segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

MST doa mais de uma tonelada de alimentos orgânicos na periferia de Juiz de Fora (MG)

Ação foi realizada em parceria com Levante Popular da Juventude e Coletivo Vozes da Rua

Campanhas de solidariedade do MST já distribuíram centenas de toneladas de alimentos em todo o Brasil desde o início da pandemia - MST


Cerca de 1,5 tonelada de alimentos produzidos da agricultura familiar foram doadas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) para 200 famílias da Zona da Mata Mineira, na periferia de Juiz de Fora (MG), neste fim de semana. 

A campanha “Natal Solidário”, parte da jornada nacional de lutas do MST por Terra, Teto, Trabalho e Reforma Agrária Popular, é um projeto do MST em parceria com o Levante Popular da Juventude e o Coletivo Vozes da Rua, que busca amenizar a fome e denunciar a desigualdade. “Muitas pessoas perderam o emprego e possuem poucos recursos para matar a fome e garantir a subsistência de sua família”, afirmam as organizações em nota

Leia mais: Com a volta da fome no país, ONGs e movimentos populares alimentam o povo no Natal

Segundo Dowglas Silva, membro da coordenação regional do MST na Zona da Mata, além dos alimentos estão sendo doados kits de limpeza e higiene devido à pandemia de covid-19.

“O povo sem-terra é um povo solidário que sabe o quão difícil está sendo enfrentar a pandemia e garantir minimamente o isolamento social. Não tem como nos calarmos enquanto nossos irmãos choram de barrigas vazias nas periferias da cidade”, afirma Silva. 



À campanha, somou-se o Centro de Referência em Direitos Humanos (CRDH) de Juiz de Fora, que realiza campanhas de conscientização sobre os direitos das mulheres trans, por meio de rosa de conversas.

“O centro vem intensificando esse apoio às mulheres trans que na pandemia se encontram cada vez mais em situação de vulnerabilidade”, afirmaram as entidades em nota. 

Saiba mais: Não sei o que vou fazer”: relatos de quem tem no auxílio emergencial sua única renda

De acordo com Mohammed Silva, integrante do coletivo Vozes da Rua, o trabalho de doação de alimentos vem ocorrendo ao longo do ano inteiro.

"Sabemos que a situação da fome em Juiz de Fora é cada vez maior. A pandemia só colocou em evidência e intensificou o que a gente já sabia. Essa ação dos movimentos organizados da cidade vem ajudando a garantir que nosso povo não morra nem de vírus nem de fome. São esses gestos que são capazes de contribuir pra gente mudar esse cenário.” 

Até o momento, mais de três toneladas foram doadas somente em Juiz de Fora. 

Edição: Rodrigo Chagas

Fonte: Brasil de Fato

  

“Cerco digital” já conta com 196 pontos de monitoramento em Apucarana

 

Câmeras de particulares, voltadas para a rua, podem ser acessadas em tempo real pelas polícias Militar e Civil, Guarda Civil Municipal, Superintendência Municipal de Trânsito, Corpo de Bombeiros, Delegacia da Mulher, Samu e Polícia Rodoviária Federal (PRF)

(Fotos/PMA)

Uma parceria público-privada iniciada em agosto deste ano e que promove o compartilhamento de imagens de câmeras de vigilância privadas com as forças de segurança de Apucarana já conta com 196 pontos de monitoramento. O balanço das ações realizadas até o momento foram divulgadas nesta segunda-feira (21/12) pelo prefeito Júnior da Femac.

