domingo, 20 de dezembro de 2020

Pesquisador alerta: Brasil pode chegar a 2,5 mil mortes diárias, se não houver maior distanciamento social

 

O cientista de dados Isaac Schrarstzhaupt, coordenador da Rede Análise Covid-19 – grupo multidisciplinar que coleta e analisa dados relativos à pandemia no Brasil – alerta que o crescimento de casos e de mortos, que pode ser ainda maior após as festas de fim de ano

Cemitério Tarumã em Manaus. 15 de outubro de 2020 (Foto: Valdo Leão / Semcom)

Da Rede Brasil Atual – O Brasil volta a rondar a média de mil mortos por dia em decorrência da covid-19. Nesta quinta-feira (17), o país voltou a ultrapassar a marca das mil mortes (foram 1.091) em 24 horas, segundo o Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass). As vítimas diárias da infecção não atingiam esse patamar há mais de dois meses. A média móvel de óbitos – soma de todas as confirmações dos últimos sete dias, dividida por sete – chegou a 723, pior resultado em quase três meses.

Naquela quinta-feira, além das 1.091 mortes, foram registrados ainda 69.825 novos casos da doença no país. Já na sexta (18), os novos óbitos foram 824 e os novos casos notificados, 52.545. Com isso, já são 185.650 vidas perdidas e 7.1162.978 infectados pelo novo coronavírus desde o início da pandemia, em março. 

Sem mudanças de rumo na condução da pandemia, a previsão é que a situação possa se agravar com resultados ainda mais trágicos para o início do próximo ano. Em entrevista nesta sexta-feira (18) a Glauco Faria, do Jornal Brasil Atual, o cientista de dados Isaac Schrarstzhaupt, coordenador da Rede Análise Covid-19 – grupo multidisciplinar que coleta e analisa dados relativos à pandemia no Brasil – alerta que o crescimento de casos e de mortos, que pode ser ainda maior após as festas de fim de ano com as aglomerações previstas, tem o risco de ser emendado por um pico de notificações da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) que acontece todos os anos, a partir da 7ª semana do ano, de 9 a 15 de fevereiro. 

SRAG e Covid 

A SRAG tem um “comportamento padrão”, como explica Isaac, em que os casos costumam disparar da 7ª até a 15º semana, até por conta da mudança de estação climática para o outono. Dados do sistema Infogripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) mostram que a queda de notificações se acentua de vez por volta da 26ª semana, atingindo baixos níveis em novembro e dezembro. Uma tendência que não se concretizou em 2020 por conta da pandemia, que, ao contrário, fez disparar os casos de SRAG, principalmente a partir da 43ª semana epidemiológica. 

O cientista alerta que o Brasil vive um aumento da síndrome “totalmente fora de época, que está se prolongando devido ao comportamento da população e às poucas medidas de restrição de mobilidade”. Em seu twitter, Isaac já havia alertado que, ao manter esse número elevado, o risco é de “catástrofe” caso esse aumento permaneça até as semanas 7 a 12 de 2021. “Se estamos com 900 óbitos (de covid-19) por dia agora (em dezembro), poderemos ter três vezes isso lá no início de 2021. Ou seja, em torno de 2.500 óbitos, como os Estados Unidos”, projetou o coordenador da Rede Análise Covid-19.

Jovens contaminados

Esse crescimento do número de casos acompanha não apenas o relaxamento da quarentena, mas também uma mudança no perfil de infectados. Na cidade de São Paulo, por exemplo, desde outubro, são os mais jovens que passaram a ser os responsáveis pela maior parte das infecções e internações em decorrência da covid-19. Conforme reportado pela RBA, os pacientes dos 20 aos 39 anos representam atualmente 40% dos casos. 

Entre março a novembro, o principal volume de internações era de pacientes que tinham entre 55 a 75 anos. O grupo ainda representava 77% dos infectados com quadros graves que compuseram as principais estatísticas de mortalidade da covid-19. O cenário é semelhante em outras capitais brasileiras, como Belo Horizonte, que vêm concentrando casos na parcela jovem da população. O que também tem contribuído para um percentual menor de óbitos. Em São Paulo, eles representam 3,6% das mortes contabilizadas. 

