segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

Apucarana confirma mais um óbito e 38 novos casos de Covid-19 nesta segunda-feira



A Autarquia Municipal de Saúde (AMS) confirmou nesta segunda-feira (07) mais uma morte e 38 novos casos de Covid-19 em Apucarana. Agora, o município soma 2.715 resultados positivos para o novo coronavírus e 67 óbitos.

A morte é de uma mulher de 58 anos. Ela sofria de diabetes e insuficiência renal crônica. A mulher foi internada em 26 de novembro no Hospital da Providência e morreu neste domingo (06).

Dos 38 casos confirmados, 13 são de homens (19, 26, 30, 31, 32, 40, 41, 47, 52, 52, 53, 55 e 73 anos) e 25 de mulheres (11, 19, 20, 23, 24, 24, 26, 28, 29, 29, 30, 32, 36, 39, 41, 42, 43, 48, 51, 56, 60, 66, 67, 79 e 79  anos).

Ainda segundo o boletim divulgado pela Autarquia de Saúde, o município tem mais 375 suspeitas em investigação. O número de recuperados chega a 2.170.

O Pronto Atendimento do Coronavírus chegou a 15.020  pessoas atendidas presencialmente desde o início da pandemia. O número de pacientes monitorados atualmente é de 1.404.

Já foram testadas 17.246 pessoas, sendo 8.771 em testes rápidos, 6.768 pelo Lacen (RT-PCR) e 1.707 por laboratórios particulares (RT-PCR).

São 26 pacientes de Apucarana internados, 9 na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 17 em leitos de enfermaria.

O município tem 478 casos ativos da doença.

 

Presidente do TSE, Barroso defende voto facultativo no Brasil

 

De acordo com o presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, os altos índices de abstenção nas eleições deste ano são um indicativo de que "o voto no Brasil é "praticamente facultativo porque as consequências de não votar são pequenas". "O modelo ideal é o voto facultativo e, em algum lugar do futuro não muito distante, ele deve ser", afirmou

Ministro Roberto Barroso e pessoa votando (Foto: Rosinei Coutinho/STF | Rovena Rosa/Agência Brasil)

247 - O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro Luís Roberto Barroso, afirmou que os altos índices de abstenção nas eleições municipais são um indicativo da necessidade de se implantar o voto facultativo no Brasil. "Acho que a gente começa a fazer uma transição. O modelo ideal é o voto facultativo e, em algum lugar do futuro não muito distante, ele deve ser", disse ele em entrevista concedida ao jornal Folha de S.Paulo.

A abstenção ficou em 23,14% no primeiro turno, número superior aos percentuais de outras disputas (17,58% em 2016 e de 16,41% em 2012). No segundo turno, o índice alcançou 29,5%, a maior taxa desde ao menos 2000 (16,2%).

De acordo com o ministro, atualmente o voto no Brasil é "praticamente facultativo porque as consequências de não votar são pequenas. Por isso, um comparecimento de mais de 70% durante a pandemia merece ser celebrado".

"Porque hoje ainda não defendo voto facultativo? Acho que a democracia brasileira vem se consolidando, mas ainda é jovem, e portanto ter algum incentivo para as pessoas votarem é positivo", continuou.

"Nos países de voto facultativo você incentiva a polarização, porque os extremos não deixam de comparecer, e os moderados muitas vezes deixam. Portanto, também por essa razão, ainda prefiro voto obrigatório com sanções leves como é no Brasil", complementou.

Sobre o voto impresso, Barros disse que essa possibilidade "não depende do TSE". "Isso dependeria de o Congresso aprovar uma emenda e de o STF considerá-la constitucional. Por que não tenho simpatia pelo voto impresso? Em primeiro lugar, pelo fato de que ao tempo que tínhamos voto impresso é que tinha muita fraude. Na verdade desde 1996 nunca se noticiou uma fraude sequer. O voto em cédula é de um anacronismo, com todo respeito a quem pense diferente".