As ações acontecem através de um termo de parceria com a Ômega Consultoria Empresarial Ltda – Premier Viligância Virtual, habilitada em um chamamento público coordenado pelo Instituto de Desenvolvimento, Pesquisa e Planejamento de Apucarana (Idepplan). “Trata-se de uma prestação de serviço que não tem custo aos cofres municipais e faz parte de uma proposta inovadora encabeçada pelo nosso instituto que segue o conceito de “cidade inteligente” e formata o chamado “cerco digital da cidade” através da integração de câmeras de vigilância instaladas em residências, comércios, indústrias e logradouros públicos, com as centrais de operação das forças de segurança”, detalha o prefeito. Segundo ele, os 196 pontos de monitoramento que integram a parceria podem ser acessados em tempo real pelas polícias Militar e Civil, Guarda Civil Municipal, Superintendência Municipal de Trânsito, Corpo de Bombeiros, Delegacia da Mulher, Samu e Polícia Rodoviária Federal (PRF).

O acesso é exclusivo a câmeras voltadas para vias públicas (externas). “As imagens estão disponíveis em tempo real para as autoridades e ficam disponíveis por até 72 horas. Em casos específicos, visando uma investigação ou prova futura, a imagem pode ser salva e armazenada indefinidamente”, explica Carlos Mendes, superintendente de Segurança, Trânsito e Transporte do Idepplan.

As câmeras instaladas pela empresa são de última geração, com resolução HD e funções de inteligência artificial. “Este mesmo sistema de parceria que iniciamos em Apucarana já é executado com grande sucesso em outras cidades. Há casos onde o índice de furtos e roubos caiu em até 80%, segundo nos repassaram integrantes das forças de segurança. O índice de solução de casos ligados à acidentes de trânsito, de violência, entre outros, também é muito positivo”, diz Carlos Wilson, representante da Premier Vigilância Virtual.


Desenvolvido por uma “startup” brasileira, o sistema utiliza tecnologia israelense. As imagens ficam armazenadas em uma plataforma baseada em “cloud computing” (nuvem), com capacidade para controle e visualização. “À medida que novas câmeras são instaladas, tendo a anuência dos clientes, que são quem mantém o sistema com pagamento de mensalidade, também vamos disponibilizando na parceria”, revela o consultor de segurança da Premier.

Mais adesões – O prefeito Júnior da Femac lembra que o maior beneficiado pela parceria público-privada é a população. Ele assinala que pelos termos do chamamento público a empresa forneceu e instalou ainda 20 câmeras de monitoramento em logradouros públicos, em pontos estratégicos definidos em conjunto pelas forças de segurança da cidade.

Júnior pede que clientes da empresa que ainda não aderiram à parceria ou industriais, comerciantes e moradores que desejam saber mais sobre a prestação de serviços, que entrem em contato com o Idepplan para integrar a iniciativa. “Essa é uma ação que vem dando muito certo e certamente vai crescer ainda mais com adesão de novos clientes, proporcionando mais pontos de monitoramento e maior segurança à população dos distritos, bairros e área central. Em 2021 vamos, certamente, aumentar este “cerco digital” em Apucarana, deixando a cidade mais segura”, concluiu o prefeito Júnior da Femac.

 

Apucarana confirma mais dois óbitos e 62 novos casos de Covid-19 nesta segunda-feira



Apucarana confirmou mais duas mortes e 62 novos casos de Covid-19 nesta segunda-feira (21), segundo boletim divulgado pela Autarquia Municipal de Saúde (AMS). Agora, o município soma 3.626 registros positivos do novo coronavírus e 87 óbitos provocados pela doença. São ainda 234 suspeitas em investigação e 2.739 recuperados.

Os óbitos são de dois idosos de 81 e 82 anos. O primeiro enfrentava sequelas de um Acidente  Vascular Cerebral . Ele foi internado em 26 de novembro e morreu neste domingo (20). O segundo sofria de hipertensão arterial. Ele foi internado no último dia 5 e morreu no sábado (19).

Os 62 novos casos são de 26 homens (3, 9, 10, 15, 21, 22, 23, 23, 24, 28, 30, 33, 33, 42, 44, 44, 53, 54, 58, 61, 61, 63, 63, 67 e 82 anos) e de 36 mulheres (6, 21, 21, 22, 22, 27, 29, 29, 30, 30, 31, 33, 33, 33, 34, 35, 36, 42, 44, 44, 44, 46, 46, 48, 49, 52, 52, 52, 53, 54, 58, 61, 61, 65, 69 e 69 anos). Todos estão em isolamento domiciliar.

