sábado, 2 de janeiro de 2021

Em 2021, a esperança tem nomes: vacina contra Covid-19 e impeachment de Bolsonaro

 

Se elite e mídia ainda sustentam um presidente “café com leite” incapaz de governar, cabe ao campo democrático convocar o povo para essa luta

Vacina coronavírus covid-19 (Foto: REUTERS/Lisi Niesner)


Rede Brasil AtualEra comum na infância chamar “café com leite” uma criança que era aceita pelas demais na brincadeira, mas sem idade ou capacidade para correr, conseguir se esconder ou, enfim, seguir as regras da brincadeira. Sem capacidade para entender as estratégias, sutilezas, dificuldades dos jogos, sem competência para resolvê-los. Não havia mal nisso. Ao contrário. Brincando, mesmo sem valer, a criança cresceria, aprenderia e se tornaria hábil até poder, no futuro, ajudar outros “café com leite” a se desenvolver no mundo da infância.

O Brasil, um país do porte de um continente, com riquezas e capacidade para figurar entre as maiores nações do mundo tem um presidente café com leite. Incapaz, incompetente, inábil, Bolsonaro não tem possibilidade de aprender, crescer, se desenvolver. Aos 65 anos, passou 28 deles na política do Rio de Janeiro sem produzir rigorosamente nada de bom. Mas a elite política e econômica do país está deixando ele brincar de presidente.

Quem duvida pode gastar o primeiro fim de semana de 2021 pesquisando na internet. Se encontrar algum bom feito do deputado estadual fluminense ganha um doce. Também pode investir na leitura de República das Milícias – Dos Esquadrões da Morte à Era Bolsonaro (Editora Todavia). No livro, Bruno Paes Manso descreve o ambiente que deu origem à trajetória política da família que floresceu em meio ao crime do Rio de Janeiro e hoje manda no país.

Tudo queima

Não é, portanto, surpresa o horror que abate o Brasil sob a presidência de Jair Bolsonaro. Em dois anos, são tantas as desgraças, que o atual presidente, além do título de Personalidade Corrupta do Ano, ostenta também o recorde de pedidos de impeachment. São 59, dos quais apenas quatro foram arquivados, enquanto 55 aguardam uma atitude da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados.

Mas Bolsonaro não é burro, tampouco louco. O presidente eleito por 54% dos brasileiros, e que hoje conta com o apoio de cerca de 30% de razoavelmente chamados de bolsominions, faz um governo de morte.

Seu projeto de destruição, declarado para quem quis ouvir em 2018, segue de vento em popa. Políticas públicas de inclusão social, de educação e de saúde, a Floresta Amazônica, o Pantanal, o Cerrado. Tudo queima sob o governo Bolsonaro. Inclusive os empregos decentes, enquanto o governo tenta estrangular a capacidade dos sindicatos de representar e defender os trabalhadores. Entre os 30% que aplaudem Bolsonaro e o deixam brincar de ser presidente estão maus empresários felizes com a retirada de direitos trabalhistas. E também setores privados da economia, do Brasil e estrangeiros, que lucram com o caos.

Algumas pessoas tresloucadas que pensam que sabem brincar também se divertem. Como aquele típico tiozinho da padaria que desrespeita os funcionários e tenta roubar o saleiro. A senhora que parece bondosa e faz doações na igreja, mas mantém uma relação análoga à escravidão com a empregada. Ou jovens que acreditam estar acima do bem e do mal, para quem desrespeitar a velocidade nas vias públicas ou fazer festas lotadas em plena pandemia é sinal de ousadia.

Quem chamou o “café com leite” para brincar

Quem também demonstra não se importar com as travessuras do presidente “café com leite” é a imprensa comercial. Primeiro, quando passou anos demonizando a política em geral e a esquerda em particular, em nome de um pretenso combate à corrupção. Depois quando tirou do jogo uma presidenta que ganhou no voto e foi roubada no tapetão – e com ela todos os que acreditaram na democracia e no valor de seu voto. E por fim quando construiu o ambiente de ódio e de farsa judiciária que abriu caminho para Jair Bolsonaro e sua família ocuparem o poder.