 

 

Aliados do governo vencem eleições parlamentares na Venezuela

Com 82,35 por cento dos votos apurados, a frente que apoia o governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro, o Grande Polo Patriótico, venceu as eleições parlamentares com 67,6 por cento dos votos. O índice de abstenção foi alto, de quase 70%

O presidente Nicolás Maduro fala após proclamação do resultado eleitoral (Foto: correio del orinoco)

247 - O Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE) deu informações preliminares sobre o resultado das eleições para a Assembleia Nacional  (parlamento unicameral) do país sul-americano, realizadas em 6 de dezembro. Segundo a reitora do CNE, Indira Alfonzo, após computar os primeiros resultados, o Grande Pólo Patriótico Simón Bolívar atinge o maior número de votos.

A  líder do órgão eleitoral venezuelano informou que as primeiras contagens dão ao Grande Polo Patriótico Simón Bolívar (formado pelo PSUV e mais oito organizações chavistas) 67,6 por cento dos votos. A  Aliança Democrática (AD/Copei/CMC/AP/El Cambio) obteve 944.665 mil votos (17,95%). A Aliança Venezuela Unida (Voluntad Popular / Primero Venezuela/ Venezuela Unida) conquistou 20.502 mil votos (4,19%), enquanto que a Aliança Popular Revolucionária (oposição de esquerda, liderada pelo Partido Comunista e outras três  organizações chavistas, ficou com 143.917 (2,73%)

Indira Alfonzo explicou que o dia transcorreu com tranquilidade e com a participação de 31 por cento dos 20.710.421 eleitores possíveis inscritos nos cadernos eleitorais.

Os eleitores do país sul-americano foram às urnas neste domingo com o objetivo de constituir a Assembleia Nacional, em um processo que registrou 14.400 candidatos de 107 organizações políticas.

Do mesmo modo, a CNE informou que funcionaram 14.221 Centros de votação distribuídos por todo o território nacional. Na Venezuela, o voto não é obrigatório e é considerado um direito humano.

Foram eleitos 277 parlamentares que constituirão a nova Assembleia Nacional pelos próximos cinco anos. Isso representa um aumento de 66% no número de deputados.

As autoridades eleitorais destacaram o cumprimento das medidas sanitárias para prevenir o contágio da Covid-19 e o clima democrático e seguro em que o dia passou. 

O presidente da República, Nicolás Maduro, afirmou que os responsáveis ​​pelo fracasso e desastre da Assembleia Nacional, que está nas mãos da oposição política do país há 5 anos, têm um rosto e um nome: Henry Ramos Allup, Julio Borges e Juan Guaidó, que orquestraram bloqueios e sanções contra o país desde os Estados Unidos.

Em relação às eleições parlamentares deste domingo, 6 de dezembro, o chefe de Estado destacou que estes personagens fizeram muito mal à Assembleia Nacional como instituição, e ao país, pois apoiaram o bloqueio estadunidense, numa ação de traição nacional. 

Informações da Telesul 

"Não vou ser a próxima Marielle", diz vereadora negra, ameaçada de morte em Curitiba

 

Carol Dartora, ativista e primeira mulher negra a se eleger vereadora em Curitiba (PR), vem sofrendo diversos ataques racistas e ameaças de morte. “Vou buscar a minha segurança, pois não quero ser a próxima Marielle”, disse

Carol Dartora e Marielle Franco (Foto: Reprodução/Instagram | Mídia NINJA)

247 - Carol Dartora (PT-PR), ativista e primeira mulher negra a se eleger vereadora em Curitiba (PR), denuncia que é alvo de diversos ataques racistas e o mais grave, recentemente também recebeu ameaças de morte em suas redes sociais e por e-mail. 

Segundo reportagem do portal Gazeta do Povo, esta é a primeira vez que a ativista recebe uma ameaça mais grave. “Infelizmente, não é uma novidade e estava esperando ser a próxima. Eu já tinha recebido vários ataques, mas não de morte mais objetiva”, disse Carol, que irá fazer um boletim nesta segunda-feira (7)

“Sua aberração. Macaca fedorenta, cabelo ninho de mafagafos. Enquanto você ganha um salário de vereadora apenas por ser macaca, eu estou desempregado, minha esposa está com câncer de mama e estamos vivendo de auxílio emergencial. Eu juro, mas eu juro que vou comprar uma pistola 9 mm no Morro do Engenho aqui no Rio e uma passagem só de ida pra Curitiba e vou te matar. Não adianta avisar a polícia ou andar com seguranças. Nada no mundo vai me impedir de te matar e me matar em seguida. Até breve”, escreveu o homem em seu ataque.

