e atualmente mantinha uma empresa de uniformes profissionais. Infelizmente, é mais um apucaranense que perdeu a luta contra o coronavírus. Que Deus conforte a família e dê forças neste momento difícil”, manifesta Junior da Femac.

O sepultamento de João Elias Dubas será hoje (22/01), às 15 horas, no Cemitério Cristo Rei.

 

Prefeitura renova comodato com o Apucarana Sports

 

Clube está se estruturando para a Divisão de Acesso, mandando seus jogos no Estádio Municipal Olímpio Barreto 

(Foto/Divulgação)

Em reunião realizada ontem (quarta-feira – 20/01), no gabinete municipal, o prefeito Junior da Femac anunciou a renovação do contrato de comodato do Estádio Municipal Olímpio Barreto com o Apucarana Sports. Participaram o diretor de futebol do clube, Airton Junior, representando o presidente Douglas Rodrigues de Lima, o secretário de esportes, José Marcelino da Silva “Grilo”, e seu assessor Tom Barros.

No encontro o dirigente do Apucarana Sports apresentou o planejamento do clube para este ano. “Vamos disputar o Paranaense Sub-17 a partir de fevereiro e, na sequência, o Sub-19 e o Paranaense da Divisão de Acesso”, informou Airton Junior, lembrando que em 2020 faltou muito pouco para que o Apucarana Sports conquistasse vaga na elite do futebol paranaense.

Segundo o diretor de futebol do Apucarana Sports a equipe terá um foco especial na formação das categorias de base. Atualmente, segundo ele, o clube já agrega diversos jogadores de Apucarana, Borrazópolis, Manoel Ribas e outras cidades do Vale do Ivaí.

O secretário Grilo anunciou que a equipe de Apucarana que irá disputar os Jogos Abertos do Paraná (fase A), em novembro, terá como base os jogadores do sub-17 e sub-19 do Apucarana Sports.

O prefeito Junior da Femac disse que a decisão de renovar o contrato de comodato com o Apucarana Sports, se deve ao nível de organização do clube, que tem garantido uma boa visibilidade para a cidade nas mídias. “Conclamamos os empresários de Apucarana a apoiarem o Apucarana Sports, colocando suas marcas no uniforme do clube”, defendeu Junior da Femac.

 

Folha lista 23 crimes de responsabilidade já cometidos por Bolsonaro

 

Jornal também começa a aderir ao Fora Bolsonaro, depois de ter uma das peças usadas no golpe de 2016 contra a ex-presidente Dilma Rousseff

(Foto: Marcos Corrêa/PR)

247 – Além do jornal Estado de S. Paulo, que passou a pedir o impeachment de Jair Bolsonaro, a Folha também aderiu a esta tese. Nesta sexta-feira, a manchete principal do jornal impresso estampa que o "colapso em Manaus e a derrapada na vacinação fortalecem base jurídica para impeachment de Bolsonaro". Mais do que isso, o jornal afirma que a "pandemia da Covid soma-se a outras 22 situações em que atos do presidente são passíveis de enquadramento como crime de responsabilidade". Ou seja: Jair Bolsonaro cometeu nada menos do que 23 crimes de responsabilidade – o que chega a ser constrangedor para uma publicação que defendeu a derrubada da ex-presidente Dilma Rousseff sem que ela tivesse cometido qualquer delito.

"A Folha compilou ao menos 23 situações em que Bolsonaro, em seus dois anos de governo até aqui, promoveu atitudes que podem ser enquadradas como crime de responsabilidade, e que vão da publicação de um vídeo pornográfico em suas redes sociais no Carnaval de 2019 aos reiterados apoios a manifestações de cunho antidemocrático", aponta a reportagem desta sexta-feira.

"No caso da pandemia, dos oito especialistas ouvidos pela reportagem, sete apontam a garantia social da saúde da população como a principal regra violada pelo governo. A Constituição lista em seu artigo 85 os atos do presidente que configuram crime de responsabilidade. Entre eles está os que atentam contra o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais —a saúde estando no último grupo", diz ainda o texto.