Basta uma olhada nos editoriais dos principais jornais do país, neste primeiro dia de 2021 e da nova década. O Estado de S. Paulo, por exemplo, conta as horas para o fim do mandato. Ou seja, para tirar o presidente “café com leite” que o próprio jornal enfiou no jogo. “O Brasil conta as horas para o fim do governo de Jair Bolsonaro. A partir de hoje, quando se completa a primeira metade do mandato, faltarão cerca de 17,5 mil – uma eternidade, considerando-se que se trata do pior governo da história nacional”, diz o texto.

O palavrório beira à demagogia. Em nenhum momento o jornal aborda os crimes contra a Constituição, o abuso do poder público em defesa de interesses particulares, a prevaricação. Tampouco a negligência genocida perante uma pandemia que já tirou a vida de quase 200 mil brasileiros. O jornal apresenta uma crítica de 648 palavras, mas nenhuma delas é impeachment.

Não são erros, são crimes

Editorial da Folha de S.Paulo também discorre longo embromation na tentativa de naturalizar a situação política do Brasil. Ela seria fruto de uma década (2011-2020) de “avanços institucionais que o período democrático viabilizou na política e na economia”. Sem mencionar o golpe de 2016, a Folha elogia a lei do Teto de Gastos trazida pelos golpistas como se fosse fruto de um avanço institucional democrático, e não de um golpe. Na opinião da Folha, o Brasil é um país de predicados, sem sujeitos.

Em O Globo, por sua vez, colunistas como Merval Pereira e Miriam Leitão dedicaram suas linhas a naturalizar o processo político, como se houvesse apenas erros em questão, e não crimes. Ele tentando manter viva a chama de Sergio Moro para a eleição de 2022. Ela reclamando que o Bolsonaro nem combateu a corrupção, nem encaminhou as reformas neoliberais pelas quais o mercado bancou sua candidatura e seu governo “café com leite”.

O fato é que o Brasil não tem tempo para salvar a nova década. Esse país gigante, com um sistema público de saúde (SUS) exemplar para o mundo, que foi invejado pelos “avanços da década” que vai 2003 a 2013, sob os governos Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, está perecendo sob Bolsonaro. O Brasil termina um ano e começa outro com projeções alarmantes de contágios e mortes por coronavírus. Enquanto isso, assiste a mais de 40 países iniciarem a aplicação de vacinas contra a covid-19. Mas não sabe quando vai começar a imunização por aqui. Nem sequer quando terá seringas.

Chega de “café com leite”

Jair Bolsonaro conseguiu a façanha de unir num único manifesto uma frente ampla de ex-ministros da Saúde. Eles apelam por um esforço nacional em torno de um “plano sólido”, abrangente, que contemple todas as vacinas que consigam registro na Anvisa. E que permita, ao longo do ano de 2021, garantir a vacinação para toda a população brasileira.

Mas nada anda, nada funciona. O governo do presidente “café com leite” é incapaz de criar um plano nacional de proteção a trabalhadores e empresas para que possam sobreviver em tempos em que ainda se exigirá isolamento social. Então, fica a esperança na vacina.

Enquanto isso, o presidente segue aglomerando com aqueles que o chamam de mito. E o desemprego cresce, a inflação se fortalece, a indústria se esvazia, a fome espraia, o país retrocede, a pandemia mata. Em 2021, para que o Brasil e os brasileiros sobrevivam, a esperança tem nomes: vacina contra covid-19 e impeachment de Bolsonaro. Pelo fim do presidente café com leite.

 

Pau quebra na Globonews após divergência sobre isolamento social

Demétrio Magnoli criticou o isolamento social e foi repreendido por Gerson Camarotti; episódio mostrou que há pouco espaço para divergência na mídia comercial

Reprodução (Foto: Reprodução)


247 – Uma discussão na Globonews, entre os comentaristas Demétrio Magnoli e Gerson Camarotti, demonstrou que há pouco espaço para divergência na mídia comercial.  "Tem milhões de pessoas que foram para as praias populares de São Paulo depois de passarem o ano inteiro se aglomerando porque tinham que se aglomerar para trabalhar nos setores essenciais", argumentou Magnoli. "Eu quero perguntar para o Camarotti: você diria que ele é execrável depois de passar um ano inteiro se aglomerando nos trens para trabalhar em setores essenciais porque ele agora se aglomerou na Praia Grande?"