O responsável pela mensagem seria um suposto grupo neonazista que atua no Brasil e que está procurando intimidar vereadores negros ou transexuais, como Duda Salabert, eleita vereadora em Belo Horizonte (MG) e também foi alvo de ataques.

A reportagem também informa que Carol irá reforçar o esquema de segurança nos próximos dias e até mesmo a alteração no local de residência não está descartada. “Eu já tinha recebido vários ataques, mas não de morte mais objetiva. Vou buscar a minha segurança, pois não quero ser a próxima Marielle e não serei”, 

 

Cidade chinesa de Wuhan detecta coronavírus em carnes congeladas do Brasil

 

Departamento Municipal de Controle e Prevenção de Doenças de Wuhan, na China, detectou o coronavírus em uma amostra de lombo de porco congelado importada do Brasil em um lote da empresa Seaa Alimentos Ltda

Ucrânia suspende importação de carne suína do Brasil

247 - O Departamento Municipal de Controle e Prevenção de Doenças de Wuhan, na China, detectou coronavírus em carnes congeladas importadas do Brasil e do Uruguai. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (7) pelo site chinês Diário do Povo. A cidade chinesa foi o primeiro epicentro da Covid-19 no mundo.

O coronavírus foi detectado em uma amostra de lombo de porco congelado importada do Brasil em um lote da empresa SEAA ALIMENTOS LTDA. 

O lote do Brasil - de 1.527 caixas (cerca de 18kg / caixa), 27,49 toneladas - entrou em Shanghai em 28 de junho e ficou temporariamente armazenado no porto de Yangshangang de Shanghai. Depois partiu para Wuhan em 27 de julho, entrando no frigorífico de Changjing em Baishazhou, distrito de Hongshan em 29 de julho.

 

Custo de vida dispara e país vive novo ciclo de inflação alta

O custo de vida disparou no Brasil sob o governo Bolsonaro. Pesquisa da Fundação Getúlio Vargas mostra o país sob risco aumento da inflação

Custo de vida na capital paulista sobe 3,89% em 2018 (Foto: ABR)

247 - Pesquisa do Ibre/FGV (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas) divulgada nesta segunda-feira (7), mostra que dispara o custo de vida no país, com reflexos negativos para o poder aquisitivo da população. Os preços de insumos que servem de base para a cadeia produtiva brasileira registram a maior alta desde o início do Plano Real. A pressão desse aumento é tal que está espalhando a inflação, antes concentrada no produtor, por vários setores da economia, chegando ao consumidor de forma cada vez mais intensa.

O levantamento indica que o preço das matérias-primas brutas, como soja, milho, carnes e minério de ferro, acumula alta de 68% nos 12 meses encerrados em outubro, aumento inédito desde o fim do período de hiperinflação, informa o jornalista Eduardo Cucolo na Folha de S.Paulo.

Esses aumentos tendem a chegar ao consumidor final, o que já se reflete reajustes elevados nos preços de muitos alimentos e bens industriais, como eletrodomésticos e eletrônicos.

Os alimentos, por exemplo, acumulam alta no IPA (índice de preços no atacado da FGV) de 25%, sendo que metade desse aumento já bateu no IPC (índice de preços ao consumidor da FGV). O arroz é um dos produtos cujo preço dispara, tendo subido quase 120% no atacado e 62% no varejo.  

A pesquisa projeta que o IPCA (índice de preços ao consumidor do IBGE, que serve como meta para a inflação) deve fechar 2020 em 4,17%, acima da meta de 4%, mas abaixo do limite de tolerância. A inflação vai continuar a subir até maio do próximo ano, quando deve ficar acima de 6% em 12 meses, informa a reportagem.