O Pronto Atendimento do Coronavírus chegou a 16.824  pessoas atendidas presencialmente desde o início da pandemia. O número de monitorados atualmente é de 1.800.

Já foram testadas 19.259 pessoas, sendo 9.526 em testes rápidos, 7.764 pelo Lacen (RT-PCR) e 1.969 por laboratórios particulares (RT-PCR).

São 17 pacientes de Apucarana internados, 4 na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 13 em leitos de enfermaria.

O município tem 800 casos ativos da doença.

 

Bolsonaro pediu voto em irmão de Alcolumbre, derrotado nas eleições para prefeito de Macapá

 

No vídeo, Bolsonaro diz que Josias Alcolumbre seria “um prefeito perfeitamente alinhado com o presidente da república”

Josiel Alcolumbre e Dr. Furlan (Foto: Reprodução)

247 - Jair Bolsonaro pediu “do fundo do coração” voto em Josiel Alcolumbre (DEM) nas eleições para a Prefeitura de Macapá, vencida ontem (20) pelo oponente Dr. Furlan (Cidadania).

Em vídeo compartilhado pelo jornalista Guilherme Amado, o presidente diz que Josiel seria “um prefeito perfeitamente alinhado com o presidente da república”.

“Em todos os momentos que o governo precisou do Senado, o Davi nos socorreu. Ele foi um grande parceiro na relação Presidência da República-Senado Federal”, acrescentou.

 

Deputada do PSOL é alvo de ameaças de morte no Rio

Presidente da Comissão de Direitos Humanos da Alerj, a deputada Renata Souza deverá registrar um boletim de ocorrência em função das ameaças de morte dirigidas contra ela nas redes sociais

Renata Souza (Foto: Divulgação)

247 - A presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), deputada estadual Renata Souza (PSOL) deverá registrar um boletim de ocorrência na Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) em função das ameaças de morte dirigidas contra ela. As ameaças foram feitas pelas redes sociais na semana passada. 

De acordo com reportagem do jornal O Globo, a parlamentar também comunicou a presidência da Alerj sobre as ameaças. A mesa diretora da Casa teria solicitado que a Secretaria de Polícia Civil investigue o caso. 

De acordo com a assessoria de Renata Souza, o autor das ameaças teria postado que a parlamentar “fala de mais (sic)... vai perder a linguinha”. “Por isso que Marieli (sic) morreu”, escreveu o agressor em outro trecho do post.

  

“Nosso bloco não fortalece o Rodrigo Maia, ele fortalece a oposição”, diz Gleisi

 

Gleisi Hoffmann disse que o ingresso dos partidos de esquerda no bloco de Rodrigo Maia (DEM), "não é uma adesão ao que eles pensam". "É uma aliança pontual. Não temos ilusão ao Rodrigo Maia, mas ele demarca com o governo em questões relevantes, principalmente quando se trata de um fascista que está do lado de lá”. Assista sua participação no programa Bom Dia 247

(Foto: Najara Araujo/Câmara dos Deputados | ABr)


247 - A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, comentou a respeito da composição da sigla no bloco para eleição do novo presidente da Câmara que conta com a adesão de onze partidos de esquerda e também do chamado “centrão”. Em entrevista concedida ao programa Bom Dia 247 nesta segunda-feira (21), ela salientou que “participar do bloco não é uma adesão ao que eles pensam, é uma aliança pontual, não temos ilusão ao Rodrigo Maia, mas ele demarca com o governo em questões relevantes, principalmente quando se trata de um fascista que está do lado de lá”. 

A frente dos 11 partidos é hoje o principal bloco de oposição ao candidato de Jair Bolsonaro, Arthur Lira (PP-AL). 