 

Bolsonaro paga à Índia o dobro do que pagam os europeus pelas vacinas

O governo brasileiro irá pagar ao Instituto Serum, da Índia, um valor mais de duas vezes superior ao que os países ricos da União Europeia destinaram para garantir as vacinas da AstraZeneca

(Foto: Abr)


247 - O jornalista Jamil Chade em sua coluna no portal UOl, informa que "o governo brasileiro irá pagar ao Instituto Serum, da Índia, um valor mais de duas vezes superior ao que os países ricos da União Europeia destinaram para garantir as vacinas da AstraZeneca. Enquanto o Banco Mundial aponta que a o PIB médio por pessoa da UE é de US$ 34 mil, no Brasil a taxa é de apenas US$ 8,7 mil".

"Depois de um desencontro entre os governos do Brasil e da Índia, os dois países anunciaram que um carregamento de 2 milhões de doses da vacina chegará ao país. O Instituto Serum é um dos centros capacitados pela AstraZeneca para produzir sua vacina", acrescenta Chade. 

Segundo o jornalista, "num comunicado do início de janeiro, a Fiocruz confirmou a negociação e indicou que o 'Instituto oferecerá as vacinas prontas ao mercado pelo valor de US$ 5,25 cada'".

"Nas últimas semanas, um suposto erro de um ministro belga permitiu que os preços das diferentes doses de vacinas fossem revelados ao público europeu. De acordo com uma mensagem em suas redes sociais, o político belga indicou que a UE teria negociado um preço de US$ 2,16 (1,78 euros) por dose da vacina da AstraZeneca. Questionado, o bloco se recusou a comentar, alegando que os acordos eram confidenciais", informa o jornalista.  

“O Brasil precisa do impeachment para respirar”, diz o jurista Silvio Almeida

 

“Impeachment sem crime de responsabilidade é golpe. Crime de responsabilidade sem processo de impeachment é omissão com o povo brasileiro e claro descumprimento dos deveres funcionais”, aponta

(Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247)

247 - O professor e jurista Silvio Almeida explicou, de forma didática, por que o Brasil precisa encaminhar o impeachment de Jair Bolsonaro, quatro anos depois do golpe contra a ex-presidente Dilma Rousseff. “Todo processo de impeachment é traumático. Impeachment sem crime de responsabilidade é golpe. Crime de responsabilidade sem processo de impeachment é omissão com o povo brasileiro e claro descumprimento dos deveres funcionais. O Brasil precisa do impeachment para respirar”, anotou ele, em coluna publicada na Folha de S. Paulo.

“É preciso interromper um ciclo de morte e destruição. No caso do governo de plantão, estão presentes todas as condições exigidas para a abertura de um processo de impeachment, sem o apelo a invencionices e oportunismos. Trata-se de um presidente que abusa do poder, atenta contra a segurança do país, viola direitos fundamentais ao expor os cidadãos à morte pelo coronavírus, procede de modo incompatível com o decoro e a dignidade, estimula ataques contra a ordem democrática, hostiliza nações estrangeiras e tantas outras ações que se enquadrariam com facilidade, sem contorcionismos retóricos, no que a lei chama de crimes de responsabilidade”, diz ele.

Bolsonaro cloroquina derrete: em uma semana, saltam de 37% para 45% os que consideram seu governo ruim ou péssimo

 

A imagem de Bolsonaro e seu governo está derretendo na pandemia. Em apenas uma semana, segundo pesquisa Ideia, o percentual de pessoas que reprovam atuação de Bolsonaro saltou oito pontos percentuais; o percentual dos que consideram o governo ruim ou péssimo saltou 11 pontos

(Foto: ABr)

247 - Uma pesquisa do Instituto Ideia divulgada nesta sexta-feira (22) pela revista Exame mostra que Bolsonaro está derretendo na opinião pública e sua ação na pandemia parece ser decisiva. Em apenas uma semana, o percentual das pessoas que reprovam a atuação de Bolsonaro saltou de 37% para 45%. Quanto ao governo, o cenário é igualmente devastador: o percentual dos que avaliam a gestão bolsonarista como ruim ou péssima subiu de 34% para 45%.

O levantamento foi realizado por telefone, em todas as regiões do país, entre os dias 18 e 21 de janeiro. A margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos

A aprovação à performance de Bolsonaro caiu de 37% para 26%, a maior queda semanal desde o início de seu governo. Agora, está no mesmo nível de junho de 2020, um dos momentos mais críticos da pandemia. Os que consideram seu governo bom ou ótimo despencou de 38% para 27%, também em uma semana.