  

STF derrota Maia e Alcolumbre e veta reeleição na Câmara e no Senado

 

Votação foi concluída neste domingo (6), com voto decisivo do presidente do Supremo, Luiz Fux. Antes, a maioria já havia decidido que o presidente da Câmara não poderia ser reeleito. Fux decidiu a situação de Davi Alcolumbre, que havia ficado em aberto por conta do voto de Kassio Nunes Marques

Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre (Foto: Marcelo Camardo/Ag.Brasil)

247 - O Supremo Tribunal Federal decidiu que os atuais presidentes da Câmara e do Senado, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Davi Alcolumbre (DEM-AP), não podem se candidatar à reeleição de seus cargos na mesma legislatura, preservando o que está escrito na Constituição Federal. 

O julgamento, feito por meio de plenário virtual, foi concluído na noite deste domingo (6), após a divulgação dos últimos votos que faltavam. Edson Fachin, Luís Roberto Barroso e Luiz Fux divergiram do relator Gilmar Mendes e foram contra a reeleição de Maia e Alcolumbre. Eles acompanharam a divergência junto com Rosa Weber, Cármen Lúcia, Marco Aurélio Mello.

O presidente do STF, Luiz Fux, deu um voto decisivo sobre a situação de Alcolumbre, uma vez que um voto do ministro Kassio Nunes Marques havia deixado sua situação indefinida. Na avaliação do ministro, apenas Alcolumbre poderia ser reeleito, Maia não. A situação de Maia já havia sido decidida por maioria pela Corte.

Confira como ficaram os dois placares:

Sobre uma eventual reeleição de Rodrigo Maia:

7 votos contra: Nunes Marques, Marco Aurélio, Cármen Lúcia, Rosa Weber, Luís Roberto Barroso, Edson Fachin e Luiz Fux

4 votos a favor: Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Alexandre de Moraes e Ricardo Lewandowski

Sobre uma eventual reeleição de Davi Alcolumbre:

6 votos contra: Marco Aurélio, Cármen Lúcia, Rosa Weber, Luís Roberto Barroso, Edson Fachin e Luiz Fux

5 votos a favor: Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Nunes Marques, Alexandre de Moraes e Ricardo Lewandowski

Últimos votos

Para Luiz Fux, a reeleição tem sido questionada como fonte de instabilidade. E ressaltou que a permissão só pode vir por meio de alteração na Constituição, o que cabe ao Congresso e não ao Judiciário.

"De modo que considero legítimo que os presidentes das casas legislativas possam ser reeleitos por uma vez para legislatura subsequente, se o Congresso Nacional assim desejar. Mas deverá manifestar sua vontade pela via formal da emenda à Constituição", explicou.

"Se a reeleição amplia a autonomia do legislativo e, com isso, democratiza a República, deve a tese ganhar força no órgão que, por excelência,é a própria expressão da representação popular. Respeitar os limites do texto nada tem que ver com tolher a autonomia do Legislativo", declarou o ministro Luiz Edson Fachin.

 

Câmara vota hoje, proposta que concede Título de Cidadão Honorário ao jornalista Edison Costa

 

Projeto de lei que confere a honraria ao jornalista foi assinado pelo vereador José Airton Deco de Araújo, o Deco (PL) e consta da ordem do dia da sessão que acontece nesta segunda-feira (7). A matéria vai a votação em primeira discussão.

(Foto/TN Online)


O presidente da Câmara de Apucarana, Luciano Molina (PL), disponibilizou no Portal do Legislativo, a íntegra da ordem do dia da sessão ordinária a ser realizada nesta segunda-feira (7).

De acordo com a relação, cinco matérias constam da pauta para apreciação dos vereadores, sendo três projetos de decretos legislativos, um projeto de lei e uma indicação.

Entre as matérias, destaca-se o Projeto de Lei 092/2020, que concede Título de Cidadão Honorário de Apucarana ao jornalista Edison Costa do jornal Tribuna do Norte, pelos relevantes serviços prestados à comunidade apucaranense.

Na exposição de motivos para justificativa do título, o vereador Deco, autor da proposta, fez um extenso relato da carreira do jornalista. (Confira aqui).

Edison Costa nasceu em 1954 no Distrito de Santa Zélia em Astorga, mas vive em Apucarana há 36 anos. Formado em Jornalismo pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), Costa foi contratado como repórter da Tribuna da Cidade em 1984 e mantido na função pelo jornal Tribuna do Norte, em 1991, após a fusão da Tribuna da Cidade com Jornal do Norte.