Na entrevista, Gleisi relembrou que Maia já se opôs ao governo Jair Bolsonaro em pontos importantes como a "questão do meio ambiente, das defesas das instituições, defesa da ordem democrática, dos direitos e garantias individuais” e que “isso é relevante quando o cara de direita do lado de lá tem aspectos fascistas”. 

Gleisi também apontou prioridades que estão sendo debatidas na composição do bloco e cita o plano nacional de vacinação contra a Covid, a continuidade da renda emergencial e uma agenda contra as privatizações. 

“Precisamos ter o mínimo de condições de frear retrocessos e vamos explorar as contradições deles, dos conservadores que estão operando o sistema”, acrescentou. 

Questionada sobre o tema da queda de Bolsonaro, ela relatou que “é preciso abrir o debate com a sociedade sobre o impeachment, mas não conseguimos costurar esse tema dentro da aliança” dos 11 partidos que compõe o bloco. 

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Governo estuda implementar barreiras sanitárias nas estradas que cortam o Paraná


(Foto: Arquivo Franklin de Freitas)

Em entrevista ao telejornal Meio Dia Paraná, da RPC, afiliada da Rede Globo, o secretário estadual de Saúde, Beto Preto, disse que o governo do Estado estuda a possibilidade de implementar barreiras sanitárias nas estradas paranaenses para medir a temperatura e orientar os viajantes sobre os riscos da pandemia.

"Ninguém vai ficar proibido de se deslocar, nada disso, mas nós queremos medir a temperatura das pessoas, informar os perigos que estão sendo colocados às pessoas que saem dos seu ambiente natural, do seu grupo familiar mais próximo, para outros ambientes", disse o secretário

Fonte: Bem Paraná com Ana Ehlert com Meio Dia Paraná

Morre o empresário e ex-jornalista Valmor Weiss

 

Morreu na manhã desta segunda-feira (21), em Curitiba, o empresário e ex-jornalista Valmor Weiss. Ex-piloto, vice-presidente da Federação Paranaense de Automobilismo(FPrA) e conselheiro do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE). O velório será na Capela Vaticano – Sala Jade, das 16 às 18h30. Ele tinha 83 anos e deixa esposa, três filhos e netos.Ele estava internado há alguns dias em um hospital da capital Paranaense, tratando-se de complicações da covid-19. Ele já tinha se livrado do coronavírus, conforme chegou a postar em suas redes sociais, mas não resistiu a uma pneumonia.


Catarinense de Rio do Sul, mas paranaense de coração, Valmor Weiss foi piloto, dirigente do automobilismo e entidades de classe ligadas ao transporte. Também foi fundador da Transweiss, com atuação no setor de transportes de cargas e taxi aéreo. Presidiu a Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado do Paraná (Fetranspar).

Trabalhou na antiga Última Hora, no início dos anos 1960, sendo responsável por uma coluna sobre o meio militar. Weiss foi sargento do Exército.

Valmor Weiss teve sua história contada  no livro Prisioneiro da Cela 310, escrito pelo jornalista Milton Ivan Heller e lançado em 2011.

O livro narra a história do menino pobre e encapetado, que passa por dificuldades, entra para o exército, é preso pela ditadura militar e acaba se tornando um dos empresários mais bem sucedidos.

Foi ajudante de carroceiro, garçom e contínuo. Entrou para o Exército, tornou-se sargento e acabou assinando uma coluna no jornal Última Hora, que apoiava o governo João Goulart e foi alvo de repressões.

Por sua ligação com o Última Hora, aliado ao fato de ser vice-presidente da Associação dos Sargentos e Subtenentes, Weiss foi preso por um ano e meio após o Golpe de 1964. Ficou incomunicável a maior parte do tempo.