Há, no entanto, algumas implicações na alto grau de contaminação dos jovens, observa Isaac. De acordo com ele esse é o grupo com maior mobilidade. Frequentam “festas e bares, e como eles ficam com poucos sintomas continuam móveis. E agora estamos chegando numa época, com natal e ano novo, que geralmente tem a tradição de reunir todas as gerações da família. Se encontram com avôs, avós, tios, mães. E quando acontece isso pode gerar esse efeito cascata da contaminação, até chegar nos idosos, que começam o pico de óbitos e os hospitais lotam mais”, prevê. 

Canadá, trágico exemplo 

O coordenador da Rede Análise Covid-19 compara a situação ao surto de casos do novo coronavírus no Canadá. Sete dias após o Dia de Ação de Graças, o Thanksgiving, no dia 12 de outubro, a taxa de transmissão do vírus passou de 1,04 para 1,18. Sendo que, quanto maior o número, cada infectado transmite a doença para mais pessoas. 

Em novembro, o primeiro-ministro do país, Justin Trudeau, precisou cobrar dos líderes regionais um aumento das restrições. Atualmente, segundo a Agência Einstein de Notícias, o Canadá segue em alta, com mais de sete mil notificações por dia de casos de covid-19. Algumas províncias, entre elas Ontário, decretaram um novo lockdown. 

“E a situação do Brasil é que já estamos chegando perto desse pico de óbitos mesmo antes das festividades de fim de ano. Se a projeção seguir o que aconteceu no Canadá podemos ter uma explosão de casos e de óbitos em janeiro”, aponta Isaac. 

Só distanciamento salva

Segundo ele, o risco de transmissão dos jovens para os idosos, a emenda com o pico de SRAG podem também se acumular com a situação de calamidade de algumas unidades de saúde. Em Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, onde o cientista de dados vive, diretores dos seis hospitais da cidade e o prefeito Flávio Cassina (PTB) declararam, nesta quinta, o colapso da rede hospital e apelaram para que a população adote as medidas de prevenção ao coronavírus. 

Isaac contesta a estratégia. “Essa é uma doença social, ela ataca a sociedade como um todo”, diz. Isso torna, segundo ele, insuficiente o apelo das autoridades para comportamentos individuais. Para o cientista de dados, a mídia e os líderes governamentais precisam rediscutir a importância das medidas de distanciamento social, deixadas em segundo plano diante da possibilidade de uma vacina contra a covid-19. “Temos que lembrar às pessoas que precisamos ter a menor mobilidade possível. Que precisamos fazer apenas o essencial (fora de casa) e com cuidados de máscara, higiene, distanciamento físico, preferir o trabalho remoto, se for possível”, sugere. 

“Penso que estamos presos numa ilha. Essa pandemia é como se estivéssemos presos numa ilha e nossa vida estivesse fora dela. Estamos presos, mas conseguimos o resgate, entramos em contato e eles vão nos buscar, que nesse caso é a vacina. Só que vai demorar para chegar o resgate e está vindo um tsunami e esse tsunami vai chegar antes do resgate. Então o que temos que fazer é se proteger o máximo possível desse tsunami, antes do resgate chegar, para as pessoas estarem vivas. Para quando chegar o resgate nós não termos perdidos mais um monte de vidas com esse tsunami”, compara Isaac Schrarstzhaupt. 

Fonte: Brasil 247 com RBA

Isolamento social no Brasil recua para nível mais baixo da pandemia, diz Datafolha

 

Mesmo com o país vivendo um aparente aumento de casos e mortes pela COVID-19, cada vez menos brasileiros afirmam adotar o isolamento social como medida de prevenção

(Foto: REUTERS/Pilar Olivares)

Sputnik – A pesquisa Datafolha, divulgada neste sábado (19) pelo jornal Folha de S. Paulo, indica que o isolamento social no Brasil caiu para o nível mais baixo desde abril, quando o instituto começou a fazer o levantamento

Mesmo com o país vivendo um aparente aumento de casos e mortes pela COVID-19, cada vez menos brasileiros afirmam adotar o isolamento social como medida de prevenção. De acordo com os números divulgados hoje (19) pelo levantamento do Instituto Datafolha, 7% dos entrevistados disseram que estavam vivendo normalmente, sem fazer qualquer tipo de mudança em suas rotinas, enquanto esse número era de 4% na pesquisa divulgada em 3 de abril .