Durante as mais de três décadas de trabalho, Edison Costa produziu diversas reportagens jornalísticas que contribuiu para o desenvolvimento econômico e social da região, em diversas áreas como agricultura, pecuária, política e esportes, sobre os mais variados temas, o que lhe rendeu vários prêmios do jornalismo.

O homenageado dado sua forma educada que trata e aborda as pessoas, goza de bastante prestigio da população e do meio onde trabalha, por isso é considerado um dos profissionais da imprensa mais querido em Apucarana.

A sessão acontece nesta segunda-feira (7), às 16 horas e deve contar com a presença de todos os vereadores.

 

domingo, 6 de dezembro de 2020

Haddad defende candidatura Lula em 2022 e cobra STF após "desmoralização de Moro"

"Espero que o Judiciário faça justiça e nós possamos seguir com Lula candidato", disse o ex-prefeito, que também Sérgio Moro desmoralizado depois da sua contratação pela Alvarez & Marsal

Fernando Haddad, Lula e fachada do STF (Foto: Ricardo Stuckert | Felipe Gonçalves/Brasil 247 | STF)

247 – O ex-prefeito Fernando Haddad, que disputou as eleições de 2018 e obteve mais de 46 milhões de votos, defendeu a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2022, especialmente depois da desmoralização do ex-juiz Sérgio Moro. "A minha posição sobre 2022 está muito ligada ao fato de eu estar lutando muito para que Lula recupere seus direitos políticos, sobretudo depois da desmoralização de Sergio Moro. Espero que o Judiciário faça justiça e nós possamos seguir com Lula candidato. Esse HC [habeas corpus] tem dois anos que foi pedido e é uma demanda jurídica que tem precedência sobre as outras. Acumulam-se evidências e provas de parcialidade do [então] juiz. Eu não sei mais o que precisa acontecer para que o sistema de justiça reconheça que houve clara violação de direitos fundamentais", afirmou ele, em entrevista à jornalista Carolinha Linhares, na Folha de S. Paulo.

Sobre uma frente com outros setores da política brasileira contra o fascismo bolsonarista, Haddad afirmou que eles é que devem ser questionados. "Temos [Luciano] Huck, Ciro [Gomes] e [João] Doria. Tem que perguntar para eles se votariam no Bolsonaro. Acho engraçado que o jornalismo não pergunte isso para aqueles que votaram no Bolsonaro em 2018. Se eles nos acusariam de extremista para justificar o voto no verdadeiro extremista ou não. Conheço tucanos que não repetiriam o voto no Bolsonaro e tucanos que repetiriam. Isso é relevante para mostrar quem é de fato extremista", afirmou. 

Miriam Leitão diz que governo Bolsonaro é risco de vida para os brasileiros

 

"Existem governos bons, existem governos ruins e existe o governo Bolsonaro. Ele é um risco de vida", aponta a jornalista, que ainda não fez sua autocrítica pelo apoio ao golpe de 2016

(Foto: Reprodução | ABr)

247 – A jornalista Miriam Leitão, que ainda não fez sua autocrítica por ter apoiado a quebra da ordem democrática no Brasil, a partir da farsa das "pedaladas fiscais" usada para golpear a ex-presidente Dilma Rousseff, avalia que nada pode ser pior do que Jair Bolsonaro – que, na verdade, é a consequência do golpe de 2016. "Existem governos bons, existem governos ruins e existe o governo Bolsonaro. Ele é um risco de vida. A declaração do ministro Eduardo Pazuello de que as aglomerações da campanha eleitoral não causaram aumento da pandemia no Brasil é um atentado à saúde dos brasileiros", diz ela, em sua coluna no Globo.

"O governo Bolsonaro atravessou todas as fronteiras do que pode ser considerado um mau governo. Ele é pior. Está além dessa classificação. O ministro da Saúde nos mandou morrer, pelo visto", diz ainda a jornalista. "O ministro da Saúde está estimulando ainda mais relaxamento, está dizendo que não tem importância haver aglomerações e isso no momento de nova escalada da doença", critica.