"Você que está colocando essa palavra, Demétrio", respondeu o jornalista. "Você que tem que responder a essa pergunta. Você tem a recomendação da ciência. E a ciência tem que ser para todos. Lógico que tem que ser para todos, Demétrio. Você é que tem que responder. Bota a palavra na tua boca e responda como você achar melhor. Agora, a ciência tem que ser seguida. Não dá para ter exceção. É compreensível a situação social do país, você sabe disso, eu sei disso, conheço bem essa realidade, é preciso levar isso em consideração, mas uma coisa é trabalho e sobrevivência, outra coisa é festividade. É preciso ter bom senso também, Demétrio."

"Não existe só uma ciência chamada epidemiologia", rebateu Demétrio. "Existe uma outra ciência chamada sociologia e uma outra chamada antropologia."​

Confira o vídeo abaixo:


COVID-19: Arapongas registra 43 novos casos, 59 curados e um óbito no 1º dia do ano



Prefeitura de Arapongas, através da Secretaria Municipal de Saúde, informou nesta sexta (01/01), o registro de 43 novos casos, 59 curados e 01 óbito por COVID-19 no município. Agora o município chega a 7.157 casos dos quais 6.294 já estão curados (87,9%), 723 ainda estão com a doença e 140 infelizmente vieram a óbito. Ao todo, já foram realizados 33.862 testes. 
Sobre os casos, a Secretaria de Saúde informa que:
140º óbito, ocorrido em 31/12: Paciente do sexo feminino, 62 anos, sem comorbidades referidas, realizado coleta de exame no dia 17/12 com resultado divulgado em 17/12, internada em leito de enfermaria no dia 17/12, sendo transferida para leito de UTI após piora do quadro, vindo a óbito em 31/12.
O município possui 323 casos que aguardam resultados. Entre os resultados dos testes públicos e privados realizados no município, foram divulgados 99 resultados negativos nesta data.
Os resultados abaixo divulgados são provenientes de exames realizados a partir do dia 28/12.
Entre os 43 casos confirmados, 19 são do sexo feminino com as respectivas idades: 03, 17, 18, 21, 25, 25, 28, 29, 30, 32, 40, 42, 46, 48, 50, 58, 64, 72 e 78  anos.
Do sexo masculino, foram diagnosticados 24 pacientes com as respectivas idades: 06, 10, 19, 21, 25, 26, 28, 30, 30, 31, 35, 35, 38, 41, 46, 50, 53, 54, 57, 59, 59, 61, 66 e 75 anos.
Referente aos pacientes de Arapongas com COVID-19, o município possui 06 pacientes internados em leitos de UTI e 06 pacientes internados em leito de enfermaria. Estes dados são referentes ao dia 31/12
Referente aos leitos hospitalares em Arapongas, a ocupação informada pelo hospital hoje é de 63,3% de dos 40 leitos de UTI e de 25% dos 40 leitos de enfermaria. 
Referente aos leitos hospitalares em Arapongas, houve aumento dos leitos exclusivos para COVID-19 do Hospital de referência pela SESA-PR a partir de 01/01/2021. O Hospital conta atualmente com 40 leitos de UTI e 40 leitos de enfermaria.
A Secretaria de Saúde de Arapongas reforça a importância de que a população siga as orientações dos especialistas, mantendo os cuidados de higiene, usando máscaras e evitando aglomerações, inclusive em festas e confraternizações familiares.

Apucarana registra 39 novos casos de Covid-19 no primeiro dia de 2021



Mais 39 casos de Covid-19 foram confirmados nesta sexta-feira (01/01) em Apucarana, no primeiro dia de 2021, elevando os resultados positivos do novo coronavírus para 4.106.

Segundo boletim divulgado pela Autarquia Municipal de Saúde (AMS), o município segue com 92 óbitos e tem 220 suspeitas em investigação. O número de recuperados chega a 3.255.

Os novos casos foram confirmados em testes do Laboratório Central do Estado (Lacen). São 15 homens entre 6 e 77 anos e 24 mulheres entre 7 e 68 anos.  Todos estão em isolamento domiciliar.

 

sexta-feira, 1 de janeiro de 2021

Poim (PSD) é o novo presidente da Câmara de Apucarana



Franciley Preto Godoi – o popular Poim (PSD) foi eleito com sete votos contra três do vereador Lucas Leugi (PP) e um do professor Molina (PL). A sessão de votação aconteceu nesta sexta-feira (1º), logo após o encerramento da sessão de posse dos eleitos, realizada no Cine Teatro Fênix.