Por outro lado, os que afirmaram que saem de casa para trabalhar ou fazer alguma atividade, mas que tomam algum tipo de cuidado relativo à pandemia, somaram 54%. Em abril, esse número era de 24%.

Já os entrevistados que afirmaram manter isolamento total chegam a 5%, enquanto o percentual dos que declararam que só deixam suas casas quando é inevitável somam 34%. Segundo o Datafolha, o número mais alto de pessoas em isolamento total - 21% - foi registrado no dia 21 de abril.


A pesquisa também fez um recorte de acordo com idade e gênero dos entrevistados. Segundo o instituto, entre as pessoas com mais de 60 anos que declararam estar em isolamento total, ou que só saem de casa quando inevitável, o percentual chega a 60%, enquanto entre os jovens com idades compreendidas entre 16 e 24 anos esse número recua para 30%. Já em relação às mulheres, 50% declararam que seguem o isolamento, enquanto entre os homens o percentual cai para 26%.

O isolamento social é considerado a maneira mais efetiva para evitar a proliferação da COVID-19, pois a doença é transmitida através do contato com secreções de outras pessoas contaminadas, como saliva, catarro e gotículas expelidas pela boca.

Além do isolamento, o uso de máscaras é outra maneira considerada eficaz para evitar o contágio de COVID-19, pois o acessório serve como uma barreira física para as secreções. O Datafolha também ouviu os entrevistados sobre o uso de máscaras e 88% disseram que sempre saem de casa com o acessório, 8% afirmaram usá-lo às vezes e 2% raramente.  

O levantamento foi realizado pelo Instituto Datafolha entre os dias 8 e 10 de dezembro em todas as regiões e estados do país. As entrevistas foram feitas por intermédio de telefone celular com 2.016 brasileiros adultos, e a margem de erro é de dois pontos percentuais.

Fonte: Brasil 247

 

"Vacina não tem pressa. A morte é o que interessa". Fernando Brito resume o discurso de Bolsonaro

 

Editor do Tijolaço lembra que Bolsonaro decretou o fim da pandemia na semana em que o Brasil registrou o maior número de casos: 333 mil, de 12 a 19/12

(Foto: Reprodução)

Por Fernando Brito, editor do Tijolaço – O mundo precisa atirar-se aos pés de Jair Bolsonaro, o iluminado homem que, em menos de 40 minutos, além de comprovar “cientificamente” a eficácia da hidroxicloroquina na terapia dos infectados pela Covid 19. anunciou que “a pandemia realmente está chegando ao fim” e que a “pressa para a vacina não se justifica”;

Fim da pandemia? “Os números têm mostrado isso aí. Estamos com uma pequena ascensão agora, o que se chama de pequeno repique; pode acontecer.”

Isso é dito no momento em que se encerra a semana em que o Brasil registrou o maior número de casos – 333 mil, de 12 a 19/12 – desde o início da pandemia.

Mas, para ele, “o Brasil está muito bem, graças ao tratamento precoce com a hidroxicloriquina”,

Em uma exibição patética ao lado do filho, Bolsonaro insinuou que a pressa em obter vacinas pode ter interesses de corrupção.

Não tenho pressa em gastar, viu, governador, não estamos com pressa em gastar dinheiro. A nossa pressa é salvar vidas. Não quero fazer mau juízo de quem quer que seja, mas é muito suspeita esta pressa em gastar quase R$ 20 bilhões para comprar a vacina.

Depois do general da Saúde ter perguntado “para que tanta angústia” com a questão da vacina, agora é seu próprio chefe quem diz que não há pressa.

 

Golpe contra Dilma deixou o Brasil muito mais pobre

 

PIB nacional deverá fechar a década com uma expansão de 2,2%, ante 30,5% da economia global. Crise econômica foi agravada com o golpe contra a presidente Dilma Rousseff, que reduziu investimentos, diminuiu a renda média da população e quebrou o país

(Foto: Stuckert | ABr)


247 - A queda de 4,5% no Produto Interno Bruto (PIB) prevista para este ano deverá fazer com que o crescimento do Brasil ao longo da última década fique abaixo da média mundial. Entre os anos de 2011 e 2020 o PIB nacional cresceu 2,2% contra 30,5% da economia global. A situação foi agravada com o golpe que resultou no impeachment da presidente Dilma Rousseff, que reduziu investimentos, diminuiu a renda média da população e praticamente quebrou o país.  De 2014 para 2017, quando o golpe ganhou força, o PIB per capita caiu 7,8%.

