"Apoiar
um candidato do Rodrigo Maia para a presidência da Câmara não é aceitar uma
indicação do grupo do Guedes para dirigir a Câmara Federal?", questiona o
ex-senador Roberto Requião
(Foto: Divulgação)
247 – "Perguntar não ofende! Apoiar um candidato do
Rodrigo Maia para a presidência da Câmara não é aceitar uma indicação do grupo
do Guedes para dirigir a Câmara Federal? É claro que precisamos evitar um mal
maior nesta escolha, mas cautela e caldo de galinha não fazem mal a
ninguém", escreveu o ex-senador Roberto Requião, em suas redes sociais.Saiba mais sobre o caso:
(Reuters) - Partidos de oposição anunciaram nesta sexta-feira
apoio ao bloco liderado pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), na
disputa por sua sucessão ao comando da Casa, o que levou o deputado a anunciar
a formação de uma aliança com 11 legendas para a disputa.
“Enquanto alguns
buscam corroer e lutam para fechar nossas instituições, nós aqui lutamos para
valorizá-las. Enquanto uns cultivam o sonho torpe do autoritarismo, nós fazemos
a vigília da liberdade. Enquanto uns se encontram nas trevas, nós celebramos a luz”,
disse Maia ao ler o documento, ao lado de líderes e representantes dos
partidos.
O bloco
de Maia, que ainda não tem um candidato definido, enfrentará o líder do PP,
Arthur Lira (AL), que é apoiado pelo governo do presidente Jair Bolsonaro.
Dois nomes são
considerados os favoritos para representar o bloco do atual presidente da
Câmara: o líder do MDB, Baleia Rossi (SP), e o líder da Maioria, Aguinaldo
Ribeiro (PP-PB), mas o PT informou que também apresentará um nome do próprio
partido ou da oposição a ser apreciado pelo grupo.
De
acordo com Maia, o bloco vai dialogar nos próximos dias para definir o nome
“mais da centro-direita, mas que também pode sair do campo da centro-esquerda”
para representar o grupo.
“Da
esquerda ou da direita, mas principalmente que possa representar e manter uma
união de partidos com ideias tão diferentes, mas como grande convergência na
defesa da democracia, da liberdade e das instituições democráticas”, afirmou.
Os partidos de
oposição, que eram considerados fiéis da balança na disputa, reconheceram as
diferenças com a agenda econômica defendida por demais legendas do bloco, mas
exaltaram a união contra o governo.
“Vamos
nos unir para enfrentar o inimigo maior, o inimigo maior da nação brasileira se
chama Jair Messias Bolsonaro, e ele será derrotado na eleição da Mesa da
Câmara”, disse o deputado Orlando Silva, que assinou o documento em nome do
PCdoB, em discurso no plenário da Câmara, acrescentando que a oposição
continuará a lutar contra a agenda econômica defendida por Maia, apesar da
aliança.
Também
em discurso no plenário, Arthur Lira acusou Maia de promover uma ditadura no
comando da Casa e disse que os dois nomes cogitados para concorrer pelo grupo
rival também fazem parte da base do governo. Aguinaldo, inclusive, é do mesmo
partido de Lira.
“Essa Casa vive
hoje uma ditadura de representatividade. Não tem rodízio proporcional para os
relatórios de MPs, PLs, PECs, e quando o relator é escolhido ninguém nem sabe”,
afirmou.
“Não
tem mais função o colégio de líderes nessa casa, não tem mais o princípio de
proporcionalidade para entrega das matérias”, disse. “Nós estávamos calados o
tempo todo, mas agora não mais.”
A
eleição para a presidência da Câmara ocorrerá em fevereiro. Para ser eleito, o
candidato precisa de maioria absoluta dos votos (257) em primeira votação, ou
ser o mais votado no segundo turno.