A pesquisa também perguntou se a crise de saúde pública em Manaus poderia influenciar a avaliação do governo. Para 60% dos entrevistados, o quadro atual na capital amazonense deve impactar o modo como analisam o trabalho do presidente. Para outros 22%, não deve fazer diferença.

Em livro-bomba, Eduardo Cunha diz que golpe contra Dilma foi urdido no apartamento de Rodrigo Maia

Ex-deputado federal Eduardo Cunha relata no livro "Tchau Querida, o Diário do Impeachment” , que deverá ser lançado em abril, que o golpe que resultou no impeachment de Dilma Rousseff foi tramado no apartamento de Rodrigo Maia, no Rio, e contou com o apoio do PSDB

(Foto: Divulgação)

247 - O ex-deputado federal Eduardo Cunha, condenado a 14 anos e seis meses de prisão no âmbito da Lava Jato, relata no livro “Tchau Querida, o Diário do Impeachment”, que deverá ser lançado em abril,  que o golpe parlamentar de 2016 que resultou no impeachment da então presidente Dilma Rousseff, foi tramado no apartamento do atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e contou com o apoio do PSDB. De acordo com a coluna Radar, da revista Veja, Cunha relata, ainda, que o primeiro pedido de afastamento  foi feito pelo então deputado Jair Bolsonaro. 

Segundo Cunha, a reunião que resultou na trama que desaguou no afastamento da presidente Dilma Rousseff teria sido realizada no apartamento do Rodrigo Maia, no Rio de Janeiro. Além deles, os deputados Carlos Sampaio, à época líder do PSDB na Câmara, e Bruno Araújo, atual presidente nacional da legenda tucana, teriam participado do encontro. 

Na obra, Cunha também diz que o deputado baleia Rossi (MDB-SP), que atualmente é o candidato de Maia e conta com o apoio do PT na disputa pela presidência da Câmara, também teria atuado nas articulações do impeachment. Michel Temer, então vice-presidente, também terá tido um papel fundamental no processo. 

Segundo o ex-parlamentar, Temer “simplesmente quis e disputou a Presidência de forma indireta”. “Foi, sim, o militante mais atuante. Sem ele, não teria havido impeachment”, assegura. 

Sobre a participação de Jair Bolsonaro, ele afirma que “o primeiro pedido de impeachment coube ao então deputado (…), em função das denúncias de corrupção na Petrobras. Eu rejeitei o seu pedido. De todos os pedidos por mim rejeitados, Bolsonaro foi o único que recorreu”. 

  

Empresários estão perplexos com incompetência do governo Bolsonaro na pandemia

 

Os empresários, sustentáculos de Jair Bolsonaro e Paulo Guedes, estão perplexos com a incompetência do governo no combate à pandemia e na gestão da economia. "Do lado da saúde, não está passando segurança. Do lado da economia, as coisas não andam", afirma o empresário José Ricardo Roriz Coelho, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Plástico. "Entendemos que nada irá acontecer nesse País enquanto a população não estiver vacinada", diz o presidente da Confederação Nacional do Comércio

Setor empresarial lança dois manifestos em menos de uma semana e pressiona a dupla Jair Bolsonaro-Paulo Guedes (Foto: Marcos Corrêa/PR | Agência Brasil | Reuters)

247 - Os empresários, sustentáculos de Jair Bolsonaro e Paulo Guedes, estão perplexos com a incompetência do governo no combte à pandemia e na gestão da economia. "Do lado da saúde, não está passando segurança. Do lado da economia, as coisas não andam", afirma o empresário José Ricardo Roriz Coelho, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Plástico.

"Entendemos que nada irá acontecer nesse País enquanto a população não estiver vacinada", afirmou o presidente da Confederação Nacional do Comércio (CNC), José Roberto Tadros. "Até porque muita gente não compreendeu a gravidade: há aglomeração em todo canto e desprezo à máscara", acrescentou.

O setor, que divulgou dois manifestos em menos de uma semana, alertou para a necessidade de imunização em massa, com todos os tipos necessários de vacinas, para acelerar a retomada econômica.