Segundo reportagem da Folha de S. Paulo, enquanto a economia encolheu ao longo da década, a população brasileira cresceu 8,7% no período, o que ampliou a desigualdade apesar dos esforços feitos pelo governo Dilma para reduzir a pobreza e a fome no país no período anterior ao golpe que a depôs. 

A economia brasileira também registrou um avanço menor que outras economias emergentes, que devem chegar ao fim da década com um crescimento de 47,6%, e inferior a dos países ricos, que devem registrar uma alta de 11,5%. 

Os efeito dos golpe sobre a economia são visíveis quando o PIB  é comparado com os dez anos anteriores. Entre os anos de 2001 e 2010, o PIB nacional cresceu 43,5%, ficando próximo do ritmo mundial (46,9%), impulsionado pelo boom das commodities e pela descoberta do petróleo na camada do pré-sal..

A situação, porém, começou a se deteriorar com a crise global de 2009 e com as articulações promovidas pela centro-direita após a reeleição de Dilma que resultaram em uma profunda crise política e agravaram a situação econômica. 

De acordo com dados do Ministério da Economia, o PIB brasileiro estimado para o final do ano e para a década é de R$ 7,221 trilhões, correspondendo a uma renda média de R$ 34.101 por habitante, uma queda de 5,9% em relação à década anterior, quando a renda per capita brasileira era de R$ 36.245. 

Boletim deste sábado aponta 1.793 novos casos e 58 óbitos pela Covid-19 no Paraná; entre os mortos há jovem de 21 anos

(Foto: AEN)


A Secretaria de Estado da Saúde divulgou neste sábado (19) mais 1.793 casos confirmados e 58 mortes em decorrência da infecção causada pelo novo coronavírus.

O boletim do dia registra também 1.757 casos confirmados retroativos ao período de 04 de junho a 17 de dezembro. Os dados acumulados do monitoramento da Covid-19 mostram que o Paraná soma  371.407 casos de infecção e 7.211 mortos em decorrência da doença. 

INTERNADOS – Neste momento, 1.627 pessoas com diagnóstico confirmado de Covid-19 estão hospitalizados. São 1.281 pacientes em leitos SUS (639 em UTI e 642 em leitos clínicos/enfermaria) e 346 em leitos da rede particular (137 em UTI e 209 em leitos clínicos/enfermaria).

Há outros 1.536 pacientes internados, 524 em leitos UTI e 1.012 em enfermaria, que aguardam resultados de exames. Eles estão em leitos das redes pública e particular e são considerados casos suspeitos de infecção pelo Sars-CoV-2.

ÓBITOS – A secretaria estadual informa a morte de mais 58 pacientes. São 28 mulheres e 30 homens, com idades que variam de 21 a 94 anos. Os óbitos ocorreram entre 21 de julho a 19 de dezembro.

Os pacientes que foram a óbito residiam em: Curitiba (5), Fazenda Rio Grande (4), Colombo (4), Campo Largo (3), Foz do Iguaçu (3), Maringá (3), Quedas do Iguaçu (3), Apucarana (2), Cascavel (2), Nova Esperança (2), Sarandi (2) e Toledo (2).  

A  secretaria registra ainda a morte de uma pessoa que residia em cada um dos seguintes municípios: Almirante Tamandaré, Araucária, Balsa Nova, Califórnia, Cambé, Campina Grande do Sul, Campo Mourão, Castro, Catanduvas, Chopinzinho, Cornélio Procópio, Dois Vizinhos, Franscisco Beltrão, Medianeira, Novo Itacolomi, Pato Branco, Peabiru, Pinhais, Pitanga, Ponta Grossa, São José dos Pinhais, Tunas do Paraná e Umuarama.

FORA DO PARANÁ  O monitoramento da Saúde registra 2.942 casos de residentes de fora, 60 pessoas foram a óbito. 