Além do presidente, ainda foram eleitos, os vereadores Mauro Bertoli (DEM) como vice-presidente, Tiago Cordeiro de Lima (MDB) e a vereadora Jossuela Pinheiro (PROS), como primeiro e segundo secretários, respectivamente.  A nova mesa executiva toma posse no dia 2 de janeiro de 2021 e tem mandato até 31 de dezembro de 2022.

Prefeitos eleitos tomam posse em 5.472 municípios; 96 ficam pendentes


Em 96 municípios, os prefeitos eleitos ainda não tiveram seu registro de candidatura deferido (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

Os novos prefeitos de 5.472 municípios brasileiros tomam posse nesta sexta-feira (1º) para um mandato de quatros anos, após terem sido eleitos com a maioria dos votos válidos nas eleições de novembro. Em 96 municípios, contudo, os prefeitos eleitos ainda não tiveram seu registro de candidatura deferido e seguem impedidos de tomar posse, segundo os dados mais atualizados disponíveis no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Nesses locais, o presidente da Câmara Legislativa deverá assumir a prefeitura interinamente. Há casos em que o TSE já negou o registro do candidato eleito e determinou nova eleição. A previsão é que os novos pleitos ocorrem somente a partir de março, e nenhuma data de votação foi marcada até o momento.

Em outras situações, o prefeito eleito possui recurso pendente no TSE e é possível que ainda consiga tomar posse em algum momento do ano que vem. Entre estes, há ainda aqueles cujo destino depende de uma definição do Supremo Tribunal Federal (STF) a respeito da Lei da Ficha Limpa.

Em ao menos quatro cidades - Angélica (MS), Bom Jesus de Goiás, Pinhalzinho (SP) e Pesqueira (PE) – os prefeitos eleitos tiveram seus recursos eleitorais paralisados devido a uma liminar (decisão provisória) do ministro Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), que reduziu o alcance da Lei da Ficha Limpa.

A controvérsia gira em torno de saber quando começa a contar os oito anos de inelegibilidade previstos na Lei da Ficha Limpa, se a partir da condenação em órgão colegiado (segunda instância ou tribunal superior, por exemplo) ou a partir do fim do cumprimento da pena.

Isso porque Marques suspendeu monocraticamente (de modo individual), a expressão “após o cumprimento da pena” do artigo da Lei da Ficha Limpa que trata da contagem do prazo de oito anos de inelegibilidade em caso de condenação por órgão colegiado (segunda instância, por exemplo). A decisão, na prática, reduz o alcance da punição.

O presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, decidiu paralisar os processos dos prefeitos eleitos que apresentaram recurso com base na decisão de Marques. Nesses casos, a definição se eles tomarão posse ou não só será alcançada após o plenário do Supremo pacificar a controvérsia sobre a Ficha Limpa.

Empossados
Em decorrência de medidas de distanciamento contra a disseminação de covid-19, a posse de muitos candidatos deverá ser por meio de videoconferência. A medida foi autorizada, por exemplo, pelo legislativo de Goiânia, cidade em que o prefeito eleito, Maguito Vilela (MDB), encontra-se há meses internado com a doença na UTI do hospital Albert Einstein, em São Paulo.

Há casos ainda de prefeitos eleitos que morreram vitimados pela doença antes de tomarem posse. Foi o que aconteceu com Izalda Maria Barros Bocaccio, que faleceu em 3 de dezembro, aos 72 anos, por complicações da covid-19. Ela havia sido eleita para assumir o executivo de Santo Antônio das Missões (RS). Com o falecimento, toma posse o vice, Betinho (PP).

É o que vai acontecer também em Tapiraí (SP), onde o vice Vanderlei Cassiano de Resende (Avante) toma posse depois que o prefeito eleito, Ronaldo Cardoso (DEM), morreu em um acidente de carro em 18 de dezembro, um dia após ter sido diplomado pela Justiça Eleitoral.

Já em Muriaé (MG), o prefeito mais velho a ser eleito no Brasil, o empresário José Braz (PP), de 95 anos, toma posse nesta sexta-feira (31) “com muita saúde”, conforme ele próprio declarou a jornalistas após vencer a eleição com 42,8% dos votos válidos.

Outro que assume o cargo sem nenhum problema aparente de saúde é o prefeito eleito de Conchas (SP), Julio Tomazela Neto (PSDB), que com 21 anos e uma margem de apenas sete votos se tornou o prefeito mais jovem a ser eleito.