"Do lado da saúde, não está passando segurança. Do lado da economia, as coisas não andam", afirmou o empresário José Ricardo Roriz Coelho, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Plástico (Abiplast) e vice-presidente da Fiesp. Ele integra o movimento Coalizão da Indústria. Os relatos foram publicados pelo jornal O Estado de S.Paulo

"Existe uma omissão de gente que está olhando para o seu umbigo", criticou o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), José Carlos Martins.

Um dos dois manifestos divulgados pelo setor empresarial, o primeiro, assinado por 14 entidades, o movimento Coalizão Indústria pede "reformas já" e afirma que a segunda onda da pandemia é mais forte na comparação com a primeira. No segundo texto, "Prioridades aos Brasileiros", empresários afirmaram que os poderes devem fazer política de Estado e não de governo.

O presidente da Confederação Nacional de Serviços (CNS), Luigi Nese, pediu que as autoridades deem orientações a serem repassadas aos funcionários. "Quem deve fazer isso é o Ministério da Saúde. Uma cartilha orientadora", disse.

Cofundador da gigante dos cosméticos Natura, Pedro Passos também questiona a gestão de Bolsonaro. "O governo tem de dizer o que o empresário deve fazer: é para emprestar caminhão para carregar vacina, treinar gente, contratar consultoria, planejar logística?", questionou Passos.

 

Arapongas registra 26 novos casos de Coronavírus e 26 curados



Prefeitura de Arapongas, através da Secretaria Municipal de Saúde, informou nesta quinta, (21/01), o registro de 26 novos casos, 26 curados e de COVID-19 no município. Agora o município chega a 8.674 casos dos quais 7.599 já estão curados (87,6%), 911 ainda estão com a doença e 164 infelizmente vieram a óbito. Ao todo, já foram realizados 37.583 testes. 
Sobre os casos, a Secretaria de Saúde informa que:
Entre os resultados dos testes públicos e privados realizados no município, foram divulgados 110 resultados negativos nesta data.
Os resultados abaixo divulgados, em sua maioria, são provenientes de exames realizados a partir do dia 18/01.
Entre os 26 casos confirmados, 14 são do sexo feminino com as respectivas idades: 14, 16, 20, 21, 26, 29, 29, 39, 46, 48, 52, 55, 55 e 65 anos.
Do sexo masculino, foram diagnosticados 12 pacientes com as respectivas idades: 10, 12, 12, 14, 30, 32, 45, 46, 50, 53, 71 e 79 anos.
Referente aos pacientes de Arapongas com COVID-19, o município possui 06 pacientes internados em leitos de UTI e 06 pacientes internados em leito de enfermaria. 
Referente aos leitos hospitalares em Arapongas, a ocupação informada pelo hospital hoje é de 77,5% dos 40 leitos de UTI e de 40% dos 40 leitos de enfermaria. 
Referente aos leitos hospitalares em Arapongas, houve aumento dos leitos exclusivos para COVID-19 do Hospital de referência pela SESA-PR a partir de 01/01/2021. O Hospital conta atualmente com 40 leitos de UTI e 40 leitos de enfermaria.
A Secretaria de Saúde de Arapongas reforça a importância de que a população siga as orientações dos especialistas, mantendo os cuidados de higiene, usando máscaras e evitando aglomerações, inclusive em festas e confraternizações familiares.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

Pesquisa mostra como Bolsonaro executou estratégia pela propagação da Covid-19

 

A pesquisa mostra que o governo de Jair Bolsonaro teve um caráter negacionista diante da propagação e da gravidade do vírus, e buscou impedir medidas contra a contenção da doença

(Foto: ABR | Alex Pazuello/Semcom)

247 - Pesquisa mostra a “existência de uma estratégia institucional de propagação do vírus” promovida pelo governo de Jair Bolsonaro. O estudo é um esforço conjunto do Centro de Pesquisas e Estudos de Direito Sanitário (CEPEDISA) da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da Universidade de São Paulo (USP) e a Conectas Direitos Humanos, e foi obtido pelo jornal El País.

O estudo

Com dados coletados desde março de 2020, no início da pandemia do novo coronavírus no Brasil, o boletim “Direitos na Pandemia – Mapeamento e Análise das Normas Jurídicas de Resposta à Covid-19 no Brasil” afirmou que a “pesquisa revelou a existência de uma estratégia institucional de propagação do vírus, promovida pelo Governo brasileiro sob a liderança da Presidência da República”.