Miriam Leitão afirma ainda que Pazuello pode ˜arruinar a própria biografia, ele pode arrastar com ele a reputação das Forças Armadas, o que ele não pode é colocar a vida de brasileiros em risco.˜

 

Rosa Weber vota contra golpe pró-Maia no STF e complica reeleição na Câmara e no Senado

 

“A hermenêutica constitucional não permite endosso a práticas heterodoxas que adulterem o real sentido da Constituição, ou de exegeses capciosas que estiquem o sentido semântico das palavras até que expressem qualquer coisa, e a Constituição já mais nada signifique", escreveu a ministra

Rosa Weber (Foto: Valter Campanato/Ag.Brasil)

247 – A ministra Rosa Weber proferiu um voto exemplar neste sábado contra o golpe que vem sendo tramado para permitir a reeleição de Rodrigo Maia, na Câmara dos Deputados, e Davi Alcolumbre (DEM-AP), no Senado. Golpe que vem sendo tratado pela mídia comercial como "drible na Constituição''.

“A hermenêutica constitucional não permite endosso a práticas heterodoxas que adulterem o real sentido da Constituição, ou de exegeses capciosas que estiquem o sentido semântico das palavras até que expressem qualquer coisa, e a Constituição já mais nada signifique. Impõe-se, no caso, a reafirmação da supremacia da Constituição”, completou Rosa Weber.

"O julgamento ainda não está definido. Dos onze ministros, quatro votaram para autorizar apenas uma reeleição na mesma legislatura. A regra, no entanto, valeria apenas a partir da próxima legislatura. Se essa corrente for vencedora, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Davi Alcolumbre (DEM-AP) ficam liberados para disputar os cargos no ano que vem. Votaram dessa forma Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli e Alexandre de Moraes", aponta reportagem do Valor Econômico.

"Kassio Nunes Marques concordou, mas declarou que o limite para apenas uma reeleição já vale a partir de 2021. Com essa interpretação, Maia ficaria fora da disputa, porque já está no terceiro mandato. Marco Aurélio Mello, Cármen Lúcia e Rosa Weber votaram contra a reeleição na mesma legislatura. Ainda faltam votar os ministros Edson Fachin, Luís Roberto Barroso e Luiz Fux. A expectativa é de que Fachin vote contra a reeleição na mesma legislatura. O destino de Maia e Alcolumbre, portanto, estaria nas mãos de Barroso e Fux", informa ainda o Valor.

Bomba-relógio: sem restrições a festas, infectologistas preveem avanço da covid em janeiro

 

Infectologistas temem observam que há descontrole da Covid-19 no país e preveem bomba-relógio em janeiro, caso não haja restrições a festas

(Foto: José Barbacena)

247 - Embora alguns estados brasileiros comecem a anunciar restrições às festas de Natal e Ano Novo para conter a pandemia do novo coronavírus, o próprio governo federal e seus apoiadores se opõem, facilitando o descontrole da pandemia.

Na última sexta-feira (4) bolsonaristas divulgaram uma hashtag nas redes sociais como parte de uma campanha pela realização de festas natalinas. 

Para infectologistas, a falta de sintonia entre as autoridades acerca das restrições resultará em aumento de infecções e um janeiro complicado, informa o UOL.

O comportamento do governo federal e dos bolsonaristas vai na contramão do que ocorre em outros países. Na Itália, por exemplo, que é um país de forte tradição natalina, o governo decidiu desestimular as festas em 2020. 

No Brasil, o estado de São Paulo proibiu Réveillon em bar, restaurante e hotel e recomenda que as celebrações não reúnam mais do que dez pessoas. Em Belo Horizonte, a prefeitura proibiu o consumo de bebida alcoólica em bares, restaurantes e lanchonetes a partir do dia 7 de dezembro. Assim com São Paulo, Rio Grande do Sul suspendeu as festas de fim de ano.

Em nível federal, do entanto, o silêncio sobre o assunto sugere que o governo deixará as medidas restritivas a cargo dos outros entes da federação, o que é um erro, dizem os infectologistas, consultores da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia).