Nas capitais, o mais jovem a tomar posse nesta sexta é João Campos (PSB), que assume a prefeitura do Recife com apenas 27 anos, enquanto Dr. Pessoa (MDB), empossado em Teresina, é o mais velho, com 74 anos.

Fonte: Agência Brasil

 

Lewandowski reitera ordem para que juiz de Brasília entregue à defesa de Lula diálogos entre Moro e Dallagnol

 

Diálogos devem comprovar a atuação política do ex-juiz Sergio Moro e do procurador Deltan Dallagnol

(Foto: 247 - Reuters)

Do Conjur – O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, reiterou a ordem que determina que a 10ª Vara Federal Criminal do Distrito Federal assegure ao ex-presidente Lula acesso às mensagens trocadas entre procuradores do Paraná

Reforço, assim, que a decisão proferida no dia 28/12/2020 deve ser cumprida independentemente de prévia intimação ou manifestação do MPF, sobretudo para impedir que venham a obstar ou dificultar o fornecimento dos elementos de prova cujo acesso o STF autorizou à defesa do reclamante", afirma o ministro em despacho desta quinta-feira (31/12).

A decisão foi provocada por reclamação da defesa do petista por não conseguir acesso aos documentos que foram despachados para o Ministério Público Federal. Os advogados do ex-presidente terão acesso às conversas realizadas em aparelhos estatais e que digam respeito, direta ou indiretamente, a Lula ou às investigações e processos a ele relacionados, no Brasil e no exterior. As mensagens trocadas entre procuradores foram vazadas ao site The Intercept Brasil e apreendidas durante a chamada operação "spoofing".

O material deverá ser entregue dentro do prazo máximo de dez dias, com o apoio de peritos da Polícia Federal que atestaram a integridade dos dados apreendidos. Defendem o ex-presidente os advogados Cristiano ZaninValeska MartinsMaria de Lourdes Lopes e Eliakin Tatsuo.

Na última maldade do ano, Bolsonaro edita MP que pode excluir 500 mil pessoas do BPC

 

A MP restringe o Benefício de Prestação Continuada novamente a quem tem renda domiciliar até 1/4 de salário mínimo por pessoa (equivalente a R$ 275 a partir do novo piso de R$ 1.100 que passa a valer em 1º de janeiro)

Bolsonaro admite rever BPC e reduzir idade mínima para mulher se aposentar. (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

247 – Jair Bolsonaro cortou um benefício social importante para muitos brasileiros antes da virada do ano, segundo informa a jornalista Idiana Tomazelli, em reportagem publicada no jornal Estado de S. Paulo. "A poucas horas do fim de 2020, o presidente Jair Bolsonaro editou uma medida provisória restringindo novamente a concessão do Benefício de Prestação Continuada (BPC), pago a idosos e pessoas com deficiência de baixa renda, a quem ganha até um quarto do salário mínimo. O texto tem vigência imediata e, como antecipou o Estadão/Broadcast, pode excluir cerca de 500 mil brasileiros que teriam acesso à assistência, caso o critério de renda fosse ampliado como vinha sendo estudado anteriormente. Essas pessoas terão de recorrer à Justiça para obter o benefício", informa.

"A MP restringe o BPC novamente a quem tem renda domiciliar até 1/4 de salário mínimo por pessoa (equivalente a R$ 275 a partir do novo piso de R$ 1.100 que passa a valer em 1º de janeiro). Essa regra já estava em vigor em 2020, mas um artigo da lei do auxílio emergencial permitia elevar a linha de corte a 1/2 salário mínimo, conforme o grau de vulnerabilidade. O decreto de regulamentação, porém, não foi editado, o que tornou o dispositivo sem efeito", explica a jornalista.

Datafolha aponta que 68% dos brasileiros esperam um 2021 melhor do que 2020

 

Quando a pergunta é voltada não apenas para si próprios, mas para os brasileiros em geral, esse índice cai para 58%

(Foto: Carlos Latuff)

247 – Uma pesquisa do instituto Datafolha publicada nesta sexta-feira 1 aponta relativo otimismo para 2021 e também que apoiadores de Bolsonaro e pessoas que receberam o auxílio emergencial tendem a ser mais confiantes. "A pesquisa apontou que 68% afirmam que 2021 será melhor do que 2020. Quando a pergunta é voltada não apenas para si próprios, mas para os brasileiros em geral, esse índice cai para 58%", revela reportagem da Folha de S. Paulo.