Linha do tempo dos atos do governo federal

Foi feito um mapa cronológico da atuação do governo federal durante os momentos da pandemia da Covid-19, mostrando que o governo teve um caráter negacionista diante da propagação e da gravidade do vírus, e buscou impedir medidas contra a contenção da doença, levando o país a ser um dos mais afetados pelo novo coronavírus - com mais de 8,6 milhões de casos e 200 mil mortes.

A linha do tempo revela uma seleção de atos do governo, como edição de normas por autoridades e órgãos federais e vetos presidenciais; atos de obstrução às respostas dos governos estaduais e municipais à pandemia; e propaganda contra a saúde pública, definida como “o discurso político que mobiliza argumentos econômicos, ideológicos e morais, além de notícias falsas e informações técnicas sem comprovação científica, com o propósito de desacreditar as autoridades sanitárias, enfraquecer a adesão popular a recomendações de saúde baseadas em evidências científicas, e promover o ativismo político contra as medidas de saúde pública necessárias para conter o avanço da Covid-19”.

O boletim pode ser acessado na íntegra aqui.

 

Lula foi diagnosticado com Covid-19 durante viagem a Cuba

 

O ex-presidente não apresentou sintomas. A doença foi detectada cinco dias após a chegada dele e de sua equipe à ilha, conforme as exigências para viajantes internacionais

Lula e Fernando Morais (Foto: Ricardo Stuckert)

247 - O ex-presidente Lula foi diagnosticado com Covid-19 no dia 26 de dezembro, enquanto estava fora do país, em Cuba.

O teste positivo se deu após a chegada de Lula e sua equipe à ilha, conforme as exigências para viajantes internacionais. O primeiro teste na ilha deu negativo.

Os testes PCR feitos antes da viagem também negativaram.

O petista estava sem sintomas, apesar dos médicos terem constatado uma lesão pulmonar. Um membro de sua equipe, o escritor Fernando Morais, chegou a ficar internado, mas já passa bem. 

Além deles, sua noiva, Rosangela da Silva, a Janja, o fotógrafo Ricardo Stuckert e mais quatro assessores testaram positivo.

O grupo retornou ao Brasil nesta quarta-feira (20).

O ex-presidente estava em Cuba para participar da gravação de um documentário sobre a América Latina, dirigido por Oliver Stone.

As informações foram reportadas na coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S.Paulo.

Leia a íntegra da nota oficial emitida pelo ex-presidente abaixo:

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva retornou nesta quarta-feira (20) ao Brasil após 30 dias de viagem a Cuba. Lula estava na ilha desde 21 de dezembro, para participar do início das gravações de um documentário sobre a América Latina, produzido e dirigido pelo cineasta norte-americano Oliver Stone.

Seguindo as recomendações da OMS para viagens internacionais, o ex-presidente, sua mulher Janja, e os sete integrantes de sua comitiva foram submetidos a exames de diagnóstico da Covid19 no Brasil, antes de viajar, e na data da chegada a Cuba, em 21 de dezembro.

O teste de RT-PCR, obedecendo os protocolos cubanos para detectar infecções trazidas de outros países, foi repetido dia 26 de dezembro. Estes exames apontaram positivo para a Covid19 do ex-presidente e de outros membros da equipe, confirmando serem casos importados através da investigação epidemiológica.

Todos os nove membros da comitiva, exceto a jornalista Nicole Briones, tiveram diagnóstico positivo ao longo do monitoramento com RT-PCR. Todos permaneceram em isolamento sob vigilância sanitária, de acordo com diagnóstico, respeitando os protocolos do sistema de saúde cubano.

Por estar fora do Brasil, o ex-presidente Lula decidiu comunicar a doença apenas na chegada ao país, para preservar sua família e dos demais infectados.

O médico infectologista, ex-ministro da Saúde e deputado federal Alexandre Padilha foi comunicado desde o início e acompanhou toda a evolução da doença, em contato direto e diário com os médicos cubanos, que prestaram assistência diuturnamente à toda delegação.