 

Com manobra diplomática contra a Venezuela, Brasil conduz aliada de Guaidó a cargo em órgão amazônico

 

Com ajuda do Brasil, uma representante do golpista venezuelano Juan Guaidó ocupa assento na OTCA (Organização do Tratado de Cooperação Amazônica)

Jair Bolsonaro e Juan Guaidó (Foto: Sputnik)

247 - O Brasil deu um golpe diplomático na Venezuela e ajudou a conduzir a um posto na OTCA (Organização do Tratado de Cooperação Amazônica) uma aliada do autoproclamado presidente interino Juan Guaidó. A nomeação ocorreu no início de novembro. 

O argumento usado foi que os representantes dos oito países do organismo são os diplomatas reconhecidos pelo Itamaraty, já que a OTCA tem sede em Brasília. É o caso de Maria Teresa Belandria, representante de Guaidó, que o Brasil considera a embaixadora venezuelana, informa a coluna Painel da Folha de S.Paulo.

Kotscho relata como Bolsonaro e Moro se uniram para destruir o Brasil em quatro anos

 

“Não foi nada combinado, ao que parece, mas aconteceu”, escreve o jornalista, para quem “nem o mais alucinado roteirista de Hollywood seria capaz de criar um enredo como esse”

(Foto: Agência Brasil)

247 - Em uma coluna esclarecedora, no UOL, o jornalista Ricardo Kotscho relata como Jair Bolsonaro e Sergio Moro se uniram para destruir o Brasil em quatro anos. “Apenas quatro anos atrás, os dois eram figuras menores no cenário político nacional”, lembra ele.

“Dois anos depois, o deputado virou presidente e o juiz se tornou seu ministro da Justiça. Não foi nada combinado, ao que parece, mas aconteceu. Para que isso se tornasse possível, derrubou-se um governo, ‘com o Supremo, com tudo’, quebrou-se o sistema político-partidário e grandes empresas, prendeu-se o candidato favorito nas eleições de 2018 e se instalou uma nova ordem em nome do combate à corrupção, com o apoio dos generais, do mercado e de grande parte da mídia”, resume Kotscho.

Para ele, “nem o mais alucinado roteirista de Hollywood seria capaz de criar um enredo como esse, em que 212 milhões de habitantes assistem impavidamente à destruição do seu país, correndo risco de vida, diante da inépcia do governo, que anuncia o início da imunização só para março e adia a compra de vacinas e seringas”.

 

Assaltos de Criciúma e Cametá evidenciam desmonte do rastreamento de armas no Brasil

 

Advogada Isabel Figueiredo afirma que o afrouxamento no sistema de controle de armamentos permitiu o aumento da sua circulação entre as facções criminosas

(Foto: Reprodução/Twitter)

Da Rede Brasil Atual – Os assaltos realizados em Criciúma (SC) e Cametá (PA), na última segunda (30) e terça-feira (1º) respectivamente, são fruto da falta de trabalho de inteligência das polícias brasileiras e do afrouxamento no sistema de controle de armas, promovido pelo presidente Jair Bolsonaro, em abril. A avaliação é da advogada Isabel Figueiredo, integrante do Conselho de Administração e consultora do Fórum Brasileiro de Segurança Pública

Nesta semana, criminosos fortemente armados sitiaram as duas cidades e assaltaram agências bancárias. Em Criciúma, a ação criminosa foi feita com armas de alto calibre, incluindo uma bazuca. Em ambos assaltos, os bandidos também usaram explosivos e fizeram reféns.

Isabel lembra que esse tipo de crime ocorria em cidades pequenas do Nordeste, no começo dos anos 2000, mas houve uma profissionalização e os assaltos passaram para cidades maiores, com organização logística ainda mais aprimorada. A especialista afirma que o Estado precisa ter conhecimento dessas ações e antecipá-las.

“Esse tipo de ação logística é resultado de uma série de movimentações que as polícias não estão mapeando. Se não houvesse o desmonte do rastreamento de armas, a gente poderia entender esses movimentos. Tão grave como esses casos é a falta de preparo e ação de inteligência para a prevenção desses casos”, criticou, em entrevista à jornalista Maria Teresa Cruz, no Jornal Brasil Atual.