Foram entrevistados 2016 brasileiros adultos que possuem telefone celular em todas as regiões e estados do país. A pesquisa foi feita dessa forma para evitar o contato pessoal entre pesquisadores e respondentes devido à pandemia do novo coronavírus, que já matou mais de 191 mil brasileiros. O otimismo em relação ao próximo ano se mostrou sensivelmente maior nas regiões Norte/Centro-Oeste (79%). No Nordeste esse índice foi de (70%). No Sul e Sudeste, 63% e 64%, respectivamente.

"Bem mais otimistas são também os apoiadores do governo Jair Bolsonaro (sem partido). Entre os que avaliam que a gestão do presidente como boa ou ótima, 77% esperam um ano melhor do que este em 2021. Para os que dizem sempre confiar em Bolsonaro, 82%", aponta ainda o texto.

 

Kennedy: "país enfrentará mais um ano de pandemia por culpa de Bolsonaro"

 

O jornalista Kennedy Alencar afirmou que “o maior desafio dos prefeitos que tomam posse nesta sexta será enfrentar a sabotagem do presidente Jair Bolsonaro à saúde pública e à economia do Brasil”

(Foto: Divulgação | ABr)

247 - O jornalista Kennedy Alencar afirmou, em coluna, que “o maior desafio dos prefeitos que tomam posse nesta sexta será enfrentar a sabotagem do presidente Jair Bolsonaro à saúde pública e à economia do Brasil”.

Para ele, para proteger sua população contra a Covid-19, “uma boa dose de realismo recomenda baixa expectativa em relação a algum tipo de ajuda do governo federal”.

Segundo Kennedy, em 2021, “o coronavírus continuará a ser o principal inimigo sanitário e econômico do Brasil porque temos o pior político de nossa história”. “Bolsonaro continuará a agir como genocida”.

“Com um presidente negligentemente homicida que despreza recomendações científicas, os novos prefeitos deveriam promover campanhas de conscientização para uso da máscara e adoção de outras medidas de mitigação”. 

O jornalista ainda ressalta que “o país enfrentará mais um ano de pandemia por culpa de Bolsonaro, que jogou o Brasil para o fim da fila na corrida planetária pela vacina graças à negação da ciência e à incompetência administrativa”.

“A realidade será dura. No curto prazo, não haverá vacina contra a covid-19 para todos os brasileiros. Não existe plano nacional de imunização digno do nome, mas uma enrolação do general Eduardo Pazuello, ministro da Saúde. Bolsonaro e Pazuello desprezaram acordos com laboratórios que permitiriam compras de grandes lotes de vacina para atender a população como um todo. Não há nem seringas e agulhas em número suficiente. Mais gente adoecerá e morrerá por culpa do presidente da República”.

“Bolsonaro também é responsável por aumentar o custo da conta econômica com a sua incúria assassina. É óbvio que vacinar logo seria pavimentar mais rapidamente o caminho da recuperação econômica. Enquanto outros países, inclusive da América Latina, imunizam as suas populações, o presidente mantém a sua campanha de desinformação contra a vacinação a todo vapor, prejudicando a saúde pública e a economia”.

“Com o fim do auxílio emergencial, que socorreu um terço da população brasileira ao longo de 2020, será mais difícil para os mais pobres fazer a travessia ao longo dos próximos 12 meses. A tragédia social, portanto, está apenas no começo. As cidades brasileiras vão sofrer mais em 2021”, conclui o jornalista.

 

Sem rumo, governo brasileiro agora fala em comprar vacina da Moderna

 

“Então, além da Pfizer, temos uma outra agora que se apresenta no momento, a Moderna, que poderá ser adquirida pelo Brasil”, disse Bolsonaro, durante sua live

Frascos rotulados como de vacina contra Covid-19 em frente ao logo da Moderna (Foto: REUTERS/Dado Ruvic)

Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira, sem dar detalhes, que o Brasil poderá comprar também a vacina da Moderna contra a Covid-19.