Fonte: Contraponto

 

Imposto sobre grandes fortunas deve arrecadar R$ 18,7 bilhões na Argentina

Primeiro país da América Latina a aprovar lei que taxa os mais ricos para enfrentar pandemia, Argentina pode, no futuro, tornar a taxação permanente

Alberto Fernandez e Cristina Kirchner tomam posse como presidente e vice na Argentina (Foto: Agustin Marcarian/Reuters)

Por Fernanda Paixão, no Brasil de Fato – A lei foi aprovada no Senado da Argentina em 5 de dezembro e acabou recebendo o nome de “contribuição solidária e extraordinária para amenizar os efeitos da pandemia”. Com expectativa de que seja fixada como permanente no futuro, a medida consiste em um pagamento único feito pelos cerca de 10 mil mais ricos do país e pretende arrecadar 300 bilhões de pesos argentinos, o equivalente a cerca de US$ 3 bilhões ou R$ 18,7 bilhões

A taxa será de 2% sobre os patrimônios que tenham declarado mais de 200 mil pesos argentinos (US$ 2,4 mil);  2,25% aos patrimônios entre 800 mil pesos (US$ 9,6 mil) e 1,5 milhão de pesos (US$ 18 mil); 3,25% para patrimônios de até 3 milhões pesos (US$ 36,2 mil) e, a partir dessa cifra, a taxa será de 3,5%.

A lei destinará 15% da arrecadação a moradores de bairros populares; 20% a equipamentos médicos para combater a covid-19; 20% ao programa Progressar, um incentivo econômico a estudantes; 20% de subsídio a pequenas e médias empresas; e 25%, a maior parcela, à produção de gás natural.

  

Extinção do auxílio emergencial leva 17 milhões de pessoas para abaixo da linha de pobreza

 

Quase 17 milhões de brasileiros passarão a viver em condições abaixo da linha de pobreza, após a extinção do auxílio emergencial decretada por Jair Bolsonaro, segundo estudo do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas. O corte no valor de R$ 600 para R$ 300 já fez brasileiros gastarem menos com comida e remédios

(Foto: ABr)


247 - Pesquisa do Instituto Datafolha aponta que  75% dos beneficiários do auxílio emergencial reduziram a compra de alimentos, 65% cortaram despesas com remédios, 57% diminuíram o consumo de água, luz e gás e 55% deixaram de pagar as contas da casa por causa da redução do valor do benefício de R$ 600 para R$ 300. Mais da metade dos beneficiários também reduziu os gastos com transporte (52%) e/ou parou de pagar escola ou faculdade (51%). Cerca de 17 milhões de pessoas viverão abaixo da linha de pobreza a partir de janeiro com o fim do auxílio emergencial decretado por Bolsonaro.

Entre os que receberam o benefício emergencial, a parcela daqueles que sofreram uma redução de renda é de 51% em dezembro. Com o fim do auxílio emergencial a partir de janeiro, por decisão do governo Bolsonaro, a redução do auxílio emergencial pela metade já colocou a renda de cerca de 7 milhões de pessoas abaixo do nível de pobreza de até R$ 5,50 por dia em outubro deste ano, em relação ao verificado em setembro. Esse número deve subir para quase 17 milhões após a extinção do benefício, no início de 2021, de acordo com estudo do pesquisador do FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas) Vinícius Botelho

Por sua vez, Kristalina Georgieva, diretora do FMI (Fundo Monetário Internacional), afirmou que o fim prematuro do auxílio emergencial pode aumento da desigualdade, além de fazer com que o Brasil alcance a marca de 24 milhões de pessoas em situação de extrema pobreza, aponta reportagem do jornalista Eduardo Cucolo na Folha de S.Paulo.

 

TCU diz que governo Bolsonaro não tem plano para combater a covid

 

Técnicos do TCU (Tribunal de Contas da União) afirmam, após auditoria, que o governo Bolsonaro não tem planos de combate à covid-19. Além do comportamento negacionista de Jair Bolsonaro e de seu ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, o governo não tem plano estratégico de ação e não entrega os equipamentos necessários ao enfrentamento da pandemia

Eduardo Pazuello e Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução)

247 - Uma auditoria do TCU (Tribunal de Contas da União) chegou à conclusão de que o governo Bolsonaro não tem um plano estratégico para enfrentar a pandemia de cobid-19.