Fonte: Bem Paraná com AEN

sábado, 19 de dezembro de 2020

Petra Costa: o golpe de 2016 segue em curso e ainda sentimos seus efeitos

 

Em entrevista ao jornalista Breno Altman, editor do Opera Mundi, a cineasta afirmou que o processo de impeachment de Dilma Roussef foi um golpe que começou em 2016 e continua a espalhar seus efeitos sobre a política do Brasil, sendo a eleição de Jair Bolsonaro um de seus desdobramentos

(Foto: Reprodução | PR)

247 - A cineasta Petra Costa avaliou a conjuntura política do país em entrevista ao programa SUB40, do jornalista e fundador de Opera Mundi, Breno Altman.

Para Petra Costa - que foi indicada ao Oscar na categoria de Melhor Documentário pelo filme Democracia em Vertigem, que retrata o processo de impeachment sofrido pela ex-presidente Dilma Rousseff em 2016 -, o processo foi um golpe que começou em 2016 e continua a espalhar seus efeitos sobre a política do Brasil, sendo a eleição de Jair Bolsonaro um de seus desdobramentos.

"O golpe segue seu curso, e estamos todos vivendo os efeitos dele, principalmente os que colaboraram para o estado atual das coisas. O governo Bolsonaro é uma consequência do golpe, uma consequência da descrença na democracia que levou tanta gente a eleger alguém como o Bolsonaro", diz.

Para Costa, os reflexos do processo de impeachment e dos movimentos que levaram à eleição de Bolsonaro já eram aparentes nas jornadas de manifestações de 2013, quando "parte de uma classe média sai para protestar e suas pautas são cooptadas pela extrema direita".

"Nas manifestações de 2013 há uma semente de fascismo e intolerância, as pautas começaram a ser cooptadas por um discurso de extrema direita", afirma.


Arapongas registra três novos casos de Covid-19 e 11 curados



Prefeitura de Arapongas, através da Secretaria Municipal de Saúde, informou neste sábado (19/12), o registro de 03 novos casos 11 pacientes curados de COVID-19 no município. Agora o município chega a 6.270 casos dos quais 5.426 já estão curados (86,5%), 716 ainda estão com a doença e 128 infelizmente vieram a óbito. Ao todo, já foram realizados 31.758 testes. 
Sobre os casos, a Secretaria de Saúde informa que:
O município possui 555 casos que aguardam resultados. Entre os resultados dos testes públicos e privados realizados no município não foram divulgados resultados negativos nesta data.
Os resultados abaixo divulgados são provenientes de exames realizados a partir do dia 15/12.
Os 03 casos confirmados são do sexo feminino com as respectivas idades: 21, 27 e 34 anos
Referente aos pacientes de Arapongas com COVID-19, o município possui 07 pacientes internados em leitos de UTI e 10 pacientes internados em leito de enfermaria.
Referente aos leitos hospitalares em Arapongas, a ocupação é de 66,6% de dos 30 leitos de UTI e de 50% dos 40 leitos de enfermaria. 
Referente aos leitos hospitalares em Arapongas, houve aumento dos leitos exclusivos para COVID-19 do Hospital de referência pela SESA-PR a partir de 05/12. O Hospital conta atualmente com 30 leitos de UTI e 40 leitos de enfermaria.
A Secretaria de Saúde de Arapongas reforça a importância de que a população siga as orientações dos especialistas, mantendo os cuidados de higiene, usando máscaras e evitando aglomerações, inclusive em festas e confraternizações familiares.

Os dados referentes a taxa de ocupação hospitalar referem-se a data de 18/12 uma vez que a planilha oficial on line não é atualizada pelo hospital de referência nos finais de semana e feriados.

 

Lava Jato queria prender ministros do STF, diz hacker que acessou mensagens de procuradores da força-tarefa

 

À CNN Brasil, Walter Delgatti Neto, responsável por acessar mensagens trocadas entre procuradores do Paraná e o ex-juiz Sergio Moro, disse que Gilmar Mendes e Toffoli estavam entre os alvos

Walter Delgatti Neto (Foto: Reprodução/CNN)

Conjur - Em entrevista ao CNN Séries Originais, o hacker Walter Delgatti Neto, responsável por acessar mensagens trocadas entre procuradores da República do Paraná e o ex-juiz Sergio Moro, afirmou que a "Lava Jato" queria prender ministros do Supremo Tribunal Federal.