A advogada lembra que o combate aos assaltos de Criciúma e Cametá não de total responsabilidade da polícia local, que possui pouca estrutura. “É esperado que haja um sistema integrado entre as polícias, em nível nacional, que rastreie esse tipo de ação. Há quadrilhas que alugam armas, isso é sabido, então é preciso mapear esse modus operandi”, acrescentou.

Nas mãos do governo federal

Em abril, o presidente Jair Bolsonaro revogou portarias do Comando Logístico (Colog), de março de 2020, que tornavam mais rígidos o rastreamento, identificação e marcação de armas e munições. Entre as portarias, estabelecia-se na nº 46 o “Sistema Nacional de Rastreamento de Produtos Controlados pelo Exército (SisNaR) que tem por finalidade acompanhar e rastrear os Produtos Controlados pelo Exército (PCE) em todo o território nacional.”

Isabel Figueiredo afirma que o afrouxamento no sistema de controle de armas permitiu o aumento da sua circulação nas facções criminosas. Além disso, a narrativa pró-armamento da população também tornou a sociedade mais violenta e suscetível a esse tipo de crime.

“O país é violento e tem um dos maiores índices de crimes violentos do mundo. Não me parece difícil imaginar que, ao flexibilizar mais o acesso às armas, reduzir o controle e discursar para a população se armar, só tende a aumentar os crimes. Houve quem defendesse armar as pessoas de Criciúma, mas as pessoas perderam o raciocínio lógico”, criticou ela.

A especialista afirma o governo federal criou um conjunto de ingredientes que resultam em uma receita óbvia: o aumento de homicídios. “O fortalecimento desse discurso pró violência do governo federal é responsável por isso. Essas flexibilizações do governo impactaram nesse fortalecimento do crime organizado, porque o Estado não mais rastreia as armas de fogo que são apreendidas”, finalizou.

 

Senado argentino aprova imposto para grandes fortunas

 

O projeto foi aprovado com 42 votos a favor e 26 contra. O tributo "recai sobre o financiamento do patrimônio”, argumentou a diretora do Fisco, Mercedes Marcó del Pont

Senado argentino (Foto: Reprodução)

247 - O Senado argentino sancionou nesta sexta-feira (4), um imposto extraordinário "sobre as 12.000 pessoas" com as maiores fortunas do país, para financiar a luta contra a Covid-19, e conceder subsídios às pessoas pobres, entre outras ajudas sociais de emergência.

O projeto foi aprovado com 42 votos a favor e 26 contra, após um longo debate que polarizou as forças em uma sessão transmitida ao vivo pela internet. informa a Telesul.

A aliança pró-governo fez valer sua maioria para aprovar a chamada "contribuição solidária" que tentará arrecadar o equivalente a cerca de 3 bilhões de pesos. Em sessão relativamente curta, o Senado aprovou a Lei de Solidariedade e Contribuição Extraordinária das grandes fortunas para amenizar os efeitos econômicos da pandemia do coronavírus.


Governo enviou verba emergencial da Covid para hospitais que não atendem pacientes da doença

 

Ministério da Saúde transferiu parte dos R$ 2 bilhões de recursos emergenciais destinados para controlar a pandemia do coronavírus para clínica de olhos, maternidades e hospitais psiquiátricos sem leitos para pacientes contaminados pelo vírus

Eduardo Pazuello e cenas na pandemia por Covid-19 (Foto: Erasmo Salomão/MS | Reuters)

247 - O Ministério da Saúde transferiu parte do recurso reservado para controlar a pandemia do coronavírus a entidades, Santas Casas e hospitais filantrópicos que não atendem pacientes com a Covid-19.

Parte dos R$ 2 bilhões destinados foram recebidos por exemplo por clínica de olhos, maternidades e hospitais psiquiátricos sem leitos para pacientes contaminados pelo vírus, informa reportagem da Folha de S.Paulo.

A destinação foi feita por meio de duas portarias editadas pela pasta em maio deste ano, 1.393 e 1.448, assinadas pelo ministro Eduardo Pazuello, então interino na Saúde. 

Da lista dos beneficiados pelas portarias, seis hospitais e abrigos psiquiátricos receberam R$ 7,6 milhões, enquanto sete maternidades atendidas por associações de proteção à maternidade e à infância ganharam R$ 4,2 milhões.