Reportagem da jornalista Constança Rezende aponta que entre os problemas constatados estão a falta de entrega de equipamentos de proteção individual, respiradores, kits de testes e irregularidades em contratos. 

Os auditores do TCU também manifestaram preocupação com o descompasso entre o cronograma de fornecimento das vacinas contra a covid e o de entrega das seringas e agulhas.

Questionado sobre o relatório, o Ministério da Saúde respondeu, em nota, que viabiliza ações para o combate à covid-19. Mas o tribunal afirma que não há um planejamento minimamente detalhado. 

O Ministério da Saúde, comandado pelo general Eduardo Pazuello, não compreende como função do ministério a articulação de ações com os estados e municípios, o que dificulta ações integradas de compras de materiais e representa risco para o adequado uso de recursos.

De acordo como o TCU, o não cumprimento pelo governo das ações necessárias ao combate à pandemia pode gerar a responsabilização dos gestores do ministério".

Hacker afirma que Barroso auxiliou Deltan sobre "o que colocar" em processos da Lava Jato

 

Hacker Walter Delgatti Neto, responsável pela divulgação das conversas entre procuradores da Lava Jato, afirmou que o ministro do STF Luís Roberto Barroso auxiliou e orientou o procurador Deltan Dallagnol, então coordenador da operação, sobre “o que colocar” nos processos

Barroso, Walter Delgatti Neto e Deltan Dallagnol (Foto: STF | Reprodução | ABr)

247 -  O hacker Walter Delgatti Neto, responsável pela divulgação das conversas entre procuradores da Lava Jato e o ex-juiz Sergio Moro, afirmou que os procuradores da força-tarefa desejavam prender os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes e Dias Toffoli. Ainda segundo ele, o ministro do STF Luís Roberto Barroso auxiliou o procurador Deltan Dallagnol, então coordenador da Lava Jato, sobre “o que colocar” nos processos. 

"Eles queriam. Eu não acho, eles queriam. Inclusive Gilmar Mendes e Dias Toffoli. Eles tentavam de tudo pra conseguir chegar ao Gilmar Mendes e ao Toffoli, eles tentaram falar que o Toffoli tentou reformar o apartamento e queria que a OAS delatasse o Toffoli, eles quebraram o sigilo do Gilmar Mendes na Suíça, do cartão de crédito, da conta bancária dele, eles odiavam o Gilmar Mendes, falavam mal do Gilmar Mendes o tempo todo”, disse Delgatti em entrevista exibida neste domingo (20) pelo programa CNN Série Originais

Ainda de acordo com o hacker, “o [ministro do STF Luís Roberto] Barroso, eles tinham um laço bem próximo. O Barroso e o Deltan [Deltan Dallagnol, ex-procurador da Lava Jato] conversavam bastante, (sobre) vida pessoal. Inclusive o Barroso, em conversas, auxiliava o que colocar na peça, o que falar. Um juiz auxiliando, também, o que deveria fazer um procurador”, 

Na entrevista, Delgatti contou que conseguiu acessar celulares de quatro ministros do STF, além dos aparelhos de Jair Bolsonaro, do deputado federal Eduardo Bolsonaro e do vereador pelo Rio Carlos Bolsonaro. Ainda segundo ele, o telefone do ministro Alexandre de Moraes não continha troca de mensagens.  

Delgatti relata que acessou o celular de quatro ministros do STF. No de Alexandre de Moraes não havia  mensagens. “Ele apagava tudo. Tive acesso também ao e-mail dele, tinha, inclusive, o livro novo dele. Eu apenas baixei o livro para ler, mas.... Tinha conversas em e-mail, mas era entre eles [ministros do STF], era conversa de processo, que não tinha interesse. Era conversa formal. Acredito que era, inclusive, o assessor dele que mandava o e-mail, não ele. Já quanto ao Telegram, não tinha conversa nenhuma, ele apagava todas”. 