A entrevista completa de Delgatti só vai ao ar neste domingo, às 19h15, mas já circula um teaser da conversa que ele teve com o jornalista Caio Junqueira, da CNN Brasil

No trecho divulgado, o repórter pergunta se o hacker acha que a "lava jato" queria prender integrantes da Suprema Corte. "Eu não acho, eles queriam. Inclusive Gilmar Mendes e Dias Toffoli", responde Delgatti.

Em junho de 2019, o site The Intercept Brasil começou a publicar conversas entre procuradores do MPF em Curitiba e Moro. As mensagens mostraram que Moro chegou a orientar a atuação de procuradores em diversos processos. 

Nenhuma das notícias, no entanto, fala sobre tentativas por parte da "lava jato" de prender membros do Supremo Tribunal Federal. Posteriormente se descobriu que Walter Delgatti Neto e Thiago Eliezer foram responsáveis por invadir os celulares de Moro, de procuradores, entre outras autoridades da República. 

O hacker também vai falar na entrevista sobre o que encontrou nos celulares da família do presidente Jair Bolsonaro. Delgatti nunca havia dado entrevista antes. 

Fonte: Brasil 247

Apucarana confirma mais 41 casos de Covid-19 neste sábado



Apucarana registrou mais 41 casos de Covid-19 neste sábado (19), mostra boletim divulgado nesta tarde pela Autarquia Municipal de Saúde (AMS). Com isso, o município soma 3.522 diagnósticos positivos para o novo coronavírus. Apucarana segue com 83 óbitos provocados pela doença, tem 326 suspeitas em investigação e chega a 2.677 pessoas recuperadas.

Os 41 novos casos foram confirmados pelo Laboratório Central do Estado (Lacen). São 17 homens (18, 20, 22, 36, 37, 39, 42, 44, 49, 49, 49, 50, 50, 58, 59, 63 e 68 anos) e 24 mulheres (16, 20, 21, 21, 23, 24, 27, 28, 29, 32, 33, 35, 38, 39, 39, 40, 40, 42, 42, 43, 51, 55, 58 e 67 anos). Todos estão em isolamento domiciliar.

O Pronto Atendimento do Coronavírus chegou a 16.662  pessoas atendidas presencialmente desde o início da pandemia. O número de monitorados atualmente é de 1.774.

Já foram testadas 19.116 pessoas, sendo 9.478 em testes rápidos, 7.720 pelo Lacen (RT-PCR) e 1.918 por laboratórios particulares (RT-PCR).

São 16 pacientes de Apucarana internados, 7 na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 9 em leitos de enfermaria.

O município tem 762 casos ativos da doença.

 

Nassif sobre a possibilidade de impeachment: "Bolsonaro já confessou vários crimes”

 

Para o jornalista, apesar dos inúmeros motivos para o impeachment de Jair Bolsonaro, as instituições brasileiras não têm força e não estão dispostas a assumir a missão de afastá-lo. "Brasil é um país frágil institucionalmente". Assista na TV 247

(Foto: 247 | Reuters)

247 - O jornalista Luis Nassif, em entrevista à TV 247, afirmou que há motivos de sobra para realizar o impeachment de Jair Bolsonaro, inclusive por crimes confessos por ele.

"Ele chegou perto [do impeachment] agora de novo quando ele avança no conjunto de abusos, de crimes expressos. O que ele está fazendo em relação a vacina, o que ele está fazendo em relação a Globo, essa perseguição dele à Globo com Cade e tudo aí, essa questão da Abin, e o cara confessa o crime. Agora a questão do Queiroz, que ele confessa o crime, ele confessa, diz que recebia dinheiro do Queiroz. Fora todo o conjunto de ligações do Flávio Bolsonaro com o submundo. Tem tudo, tem tudo aí", afirmou.

Nassif, entretanto, não vê disposição das instituições brasileiras, como Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal (STF) e Tribunal Superior Eleitoral (TSE), para promover o afastamento do chefe do Executivo. "O Brasil é um país tão frágil institucionalmente que ele [Bolsonaro] comete as maiores barbaridades, pede desculpa e aí vêm os chamados 'idiotas da objetividade', alguns cientistas políticos e falam: 'as instituições são mais fortes que ele'. Ele está comendo tudo pela borda, tudo".