Em sua live semanal, o presidente voltou a dizer que o governo irá disponibilizar vacinas para a parte da população interessada em ser imunizada contra o coronavírus, e repetiu, mais uma vez que não tomará vacina contra a Covid-19, se justificando pelo fato de já ter sido contaminado, apesar de haver casos registrados de reinfecção.

A Moderna teve sua vacina autorizada para uso emergencial pelos Estados Unidos no último dia 19.

No momento, o Brasil está negociando com a Pfizer, que tem uma vacina desenvolvida com a Biontech, para aquisição de seu imunizante contra a Covid-19.

“Então, além da Pfizer, temos uma outra agora que se apresenta no momento, a Moderna, que poderá ser adquirida pelo Brasil”, disse Bolsonaro.

“Parece que agora as empresas vão apresentar documentação junto à Anvisa, para a Anvisa então, caso ela certifique, nós imediatamente possamos fazer as tratativas e consigamos comprar essas vacinas”, acrescentou. “Até porque parte da população clama por elas, então quem tá querendo a vacina a gente vai acertar, da nossa parte, grátis e não obrigatório.”

O governo federal já tem um acordo com a AstraZeneca, que desenvolveu uma vacina contra a Covid-19 em parceria com a Universidade de Oxford.

Nesta quinta-feira, a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade, parceira da AstraZeneca no Brasil, disse à Reuters que pretende pedir junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) o uso emergencial dessa vacina. O imunizante da AstraZeneca-Oxford teve o uso emergencial autorizado pelo Reino Unido na quarta-feira.

Além dessas, o Brasil conta também com a CoronaVac, vacina desenvolvida pela chinesa Sinovac, que será produzida no Brasil pelo Instituto Butantan, ligado ao governo do Estado de São Paulo.

Na live, o presidente voltou a criticar governadores e prefeitos que paralisaram atividades econômicas como forma de conter a disseminação da Covid-19. Criticou também duramente o uso de máscaras como forma de prevenção.

O Ministério da Saúde informou que o Brasil registrou nesta quinta-feira 1.074 novas mortes pelo coronavírus, elevando o total para 194.949, o segundo maior número de óbitos no mundo, atrás apenas dos EUA. Segundo o ministério, já foram infectados no país 7.675.973 pessoas, o terceiro maior número do mundo.

 

Com fim do auxílio emergencial, milhões entrarão na pobreza

 

Economista e pesquisador da Fundação Getulio Vargas (FGV), Daniel Duque disse que “vai haver um grande pulo entre dezembro e janeiro, com aumento muito intenso da pobreza”

(Foto: ABr)

247 - Com o fim do auxílio emergencial pelo governo de Jair Bolsonaro, a pobreza vai superar os níveis de 2019, segundo reportagem do jornal O Globo.  

Em setembro, com o corte do benefício pelo governo de R$ 600 a R$ 300, a pobreza aumentou no país com cerca de 11,6 milhões de brasileiros.

Economista e pesquisador da Fundação Getulio Vargas (FGV), Daniel Duque disse ao Globo que “vai haver um grande pulo entre dezembro e janeiro, com aumento muito intenso da pobreza”. 

“Já estamos vendo isso ao longo dos últimos meses, de uma maneira mais gradual, porque as pessoas foram conseguindo o auxílio aos poucos. Está havendo alguma recuperação no mercado de trabalho, mas não o suficiente para compensar o auxílio”, afirmou.

quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

Virada do ano no Brasil deve ter panelaços contra Bolsonaro

 

Manifestação que virou rotina no início da pandemia no país está sendo convocada pelas redes sociais

Foto: Roberto Parizotti/FotosPublicas | Agência Brasil)

Revista Fórum - Diante do fato de que o Brasil está terminando 2020 com quase 200 mil mortos por coronavírus e que o país ainda não possui um plano de vacinação, internautas têm incentivado nas redes uma “comemoração” do ano novo de um jeito inusitado: com panelaços contra Jair Bolsonaro.

Pelas redes sociais, centenas de pessoas têm afirmado que vão bater panelas em protesto contra o presidente a partir das 23h45 desta quinta-feira (31).

“MEIA NOITE O MAIOR PANELAÇO DE TODOS OS TEMPOS CONTRA O CRÁPULA? Essa ideia está circulando forte!”, escreveu em seu Twitter a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ).



Confira a reportagem completa na Revista Fórum.