O ex-presidente não necessitou de internação hospitalar, assim como os demais membros da equipe, exceto o escritor Fernando Morais, que permaneceu sob cuidados hospitalares pelo período de 14 dias, por complicações pulmonares.

Ao longo do acompanhamento, o ex-presidente foi diagnosticado em tomografia computadorizada com lesões pulmonares compatíveis com broncopneumonia associada à Covid19, apresentando excelente recuperação.

“Eu e toda minha equipe somos agradecidos à dedicação dos profissionais de saúde e do sistema de saúde pública cubano que estiveram conosco no cuidado diário. Agradeço ao governo de Cuba e a todos que estiveram conosco, de coração. Jamais esqueceremos a solidariedade cubana e o compromisso com a ciência de seus profissionais. Sentimos na pele a importância de um sistema público de saúde que adota um protocolo unificado, inspirado na ciência e nas diretrizes da OMS. E quero estender as minhas saudações a todos os profissionais de saúde que se esforçam para fazer o mesmo aqui no Brasil, apesar da irresponsabilidade do presidente da República e do ministro da Saúde”.

O ex-presidente Lula volta de Cuba com uma única certeza: somente a vacinação da humanidade pode livrá-la do coronavírus. Basta a ignorância contra a vacina.

“Estou preparado pra tomar a vacina, assim que tivermos vacina para todos. Sigo esperando minha vez na fila, com o braço à disposição para tomar assim que puder. E enquanto todos não se vacinam, vou continuar com máscara, evitando aglomerações e passando muito álcool gel”, disse Lula.

“Parabéns a todos que trabalham no sistema de saúde brasileiro, que estão cuidando com muito sacrifício do nosso povo. E a todos os pesquisadores dos institutos Butantan e Fiocruz, que trabalharam no desenvolvimento destas vacinas. Elas representam nossa única saída nessa pandemia que vitimou milhares de brasileiros”.

Documentário

Diante das circunstâncias, as filmagens do documentário foram suspensas em consenso com o cineasta Oliver Stone e as gravações adiadas para uma data futura, quando as condições sanitárias permitam.

Na ilha, Lula decidiu cancelar suas atividades e, após a alta epidemiológica, ao fim da viagem, se reuniu apenas com o presidente cubano Miguel Díaz-Canel, o 1º secretário do Partido Comunista de Cuba, Raul Castro, o primeiro ministro de Cuba, Manuel Marrero, e com o chanceler Bruno Rodriguez.

 

Apucarana registra mais dois óbitos e 27 novos casos de Covid-19 nesta quinta-feira



A Autarquia Municipal de Saúde (AMS) confirmou mais dois óbitos e 27 novos casos de Covid-19 nesta quinta-feira (21) em Apucarana. O município soma agora 117 mortes provocadas pela doença e 5.112 resultados positivos para o novo coronavírus.

Um dos óbitos é do pastor Valdir Silvério dos Reis, que tinha 71 anos e foi eleito vereador nas últimas eleições. Ele morreu nesta quinta-feira (21) após permanecer internado no Hospital da Providência desde o último domingo (17).  A outra morte é de um homem de 60 anos, que tinha hipertensão arterial e diabetes. Ele morreu no último dia 2. O óbito foi incluído pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa-PR). 

Segundo o boletim divulgado pela AMS, Apucarana tem ainda 185 suspeitas em investigação. O número de recuperados chega a 4.378.

Os novos casos foram confirmados pelo Laboratório Central do Paraná (Lacen). São 11 homens (19, 20, 21, 29, 39, 43, 55, 56, 61, 66 e 69 anos) e 16 mulheres (13, 18, 18, 19, 22, 23, 26, 33, 46, 50, 52, 55, 55, 56, 61 e 64 anos). Todos estão em isolamento domiciliar.

O Pronto Atendimento do Coronavírus chegou a 20.530 pessoas atendidas presencialmente desde o início da pandemia. O número de monitorados atualmente é de 1.138.

Já foram testadas 23.380 pessoas, sendo 11.589 em testes rápidos, 9.712 pelo Lacen (RT-PCR) e 2.079 por laboratórios particulares (RT-PCR).

São 25 pacientes de Apucarana internados, 7 na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 18 em leitos de enfermaria.

O município tem 617 casos ativos da doença.