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Josias de Souza: ao levar o caso da 'rachadinha' para o Planalto, Bolsonaro pavimentou o caminho para o inferno

 

“A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal, deu nome à assombração: "Crime de responsabilidade." Quando essa expressão é enganchada às colunas do Planalto, o inquilino do prédio tem razões para se preocupar”, diz o jornalista Josias de Souza


“Ao levar o caso da rachadinha para dentro do gabinete presidencial, Jair Bolsonaro pode ter pavimentado o seu próprio caminho para o inferno”, diz o jornalista Josias de Souza sua coluna no UOL, deste sábado (19). “A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal, deu nome à assombração: "Crime de responsabilidade." Quando essa expressão é enganchada às colunas do Planalto, o inquilino do prédio tem razões para se preocupar”.

O jornalista desta que ao determinar que “o procurador-geral Augusto Aras que saia de sua letargia para apurar a suspeita de que as engrenagens da Abin foram postas a serviço da defesa de Flávio Bolsonaro, a ministra ‘enumerou os crimes que o episódio evoca: "Prevaricação, advocacia administrativa, violação de sigilo funcional, crime de responsabilidade e improbidade administrativa"’.

Com pouca disposição para procurar, o procurador-geral da República, Augusto Aras, dissera na semana passada que "o fato é grave." Mas acrescentou: "O que não temos é prova desses fatos. Para que [a notícia] seja convertida em inquérito, é preciso ter elementos judiciários."

“Para desassossego do anti-procurador, Cármen Lúcia avaliou que os fatos graves impõem uma apuração. Até para que, se for o caso, sejam adotadas providências jurídicas. Diferentemente de Aras, a ministra acha que não se deve ignorar a seriedade do quadro”, avalia Josias.

Para ele, “a julgar pela ferocidade com que Bolsonaro voltou a atacar o pedaço da imprensa que o imprensa, o inquérito que está por vir não é uma gripezinha.  

Fonte: Brasil 247

 

MP denuncia Aécio Neves por lavagem de dinheiro na construção da Cidade Administrativa

Segundo os investigadores, Aécio Neves convidou nove empresas de engenharia que “se reuniram e entraram em conluio para fraudar a licitação e repartir ilicitamente os contratos para a execução das obras da Cidade Administrativa''

Aécio Neves (Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados)

247 - O Ministério Público de Minas Gerais denunciou, nesta sexta-feira 18, o deputado federal Aécio Neves (PSDB) e outras 15 pessoas pelos crimes de peculato, corrupção e lavagem de dinheiro na construção da Cidade Administrativa, sede do governo estadual mineiro.

O MP afirma que os crimes foram cometidos entre 2007 e 2010, quando Aécio ocupava o cargo de governador do estado.

Segundo os investigadores, Aécio Neves convidou nove empresas de engenharia que “se reuniram e entraram em conluio para fraudar a licitação e repartir ilicitamente os contratos para a execução das obras da Cidade Administrativa''. 

“Os valores contratados, em razão da absoluta inexistência de competição na licitação, foram superiores aos valores orçados e superiores aos valores de mercado. Além do sobrepreço do valor do contrato e da fraude à licitação, a porcentagem de 3% dos valores pagos às empresas contratadas foi entregue ao então governador, por meio do diretor da CODEMIG, como propina”.

“A propina foi paga por meio de contratos fictícios e, ainda, por valores em dinheiro entregues a terceiros, em evidente conduta de ocultação e lavagem de dinheiro”. A Polícia Federal afirma que os prejuízos aos cofres de Minas Gerais superam os 50 milhões de reais.

  

Deputados do PT lançam Paulo Pimenta para a presidência da Câmara

Após o PT integrar o bloco de partidos de oposição ao candidato de Jair Bolsonaro, Arthur Lira, parlamentares petistas lançaram a candidatura do deputado Paulo Pimenta à presidência da Câmara

Paulo Pimenta (Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados)

247 - Um grupo de deputados federais lançou nesta sexta-feira (18) a candidatura do deputado Paulo Pimenta (PT-RS) a presidente da Câmara. 

O anúncio foi feito pelo deputado Rogério Correia (PT-MG). "PT decidiu construir candidatura de oposição para disputa. Junto com vários colegas estamos sugerindo @DeputadoFederal Paulo Pimenta para unir os partidos de esquerda, sem prejuízo de outras sugestões", disse Correia pelo Twitter. 

O anúncio da candidatura de Paulo Pimenta não se choca com a decisão do PT de integrar o grupo de partidos de oposição ao candidato de Jair Bolsonaro ao comando da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). 