Juiz descumpre ordem do STF e não dá à defesa de Lula diálogos entre Moro e Dallagnol

 

Ministro Ricardo Lewandowski reiterou a ordem e determinou que a 10ª Vara Federal Criminal do Distrito Federal cumpra decisão proferida pelo magistrado nesta semana

Ricardo Lewandowski, Sergio Moro e Lula (Foto: STF | Agência Brasil | Ricardo Stucket)

247 - A 10ª Vara Federal Criminal do Distrito Federal não cumpriu decisão do ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, e não disponibilizou à defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva os diálogos entre o ex-juiz da Lava Jato Sergio Moro e o procurador Deltan Dallagnol obtidos através da invasão de um hacker.

O ministro reiterou a ordem e determinou que a Vara cumpra decisão proferida por ele na última segunda-feira (28). A defesa de Lula recorreu ao STF pois, mesmo após a decisão de Lewandowski, não ter conseguido acesso aos documentos, que foram despachados para o Ministério Público Federal, informou a jornalista Mônica Bergamo.

“Reforço, assim, que a decisão proferida no dia 28/12/2020 deve ser cumprida independentemente de prévia intimação ou manifestação do MPF, sobretudo para impedir que venham a obstar ou dificultar o fornecimento dos elementos de prova cujo acesso o STF autorizou à defesa do reclamante”, diz a manifestação de Lewandowski desta quinta-feira (31). ​

As mensagens foram apreendidas no âmbito da Operação Spoofing, da Polícia Federal, que investigou a invasão de celulares de autoridades no ano passado.

Ano de 2021 terá três feriados nacionais prolongados

 

Em meio a uma pandemia e expectativa da chegada de vacinas, o ano de 2021 terá três feriados prolongados nacionais, sem considerar os feriados estaduais e municipais e festejos como carnaval e Corpus Christi, que são pontos facultativos – e não feriados – em diversas cidades. Feriados prolongados são os que caem às segundas ou sextas-feiras, podendo ser emendados com os fins de semana.


O primeiro feriado nacional prolongado já acontece nesta sexta-feira, 1º de janeiro, dia da Confraternização Universal e celebração do ano novo.

Já em fevereiro haverá o carnaval, que não é feriado em todo o Brasil. Apenas algumas cidades o adotam como feriado; outras o consideram ponto facultativo. Em 2021, a tradicional celebração carnavalesca é dúvida em muitos locais do país.

Em algumas cidades, como São Paulo, ele não será celebrado em fevereiro. Para evitar a formação de aglomerações em meio à pandemia do novo coronavírus, o prefeito Bruno Covas determinou que o carnaval terá nova data em 2021 e será celebrado em meados do ano.

Além do dia 1º de janeiro, também são considerados feriados nacionais, estabelecidos na lei federal 10.607/2002, os dias 21 de abril (Tiradentes), 1º de maio (Dia do Trabalho), 7 de setembro (Independência do Brasil), 2 de novembro (Finados), 15 de novembro (Proclamação da República) e 25 de dezembro (Natal). Dois destes feriados vão cair em fins de semana em 2021.

Na Câmara dos Deputados tramitam dois projetos de lei (PL) que, caso aprovados, podem trazer mudanças ao calendário de feriados. Um deles, o projeto de lei 1.222/20, do deputado Alexandre Frota (PSDB-SP), quer transformar o carnaval em feriado nacional.

O outro, o PL 5.129/20, do deputado Luiz Antonio Teixeira Jr (PP-RJ), pretende decretar ponto facultativo no dia 3 de julho (um sábado) e transformar em feriado nacional os dias 5 e 6 de julho de 2021. O objetivo, segundo o deputado, é estimular os setores ligados ao turismo, ajudando a gerar empregos. (Da Agência Brasil).

Os feriados nacionais prolongados de 2021

janeiro

1º – Ano Novo

sexta-feira

fevereiro

16 – Carnaval

terça-feira

março

abril

2 – Paixão de Cristo
4 – Páscoa
21 – Tiradentes

sexta-feira
domingo
quarta-feira

maio

1º – Dia Mundial do Trabalho

sábado

junho

3 – Corpus Christi

quinta-feira

julho

agosto

setembro

7 – Independência do Brasil

terça-feira

outubro

12 – Dia de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil

terça-feira

novembro

2 – finados
15 – Proclamação da República
20 – Dia da Consciência Negra

terça-feira
segunda-feira
sábado

dezembro

25 – Natal

sábado