Sobre o acesso aos telefones celulares do clã Bolsonaro, ele disse que as trocas de mensagens eram efetuadas por meio de um chat privado. “As conversas deles eram apagadas. Eles apenas diziam que era para ir para o chat secreto, pois o chat secreto. Uma pessoa que acessa a sua conta não consegue acessar a conversa do chat secreto”, afirmou. 

Ainda conforme Delgatti, o jornalista Glenn Greenwald - que divulgou o conteúdo das mensagens no site The Intercept, no que ficou conhecido como “Vaza Jato”  - não pagou pelo material que ele havia hackeado. 

Delgatti também revelou que os integrantes da Lava Jato tinham o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como um dos eixos centrais da força-tarefa. “O foco era o Lula, mas os empresários, também, e outros políticos, ou diretores da Petrobras que eles mantinham presos até a pessoa falar. Exemplo: o Léo Pinheiro. Eles falavam: ‘Se ele enviar, fizer a delação e não falar do Lula, não será aceita’. Tinha conversa assim”, disse, 

 

Sob governo Lula, Brasil foi o país que mais vacinou contra H1N1 pelo sistema público

 

Ex-ministro Alexandre Padilha lembra que 80 milhões de brasileiros foram vacinados em apenas três meses

Vacinação contra H1N1 em São Paulo, em 2010 - Agência Brasil


O legado da campanha de vacinação implementada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em meio à pandemia do vírus H1N1, entre 2009 e 2010, deveria ser usado como exemplo pelo governo Jair Bolsonaro (sem partido) contra a covid-19. Essa é a visão do deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP), então ministro da Saúde do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Em 2010, o país foi o que mais vacinou cidadãos contra H1N1 pelo sistema público no mundo. A gripe A foi considerada uma pandemia global até agosto daquele ano, e matou 2,1 mil brasileiros.

A imunização contra o vírus H1N1 começou em março de 2010 e pretendia conter uma "segunda onda" de casos da doença no outono e no inverno.

O Ministério da Saúde definiu então cinco grupos prioritários para a vacinação: indígena, gestantes, portadores de doenças crônicas, crianças entre seis meses e dois anos de idade e jovens com idade entre 20 e 39 anos. Diferentemente da covid-19, os idosos não eram considerados grupo de risco.


Em 2008, Lula (PT) e o então governador de São Paulo, José Serra (PSDB), se uniram para divulgar campanha de vacinação em massa contra gripe. Hoje, Bolsonaro (sem partido) e João Doria (PSDB) colocam disputa política acima da preocupação sanitária / Foto: Ricardo Stuckert


"O Brasil tem todas as condições financeiras, institucionais e técnicas de fazer um grande plano de vacinação para todos e todas. Na pandemia de H1N1, eu era ministro [da Saúde] do presidente Lula, e em 2010 foram mais de 100 milhões de pessoas vacinadas. Destas, 80 milhões em apenas três meses", ressalta Padilha.

"Temos instituições públicas, temos tradição, temos o SUS, temos pesquisadores que conhecem de vacina e temos todos os recursos necessários. O problema é que o governo Bolsonaro é contra o programa nacional de imunização", critica o ex-ministro.

O ano de 2019, o primeiro sob governo Bolsonaro, foi também o primeiro do século em que o Brasil não atingiu a meta de vacinação em crianças.

Embora tenha autorizado R$ 20 bilhões para compra de vacinas, Bolsonaro segue em um esforço de contrapropaganda da imunização. Ele próprio afirma que não pretende se vacinar e, em outubro prometeu que não liberaria a entrada da "vacina da China" – modo pejorativo como se refere à CoronaVac, modelo que está na fase 3 de testes.

Edição: Marina Duarte de Souza

Fonte: Brasil de Fato