O bloco conta com a participação de PT, PSB, PCdoB, PDT, DEM, PSDB, MDB, PV, REDE, Cidadania e PSL. Os partidos assinaram um documento expressando a união, que é um embrião na formação de uma frente ampla contra Jair Bolsonaro.

A oposição, apesar de integrar o bloco, vai buscar apresentar um programa de reivindicações e indicar um nome próprio para a presidência. “Vamos apresentar um programa e construir um nome da oposição para a disputa da presidência da Casa”, afirmou a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann.



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Requião questiona acordo da oposição com grupo de Maia na Câmara

 

"Apoiar um candidato do Rodrigo Maia para a presidência da Câmara não é aceitar uma indicação do grupo do Guedes para dirigir a Câmara Federal?", questiona o ex-senador Roberto Requião

(Foto: Divulgação)

247 – "Perguntar não ofende! Apoiar um candidato do Rodrigo Maia para a presidência da Câmara não é aceitar uma indicação do grupo do Guedes para dirigir a Câmara Federal? É claro que precisamos evitar um mal maior nesta escolha, mas cautela e caldo de galinha não fazem mal a ninguém", escreveu o ex-senador Roberto Requião, em suas redes sociais.Saiba mais sobre o caso:


(Reuters) - Partidos de oposição anunciaram nesta sexta-feira apoio ao bloco liderado pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), na disputa por sua sucessão ao comando da Casa, o que levou o deputado a anunciar a formação de uma aliança com 11 legendas para a disputa.

“Enquanto alguns buscam corroer e lutam para fechar nossas instituições, nós aqui lutamos para valorizá-las. Enquanto uns cultivam o sonho torpe do autoritarismo, nós fazemos a vigília da liberdade. Enquanto uns se encontram nas trevas, nós celebramos a luz”, disse Maia ao ler o documento, ao lado de líderes e representantes dos partidos.

O bloco de Maia, que ainda não tem um candidato definido, enfrentará o líder do PP, Arthur Lira (AL), que é apoiado pelo governo do presidente Jair Bolsonaro.

Dois nomes são considerados os favoritos para representar o bloco do atual presidente da Câmara: o líder do MDB, Baleia Rossi (SP), e o líder da Maioria, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), mas o PT informou que também apresentará um nome do próprio partido ou da oposição a ser apreciado pelo grupo.

De acordo com Maia, o bloco vai dialogar nos próximos dias para definir o nome “mais da centro-direita, mas que também pode sair do campo da centro-esquerda” para representar o grupo.

“Da esquerda ou da direita, mas principalmente que possa representar e manter uma união de partidos com ideias tão diferentes, mas como grande convergência na defesa da democracia, da liberdade e das instituições democráticas”, afirmou.

Os partidos de oposição, que eram considerados fiéis da balança na disputa, reconheceram as diferenças com a agenda econômica defendida por demais legendas do bloco, mas exaltaram a união contra o governo.

“Vamos nos unir para enfrentar o inimigo maior, o inimigo maior da nação brasileira se chama Jair Messias Bolsonaro, e ele será derrotado na eleição da Mesa da Câmara”, disse o deputado Orlando Silva, que assinou o documento em nome do PCdoB, em discurso no plenário da Câmara, acrescentando que a oposição continuará a lutar contra a agenda econômica defendida por Maia, apesar da aliança.

Também em discurso no plenário, Arthur Lira acusou Maia de promover uma ditadura no comando da Casa e disse que os dois nomes cogitados para concorrer pelo grupo rival também fazem parte da base do governo. Aguinaldo, inclusive, é do mesmo partido de Lira.

“Essa Casa vive hoje uma ditadura de representatividade. Não tem rodízio proporcional para os relatórios de MPs, PLs, PECs, e quando o relator é escolhido ninguém nem sabe”, afirmou.

“Não tem mais função o colégio de líderes nessa casa, não tem mais o princípio de proporcionalidade para entrega das matérias”, disse. “Nós estávamos calados o tempo todo, mas agora não mais.”

A eleição para a presidência da Câmara ocorrerá em fevereiro. Para ser eleito, o candidato precisa de maioria absoluta dos votos (257) em primeira votação, ou ser o mais votado no segundo turno.